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segunda-feira, 8 de julho de 2024

Saiba o motivo de igrejas próximas uma das outras em Minas

(Por Arnaldo Silva) Quem vem às cidades históricas mineiras se deslumbra com a riqueza arquitetônica dos casarões e principalmente, pela suntuosidade e imponência das igrejas mineiras.
          Minas Gerais, no auge de sua povoação, no século XVIII, não foi construída pelas mãos de engenheiros e arquitetos e sim, pelas mãos de artistas, artesãos, escultores e mestre nas artes que fizeram escola e até hoje são reverenciados, como mestres Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e seu pai, Manuel Francisco Lisboa, Joaquim José da Natividade, Valentim da Fonseca e Silva, Manoel da Costa Ataíde, José Soares de Araújo, Silvestre de Almeida Lopes, dentre outros outros tantos talentos mineiros e estabelecidos em nossas terras. (na fotografia acima de Nacip Gômez as igrejas de São Francisco e de Nossa Senhora do Carmo em Mariana MG)
          Minas não foi construída, foi esculpida por artista e pintada à mão. Isso explica a riqueza e beleza das construções. Mesmo assim, por desconhecimento da história das origens mineiras, principalmente do pensamento e da conjuntura social do século XVIII, simplesmente, analisam o que veem pela conjuntura social atual e pensamento do século XXI. Com isso ficam sem entender porque tantas igrejas em cidades pequenas e até próximas umas das outras, com indagações carregadas de críticas até. Sempre indagam o porque a Igreja Católica construía tantas igrejas e com tanto ouro e suntuosidade e qual era a necessidade de terem igrejas tão próximas umas das outras.
          A questão é que não foi a Igreja Católica a construtora das igrejas mineiras durante o Ciclo do Ouro e sim, as Irmandades.
O Ciclo do Ouro e as Irmandades
          A descoberta do ouro em Minas Gerais, fez surgir vilas e cidades, formada por diferentes povos, que vieram para a então capitania. Vieram de todos os cantos do Brasil e também, do mundo. Foram esses povos, que deram origem a formação social, política, arquitetônica, cultural e gastronômica de Minas Gerais.
          Foi este um período que começou a surgir em Minas Gerais as irmandades e confrarias. Com origem na Europa, eram associações formadas por homens de diversas camadas sociais, ricos ou pobres, que tinham ideais e objetivos comuns, além da devoção a um santo católico, que era a base para o surgimento das irmandades e confrarias. (na foto acima de Peterson Bruschi, o Altar-mor da Basílica Menor de Nossa Senhora do Pilar, igreja de Ouro Preto construída pela Irmandade do Santíssimo Sacramento)
Confraria, Irmandade e Ordem Terceira
          
