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terça-feira, 30 de abril de 2024

Requeijão Moreno é reconhecido como queijo artesanal mineiro

(Por Arnaldo Silva) O tradicional Requeijão Moreno foi reconhecido pelo Governo de Minas com um dos queijos artesanais do Estado de Minas Gerais, através de resolução publicada no Diário Oficial do Estado no dia 27 de abril de 2024.
          
Segundo o Governo, o objetivo com o reconhecimento é valorizar e promover um dos mais tradicionais produtos originais de Minas Gerais, além de proteger o seu modo secular e original de preparo e sua produção sustentável. (na foto/divulgação acima, o premiado requeijão moreno feito na Queijaria Requeijão Toko, de Porteirinha MG, Norte de Minas)
          Além disso, o reconhecimento favorecerá o aumento da produção de requeijão moreno nas cidades produtoras, a geração de emprego e maior renda para centenas de famílias, além de promover esse tipo de queijo mineiro para outras regiões do estado do país.
Há séculos na mesa mineira
          O requeijão moreno faz parte da cultura mineira desde o século XVIII, com a prática e o modo de fazer, passados de geração para geração, feito da mesma forma como há 300 anos. É um das principais fontes de alimento e renda das cidades e famílias produtoras de requeijão moreno. (na foto acima, requeijão moreno de Felício dos Santos MG, Vale do Jequitinhonha, registrado pelo Edson Borges)
Onde é produzido o requeijão moreno?
          Iguaria tradicional produzida no Norte de Minas, com destaque para a cidade de Porteirinha e principalmente no Vale do Mucuri, sua região de origem, onde produção do requeijão moreno é bastante expressiva, principalmente nas cidades de Ataleia, Catuji, Franciscópolis, Frei Gaspar, Itaipé, Ladainha, Malacacheta, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Pavão, Poté, Setubinha e Teófilo Otoni.
O fazer tradicional do requeijão moreno
          A iguaria mineira é feita com leite cru coagulado naturalmente, que é obtido pela mistura da nata do leite cozido com a massa de coalhada dessorada e lavada. Dependendo do tempo do cozimento, sua cor pode ser amarelo clara, amarelo e até marrom, dependendo do tempo de cozimento. (na foto/divulgação acima, o premiado requeijão moreno feito na Queijaria Requeijão Toko, de Porteirinha MG, Norte de Minas)
          O requeijão moreno tem consistência firme, sem olhaduras (furinhos), textura bem firme, casa fina, sabor levemente defumado e é prensado no formato retangular ou esférico, de acordo com o produtor. (na foto acima, requeijão moreno de Felício dos Santos MG, Vale do Jequitinhonha, registrado pelo Edson Borges)
Região queijeira
          Segundo dados da Empresa Mineira de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), exitem 54 produtores desse tipo de queijo no Vale do Mucuri e Norte de Minas, além de existirem famílias que produzem a iguaria no Vale do Jequitinhonha.
          A Emater-MG está preparando estudos para caracterização da iguaria nessas regiões, visando o reconhecimento da região como produtora de Queijo Minas Artesanal, que é uma prerrogativa única do Governo do Estado.
          Somente o Governo do Estado pode oficializar uma região queijeira que é feita através de estudos e análises realiza pelos órgãos competentes como a Emater-MG, responsável pelo levantamento histórico da região produtora, Epamig, responsável pelas pesquisas sobre a segurança do consumo do produto e o IMA, responsável pela fiscalização, instruções normativas e regulamentos sobre a produção e comercialização do produto em queijarias e entrepostos, além de publicar as portarias que garante ao produtor ter um mercado formal para seu produto.
          Cabe a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Seapa-MG, controlar e coordenar todo o processo, além de elaborar políticas públicas de valorização e promoção do queijo artesanal, nas cidades das regiões definidas como Região Produtora de Queijo Minas Artesanal.

