(Por Arnaldo Silva) Nova Era, cidade histórica mineira, distante 137 km de Belo Horizonte, na Região Central, conta atualmente com cerca de 18 mil habitantes. O município faz divisa com Santa Maira de Itabira, Itabira, Bela Vista de Minas, São Domingos do Prata e Antônio Dias. O acesso à cidade se dá pela BR-262 e BR-381, rodovia que corta a cidade, no sentido Vale do Aço. (na foto abaixo de Elvira Nascimento, vista parcial de Nova Era)
Breve história e origem do nome
Outra versão para o nome São José da Lagoa, vem da tradição popular. Segundo a tradição, dois bandeirantes, se perderam na região e já fatigados, com fome e sede, começaram a orar ao seu santo de devoção, São José, pedindo forças e água. Caso fossem atendidos, fundariam uma cidade.
Andando pela mata, encontraram uma lagoa, com água limpa e cristalina. Beberam o suficiente para matar a sede e deparam com a imagem de São José, refletindo na água. Entenderam que o Santo os ajudará e cumpriram a promessa. Por isso o nome dado ao arraial e o nome da Matriz da cidade.(na fotografia acima da Elvira Nascimento, o Centro Histórico de Nova Era)
Outra versão para o nome São José da Lagoa, vem da tradição popular. Segundo a tradição, dois bandeirantes, se perderam na região e já fatigados, com fome e sede, começaram a orar ao seu santo de devoção, São José, pedindo forças e água. Caso fossem atendidos, fundariam uma cidade.
Andando pela mata, encontraram uma lagoa, com água limpa e cristalina. Beberam o suficiente para matar a sede e deparam com a imagem de São José, refletindo na água. Entenderam que o Santo os ajudará e cumpriram a promessa. Por isso o nome dado ao arraial e o nome da Matriz da cidade.(na fotografia acima da Elvira Nascimento, o Centro Histórico de Nova Era)
Região de mineração e terras férteis
Na região, os bandeirantes encontraram o que procuravam, muito ouro. O arraial prosperou, mas veio a decadência do ouro, e com isso, desenvolveu-se no arraial, outra atividade: a agricultura. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
Em 1848 o arraial de São José da Lagoa foi elevado à distrito, pertencente a Itabira MG. Em 17 de dezembro de 1938, foi elevada à cidade emancipada, com o nome de Presidente Vargas, passando a chamar-se Nova Era, em definitivo, a partir de 1942.
A economia da cidade tem como base hoje, a agricultura, a pecuária, a indústria de extração mineral e vegetal, além indústrias de pequeno porte, um comércio variado e um bom setor de prestação de serviços, além do turismo.
Além disso, a cidade está a 20 km da BR-262 e é cortada pela BR-381, além da ferrovia da Vale, que sai de Belo Horizonte, até o Porto de Tubarão/ES, estando portanto, num corredor econômico de grande fluxo e importância. Além de estar próximo às regiões metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Aço.
A economia da cidade tem como base hoje, a agricultura, a pecuária, a indústria de extração mineral e vegetal, além indústrias de pequeno porte, um comércio variado e um bom setor de prestação de serviços, além do turismo.
Além disso, a cidade está a 20 km da BR-262 e é cortada pela BR-381, além da ferrovia da Vale, que sai de Belo Horizonte, até o Porto de Tubarão/ES, estando portanto, num corredor econômico de grande fluxo e importância. Além de estar próximo às regiões metropolitanas de Belo Horizonte e do Vale do Aço.
Uma típica cidade mineira
Típica cidade mineira, Nova Era mantém viva as tradições religiosas, presentes no Estado de Minas Gerais, como a Festa de Nossa Senhora do Rosário em outubro, a Semana Santa, Corpus Christi e os festejos natalinos. Destaca também as Cavalgadas e as festas populares, como o Carnaval e as Festas Juninas, além de seu riquíssimo artesanato e culinária típica. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
Duas festas são de grande importância para a cidade. Uma é a festa do padroeiro São José da Lagoa, e outra, em comemoração ao aniversário da cidade. As festividades são realizadas na semana do dia de São José, 19 de março.