Embora pareçam ser a mesma coisa, confraria, irmandade e Ordem Terceira, tem suas diferenças. As confrarias eram associações pias, informais, formadas pela união de grupo de pessoas leigas, com o objetivo de fazer caridade. Quando passavam a se constituir formalmente, como pessoas jurídicas, registradas e reguladas por estatutos, eram chamadas de irmandades. (na foto acima da Jane Bicalho, a rua e a escadaria de acesso a Capela de Santa Rita, no Serro MG, iniciada em 1728 e concluída em 1758 pela Irmandade do Rosário dos Pretos da Vila do Príncipe)
          Já as ordens terceiras eram instituições da Igreja Católica, formada por leigos. Eram muito ativas nos tempos do Brasil Colônia, em Minas. Para se fundar uma ordem terceira, os leigos dependiam de autorização dada por uma ordem primeira. Diferente das confrarias e irmandades, que aceitavam entre seus membros, diversos setores da sociedade, o ingresso à Ordem Terceira obedecia 
a critérios rigorosos e seletivos.
          Como exemplos o candidato a ingressar em uma Ordem Terceira tinha que ser rico, ter o sangue limpo, ou seja, seus membros não podiam ser negros, cristãos novos (judeus convertidos), ter origem de “raça duvidosa” ou com descendência de alguns desses povos, além de outras exigências.
          Menos seletivas, as irmandades e confrarias eram mais abertas, formadas por homens brancos, negros, pardos, mestiços e mamelucos, com profissões e classes sociais diferentes, seja rico ou seja pobre. Cada grupo com suas respectivas irmandades e devoção a seus santos, mas geralmente, membros de irmandades diferentes não se misturavam. Os relacionamentos sociais eram geralmente entre os próprios membros (na foto acima de Elvira Nascimento, a Igreja de São Francisco de Assis, em Diamantina MG, construída pela Ordem Terceira de São Francisco de Assis)
          Ser aceito e fazer parte de uma irmandade ou confraria, era primordial para o reconhecimento social dos homens no período colonial.
A Irmandade dos Homens Pretos
          Entre as irmandades formadas em Minas Gerais, as irmandades dos homens pretos, eram as mais ativas e atuantes. Isso devido à limitação impostas pelos brancos à fé dos escravos, bem como as discriminações, humilhações e preconceitos a que eram submetidos, constantemente. (na foto acima de Ane Souz, a Igreja de Santa Efigênia em Ouro Preto, construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos da freguesia de Antônio Dias, irmandade fundada por volta de 1717)
          A forma que encontraram para se unirem, com a permissão das autoridades, foi através das irmandades.
          Assim foram surgindo irmandades de homens pretos e pardos pelas cidades mineiras, com o objetivo de se protegerem e construírem suas próprias igrejas. Com isso, conseguiam se fortalecer, protegerem-se uns aos outros, além de preservarem suas tradições, cultura e fé, mantendo ainda a unidade dos homens que formavam a irmandade. 
          As irmandades dos homens pretos nutria grande afeição por Nossa Senhora das Mercês, São Benedito e em especial, Santa Efigênia e principalmente por Nossa Senhora do Rosário.
          A predileção dos escravos pela santa católica se deu devido ao seu rosário, semelhante ao “rosário de ifá”, usados pelos sacerdotes africanos. (na foto abaixo de Ane Souz, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, irmandade fundada em 1715)
A expulsão das Ordens Religiosas em Minas 
          A maioria das igrejas mineiras, durante o Ciclo do Ouro, foram construídas por irmandades e confrarias religiosas. As irmandades foram se formando durante o período da mineração do ouro, devido os desentendimentos entre a Igreja Católica e a Coroa Portuguesa.
          No início do século XVIII, com a descoberta de ouro em Minas Gerais, a Coroa Portuguesa proibiu as ordens primeiras da Igreja Católica de atuarem e de existirem em Minas Gerais, bem como, limitava a circulação de religiosos, nas cidades onde existia mineração. (na fotografia acima de Ane Souz igrejas da cidade do Serro MG)
          O objetivo era manter bem longe de Minas Gerais, principalmente das cidades onde eram extraídos ouro e diamantes, o clero regular. Afastando e expulsando as ordens religiosas de Minas Gerais, a Coroa Portuguesa visava controlar o contrabando, bem como se prevenia de possíveis complicações futuras, pelo fato das ordens religiosas não se submeterem à normas da administração portuguesa e sim, à normas internas da Igreja Católica. 
