(Por Arnaldo Silva) A produção e extração industrial de azeites de oliva extravirgem é recente no Brasil e ainda, bastante limitada e concentradas basicamente no Rio do Sul e região da Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais e São Paulo. Pra se ter ideia, 99,7% do azeite consumido no Brasil é importado. As marcas nacionais, produzidas em escala comercial, tem produção pequena e bem recente.
Além disso, a primeira extração de azeite de oliva no Brasil foi feita em 2008, em Maria da Fé MG, Sul de Minas, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Desde essa época, o cultivo de azeitona, bem como a extração de azeite foi crescendo e vem aos poucos conquistando paladares nacionais e internacionais. Hoje, esse crescimento do setor de produção de azeite é tão notório, principalmente em termos de qualidade, que várias marcas de azeites mineiros e de outros estados integram o seleto clube mundial dos melhores azeites do mundo, como por exemplo, na atual lista do guia italiano Flos Olei. (foto acima: Erasmo Pereira-Epamig/Divulgação)
A edição 2025 do guia italiano Flos Olei apresenta 11 azeites brasileiros entre os melhores do mundo. São cinco azeites da Serra da Mantiqueira, sendo dois Minas Gerais e três de São Paulo e seis do Rio Grande do Sul.
Segundo o site Infomoney “O guia Flos Olei está em sua 14ª edição e analisa a produção de fazendas consideradas de excelência em cinco continentes e 56 países. O projeto é dos críticos italianos Marco Oreggia e Laura Marinelli”.
A edição 2025 do guia italiano Flos Olei apresenta 11 azeites brasileiros entre os melhores do mundo. São cinco azeites da Serra da Mantiqueira, sendo dois Minas Gerais e três de São Paulo e seis do Rio Grande do Sul.
Segundo o site Infomoney “O guia Flos Olei está em sua 14ª edição e analisa a produção de fazendas consideradas de excelência em cinco continentes e 56 países. O projeto é dos críticos italianos Marco Oreggia e Laura Marinelli”.
Azeites Verolí e Mantikir na lista dos melhores
Os azeites mineiros que integram a lista dos 500 melhores azeites do mundo do guia Flos Olei estão as marcas Verolí de Sapucaí Mirim MG, que integra pela segunda vez na lista do guia e Mantikir/Vinícola Essenza de Maria da Fé/MG e Santo Antônio do Pinhal/SP, com 80 pontos (a máxima é 100), nos quesitos aroma e sabor. (fotos acima: extração de azeite na Epamig de Maria da Fé MG - Autoria de Erasmo Pereira/Epamig)
O Azeite Verolí, produzido em Sapucaí Mirim, no Sul de Minas, nos Olivais Alma da Mantiqueira é de propriedade de Vera Menogon e suas filhas Natasha e Luana Micoff Menegon, afirmou à Agência Minas: "Já tínhamos o intuito de cultivar oliveiras, quando começamos a procura pela terra. Contamos com a ajuda de um consultor que avaliou aptidão do terreno (solo, nutrição, exposição ao sol, altitude, clima e uma série de outros fatores). Nos primeiros cinco anos, fizemos o plantio gradativo das oliveiras. Realizamos ainda um trabalho para recuperar áreas nativas e pequenos riachos da propriedade, que tinham secado em função de atividades de pastagem".
O azeite Verolí foi lançado em 2022. "O nome traz algumas referências: Olí de óleo e Vero de verdade, por se tratar de um azeite feito da forma mais pura possível, para preservar toda a qualidade e atributos bons para a saúde. E também guarda uma homenagem para minha mãe Vera, que foi a primeira a idealizar este projeto familiar, reunir as filhas, vir para a Mantiqueira e iniciar na Olivicultura", acrescenta Luana.
Já o Azeite Mantikir, de propriedade de Hebert Sales, de azeitonas cultivadas na Fazenda Tuiuva. Extraído no lagar dos Olivais de Quelemém, em Maria da Fé MG, foi registrado pelo Espaço Essenza de Santo Antônio do Pinhal SP, propriedade do produtor Hebert Sales. O Mantikir é um azeite premiado em vários outros concursos, como por exemplo no Evooleu 2024, do guia dos 100 melhores azeites do mundo na categoria (Produção Limitada” de até 2.500 litros, organizado pela editora espanhola Mercacei e pela Associação Espanhola de Municípios (Aemo)
Epamig comemora o reconhecimento dos azeites da Mantiqueira
O Azeite Verolí, produzido em Sapucaí Mirim, no Sul de Minas, nos Olivais Alma da Mantiqueira é de propriedade de Vera Menogon e suas filhas Natasha e Luana Micoff Menegon, afirmou à Agência Minas: "Já tínhamos o intuito de cultivar oliveiras, quando começamos a procura pela terra. Contamos com a ajuda de um consultor que avaliou aptidão do terreno (solo, nutrição, exposição ao sol, altitude, clima e uma série de outros fatores). Nos primeiros cinco anos, fizemos o plantio gradativo das oliveiras. Realizamos ainda um trabalho para recuperar áreas nativas e pequenos riachos da propriedade, que tinham secado em função de atividades de pastagem".