sábado, 27 de abril de 2024

Cidade mineira é eleita a melhor do país para ter filhos

(Por Arnaldo Silva) A cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, atualmente com 111.697 habitantes, é a melhor cidade para ter filhos em Minas e no Brasil. Nova Lima figura ainda no Mapa da Riqueza do Brasil, que apontou as cidades mais ricas do país, e mais uma vez, a cidade mineira ficou em primeiro lugar no ranking nacional com uma renda média de R$5.791,00 por habitante, seguido por Santana do Parnaíba, município de São Paulo.
          Além de Nova Lima, em Minas Gerais, Capitólio é a segunda, Belo Horizonte, a terceira, Extrema, a quarta e Santana do Paraíso a quinta como as 5 melhores cidades para ter filhos no Estado. No ranking total dos estados, Nova Lima MG lidera com o ranking, figurando em primeiríssimo lugar geral. (na foto acima da Norma Suely Bittencourt, o centro de Nova Lima MG)
          É o que aponta pesquisa feita pela Mapfry, uma startup de dados com foco na geolocalização. Para fazer suas pesquisas, a startup utiliza como fonte principal, os dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). (na foto acima do Gustavo Simões/@gustavosimoes.art, a Torre Alta Vila no bairro Vila da Serra em Nova Lima, na divisa com BH)

          Para desenvolver a pesquisa das melhores cidades brasileiras para ter filhos, a Mapfry teve como parâmetro, o nascimento de crianças, alto e baixo desenvolvimento das cidades, quantidade de crianças, educação local, infraestrutura e dinamismo urbano, coleta de lixo, qualidade e acesso aos serviços públicos, esgoto e água tratada, número de cômodos nas residências, enfim, a base da pesquisa foi a qualidade de vida que as cidades oferecem aos seus cidadãos. Foram analisados os dados de todos os 5.570 municípios brasileiros.
          A pesquisa foi feita por estado e no somatório geral das análises, foi feito o ranking das melhores cidades do país para ter filhos. As cidades próximas as capitais e grandes metrópoles brasileiras são que estão no topo da lista, tanto em nível estadual, quanto nacional.
Veja a lista das 10 primeiras colocadas no ranking geral
          São 4 em São Paulo, 3 em Santa Catarina, 2 em Goiás e 1 em Minas Gerais.
1° - Nova Lima, em Minas Gerais
2° - Bady Bassitt, em São Paulo
3° - Santana do Parnaíba, em São Paulo
4° - Abadia de Goiás, em Goiás
5° - Barra Velha, em Santa Catarina
6° - Goiânia, em Goiás
7° - Itapoá, em Santa Catarina
8° - Cedral, em São Paulo
9° - São Caetano do Sul, em São Paulo
10°- Itapema, em Santa Catarina.
Metodologia da pesquisa
O estudo avaliou as cidades com base em cinco dimensões:
1. Baixo desenvolvimento: identifica regiões carentes, onde serviços públicos são ausentes, bem como o desempenho escolar é baixo.
2. Volume de crianças: a população de crianças em cada cidade.
3. Desenvolvimento: reflete a qualidade da infraestrutura urbana, assim como bons indicadores de educação e saúde.
4. Dinamismo: reflete a intensidade da atividade econômica.
5. Alto desenvolvimento: alta cobertura de serviços públicos e qualidade das moradias.
Fonte das Informações: site da startup Murfpy. 
Os dados completos da pesquisa, por cidade, estado e país, podem ser conferidos neste link: https://lookerstudio.google.com/u/0/reporting/97063b37-8d42-4477-965d-d4a8abdafa24/page/33hvD?s=vC7b62mOtuM (Seleciona, copia e cola)

sexta-feira, 19 de abril de 2024

A receita tradicional do Frango do Bico Atrás de Sabinópolis MG

(Por Arnaldo Silva) Tradição em Sabinópolis MG desde o início do século XX. O modo de preparo do Frango do Bico pra trás é patrimônio Imaterial da cidade de Sabinópolis MG no Vale do Rio Doce. É uma típica cidade interiorana mineira, com origens no início do século XIX. Pacata, charmosa, acolhedora, povo bom, trabalhador e caloroso na hospitalidade onde vivem 14 240 habitantes, segundo Censo 2022 do IBGE.
          A cidade faz parte da Região Queijeira Serro, tradicional região queijeira formada por Sabinópolis, Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.
Vamos então a receita tradicional do Frango do Bico Atrás
O frango é preparado inteiro