          Além disso, muitos religiosos e ordens  se envolviam em rebeliões de contestação da atuação da Coroa Portuguesa, sendo vistos como desestabilizadores e incentivadores de revoltas populares. 
O papel das Irmandades na religiosidade mineira
          Expulsar as ordens religiosas foi uma medida drástica. Para evitar descontentamento entre os mineiros, a saída que a Coroa Portuguesa encontrou foi a de incentivar a criação das irmandades, ordens terceiras e confrarias, formadas por leigos. Assim, as manifestações de fé do povo mineiro, continuavam e as regras e imposições da Coroa Portuguesa, respeitadas. Cabia então às irmandades construírem os templos, zelar pelas igrejas, organizar os serviços religiosos, além de construírem e manterem seus cemitérios.
          Mesmo com o impedimento da presença das ordens religiosas da Igreja Católica em Minas Gerais, a administração portuguesa permitia a presença de padres, designados pelos bispos da Bahia e Rio de Janeiro, estados onde não haviam as restrições impostas aos clérigos. Com a expulsão das ordens religiosas de Minas Gerais, era o Arcebispado desses dois estados, os responsáveis por designar padres e orientar as atividades religiosas na Capitania das Minas Gerais. (na fotografia acima de Ane Souz, o interior da Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto MG)
          Os padres que eram designados pelo Arcebispado, tinham que obter licença do governo português na colônia e seguir rígidas regras para atuarem em na Capitania de Minas Gerais. Teoricamente, a atuação desses padres se limitava à ministração dos cultos e serviços dos sacramentos. Quem construía, dirigia, preparava as cerimônias dentro e fora dos templos, dava manutenção e administrava as finanças das igrejas, eram as irmandades e não a Igreja Católica.
O papel social das Irmandades 
          Assim foram surgindo as irmandades e confrarias pelas cidades mineiras, com o objetivo de unir homens em prol de seus ideais comuns, defendendo seus interesses e a devoção em seus santos, dedicando a eles, as igrejas e capelas que construíam. (na foto acima da Elvira Nascimento, a Igreja de São Pedro dos Clérigos e abaixo as igrejas do Carmo e de São Francisco de Assis, em Mariana MG)
          As atuações das irmandades eram vistas com bons olhos pela Coroa Portuguesa, já que esses movimentos, tinham total controle sobre a construção de seus templos, contratação de arquitetos, pintores para ornamentação e decoração de suas igrejas. Eram as irmandades que decidiam como seriam construídas as igrejas, que tipo de adornos e ornamentações que teriam, mobiliário, peças sacras, tudo. Isso eximia o Estado de subsidiar e manter os templos, já que o custo das obras, bem como sua ornamentação e pinturas, ficava por conta dos membros das irmandades. 
          Outro fator importante para o apoio às irmandades pelo Estado, era o serviço de apoio e assistência social que estas prestavam aos seus membros e seus familiares. Além disso, ajudavam os que não eram membros das irmandades, mas tinham devoção a seus santos, mantendo assim afinidades com as irmandades.
          Todos os membros das irmandades tinham por obrigação, ajudarem uns aos outros em tudo que necessitassem. Quando ficavam doentes e necessitavam de ajuda, lá estava os irmãos e confrades para ajudarem. Eram ajudados quando passavam por problemas financeiros e quando eram presos, contavam com assistência jurídica. 
          As viúvas dos membros das irmandades não ficavam desamparadas e as irmandades, ajudavam financeiramente as viúvas e filhos, caso necessitassem. Davam ainda apoio às famílias com velório e sepultamento dignos, além de apoio e conforto espiritual.
          Essas atividades sociais eram importantíssimas paras as irmandades e vistas com bons olhos pela Coroa Portuguesa, que assim se sentia desobrigada de prestar assistência social à população.
          Mesmo assim, a atuação das irmandades era controlada pelo governo português, que exigia que cada irmandade criada, tivesse seu estatuto próprio, com normas que regulava as atividades dos membros da irmandade e registradas nos órgãos de controles e fiscalização da Coroa na região. 
          O estatuto teria que ser registrado e aprovado por uma entidade criada pela administração portuguesa, chamada de Mesa de Consciência e Ordens. Nos estatutos das irmandades, constava suas obrigações jurídicas de acordo com as leis vigentes da época, regulamentação da conduta moral, ética, religiosa, política, familiar e social de seus membros.
