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terça-feira, 27 de agosto de 2024

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte VII

(Por Arnaldo Silva) Mais de 20 milhões de mineiros vivem em 853 cidades, 1816 distritos e centenas de vilas e vilarejos de Minas Gerais. Minas Gerais possui 1.816 distritos, sendo 853 cidades, que são as sedes municipais e mais centenas de povoados, vilas e subdistritos. Cada um mais charmoso, pitoresco e lindo que outro. Preparamos uma série com 8 reportagens com distritos 10 distritos mineiros em cada uma. Essa é a quinta parte das 8 reportagens sobre distritos.  Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 - Água Limpa
          As margens da MG-350, banhado pelas águas de um frondoso rio, em Delfim Moreira, nos limites entre os municípios de Wenceslau Braz e Itajubá, no Sul de Minas, está Água Limpa, um charmoso e pitoresco bairro rural, pertencente ao município de Delfim Moreira. (foto acima de Geraldo Gomes)
          A vida na pacata vila é bem tranquila, silêncio quebrado apenas pelo barulho das águas do Rio Santo Antônio, dos pássaros e de alguns carros que passam pela rodovia. Seus moradores vivem da agricultura e a vida social em Água Limpa gira em torno das festividades religiosas dedicadas ao Divino Espírito Santo e nas festividades juninas em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio.
02 – Engenho do Ribeiro
          O Engenho do Ribeiro é um distrito da cidade de Bom Despacho no Centro Oeste de Minas. O nome tem origem na família Ribeiro, no século XIX, que adquiriu terras onde está hoje o a vila. Na fazenda dos Ribeiros eram produzidos leite, queijo, milho, arroz, feijão, café, doces, rapadura, açúcar e existia um engenho, para a produção de cachaça, muito famosa. Quem quisesse comprar cachaça na região, era só ir no Engenho do Ribeiro A fazenda se tornou famosa na região e com isso, pessoas começaram a chegar para trabalhar na fazenda ou mesmo adquirir seus produtos para serem revendidos. Com o passar do tempo, casas e mais pessoas foram surgindo, dando origem a um povoado e posteriormente, em 1948, foi reconhecido como distrito, com o nome popular com que o local era chamado, Engenho do Ribeiro.
          Hoje, o Engenho do Ribeiro tem cerca de 1.500 habitantes, que vivem de pequenos comércios, do artesanato, da produção de doces caseiros tendo como destaque os doces da Dona Judite, queijos, requeijão feitos pela Dona Esmeralda e cachaça, além da agropecuária, principalmente leiteira. 
          Outro destaque no distrito é a fabricação de moveis em madeira maciça como mesas, cadeiras, janelas e portas em fábricas instaladas no distrito. Destaque ainda para a Festa de Santa Rosa de Lima, que acontece geralmente em setembro, com desfile de carros de bois, uma das mais antigas tradições do Centro Oeste Mineiro.
03 – Pedra Menina
          A 36 km do centro de Rio Vermelho, município a 325 km de Belo Horizonte, na Região Central, está Pedra Menina, um charmoso e atraente povoado. (foto acima de Rodrigo Leal) Lugar acolhedor, de gente hospitaleira, uma rica culinária e belezas naturais incríveis com belas cachoeiras, grutas, poços com águas cristalinas. Além da beleza da Serra do Espinhaço, tem o "Muro dos Escravos". 
          Em Pedra Menina, além das belezas naturais, seu casario charmoso e seu povo maravilhoso, tem a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, lugar de fé, peregrinação e religiosidade do povo. A fé move o coração das pessoas, bem como o turismo no distrito, que é bem estruturado para receber visitantes com hotel, pousadas e restaurantes.
04 – Chapada 
          Chapada é distrito de Moema, na região Centro Oeste de Minas. (na foto acima, de Arnaldo Silva, a Praça da Matriz do Distrito). No distrito vivem cerca de 800 habitantes. A Chapada tem igreja, ruas asfaltadas, pequeno comércio, antigas vendas e botecos pitorescos, com seu casario em estilo colonial, escola e uma história antiga, conhecida por todos os moradores do distrito e região, que é a “A luz da Chapada”. Trata-se, de uma luz que aparece de vez em quando no local, que já assustou muita gente. O fenômeno sobrenatural já assustou muita gente ao longo de décadas e até hoje provoca medo em alguns e intriga a mente do povo. 
05 – Betânia
          É distrito da de Pedra do Indaiá, no Oeste de Minas, distante 174 km de BH. Em Betânia vivem cerca de 700 pessoas. Está situado no KM 145 a MG-050, entre Divinópolis e Formiga MG.
          É uma pequena vila, que tem como base econômica a extração de pedras que são trabalhadas para serem usadas em calçamento, mistura em concreto e outros usos. Por esse motivo, a vila é pavimentada e conta com uma boa estrutura, poluição zero e um povo muito hospitaleiro e gentil. (fotografia de Maurício Soares)
06 - Porto Alegre 
          Porto Alegre é distrito de Moeda MG, Vale do Paraopeba, distante 60 km de BH. Tem origem no início do século XVIII, quando chegou à região, as bandeiras lideradas por Fernão Dias Paes Leme. Aportaram em um pequeno arraial onde viviam algumas poucas pessoas que trabalhavam na agricultura, já que em sua origem, desde o final do século XVII, o Vale do Paraopeba era uma região de produção de alimentos, devido à qualidade de suas terras. Eram pessoas simples, muito alegres e receptivas.          
          O pequeno vilarejo ficava no encontro das águas do Ribeirão da Barra com o Rio Paraopeba. Esse encontro de águas formava um porto era usado ancorar embarcações que fazia a travessia do rio, levando e trazendo alimentos, além de pessoas. Por isso o nome dado ao lugar, Porto Alegre. (fotos acima de Evaldo Itor Fernandes)
          Seu crescimento foi devagar, em torno da igreja do seu padroeiro, o Senhor Bom Jesus. Inclusive, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Porto Alegre é um dos seus principais atrativos, bem como a beleza e o charme do seu casario colonial, suas belezas naturais e belas cachoeiras, além claro, da alegria de seu povo, que faz jus ao nome do lugar.
07 – Serra dos Gonçalves
          Serra dos Gonçalves pertence ao município de Espírito Santo do Dourado, no Sul de Minas. Sua origem é de uma numerosa família, que foi crescendo com com a formação de novas famílias e transformando o local num pitoresco, charmoso e pacato povoado. (foto de Valéria Corrêa)
08 - Azurita
          Distrito da cidade de Mateus Leme MG, o distrito está a 65 km distante de Belo Horizonte e apenas 5 km do centro de Mateus Leme. O povoado surgiu no início no início do século XX, tendo se desenvolvido rapidamente devido a estação ferroviária, instalada no povoado. Foi elevado à distrito em 31 de dezembro de 1943. (foto acima e abaixo de Mateus Leme Recordações)
          Azurita conta com pouco mais de 4 mil moradores e tem como destaque a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Matriz de São Sebastião, o prédio da Estação Ferroviária, datado de 1911, além de fazendas centenárias, festas folclóricas e gastronomia típica.
09 - Capivari
          O pacato e tranquilo distrito de Capivari, pertence ao Serro MG, Região Central  é um dos lugares abençoados pela natureza. O casario é simples, em estilo colonial, a culinária local é excelente e bem mineira. Seu povo muito hospitaleiro, simples, gentis e muito atenciosos para com os visitantes. Pelas estradas de terra do distrito passam turistas a caminho da Cachoeira do Tempo Perdido, uma das atrações da região e para o Parque do Pico do Itambé. (fotos acima do Barbosa)
10 - Vai e Volta e Pega Bem
          