INGREDIENTES
. 1,5 kg de frango caipira
. 1 colher de sopa rasa de sal com alho
. 0,5 L de Gordura / óleo para fritar o frango
. Cheiro verde a gosto
. Cebola à gosto
. Pimenta do reino à gosto
. Sal a gosto
FAROFA
. 300g farinha de mandioca
. Miúdos do frango ( moela, fígado, sangue e coração)
.Temperos a gosto ( cebola, salsa, pimenta, alho)
PROCESSO TRADICIONAL DE PREPARAÇÃO
- Antes do abate, o frango caipira deve estar por 2 horas sem se alimentar, para que o papo esteja vazio e facilite a limpeza.
- Após o abate, depene o frango, faça uma pequena incisão abaixo do bico para remover a língua e a garganta, tomando cuidado para não arrebentar a pele do pescoço e mantendo a parte de baixo do bico.

- Em seguida, remova os olhos e abra o frango na ponta do peito com uma pequena incisão para retirar as vísceras fazendo, a limpeza por trás.
- A glândula que fica acima da sambiquira deve ser retirada e o pescoço deve ser esticado para a parte posterior do frango, de modo que o bico se encaixe na sambiquira (que é um corte de frango feito a partir da ponta do rabo da galinha).
- Nesse momento, o frango deve ser ferventado por aproximadamente 10 minutos para que a carne fique firme.- Após esse processo, ele deverá ser temperado com alho, sal, pimenta, cheiro verde, limão ou vinagre e aguarda-se mais ou menos 2 h para o tempero entrar.
- Enquanto isso, os miúdos do frango (moela, fígado, sangue e coração) são cozidos, picados e refogado com banha de porco e temperos para preparar a farofa.
- Essa farofa deve ser mais úmida e por isso se coloca pouca farinha de mandioca.
Após cozinhar o frango, essa farofa será inserida dentro dele pela incisão que foi feita anteriormente e será feita a fritura por imersão em gordura quente.
- Para finalizar, o frango será colocado em um tabuleiro acompanhado de salada, batatas, ovo cozido ou o que preferir. (a foto acima é foi feita pela Ascom/Prefeitura Municipal

Fotografias e receitas fornecidas pelo Lindomar Santana da Queijaria Queijos Maturado Santana de Sabinópolis MG.