O azeite Verolí foi lançado em 2022. "O nome traz algumas referências: Olí de óleo e Vero de verdade, por se tratar de um azeite feito da forma mais pura possível, para preservar toda a qualidade e atributos bons para a saúde. E também guarda uma homenagem para minha mãe Vera, que foi a primeira a idealizar este projeto familiar, reunir as filhas, vir para a Mantiqueira e iniciar na Olivicultura", acrescenta Luana.
Já o Azeite Mantikir, de propriedade de Hebert Sales, de azeitonas cultivadas na Fazenda Tuiuva. Extraído no lagar dos Olivais de Quelemém, em Maria da Fé MG, foi registrado pelo Espaço Essenza de Santo Antônio do Pinhal SP, propriedade do produtor Hebert Sales. O Mantikir é um azeite premiado em vários outros concursos, como por exemplo no Evooleu 2024, do guia dos 100 melhores azeites do mundo na categoria (Produção Limitada” de até 2.500 litros, organizado pela editora espanhola Mercacei e pela Associação Espanhola de Municípios (Aemo)
Epamig comemora o reconhecimento dos azeites da Mantiqueira
Pedro Moura, coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), avalia que "Esse reconhecimento da qualidade dos nossos azeites se deve à adaptação das oliveiras ao nosso clima. E, principalmente, ao manejo que o produtor tem realizado, aos cuidados na pós-colheita, no processamento e no armazenamento, que contribuem para manter a qualidade que vem do fruto". (fotos acima: Eramos Pereira - Epamig/Divulgação)
Dicas para escolher um bom azeite
Segundo o pesquisador Pedro Moura, o consumidor deve ficar atento notícias sobre adulterações e proibição de venda de algumas marcas: "É muito importante que o consumidor opte por azeites que foram produzidos e envasados no mesmo local. Outra dica é comprar azeites mais novos. A data de produção mais recente sugere um produto melhor", alerta do pesquisador.
E ainda, recomenda atenção ao rótulo: "Na gôndola, os azeites de oliva, extravirgens, virgens e os óleos compostos ficam próximos. É bom conferir se o produto escolhido é realmente o pretendido. A garrafa também é um bom referencial, o vidro conserva a qualidade melhor que o plástico".
Finalizando, o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Pedro Moura, salienta: "O azeite é um produto que tem um elevado custo de produção, e isso se intensificou nos últimos anos com as sucessivas quedas de safra nas grandes regiões produtoras da Europa”. Alerta ainda que: “O consumidor deve sempre desconfiar de azeites baratos e buscar marcas mais idôneas e já conhecidas, além daquelas que mais agradam ao próprio paladar".
Fonte das informações: Agência Minas e Infomoney
Dicas para escolher um bom azeite
Segundo o pesquisador Pedro Moura, o consumidor deve ficar atento notícias sobre adulterações e proibição de venda de algumas marcas: "É muito importante que o consumidor opte por azeites que foram produzidos e envasados no mesmo local. Outra dica é comprar azeites mais novos. A data de produção mais recente sugere um produto melhor", alerta do pesquisador.
E ainda, recomenda atenção ao rótulo: "Na gôndola, os azeites de oliva, extravirgens, virgens e os óleos compostos ficam próximos. É bom conferir se o produto escolhido é realmente o pretendido. A garrafa também é um bom referencial, o vidro conserva a qualidade melhor que o plástico".
Finalizando, o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Pedro Moura, salienta: "O azeite é um produto que tem um elevado custo de produção, e isso se intensificou nos últimos anos com as sucessivas quedas de safra nas grandes regiões produtoras da Europa”. Alerta ainda que: “O consumidor deve sempre desconfiar de azeites baratos e buscar marcas mais idôneas e já conhecidas, além daquelas que mais agradam ao próprio paladar".
Fonte das informações: Agência Minas e Infomoney