Vai e Volta e Pega Bem são dois tradicionais distritos de Tarumirim, no Vale do Rio Doce que além de Vai e volta, tem os distritos de Dom Carloto, Taruaçu de Minas, Beija Flor, Café-mirim, Vai Volta, Bananal de Baixo, Bananal de Cima, São Vicente, Santa Rita. (na foto acima de Zano Moreira a Praça da Matriz de Vai e Volta)
          O topônimo Tarumirim significa "céu pequeno". Provavelmente o nome seja uma formação híbrida da palavra Krenak taru "céu" e o sufixo diminutivo tupi "pequeno". A palavra céu em tupi é ybáka.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Jurema-mineira: a Sucupira de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Sucupira (Pterodon emarginatus Vogel) é uma palavra derivada da língua tupi suku´pira. É um termo que se refere a todas as espécies de árvores da família das fabáceas. Além de Jurema-mineira, as várias espécies de sucupiras são conhecidas ainda por sucupira-preto, sucupira-do-cerrado, sapupira-do-campo, sucupira-açu, cutiúba, sepifirme, sucupira-amarela, sucupira-da-praia, sebepira, paricarana, faveiro, fava-de-sucupira, fava-de-santo-inácio, sucupira-branca, sucupira-lisa, macanaíba e acari-açu.
          É uma espécie de árvore nativa do Brasil, muito comum nas regiões do Bioma Cerrado, principalmente em terrenos secos e pobres, por isso é bastante recomendado o plantio da espécie em áreas degradadas. É comum serem encontradas nas matas nativas do Cerrado de Minas Gerais, Pará, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. (fotografia acima e abaixo de Nicodemos Rosa em Pitangui MG)
          Ocorre ainda nos países de fronteira com o Brasil como a Venezuela, a Guiana, o Paraguai e a Bolívia. Suas flores são pequenas na coloração violeta. Sua altura varia de 8 a 16 metros, na fase já adulta e tronco entre 30 a 50 cm de diâmetro. 
          Seu crescimento é bastante lento, podendo levar em média 30 anos para atingir a fase adulta. A espécie adulta florida é de uma beleza fulgurante e não tem raízes agressivas, por isso também deve ser usada na arborização de ruas e praças urbanas. (na foto acima do Wilson Fortunato em Bom Despacho MG, detalhes das flores da sucupira)
Ameaçada de extinção
          A partir da segunda metade do século XX, a espécie chegou a entrar na lista de árvores nativas ameaçadas de extinção devido ao desmatamento desenfreado, com cortes contínuos de sucupiras para queima nas carvoarias, além do intensivo uso da espécie pela indústria moveleira na fabricação de móveis e assoalhos para casas, portas e janelas, devido sua bela tonalidade chocolate e por fornecer uma madeira muito resistente, permitindo a produção de móveis de alta qualidade. (fotografia de Nicodemos Rosa em Pitangui MG)
Planta medicinal
          Além disso a sucupira é uma planta medicinal, usada na medicina popular brasileira desde o século XIX. Isso porque a planta, principalmente as flores, folhas e sementes, possuem propriedades medicinais. Sua ação é anti-inflamatória, contribuindo para a redução das inflamações nas articulações. Além de auxiliar no tratamento da artrite, artrose e reumatismo, a sucupira auxilia no alívio de dores e inflamações pelo corpo, com por exemplo, na garganta, além de outros benefícios. (fotografia acima de Nicodemos Rosa em Pitangui MG)
          Em 2010, pesquisadores da Unicamp – Campinas SP, estudando as propriedades medicinais da sucupira, descobriram que o extrato das flores e sementes sucupira tem ação potente contra a dor e até potencial antitumoral. Os benefícios medicinais da sucupira continuam ainda sendo estudados pela ciência. ( foto acima Wilson Fortunato em Bom Despacho MG)
          Hoje a espécie é protegida e estão voltando a germinar novamente nas matas de Cerrado, principalmente na época de sua florada, entre agosto e setembro.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