          A formação das irmandades e suas atividades, eram acompanhadas e orientadas, pelo Arcebispado da Bahia e Rio de Janeiro, que acompanhava a formação das irmandades em Minas, bem como na orientação de suas atividades religiosas. Recebendo essa aprovação das autoridades, passavam a serem reconhecidas pela Coroa Portuguesa. Caso houvesse necessidade de mudança nos estatutos, as irmandades teriam que comunicar às autoridades, encaminhar as mudanças e aguardar a aprovação. (na foto acima da Ane Souz, o altar da Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, no bairro Padre Faria em Ouro Preto MG)
          Por isso a existência de tantas irmandades e confrarias em Minas Gerais e claro, de igrejas. Quanto mais irmandades existia numa cidade, mais igrejas eram construídas.
Quanto mais irmandades, mais igrejas
          Em Ouro Preto, por exemplo, durante o Ciclo do Ouro, existiam 29 irmandades. Cada igreja ou capela ouro-pretana, nessa época, foi construída por uma irmandade diferente. E assim foi por todas as cidades mineiras, surgidas durante o Ciclo do Ouro, como Sabará, Serro, Mariana, Tiradentes, São João Del Rei, Diamantina, etc. (na foto acima do Thelmo Lins, o altar da Igreja do Pilar em São João Del Rei MG, iniciada em 1721 pela Irmandade do Santíssimo Sacramento)
          E era cada um na sua, cada irmão em sua irmandade, cada confrade em sua confraria. 
          As irmandades não viam a carência religiosa da sua cidade em si, mas sim os seus próprios interesses. Sua atuação religiosa e social era restrita a seus membros e devotos dos santos de suas respectivas igrejas. Não se incomodavam e nem se importavam em construir seus templos, próximos a outras igrejas. 
          Isso porque suas igrejas não eram para a cidade, e sim, para a própria irmandade. Inclusive, as sedes das irmandades eram dentro das igrejas, em salões localizados nos fundos. Cada irmandade construía sua igreja, mesmo que à frente, na rua do lado ou atrás da sua igreja, exista outra. Isso era totalmente irrelevante para as irmandades, ordens terceiras e confrarias.
          Por isso que nas cidades históricas mineiras, erguidas nesse período, existem tantas igrejas e todas, bem próximas.
Irmandades, vaidades e poder financeiro
          Havia inclusive disputas de poderio econômico entre irmandades. Notadamente visível na Praça Minas Gerais em Mariana, manifestação clara da disputa de poderio econômico e de poder, entre duas irmandades: a Ordem Franciscana e a Terceira Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Essa disputa resultou na construção de duas igrejas, uma em frente a outra, dedicadas à São Francisco de Assis, construída em 1763 e à Nossa Senhora do Carmo, construída em 1784. (na foto acima do Peterson Brushi)
          A construção de igrejas pelas irmandades, ultrapassava os sentimentos de fé e devoção. Era mostra clara de disputa de poder, com explícita demonstração de poderio econômico. Para conquistar poder ou manter o poder em mãos, as irmandades investiam fortunas em ornamentos em ouro, madeiras nobres, luxo e riqueza. 
          A riqueza estampada nas igrejas mineiras dos séculos XVIII e XIX, eram mostras claras da vaidade e poderio econômico dos mais ricos membros das irmandades e nem tanto da fé e religiosidade.
          O luxo excêntrico e riqueza das ornamentações das igrejas do período colonial em Minas Gerais, saiam dos bolsos dos membros das irmandades e não dos cofres da Igreja Católica.          
          Quanto mais ricos eram os membros das irmandades, mais investiam em seus templos. Quanto mais ouro e ornamentos tinham as igrejas, mais prestigio, fama, poder econômico e social, tinham a irmandades e seus membros.
A volta das Ordens Religiosas à Minas Gerais
          Com o fim da riqueza gerada pelo ouro, finalizou também a proibição da presença das ordens religiosas oficiais, que voltaram a se instalar em Minas Gerais, passando a administrar as igrejas e cemitérios e demais obras sociais, bem como reformar e construir novos templos. (na foto acima do César Reis, o reluzente brilho do ouro do Altar-mor da Igreja de Santo Antônio, em Tiradentes MG, construída pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, fundada em 1710)
          As irmandades, confrarias e ordens terceiras continuaram a existir e muitas delas são ativas até os dias de hoje, principalmente nas cidades históricas mineiras. Dão apoio, como entidade leigas, às ordens religiosas e ajudam nos trabalhos das igrejas, que passaram a serem administradas diretamente pelas ordens oficiais católicas, após o fim do Ciclo do Ouro e autorização das ordens religiosas de voltarem a atuar em Minas Gerais. 