terça-feira, 16 de abril de 2024

A cidade que mudou de nome por causa de Santa Catarina SC

(Por Arnaldo Silva) Natércia, no Sul de Minas, conta atualmente com 4.691 habitantes, segundo Censo do IBGE. Cidade pequena, pacata, charmosa e acolhedora, está a 387 km da capital, fazendo limites territoriais com Heliodora, Lambari, Jesuânia, Conceição das Pedras, Pedralva, Santa Rita do Sapucaí e Careaçu.
          Seu relevo é montanhoso, com belíssimas paisagens naturais nativas, rios e cachoeiras como a cachoeira da Usina, com 45 metros de queda, ótimos atrativos para um convívio maior com a natureza prática de caminhadas e esportes radicais como rapel. (fotografia acima de José Valmei)
Origens
          O que é hoje a cidade de Natércia, tem origens no arraial de Descoberto da Pedra Branca, seu primeiro nome, em 1741. Dois anos depois, em 28/02/1743, passa a se chamar Arraial de Santa Catarina da Pedra Branca, tendo como padroeira, Santa Catarina de Alexandria. Elevado a freguesia em 11/07/1822 por Alvará de 09/05/1822 e a vila/distrito em 14/09/1891, por Lei Estadual n° 2 de 14/09/1891, subordinado a Santa Rita de Sapucaí MG.
          Na data de elevação à freguesia, 11/07/1822, a Igreja de Santa Catarina foi elevada a Paróquia e a partir desta data, a freguesia/vila, passou a se chamar Santa Catarina, posteriormente, elevada à cidade emancipada pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923.
          Tanto a freguesia, vila e cidade se desenvolveram a 3 km do primitivo Arraial de Santa Catarina da Pedra Branca. A elevação de sua igreja a Paróquia em 11/07/1822 e sua elevação a vila, em 7/09/1923, são datas comemorativas da cidade.
De Santa Catarina MG para Natércia MG
          No século passado, encomendas e cartas levavam semanas e até meses para chegar aos destinatários. O envio era basicamente feito por trens, já que até o anos 1970, o transporte por terra e em trens, era predominante. As longas distâncias e o tempo para chegar ao destinatário, ocasionava extravios ou desvios de correspondências. (fotografia de Éder Paulo Dias)
          É o caso de Santa Catarina MG. Muitas correspondências enviadas a destinatários na cidade, acabavam indo parar no estado de Santa Catarina, o que gerava enormes transtornos. Para por fim a essa questão, os vereadores de Santa Catarina MG se mobilizaram junto ao poder municipal, Assembleia Legislativa e Governo do Estado de Minas Gerais para mudar o nome da cidade, que foi feito através da Lei nº 1039, de 12-12-1953.
          Com a aprovação dessa lei, Santa Catarina MG teve o nome alterado para Natércia MG, nome escolhido pelos políticos locais, com a alteração do nome aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores.
Por que Natércia?
          Natércia é um anagrama de Caterina, em alusão aos versos de Luís Vaz de Camões (1524 – 1580), português e Renascentista, é considerado um dos maiores escritores da língua portuguesa de todos os tempos, tido inclusive como o “pai da língua portuguesa”. Camões nutria um forte amor por Caterina de Ataíde, uma linda jovem de olhos azuis, filha de um nobre português e membro da administração da corte real.
          Sua beleza impressionava tanto Camões que Caterina de Ataíde foi imortalizada em diversos de seus sonetos. Um desses sonetos, tem o nome de Natércia. Sua amada havia morrido ainda jovem, vítima de uma grave e fulminante doença. O poeta nunca escondera as saudades e o amor ardente que nutria por sua amada Caterina.
          Camões à época era um jovem irrequieto, aventureiro e demonstrava muita valentia. Por esses motivos, sempre se metia em confusões por onde passava e por várias vezes, foi parar em prisões.
Em uma de suas viagens, se envolveu em problemas na Índia, tendo sido capturado na China e enviado à Índia de navio para ser julgado. Foi nessa viagem de volta à Índia que escreveu o soneto Natércia.
          Para não identificarem o nome da amada, Camões misturou as sílabas de CATERINA, dando nome ao poema de NA-TER-CIA. 
          Na escolha do novo nome para a cidade, foi feita a sugestão de Natércia, com explicações do seu significado. Autoridades da cidade, à época, optaram pela troca do nome Santa Catarina MG para Natércia MG, com a alteração aprovada por projeto de lei, embora o nome escolhido não tenha tido total apoio dos moradores da cidade.
          O anagrama é uma linda poesia de amor, além de fazer alusão à padroeira da cidade, Santa Catarina de Alexandria.
Atrativos de Natércia
          Além da Paróquia de Santa Catarina de Alexandria, Natércia tem como outros atrativos a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no século XIX, com belíssimas obras de arte em seu interior e outras belas igrejas. (na foto acima do Leonardo Souza/jleonardo_souza_srs, a Paróquia de Santa Catarina de Alexandria)
          Além disso, tem o Mirante do Cruzeiro, com uma vista panorâmica espetacular da cidade, as cachoeiras do Salto e sua impressionante queda, trilhas como a Trilha da Pedra do Cruzeiro e estradas rurais que levam a outras cachoeiras como a Cachoeira da Usina na vizinha Conceição das Pedras. Sem contar a possibilidade de praticar esportes aquáticos no Rio Sapucaí, como a canoagem ou mesmo, relaxar às margens do rio e praticar pesca esportiva em seus rios e represas. (foto acima de José Valmei)
          Pra quem prefere um programa familiar, tem o Parque Municipal, um lugar com boa estrutura para diversão, ideal para o dia com a família e fazer piqueniques.
          Para os amantes da cultura que queiram conhecer mais a fundo a história da cidade, Natércia conta com Museu Histórico e a Casa da Cultura, além de preservar suas festas tradicionais como a de Nossa Senhora da Conceição e de Santa Catarina de Alexandria, a padroeira, em 25 de novembro, dentre outras festividades. Tem ainda a oportunidade de visitar fazendas históricas, com construções do período colonial, já que algumas são abertas a visitação.
          E como toda tradicional cidade mineira, a culinária de Natércia é bastante tipicamente mineira e rica em sabores, com destaque para o feijão-tropeiro, o frango com quiabo e a tradicional broa de milho. (na foto acima de José Valmei, a Paróquia de Santa Catarina de Alexandria)
          Natércia conta ainda com uma boa estrutura urbana, um variado comércio, bares, restaurantes, padarias e lanchonetes, além pequenos hotéis e pousadas aconchegantes, ruas e praça arborizadas, um charmoso e atraente casario. (foto acima de Fernando Campanella)
          Além disso, a calma e tranquilidade de Natércia, é por si só um convite ao sossego, bem como a hospitalidade de seu povo, muito gentil e acolhedor. Inclua Natércia em seu roteiro de cidades para conhecer. Irá se encantar com sua história, cultura, turismo, tradições e belezas naturais e rurais.