A cidade mais segura de Minas. Saiba qual é.

(Por Arnaldo Silva) A cidade de Lavras, no Sul de Minas, é atualmente a cidade mais segura de Minas Gerais e a nona do Brasil, segundo estudos feito em 2023 pelo My Side, um guia imobiliário. Lavras obteve a pontuação de 4,8, seguida de Uberlândia, 6,9; Varginha, 7,3; Nova Lima, 7,3; Uberaba, 7,4; Conselheiro Lafaiete, 7,6; Sabará, 8,0; Barbacena, 8,4; Poços de Caldas, 8,7; e Passos, 9,8.(na foto abaixo do Gilson Nogueira - In Memoriam, vista parcial de Lavras MG)
          Belo Horizonte figura no 8º lugar, entre as capitais mais seguras. Na pesquisa por estados, Minas Gerais obteve 14,0, ficando em terceiro lugar no ranking dos Estados. Que ficou assim: 
1º – Santa Catarina com 8,2; 
2º – São Paulo com 11,3; 
– Minas Gerias com 14,0; 
4º – Distrito Federal com 14,2; 
5º – Rio Grande do Sul com 17,7; 
6º – Mato Grosso do Sul com 20,5; 
7º – Acre com 23,1; 
8º – Goiás com 23,7; 
9º – Piauí com 24,4, 
10º   Paraná com 24,5. 
 Como foi feito o levantamento de dados?
          O levantamento foi feito com base nos dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Painel de Monitoramento de Mortalidade da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, tendo como base de cálculo a quantidade de mortes violentas a cada 100 mil habitantes.
          Lavras é uma cidade de médio porte e índices de violência baixos não são comuns em cidades acima de 100 mil habitantes. Segundo Censo do IBGE de 2022, Lavras conta com 104. 761 habitantes.
Cidade mais segura de Minas
          Os resultados divulgados nesse estudo é uma mostra do sucesso do investimento público em políticas sociais e preventivas. Ser a cidade mais segura de Minas é um reconhecimento alcançado ao longo dos anos e pontualidade no combate a violência com a aplicação de políticas públicas com foco na manutenção da ordem pública, prevenção da criminalidade e investimentos públicos nas áreas sociais.
          Além do policiamento ostensivo e vigilância eletrônica, o poder público de Lavras investiu em programas e projetos de educação, esportes, lazer e cultura, que visassem a inclusão social de seus cidadãos, principalmente dos jovens e famílias em situação de vulnerabilidade social, criando alternativas para ocupação do tempo ocioso de crianças, adolescentes e jovens, principalmente. (fotografia acima de Gilson Nogueira - In Memoriam)
          A redução da criminalidade passa pela combinação de fatores como segurança, educação, cultura e inclusão social. Esses foram os pontos primordiais para a redução dos índices de criminalidade na cidade, que mostraram, ao longos dos anos, serem eficazes e consistentes. O resultado é uma cidade mais segura, com melhor qualidade de vida e bem-estar aos seus moradores.
          A população sente o resultado do desenvolvida da cidade através do retorno em obras, melhorias nas áreas de saúde, educação, cultura, esportes, lazer e turismo, além de investimento em políticas públicas e sociais. São esses os fatos que fazem de Lavras a cidade mais segura, a cidade das escolas, além de ser uma das melhores cidades mineiras para se investir e também para viver.
Cidade desenvolvida e estruturada
          O município é também uma das cidades mais desenvolvidas de Minas Gerais se destacando em todos os setores da economia, principalmente na agropecuária e indústria. Isso se deve principalmente a sua localização por estar estrategicamente entre as principais capitais do sudeste: Belo Horizonte, a 240 km, São Paulo a 380 km e Rio de Janeiro a 425 km, ligados por via aérea através do Aeroporto Regional de Lavras, via terrestre pelas Br´s 381 e 265, via ferroviária pela Ferrovia Centro Atlântico que liga Lavras ao Porto de Angra dos Reis/RJ. (na foto acima do Rogério Salgado, zona rural de Lavras)
          Além disso, Lavras conta com uma ótima estrutura urbana, setor de serviços muito amplo, comércio formado por pequenas, médias e grandes empresas atacadistas e varejistas, uma sofisticada rede hoteleira e gastronômica, além ensino público e privado de qualidade. (na foto acima do Rogério Salgado, região central de Lavras)