domingo, 7 de julho de 2024

A Vila Colonial de Furquim

(Por Arnaldo Silva) Com origens nos primeiros anos do século XVIII, o distrito foi criado oficialmente em 16 de fevereiro de 1718. É distrito de Mariana, na Região Central, está distante 28 km da sede e a 120 km de Belo Horizonte.
          O distrito de Furquim é formado ainda pelos subdistritos de Goiabeiras, Cuiabá, Constantino, Gurujanga, Curvanca, Margarida Viana, Paraíso, Pedras e Crasto. No distrito e subdistritos, vivem cerca de 2 mil pessoas. (foto acima de Leandro Leal)
          Seus moradores vivem da Agricultura Familiar, com destaque para a produção artesanal de doces caseiros como a goiabada e doce de leite, cachaça de alambique, queijos, quitandas, cultivo de hortaliças diversas e pequenas lavouras, como de milho.
          O artesanato é outra forte atividade em Furquim com destaque para confecção de tapetes de pita; flores e balaios de palha; esteiras e peneiras de taquaras de bambu; chicotes, cabrestos e bolsas de couro; bordados e crochês; pintura em tecidos; artesanato feito com pedra sabão como esculturas, panelas e arte decorativa; e também, artesanato em madeira como móveis rústicos, gamelas, colheres de pau e pilões.
Origem de Furquim
          Seu nome tem origem em Antônio Furquim da Luz, sertanista que fundou o Arraial dos Furquim nos primeiros anos do século XVIII. Foi Antônio Furquim o descobridor de minas de ouro na região, tornando-a um efervescente centro de mineração. (fotos acima de Leandro Leal)
          Como todo arraial do interior mineiro, tinha como centro de fé uma igreja ou capela. Em Furquim, a fé no Bom Jesus do Monte. Uma pequena capela foi erguida 1704, começou a ser ampliada a partir de 1745, tendo sido concluída no século XIX.
          Uma obra setecentista rica em detalhes das ornamentações, talhas pinturas do estilo Joanino. Conta com belíssimos acervos sacros, que contribuíram com a igreja ao longo de sua construção renomados arquitetos, construções e artistas da época como Francisco Xavier Carneiro, Francisco Machado Luz, José Pereira Arouca. Sua importância para a história do Brasil Colônia é tão grande que a Igreja foi tombada em 1949 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
          Em 1745, é instalado nas proximidade da capela o Cruzeiro Patriarcal, hoje um das principais atrações turísticas da Vila Colonial Barroca de Furquim. Além disso, em Furquim a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e os Dozes Passos da Via Sacra, são outros atrativos, juntamente com seu preservado e charmoso casario colonial. 
          Furquim preserva sua história, seu passado e suas características há três séculos. Uma vila colonial, tipicamente mineiro com casario colonial, simplicidade e requinte em suas construções, principalmente nos adornos e talhas de seus casarões e igrejas históricas.
Atrativos de Furquim
          A Matriz e o Cruzeiro do século XVIII são marcos da história de Furquim, bem como sua antiga estação ferroviária, reformada e preservada. Inaugurada em 28/08/1926, a estação fazia parte do ramal Ponte Nova. Ligava Furquim a estação Miguel Burnier em Ouro Preto MG, na época, capital da província de Minas, até Ponte Nova. Reformada, funciona atualmente na antiga estação um Centro Cultural. (fotos acima e abaixo de Leandro Leal)
          Além disso, Furquim tem como atrativos o encontro das águas do Ribeirão do Carmo com o Rio Gualaxo do Sul, a Cachoeira de Rosa, no subdistrito de Pedras, a Cachoeira do Jadir e a Cachoeira do Pedro, no subdistrito de Cuiabá. Tem ainda a Pedra do Urubu, o Rio do Coito e o Rio Gualaxo como atrativos naturais e a Ponte dos Macacos, a Fonte da Gameleira.
Tradição e estrutura
          Furquim conta com boa estrutura urbana para atender os turistas como pousadas, botecos e restaurante com comida típica, pequeno comércio onde o visitante encontra os produtos locais como queijos, doce e artesanato, além de poder acompanhar as tradicionais festas religiosas como Semana Santa, Corpus Christi, o Dia do Padroeiro, a Festa de virada de ano e do Furquiense ausente, em 1° de janeiro, Mês de Maria, Festa da Virgem do Carmelo em 16 de julho, Festas Juninas, dentre outras.