Em seus mais de 300 anos de fundação, Nova Era guarda história e relíquias dos séculos XVIII, XIX e XX, em sua área urbana e rural, que são atrativos turísticos, de valor histórico.
Em seus mais de 300 anos de fundação, Nova Era guarda história e relíquias dos séculos XVIII, XIX e XX, em sua área urbana e rural, que são atrativos turísticos, de valor histórico.
Atrativos culturais e históricos
Entre os principais atrativos turísticos da cidade, podemos destacar ; a corporação Musical Euterpe Lagoana; a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída entre 1925 e 1941; a Gruta de São José da Lagoa; o Centro de Educação Ambiental; a Lagoa São José e o Museu Municipal de Arte e História de Nova Era, com um grande acervo sobre a história da cidade (na foto acima de Elvira Nascimento).
Tem ainda o Conjunto arquitetônico da Estação Ferroviária; a Feira de Sábado, próximo a Ponte Benedito Valadares com produtos da terra, artesanato, comidas típicas, doces, etc. e atraentes bares, padarias, lanchonetes e restaurantes com comidas típicas pela cidade.
O Rio Piracicaba
Nova Era está na bacia de um dos mais importantes rios de Minas Gerais, o Rio Piracicaba, nasce a 1680 metros de altitude, em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto e percorre, 241 km, até se encontrar com o Rio Doce, em Ipatinga MG (na foto acima da Elvira Nascimento, o encontro do Piracicaba com o Rio Doce).
Em Nova Era, além da beleza do Rio Piracicaba, a Ponte Benedito Valadares é um dos atrativos da cidade. Foi inaugurada em 13 de maio de 1940, pelo Governador de Minas na época, Benedito Valadares e Getúlio, Presidente da República. A ponte, de 86 metros, une as principais áreas da cidade, divididas pelo Rio Piracicaba. (na foto acima do Marley Melo, a Ponte Benedito Valadares sobre o Rio Piracicaba)
A Fazenda da Vagem Um dos mais imponentes e importantes símbolos da arquitetura colonial mineira, está em Nova Era. É o casarão sede da Fazenda da Vagem. A área total da fazenda é de 10 mil m². O casarão impressiona! Construído a mando de Joaquim Martins da Costa, em estrutura de madeira, terra e pedra, em 1840, no século XIX, para ser entreposto comercial da região. É um dos mais genuínos exemplares da história arquitetônica de Minas Gerais. Foi todo restaurado e no local ocorre eventos culturais do município. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
A Igreja de São José da Lagoa, é sem dúvida o maior, e mais atraente ponto turístico de Nova Era. Pelo que representa para a cidade e pela importância do templo para a história, não só de Minas, mas do Brasil. Tanto é que é um bem tombado em nível nacional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde 17 de março de 1953. A igreja começou a ser construída em 1766, no século XVIII sendo finalizada, no final do mesmo século. (fotografia acima da Elvira Nascimento)
Sua arquitetura foi inspirada nos navios negreiros, da mesma forma que as igrejas similares em arquitetura existentes em Sabará como a Igreja de Nossa Senhora do Ó, a de Nossa Senhora do Rosário em Santa Bárbara e em Milho Verde, distrito do Serro MG.
Sua arquitetura foi inspirada nos navios negreiros, da mesma forma que as igrejas similares em arquitetura existentes em Sabará como a Igreja de Nossa Senhora do Ó, a de Nossa Senhora do Rosário em Santa Bárbara e em Milho Verde, distrito do Serro MG.
Seus traços e riscos, seguem o estilo do barroco mineiro. Seu interior conta com obras de Francisco Vieira Servas em seu altar-mor, que impressiona bela beleza da arte sacra e o brilho dourado do ouro, em sua ornamentação e pinturas em estilo rococó. (na fotografia acima de Elvira Nascimento, a impressionante beleza do altar-mor da Igreja de São José)
No altar-mor, em destaque, a imagem de São José e em seu conjunto de altares, as imagens de São Benedito São Sebastião, Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigênia, Sant´Anna e São Francisco.O pastel que salvou a Igreja de São José
Os nova-erenses tem o maior carinho e zelo por sua matriz. A cidade é unida em defesa de suas tradições religiosas, arquitetônicas e culturais. Isso pôde ser percebido, claramente, no no final dos anos 1980, quando a comunidade percebeu a urgente restauração da igreja. (na foto acima de Thiago Andrade/thiagotba83,vista noturna da Igreja de São José)
Foi criada em 1987 a Casa da Cultura, com o objetivo de buscar recursos para a restauração da igreja. A comunidade se uniu, abraçou a sua igreja e começaram a fazer eventos sociais, como almoços, para angariar recursos para a reforma, bem como a ajuda de Terezinha de Souza Araújo, que a partir de 1991, começou a fazer pasteis, para ajudar nas obras de restauração da igreja.