          Os baixos índices de criminalidade da cidade faz com que Lavras seja um polo agropecuário e industrial crescente e com isso, aumentando a geração de empregos e renda, gerando mais impostos e com isso, condições para o poder público manter e ampliar as políticas públicas sociais.
O que fazer em Lavras?
          Lavras tem origens na primeira metade do século XIX. Sua fundação data de 1868 e desde sua origem, marca a história de Minas Gerais. (na foto acima do Rogério Salgado, a antiga sede da Prefeitura)
          É conhecida como a terra dos ipês e das escolas, além de contar com um rico acervo cultural e histórico do século XIX XX com destaque para sua arquitetura colonial e eclética e a ferrovia, presente na cidade desde o século XIX, até os dias de hoje. (fotografia acima de Gilson Nogueira - In Memoriam)
          A Igreja do Rosário dos Pretos (na foto acima do Rogério Salgado), a Igreja de Sant´Ana Casa da Cultura, o Instituto Presbiteriano Gammon, vitrais da primeira igreja Presbiteriana de Lavras, O Mercado Municipal, o Museu da UFLA, o Museu Bi Moreira, o Jardim Sensorial, a Universidade Federal de Lavras, a antiga sede da Prefeitura, a Estação Ferroviária Costa Pinto, hoje Theatro Municipal (na foto abaixo do Robson Rodarte) dentre outros, são destaques urbanos de Lavras.
          Além disso, tanto moradores como visitantes amantes de passeio e aventuras, podem curtir as belezas e opções do Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito, com belas cachoeiras, uma enorme área verde que permite a prática de arvorismo, tirolesa e caminhadas ecológicas, além da prática de raffing no Rio Capivari.
          Outro atrativo natural da cidade é a Comunidade do Funil. O local conta com belas cachoeiras, espaço para caminhadas, área de camping, além de passeios de barco pelo Lago do Funil.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Conquista: um cantinho da Itália em Minas

(Por Arnaldo Silva) Conquista, cidade com apenas 6.694 habitantes, segundo Censo do IBGE/2022, localiza-se no Triângulo Mineiro. A cidade tem fortes raízes na cultura italiana e portuguesa, graças a imigração desses povos nos séculos XIX e início do século XX. Conquista faz limites territoriais com Uberaba e Sacramento em Minas e Delta, Rifaina e Igarapava em São Paulo. Está a 486 km de Belo Horizonte.
          A presença da cultura portuguesa e italiana na cidade pode ser observada na organização, na força de trabalho, nas construções típicas da Itália e Portugal, na culinária e cultura. Os descendentes de italianos predominam em Conquista, por isso a cidade é conhecida como “um cantinho da Itália em Minas”. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, o pórtico em estilo Greco-romano de Conquista MG)
Breve História
          Em século XIX, suas terras férteis e água em abundância atraíram exploradores vindos de outras regiões de Minas, de outros estados brasileiros e também, de portugueses e italianos e construção da estrada de ferro Mogiana. Um desses exploradores foi o português Manuel Bernardes Nazianzeno da Silveira, que recebeu terras que posteriormente, passou por vários donos, até chegar às mãos do coronel Francisco Meireles do Carmo em 1888. Na fazenda, o coronel criou um armazém, tendo como clientela os trabalhadores da estrada de ferro.
          