sábado, 6 de julho de 2024

Joaima: charme e simplicidade de uma típica cidade mineira

(Por Arnaldo Silva) Com 13.888 habitantes, segundo Censo do IBGE e a 692 km distante de Belo Horizonte, Joaíma está localizada no Vale do Jequitinhonha, pertencendo a microrregião de Almenara. Faz limites territoriais com os municípios de Jequitinhonha, Felisburgo, Santa Helena de Minas, Fronteira dos Vales, Águas Formosas, Monte Formoso e Novo Oriente de Minas.
          Cidade pacata, com ares típicos do interior mineiro, com ruas em calçamento de pedras, pitorescos botecos, um povo simples, trabalhador, acolhedor e hospitaleiro. A simplicidade de suas ruas, praças e casario, torna Joaíma mais interiorana ainda, charmosa e atraente. (fotografia acima de Ramon Senna)
Breve história de sua origem
          Região anteriormente habitada por povos indígenas, Joaíma tem origens em um povoado formado no século XIX. Seu primeiro nome foi Quartel de Água Branca, ou simplesmente Quartel, devido existir nas proximidades, às margens de um córrego, um Quartel da 7ª Divisão Militar de São Miguel. Com o crescimento do povoado e a grande presença indígena na região, mais um quartel foi instalado, passando o lugar a se chamar, Quartéis do Bonfim, devido a devoção dos primeiros moradores ao Senhor do Bonfim, hoje, padroeiro da cidade. (fotografia acima do Ramon Senna)
          O povoado foi elevado a distrito em 1911, subordinado a Araçuaí e posteriormente ao município de Jequitinhonha, até se tornar cidade emancipada em 27 de dezembro de 1948, adotando o nome de Joaíma, em homenagem a Joahima, antigo chefe indígena de destaque na região.
Base econômica e educacional
          A base da economia local é agropecuária, com destaque para a produção caseira de doces, quitandas, queijos, em especial, o Queijo Cabacinha, além do artesanato.
          O setor de serviços é outra grande fonte de renda dos moradores locais, além da cidade contar com um pequeno e variado comércio, pequenos hotéis, restaurantes, lanchonetes, padarias e bares tradicionais. (na foto acima do Ramon Senna, a Pedra do Relâmpago)
          O município conta com escolas de ensino fundamental e médio no perímetro urbano e em sua área rural. Além disso, Joaíma conta com um campus da Universidade Montes Claros (Unimontes) e Escola Técnica, na foto acima do Ramon Senna.
Atrativos turísticos
          Além do charme de suas ruas, charmosas praças e árvores bem cuidadas, Joaíma tem ainda como atrativos a sua Matriz, a Igreja do Senhor Bom Jesus e ainda, o Jacutinga Club, as praças Dr. Olinto Martins e Coronel Antônio Moreira. A beleza do artesanato local e o Mercado Municipal são atrativos em destaques. (foto acima do Barbosa)
          O casario de Joaíma chama atenção pela simplicidade, cores vibrantes e beleza. São casas conjugadas e simples e também casarões em estilo colonial, seculares e tradicionais, que encantam pela beleza e conservação. (fotografia acima do Ramon Senna)
          Estar num lugar assim em meio a simplicidade e o colorido das casas, nos transmite ares de paz, sossego, tranquilidade e nostalgia. Como atrativo natural, o destaque é para a Cachoeira Dois Batentes. (na foto acima do Ramon Senna, a Matriz e abaixo o portal da cidade)
          Visite Joaíma, conheça um pouco da história e cultura do Vale do Jequitinhonha, presente no dia a dia da cidade.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Broinha de amendoim

INGREDIENTES
. 1 1/2 xícara (chá) de amendoim torrado, sem pele e moído
. 2 copos (americano) de leite integral
. 2 xícaras (chá) de fubá de milho
. 1 copo (americano) de farinha de trigo
. 1/2 copo (americano) de óleo
. 1 xícara (chá) de açúcar
. 4 ovos
. 2 colheres (sopa) de manteiga
. 1/2 colher (sopa) de bicarbonato de sódio
. 1 colher (sobremesa) de fermento em pó
MODO DE PREPARO
- Bata na batedeira ou no liquidificador o açúcar, os ovos e a manteiga até obter uma mistura homogênea
- Sem parar de bater, acrescente alternadamente, a farinha, o fubá, o amendoim e o leite
- Retire da batedeira e misture delicadamente o fermento e o bicarbonato.
- A massa tem que estar densa, lisa e bem firme. Se precisar, use mais trigo e mais fubá até ficar no ponto de fazer os moldes das broinhas.
- Faça os moldes da broa redondos e dê uma leve achatada com as mãos.
- Pegue um punhado da massa, enrole com as mãos, amasse um pouco e vá colocando as broinhas em uma fôrma untada e enfarinhada e leve ao forno pré-aquecido a 180°C por 35 minutos ou até que fiquem douradas.
- Deixe esfriar e sirva.
Fotos feitas pela Walquíria Duarte da padaria Feito em Casa - Pães Artesanais de São Sebastião do Paraíso MG