quinta-feira, 4 de abril de 2024

Pesquisa aponta interesse dos brasileiros por morar em Minas

(Por Arnaldo Silva) Santa Catarina ficou em primeiro lugar com 18,3% na preferência da população adulta brasileira como estado preferido para se mudar. Em segundo lugar ficou São Paulo, com 11,8% e Minas Gerais, com 8,9%, entre as melhores opções de estados para se morar no Brasil.
          Isso é o que afirma a pesquisa Tendências de Moradia no Brasil realizada pela Loft em parceria com a Offerwise, sobre a preferência da população adulta em se mudar de estado, caso decidam um dia sair de seu estado de origem. (fotografia acima de Cássia Almeida, do Parque das Águas de São Lourenço MG, Sul de Minas)
          A pesquisa aponta ainda uma preferência maior dos moradores dos estados do Sudeste de permanecerem na região, mas manifestam uma tendência maior de morar em Minas Gerais. Ao todo, 11% dos entrevistados dos demais estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo), afirmaram que se mudariam para Minas Gerais, caso optem em deixar seus estados de origem. Em ordem, nas demais preferências dos entrevistados em morar, aparecem as regiões Norte (7,9%), Nordeste (7,7%), Centro-Oeste (6,3%) e o Sul do Brasil (5,3%).
Abaixo, a lista dos estados de preferência dos brasileiros para se mudar
Santa Catarina                                18.3%
São Paulo                                        11.8%
Minas Gerais                                   8.9%
Rio de Janeiro                                 8.7%
Rio Grande do Sul                          7.5%
Bahia                                               6.5%
Paraná                                              6.0%
Ceará                                               3.8%
Goiás                                               3.4%
Pernambuco                                    3.1%
Distrito Federal                               2.9%
Espírito Santo                                 2.6%
Alagoas                                           2.5%
Paraíba                                            2.5%
Mato Grosso                                   1.9%
Rio Grande do Norte                      1.7%
Mato Grosso do Sul                       1.4%
Maranhão                                       1.1%
Tocantins                                        1.1%
Sergipe                                           0.9%
Amazonas                                      0.8%
Pará                                                0.7%
Piauí                                               0.5%
Rondônia                                       0.5%
Acre                                               0.5%
Amapá                                           0.2%
Roraima                                         0.2%
Fonte: Loft e Offerwise

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Terra de Gigantes de Uberaba é reconhecido pela Unesco