A ferrovia trouxe mais desenvolvimento à região. No entorno do armazém, um povoado foi se formando até se tornar distrito em 1892, subordinado ao município de Sacramento MG. Com o crescimento do distrito, em 1894, doutor Crispiano Tavares, baiano de Ilhéus, fez a planta, demarcação e traçados do distrito. No ano de 1911, é elevado à vila e em 10 de setembro de 1925, à cidade emancipada. (fotografia acima de Luís Leite)
A terra de Janete Clair
          Cidade pacata, tranquila, de gente hospitaleira e trabalhadora, é dotada de belezas naturais exuberantes, com rios e cachoeiras de águas limpas e cristalinas, casario bem preservado e colorido, praças bem cuidadas, ruas limpas e arborizadas e terra de gente ilustre. Foi em Conquista que nasceu Janete Clair (Conquista, 25/04/1925 – Rio de Janeiro, 16/11/1983), autora de várias telenovelas de sucesso entre os anos 1960 e 1970 como Irmãos Coragem, Selva de Pedra, Pecado Capital, O Astro, Pai Herói, dentre outras. (nas fotos acima de Elpídio Justino de Andrade, alguns casarões da cidade)
Berço do Espiritismo rural no Brasil
          Além disso, a cidade é o berço rural do espiritismo Kardecista no Brasil. Foi em Conquista, na época distrito de Sacramento, que o médium Mariano da Cunha, tratado como “Tio Sinhô Mariano”, fundou em 28 de agosto de 1900, na Fazenda Santa Maria, o Centro Espírita Fé e Amor, o primeiro centro espírita rural do Brasil. (na foto acima acima do Luís Leite, detalhes da Fazenda Santa Maria)
          Seu trabalho foi continuado pelo educador, político, jornalista e médium brasileiro, Eurípedes Barsanulfo. O médium Chico Xavier, que morava na vizinha Uberaba, disse várias vezes que a região é dotada de “boa energias” e grande elevação espiritual.
Economia
          Sua economia é formada por pequenos comércios, setor de prestação de serviços e agricultura, que é a principal atividade econômica do município. 
          O turismo é um dos segmentos que vem crescendo muito em Conquista, graças a sua localização e belezas naturais, que atraem amantes de esportes radicais e da própria natureza em si. A cidade conta com boa estrutura em hospedagens e uma diversificada e excelente gastronomia com pratos típicos mineiros, portugueses e italianos. (fotografia acima de Arnaldo Silva)
Pontos turísticos de Conquista
          Conquista é um município dotado de belezas naturais com rios e cachoeiras belíssimas como a Cachoeira da Santa Maria que possui duas quedas de cerca de 12 metros de altura cada uma.
          Não apenas isso. Conquista conta com uma ótima estrutura urbana e oferece uma boa qualidade de vida a seus moradores e ótimas estadias aos visitantes e turistas. Casario charmoso, bem cuidado, com arquitetura que lembra sua origem portuguesa, italiana e barroca mineira. (fotografia acima de Luís Leite)
          Na cidade temos belas e bem cuidadas praças e também o Cristo Redentor e sua bela cascata artificial, logo na entrada da cidade. (na foto acima de Luís Leite)
          Quem gosta de história, principalmente aprender sobre a origem da cidade, pode visitar o Museu Corina Novelino e o Museu Histórico Corália Venites Maluf.
          Tem ainda pontos urbanos interessantes da cidade de Sacramento, apenas 22 km de Conquista, como por exemplo a antiga Estação dos Bondes, o Colégio Allam Kardec, a Gruta dos Palhares, Rota do Mergulho e o Maritaca Expeditions, além do Porto Felício, às margens do Rio Grande e o prazer de conhecer e saborear os famosos queijos de Conquista e Sacramento MG. A produção queijeira dessas duas cidades são de primeira, premiados em concursos regionais, nacionais e internacionais. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          É a Matriz de Nossa Senhora de Lourdes e a praça em frente à igreja com belíssimos jardins, uma gruta com uma cascata de água corrente e uma fonte de água dedicada à Nossa Senhora de Lourdes. É o ponto turístico mais visitado da cidade. (fotografia acima de Juscelena Inácio e abaixo, do Elpídio Justino, o coreto com a fonte)
          Concluída em 1927, a Igreja é considerada uma das mais belas da Arquidiocese de Uberaba.