terça-feira, 2 de julho de 2024

Bolo caipira de milho

INGREDIENTES 
. 6 espigas de milho direto da espiga e não muito verdes +  ou menos (tem que dar ao menos 2 xícaras (chá) bem cheias
. 1 xícara (chá) de farinha de trigo 
. 1 xícara (chá) de leite
. 1 e 1/2 xícara de açúcar
. 3 ovos inteiros
. 3 colheres (sopa) de manteiga
. 1 pacotinho de coco ralado
. 1 colher (sopa) rasa de fermento

MODO DE PREPARO
- Bata no liquidificador o milho retirado da espiga, o leite, os ovos e a manteiga;
- Bata bem até triturar o milho.
- Em seguida, coloque toda a mistura na batedeira, acrescente  a farinha de trigo,  o açúcar, o coco ralado e, por fim, o fermento.
- Unte uma forma com um furo no meio e coloque para assar em forno preaquecido a 180º C graus e deixe no forno por cerca de 1 hora ou até ficar bem douradinho..
- Por fim, desligue o forno, espere esfriar um pouco, desenforme e sirva com um bom café.

Fotografia do bolo feito pela Regina Rodrigues da Fazendinha da Regina/@reginasfarm na Flórida/USA

Bolinho de arroz

INGREDIENTES
. 2 xícaras de chá de arroz cozido
. 1/2 xícara de chá de queijo ralado
. 1/2 xícara de chá de leite
. 2 colheres de sopa de cheiro verde picado
. 1 colher de sopa rasa de fermento em pó
. 1/2 xícara de chá de amido de milho
. 1/2 xícara de chá de farinha de trigo
. 3 ovos
. Óleo para fritar
MODO DE PREPARO- Coloque todos os ingredientes numa vasilha
- Com uma colher de misture tudo muito bem.
- Coloque óleo em uma panela grande e quando estiver fervendo, frite os bolinhos.
- Encha uma colher e vá colocando na panela
- Vire os bolinhos para que fritem por igual.
- Quando estiverem dourados, retire, coloque numa vasilha com papel toalha e deixe escorrer.
Foto enviada por nossa seguidora Marili Rocha

Pão doce com coco - Fatias húngaras

(Por Arnaldo Silva) Esse pão doce com coco e uma calda delicioso é chamado de Sticky bun, Caracol Húngaro e Fatia Húngara como é conhecida no Brasil. 
          Embora o nome sugere ser uma iguaria de origem húngara, a iguaria não tem origem na Hungria e é desconhecida nesse país e também, o porque do nome. Na verdade não se sabe até os dias de hoje sua origem, embora acredita-se que seja sim um tipo de pão europeu, devido estudos indicarem a existem desse pão na Idade Média. Chegou às Américas pelos colonizadores portugueses e espanhóis.
INGREDIENTES PARA A MASSA
. 1 quilo de farinha de trigo
. 2 xícaras (chá) de leite morno
. 3 ovos inteiros
. 1 colher (sopa) de manteiga
. 1/4 xícara (chá) de óleo
. 2 tabletes de fermento para pão
. 5 colheres (sopa) de açúcar
INGREDIENTES PARA CALDA
. 2 xícaras (chá) de leite
. 1 xícara (chá) de açúcar
INGREDIENTES PARA O RECHEIO
. 5 colheres (sopa) de manteiga
. 100 gramas de coco ralado
. 1 xícara (chá) de açúcar
MODO DE PREPARO DA MASSA 
- Misture o fermento, açúcar e o leite morno, depois acrescente os ovos, a manteiga, o óleo e misture bem.
- Por último coloque a farinha de trigo aos poucos e sove bastante até desgrudar das mãos.
- Cubra a massa com uma pano e deixe descansando por 45 minutos.
- Após esse tempo, abra a massa com rolo de macarrão, coloque o recheio e espalhe bem.
- Enrole a massa como rocambole.
- Corte as fatias + ou - dois dedos de largura, coloque-as numa fôrma untada e enfarinhada e leve ao forno pré-aquecido a 200º C por 25 minutos ou até que fiquem douradas.
  MODO DE PREPARAR O RECHEIO
- Misture tudo até virar um creme.
- MODO DE PREPARO DA CALDA 
- Ferva os ingredientes da calda, com as fatias prontas e ainda quentes despeje a calda por cima em forma circular.
- Espalhe coco ralado por cima e sirva.
Fotografias de Arnaldo Silva de Bom Despacho MG