(Por Arnaldo Silva) No dia 27/03/2024, em Paris, na França, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) concedeu o título de Geoparque a Uberaba MG, no Triângulo Mineiro. Com o reconhecimento internacional, o Geoparque Uberaba, com o nome de “Terra de Gigantes”, se torna o primeiro patrimônio geológico de Minas Gerais, reconhecido pela Unesco e o primeiro da Região Sudeste.
Geoparques no mundo e no Brasil
          São 195 geoparques, em 48 países, reconhecidos até o momento pela Unesco. No Brasil, agora com o Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes, são 6. O primeiro geoparque reconhecido no Brasil foi o Geoparque Araripe (CE), em 2006; seguido pelo Geoparque Seridó (RN), e Caminhos dos Cânions do Sul, do litoral de Torres (RS) até a Serra Catarinense, em 2022; e, em 2023, Caçapava do Sul e Quarta Colônia, ambos no Rio Grande do Sul.
As Minas Gerais patrimônio do mundo
          O Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes, integra agora a lista dos sítios de Minas Gerais reconhecidos como Patrimônios da Humanidade, juntando-se a Ouro Preto, na Região Central, que recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco em 1980; o conjunto da Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas MG, Região Central, reconhecido em 1985; o Centro Histórico de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, reconhecido em 1999; a Serra do Espinhaço, reconhecido pela Unesco como Reserva da Biosfera em 2005 e o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, em 2016. (nas fotos acima de Luís Leite, o Parque dos Dinossauros em Peirópolis, distrito de Uberaba)
Que são geoparques?
          Geoparques são áreas geográficas, sem igual em outros lugares e unificadas, com grande relevância geológica internacional. Com o reconhecimento da Unesco, essas áreas denominas geoparques passam a ser gerenciadas com um conceito holístico de proteção, preservação, educação e desenvolvimento de forma sustentável, uma região e toda sua identidade.
Projeto iniciado em 2010
          Para fazer o inventário, uma equipe formada por pelos pesquisadores e cientistas Luiz Carlos Borges Ribeiro, Gyzah Amui Barros, Paula Cusinato, Gustavo Vaz Silva, Laís Lima Brandespim Gomes, Marcius Marques Mendes, Fabrício Aníbal Corradini, Josenilson Bernardo da Silva, Stela Mariana de Morais, Lúcia Cruvinel Lacerda e Maria Aparecida Basílio, que prepararam todo o dossiê para ser entregue a Unesco.
          O projeto foi idealizado e liderado pelo geólogo Luiz Carlos, foram 14 anos de trabalho, com muita dedicação e empenho, desde 2010. A partir de 2017, o estudo contou com a parceria da Prefeitura de Uberaba, a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), o Sebrae e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
          O Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes possui 4.540,51 km² de área, de acordo com inventário apresentado à Unesco. São 30 sítios paleontológicos, com achados de fósseis da era dos dinossauros, de grandes valores históricos e culturais, incluindo o Museu dos Dinossauros em Peirópolis, distrito de Uberaba MG, onde encontra-se fósseis do “Uberabatitan Ribeiroi” e várias coleções cientificas. (na foto acima do Duva Brunelli, o interior do Museu dos Dinossauros de Peirópolis)
Uberaba MG
          Conhecida internacionalmente como a Capital Mundial do Gado Zebu e a cidade que revelou ao mundo o médium espírita Chico Xavier (1910-2002), Uberaba se torna agora conhecida no mundo como a terra dos dinossauros, atraindo com isso turistas e estudiosos à cidade mineira.
          Uberaba é uma cidade que prioriza o seu crescimento econômico e científico, preservando sua história, seu patrimônio cultural e natural. Por esse motivo, projeta-se na cidade, a construção de 3 rotas turísticas referentes a “terra de gigantes”, com foco no patrimônio geológico, histórico e cultural de Uberaba, como exemplo, construções do século XIX e início do século XX, como antigas fábricas, igrejas e casarões coloniais, além de suas belezas naturais. (nas fotos acima de Luís Leite, algumas igrejas de Uberaba MG: Igreja de Santa Rita, Igreja das Dores, Igreja de São Domingos e a Catedral)
Orgulho para Minas
          Com o reconhecimento de Uberaba, como geoparque, pela Unesco, tornará Minas Gerais mais conhecida no mundo, atraindo com isso o aumento do turismo nacional e internacional, como consequência, maiores investimentos públicos na cidade e aquecimento da economia do município.