sábado, 10 de agosto de 2024

Bolo de azeite

Receita tradicional da região do portuguesa do Alentejo
INGREDIENTES
. 200 ml de azeite de oliva puro
. 200 ml de mel
. 1 xícara (chá) de leite integral
. 2 colheres (café) de canela em pó
. 1 colher (café) erva-doce em pó
. 4 ovos
. 1 xícara (chá) açúcar
. 400 gramas (+ ou -) farinha de trigo sem fermento
. 1 colher (sopa) de fermento em pó
MODO DE PREPARO
- Bata no liquidificador ou batedeira, o azeite, o açúcar, o mel, o leite e os ovos, até que dobre de volume.
- Acrescente aos poucos o trigo bata bem até o ponto de uma massa lisa e firme.
- Desligue, acrescente o fermento, a canela em pó e a erva-doce e mexa bem com uma colher.
- Unte uma forma com manteiga, enfarinhe e despeje todo o conteúdo batido leve para assar em forno pré-aquecido a 180° por cerca de 40 minutos ou até ficar dourado.
- Retire da forma e pincele por cima azeite de oliva, corte e sirva.
Fotografias do bolo feito pela Regina Rodrigues da Fazendinha da Regina/@reginasfarm

Sorvete caseiro de café com doce de leite

INGREDIENTES
. 100 gramas de pó do café de sua preferência
. 400 gramas de doce de leite
. 1 lata de creme de leite
. 1 e 1/2 xícara (chá) de água quente
. 3 gemas
. 3 claras
. 2 colheres (sopa) de açúcar
MODO DE PREPARO
- Aqueça a água e coe o café, sem adoçar. Reserve até que esfrie.
- Em uma tigela bata bem as claras e o açúcar. Reserve.
- No liquidificador ou numa batedeira, bata as gemas e acrescente o café que preparou.
- Em seguida, coloque o doce de leite e o creme de leite.
- Desligue o liquidificador ou a batedeira, acrescente as claras batidas e mexa com uma colher devagar até que dissolva tudo.
- Despeje o conteúdo num pote e leve ao freezer por 6 horas.
- Após esse tempo, retire, bata tudo novamente no liquidificador e leve outra vez ao freezer e deixe por mais 6 horas.
- Depois desse tempo, coloque em copinhos ou taças, decore com grãos de café, se tiver e sirva à vontade.
Fotografias da Lúcia Barcelos de Morrinhos GO

Sorvete caseiro de maracujá

INGREDIENTES
. 10 a 12 maracujás (mais ou menos o equivalente a uma lata de leite condensado)
. 1 lata de leite condensado
. 2 colheres de sopa de limão
Ingredientes para a calda
. 1 copo de suco natural de maracujá
. 1 xícara (chá) de água
. 2 colheres (sopa) de açúcar
MODO DEPREPARO
- Corte os maracujás ao meio, retire toda a polpa e reserve a casca que irá servir de copinho.
- Bata a polpa dos maracujás com um pouco de água, coe, coloque novamente o maracujá já batido no liquidificador, misture com o leite condensado e o suco de limão e bata bem até ter a aparência de um creme.
Despeje todo o conteúdo em uma tigela e leve à freezer por 5 horas
Modo de preparo da calda
- Alguns minutos antes de retirar do freezer, prepare a calda colocando os ingredientes em panela e deixe no fogo até ferver e dissolver bem o açúcar. Desligue e espere esfriar.
- Retire o sorvete do freezer, espalhe a calda.
- Com uma colher, coloque o sorvete nas metades das cascas do maracujá que cortou.
- Espalhe mais um pouco de calda, espalhe sementes por cima para decorar e sirva. 
Fotos da Lúcia Barcelos de Morrinhos GO