Enroladinho de queijo

INGREDIENTES
. 1 kg de farinha de trigo
. Queijo cortado em tiras para recheio
. 1 copo americano de leite morno
. 3 colheres de açúcar
. 1/2 colher de sal
. 2 tabletes de fermento biológico
. 2 ovos
. 1/2 copo americano de óleo
. 1 copo americano de água morna
. Leite condensado ou gema de ovo para pincelar e açúcar para pulverizar

MODO DE PREPARO
- Em uma vasilha coloque o leite, água, óleo, um pouco de farinha e o fermento, misturando bem até que amasse pareça um mingau grosso.
- Em seguida acrescente o sal, o açúcar, e os ovos

- Acrescente aos poucos o restante da farinha até o ponto de desgrudar das mãos
- Sove bastante a massa
- Divida em duas partes, cubra com um pano de prato úmido sem deixar encostar na massa e deixe descansar por 30 minutos
- Abra a massa e faça tiras de aproximadamente 5 cm de largura, e enrole no queijo em tiras
- Pincele com a gema

- Coloque os pãezinhos em uma fôrma untada com óleo, cubra novamente e deixe descansando por 15 minutos.
- Leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC, por aproximadamente 20 minutos
- Pincele com leite condensado ou gema de ovo, como queira e polvilhe com açúcar cristal ou se preferir, coco ralado.
Receita e fotografias fornecidas pelo Arnaldo Silva de Bom Despacho MG

Bolinho de milho verde

Não leva leite, ovos e nem trigo.
INGREDIENTES
. 5 espigas de milho verde
. Sal a gosto
. Cebola picadinha, cheiro verde e pimenta a seu gosto
. Óleo para fritar
MODO DE PREPARO
- Retire a palha do milho e rale na parte fina do ralinho.
- Despeje numa vasilha, coloque a cebola, o cheiro verde, o sal e misture tudo com uma colher.
- Aqueça o óleo e quando estiver bem quente, pegue a massa com uma colher e vá colocando um a um na panela.
- Vire os bolinhos para que fritem por igual e estejam corados.
- Coloque num papel toalha para escorrer e sirva. Acompanhado com creme de alho e suco fica ótimo! Com café também.
Bolinhos feitos pela Zita de Piumhi MG, registrado pela Nilza Leonel

Torta de frango

INGREDIENTES PARA O RECHEIO:
. 500 g de peito de frango sem pele
. 1/2 litro de caldo de galinha
. 4 colheres (sopa) de óleo
. 1 dente de alho amassado
. 1 cebola picada
. 3 tomates sem pele e sem sementes
. 1 pimentão picado
. Sal e pimenta-do-reino a gosto
. Azeitonas a gosto
INGREDIENTES PARA A MASSA:
. 250 ml de leite
. 3/4 de xícara (chá) de óleo
. 2 ovos
. 1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
. Sal a gosto
. 1 colher (sopa) de fermento em pó
. Queijo Minas meia cura ralado a gosto
MODO DE PREPARO DO RECHEIO:
- Cozinhe o peito de frango no caldo até ficar macio.
- Separe 1 xícara (chá) de caldo do cozimento e reserve.
- Refogue os demais ingredientes e acrescente as azeitonas por último.
- Desfie o frango, misture ao caldo e deixe cozinhar até secar.
MODO DE PREPARO DA MASSA:
- Bata o leite, o óleo e os ovos no liquidificador em velocidade baixa
- Acrescente aos poucos a farinha, o sal e o fermento.
- Despeje metade da massa em uma forma untada e adicione o recheio sobre ela.
- Cubra com o restante de massa e o queijo ralado.
- Leve ao forno preaquecido (180° C) até dourar.
Fotos e receita fornecidas pelo Arnaldo Silva de Bom Despacho MG

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