A comunidade estava unida e tudo parecia caminhar bem, até que no Governo de Fernando Collor (1990/1992), ocorreu o confisco na caderneta de poupança, atingindo a conta da entidade, que ficou sem condições de honrar seus compromissos.
Foi nessa hora, de grandes dificuldades e incertezas, que o dinheiro arrecado com o pastel feito pela dona Terezinha, salvou a igreja. A cidade começou a comprar os pasteis e com isso, o dinheiro da venda dos pastéis, ajudou a Casa da Cultura a saldar seus compromissos e dar continuidade à restauração à Matriz de São José da Lagoa.
A iguaria de certa forma, uniu a cidade, nos pontos de venda, reuniões e encontros da comunidade, sobre a restauração da igreja e nos momentos de mais incertezas e dificuldades. Por isso é o símbolo da restauração da igreja, sendo também, hoje, um dos símbolos da cidade. Por isso o nome do salgado: Pastel de São José da Lagoa.
A receita é tradicional, feita com massa caseira e recheio de queijo ou carne. Pode ser uma iguaria comum para muitos, mas não para os nova-erenses. Pra eles, é um pastel especial.
O Pastel de São José da Lagoa foi o alimento da esperança do povo de Nova Era, em ter sua igreja restaurada. É o símbolo da união, da solidariedade e do amor de seu povo por sua cidade e sua memória histórica.
Por essa importância e grande valor social, gastronômico e cultural para Nova Era, o Pastel de São José da Lagoa foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Nova Era, pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Nova Era (Comphane).
Foi criada em 1987 a Casa da Cultura, com o objetivo de buscar recursos para a restauração da igreja. A comunidade se uniu, abraçou a sua igreja e começaram a fazer eventos sociais, como almoços, para angariar recursos para a reforma, bem como a ajuda de Terezinha de Souza Araújo, que a partir de 1991, começou a fazer pasteis, para ajudar nas obras de restauração da igreja.
A comunidade estava unida e tudo parecia caminhar bem, até que no Governo de Fernando Collor (1990/1992), ocorreu o confisco na caderneta de poupança, atingindo a conta da entidade, que ficou sem condições de honrar seus compromissos.
Foi nessa hora, de grandes dificuldades e incertezas, que o dinheiro arrecado com o pastel feito pela dona Terezinha, salvou a igreja. A cidade começou a comprar os pasteis e com isso, o dinheiro da venda dos pastéis, ajudou a Casa da Cultura a saldar seus compromissos e dar continuidade à restauração à Matriz de São José da Lagoa.
A iguaria de certa forma, uniu a cidade, nos pontos de venda, reuniões e encontros da comunidade, sobre a restauração da igreja e nos momentos de mais incertezas e dificuldades. Por isso é o símbolo da restauração da igreja, sendo também, hoje, um dos símbolos da cidade. Por isso o nome do salgado: Pastel de São José da Lagoa.
A receita é tradicional, feita com massa caseira e recheio de queijo ou carne. Pode ser uma iguaria comum para muitos, mas não para os nova-erenses. Pra eles, é um pastel especial.
O Pastel de São José da Lagoa foi o alimento da esperança do povo de Nova Era, em ter sua igreja restaurada. É o símbolo da união, da solidariedade e do amor de seu povo por sua cidade e sua memória histórica.
Por essa importância e grande valor social, gastronômico e cultural para Nova Era, o Pastel de São José da Lagoa foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Nova Era, pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Artístico de Nova Era (Comphane).