Rosquinha caseira de leite Ninho

INGREDIENTES
. 1 xícara (chá) de leite em pó
. 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
. 2 ovos
. 4 colheres (sopa) de açúcar
.  1 colher (chá) de sal
. 2 colheres (sopa) de manteiga
. 300 ml de água morna
. 10 g de fermento biológico seco
. 2 colheres (sopa) de açúcar (para o fermento)
. + ou - 700 gramas de farinha de trigo 
MODO DE PREPARO
- Em uma tigela, coloque o leite em pó com a água morna e misture bem até dissolver por completo.
- Acrescente à mistura o fermento biológico seco e 2 colheres de sopa de açúcar na mistura anterior e misture bem.
- Em seguida, acrescente 2 xícaras de farinha de trigo e misture até que se forme uma massa homogênea. 
- Cubra a tigela com um pano e deixe descansando por 20 minutos.
- Após esse tempo, misture à massa os ovos, 4 colheres de açúcar, 1 colher de chá de sal e a manteiga. Misture bem.
- Vá adicionando aos poucos a farinha de trigo restante e vá sovando até a massa ficar bastante lisa e uniforme.
- Cubra a massa novamente e deixe descansando novamente por mais 30 minutos.
- Após esse tempo, divida a massa em 12 partes iguais e faça os moldes em formato de rosquinhas.
- Coloque as rosquinhas em uma forma já untada com manteiga e enfarinhada, cubra e deixe descansando por mais 15 minutos.
- Após esse tempo, pincele as rosquinhas com uma mistura de ovo batido com leite e leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC e deixe assando por 35 minutos ou até que fiquem douradas.
- Desligue agora o forno, polvilhe muito leite em pó por cima e sirva com um bom café.
Fotos da Lúcia Barcelos de Morrinhos GO

domingo, 4 de agosto de 2024

Congadas e Reinados: Patrimônio Cultural de Minas

(Por Arnaldo Silva) Desde sua construção em 1897, a Praça da Liberdade em Belo Horizonte foi palco de encontros de amigos, de feiras, passeios, manifestações culturais e políticas, além de ser, desde sua origem, o ponto turístico mais importante de Minas. É na Praça da Liberdade que estão as principais construções em ecléticas, o Palácio da Liberdade, coreto e belos jardins, inspirados nos belos jardins franceses e até bem há pouco tempo, foi o centro administrativo de Minas, sediando o Governo do Estado.
          Construída para homenagear a emancipação da República da Coroa Portuguesa e para ser o centro administrativo e político do Estado, a Praça da Liberdade foi palco entre os dias 2 e 3 de agosto de 2024, de um marco histórico para Minas Gerais. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          Foram dois dias de manifestação de uma das mais autênticas e genuínas festas folclóricas mineira que nasceu nas senzalas mineiras no século XVIII, as Congadas e Reinados de Nossa Senhora do Rosário.
A Festa do Rosário dos Homens Pretos
          É uma festa que surgiu do sincretismo religioso, ou seja, a união da fé cristã às memórias das culturas africanas, trazidas para Minas Gerais durante o Ciclo do Ouro entre os séculos XVII, XVIII e XIX por diversos povos trazidos da África. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          A presença dos povos negros em Minas, não se resume em mais de 300 anos erguendo pedras, escavando rochas em minas de ouro ou calçando ruas. A influência dos povos africanos em Minas Gerais está presente na culinária, no sotaque, na formação social, cultural e política mineira.
          A sabedoria e memórias da cultura e história dos escravizados foram repassadas aos seus descendentes e permanecem vivas até o dias de hoje, manifestadas principalmente na Festa de Nossa Senhora do Rosário por toda Minas Gerais.
Reconhecimento oficial
          Nesses dois, a cultura mineira pôde celebrar e comemorar o reconhecimento oficial das Congados e Reinadeiros como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. Trata-se do reconhecimento da afromineiridade presente na festa, majoritariamente formada por negros e pardos. (fotografia acima e abaixo da Márcia Rodrigues)
          A origem e os cânticos tradicionais das Congadas e Reinadeiros, as indumentárias, os mastros, vilões, tambores, rezas, cânticos e a cor da pele não nega a origem histórica dessa cultura, nascidas a partir dos modos de vida dos africanizados. A simbologia dos ternos de Congadas e Reinadeiros é a expressão da arte, fé, resistência e principalmente da união dos povos negros mineiros. É a materialização concreta da força dessa união que resiste há mais de 300 anos.
          Reconhecer as Congadas e Reinados como Patrimônio Cultural de Minas, visa exatamente isso. Reconhecer a origem, a luta e resistência dos povos negros mineiros. Não é apenas um reconhecimento da contribuição dos negros em nossa história e cultura. É a valorização.
36 ternos e 1500 Reinadeiros
          Nesses dois dias, a Praça da Liberdade ficou repleta de Congadeiros e Reinadeiros que vieram de várias cidades mineiras para acompanhar o ato oficial. Vestidos com suas tradicionais fardas e indumentárias, tocando seus tradicionais instrumentos, venerando a fé nos santos ligados à origem do Reinado e Congado, São Benedito, Santa Efigênia, Nossa Senhora das Mercês e Nossa Senhora do Rosário, deram mostras da força e resistência ao resistem 3 séculos de opressão, racismo e preconceito. Venceu a fé e a coragem desse valioso povo. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
          Foram mais de 1500 Reinadeiros e Congadeiros e Reinadeiros que vieram de várias cidades mineiras para acompanhar a solenidade, acompanhados também de diversos secretários de cultura e turismo. A praça ficou colorida com a beleza das cores vivas dos 36 ternos de reinados e congados. Com suas danças e cantos tradicionais, despertaram a curiosidades dos frequentadores da Praça da Liberdade, que ficaram sem entender do que se tratava. Paravam para ver e muitos até participavam das rezas e cantorias.
A decisão de oficializar as Congadas e Reinados
          Nos últimos anos, várias cidades mineiras vem requisitando junto aos órgãos culturais, o reconhecimento oficial das respectivas festas do Rosário e ternos de Congadas e Reinados mineiros. Foram mais de 900 pedidos de reconhecimento. Diante disso, em vez de reconhecer a festa do Rosário, Congadas e Reinadeiros por cidade ou por terno, optou-se por viabilizar o reconhecimento das Congadas e Reinados do Rosário como um todo, reconhecendo oficialmente o que fato a Festa do Rosário, os ternos de Congadas e Reinado é para os mineiros há mais de 200 anos, uma das nossas mais valiosas manifestações culturais e históricas.(fotografia acima de Nacip Gômez)
          Diante disso, em 2021, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) iniciou pequisas visando a catalogação, importância histórica, social e cultural da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, dos Reinadeiros e Congadas de Minas Gerais, a fim de produzir um dossiê, visando o reconhecimento como Patrimônio Cultural de Minas Gerais. O dossiê foi concluído em 2024 e a divulgação oficial se deu no dia 3 de agosto, às 15 horas, no Palácio da Liberdade. Coube ao Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) apresentar o dossiê.
Solenidade oficial
          O reconhecimento das Congadas e Reinados pelo Estado é de grande importância porque significa a garantia de ações governamentais de salvaguarda e proteção de suas origens e história, desde sua popularização, a partir de Ouro Preto MG, na segunda metade do século XVIII, até os dias de hoje. (fotografia acima de Dirceu Aurélio/Imprensa-MG)
          A importância da antiga Vila Rica foi reconhecida durante o hasteamento da histórica bandeira de Nossa Senhora do Rosário na frente do Palácio da Liberdade. Ao lado, foi colocada a bandeira de Ouro Preto MG, feita com técnicas africanas, em ferro fundido, há mais de 200 anos. Essa bandeira foi encontrada na Capela de Nossa Senhora das Necessidades em 2020, em Ouro Preto MG, nossa joia histórica, Patrimônio da Humanidade desde 1980.
          Na abertura do anúncio do reconhecimento, foi feito o hasteamento da histórica bandeira de Nossa Senhora do Rosário, na frente do Palácio e, ao lado, foi exibida também a bandeira em ferro fundido de Ouro Preto, trazidos pelos Congadeiros e Reinadeiros em cortejo ao som dos tambores e cantoria dos ternos. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          No momento do anúncio do reconhecimento, em seu discurso, o vice-governador Mateus Simões pontou: "As primeiras festas de congado são do ano de 1697, conduzidas, obviamente, pelas comunidades escravas daquele momento. O reconhecimento e luta pela libertação, que inclusive compõem os enredos das congadas, é uma forma de reconhecer e valorizar o papel anterior e presente da cultura afromineira na formação do que é Minas Gerais. Então, eu tenho certeza que esse marco é uma forma de demonstrar a integração necessária deste Estado multicultural que é Minas Gerais, que os negros são parte importantíssima da construção da nossa história. Isso tudo mostra que eles foram, são e sempre serão parte da cultura de Minas Gerais".
          Já o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, em seu discurso, disse: "Acho que esse palácio está mais livre hoje. E também mais protegido. Porque, pela força da lei e do reconhecimento do patrimônio histórico, a gente protege e reconhece essas expressões. Esse povo (do Congado e Reinado) está mais protegido, para que as manifestações que eles desenvolvem tenham, através da história, permanência".
          Presente na solenidade, o arquiteto e urbanista João Paulo Martins, atual presidente do Iepha/MG, disse que "Além da importância dessa valoração, também se trata de poder falar, trazer o congado para o centro das discussões. É ainda reafirmar uma posição anti racista, reconhecer o povo negro ao manter sua cultura e tradição, que constituem Minas Gerais".
          Além disso, durante a solenidade, foi feito o anúncio das rotas do Rosário em Minas Gerais. São rotas turísticas criadas e outras que poderão vir a ser criadas de acordo com a tradição da região, seja apenas uma cidade ou formada por um número de cidades próximas. O objetivo é fortalecer a festa e a tradição, além de promover o turismo nas cidades dessas rotas, atraindo assim turistas e fomentando a economia nas cidades dessas rotas.

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