domingo, 24 de março de 2024

O Queijo Maturado Santana de Sabinópolis

(Por Arnaldo Silva) Sabinópolis é uma típica cidade interiorana mineira. Pacata, charmosa, acolhedora, povo bom, trabalhador e caloroso na hospitalidade. Na cidade, que faz limite territorial com São João Evangelista, Guanhães, Materlândia, Senhora do Porto, Dom Joaquim, Paulista, Alvorada de Minas e Serro, vivem 14 240 habitantes, segundo Censo 2022 do IBGE. 
          Cidade rica em cultura, gastronomia, belezas naturais espetaculares e história que remonta suas origens, em 1805. O pequeno arraial que se chamava São Sebastião das Correntes, surgiu nas terras doadas pelo casal Joaquim José de Gouveia e sua esposa, Francisca Vitória de Almeida e Castro.
          O pequeno arraial prosperou, cresceu, foi elevado a distrito em 1840 com o nome de Sabinópolis das Correntes e por fim, à cidade emancipada em 1924, quando passou a se chamar, Sabinópolis. O nome é em homenagem a Douto Sabino Barroso, ilustre filho do lugar, que foi constituinte de 1891 e Presidente da Câmara dos Deputados. (fotografia acima e abaixo de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, do centro de Sabinópolis MG)
          Sabinópolis preserva suas tradições, principalmente suas festas religiosas e folclóricas, suas igrejas e casarões centenários, sua culinária típica, com destaque para o galopé, a famosa canjiquinha com costelinha, o frango do bico atrás, o feijão-tropeiro e frango com quiabo.
Queijos finos e premiados
          Além disso, a tradição queijeira do município e seus queijos finos, se destaca, não apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil e também no mundo, com queijos premiados em diversos concursos nacionais e internacionais.
Região Queijeira do Serro
          O município de Sabinópolis, distante 270 km de Belo Horizonte, é uma das 10 cidades que formam a Região Queijeira do Serro, patrimônio Imaterial de Minas Gerais e do Brasil. Além de Sabinópolis, a região que produz o Queijo do Serro é formada por Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro. Somente essas 10 cidades é que podem afirmar produzirem ao legítimo Queijo do Serro.
Queijo Maturado Santana
          Por fazer parte da Região Queijeira do Serro, a cidade de Sabinópolis se destaca na produção tradicional iguaria e uma das principais identidade de Minas Gerais, o Queijo do Serro.
Entre os vários produtores de queijos do município, o Queijo Maturado Santana, do produtor Lindomar Santana, é um dos grandes destaques.
          Totalmente artesanal, feito com leite de vaca cru, pingo, coalho e sal e maturado com ácaros e fungos típicos da Região do Serro, o Queijo Maturado Santana é uma tradição familiar, presente na família Santana há 4 gerações. É produzido na fazenda colonial Barro Amarelo - Ribeirão Turvo Grande, na Zona Rural de Sabinópolis, na divisa com Materlândia MG. 
          Premiado em Minas, no Brasil e exterior, recebeu o Prêmio Queijo Brasil, tendo sido agraciado com medalhas de ouro, prata e bronze, medalhas de prata e bronze na ExpoQueijo Araxá 2019/2021 e prata e bronze mo Mondial du Fromage em 2019/201, realizado em Tours, na França.
Características do Queijo Maturado Santana
          O Queijo Santana é produzido com leite cru de vaca e possui 2 versões:
• Casca lavada lisa, macia, de coloração branca-amarelada com maturação superior a 17 dias que recentemente recebeu o selo de indicação geográfica do Serro ( IG) sendo identificado pela numeração iniciando com o dígito 4. Seu formato é cilíndrico, de aproximadamente 800g e sua massa é prensada, não cozida, uniforme com poucas olhaduras mecânicas pequenas e bem distribuídas, sua consistência é firme ao toque externo. Possui odor suave que remete ao cheiro da gordura do leite. Seu sabor é ligeiramente ácido, com pequena predominância de sal, lembrando gosto de manteiga
• Casca natural enrugada com presença de mofo branco, devido à presença de fungos que variam de acordo com o ambiente e tempo de maturação, sendo predominante o Penicillium. Os queijos produzidos nessa categoria possuem maturação acima de 30 dias. Assim como as peças de casca lavada, esse queijo possui formato cilíndrico, massa prensada, não cozida, poucas e pequenas olhaduras. Sua consistência é semidura, seu sabor é marcante com baixa acidez e leve picância.
          Para os paladares mais apurados é possível identificar notas amanteigadas e acastanhadas que se intensificam com o tempo de maturação. Esse queijo é produzido nos tamanhos: caçulinha com 250g, merendeiro com 450g e tradicional com 800g aproximadamente.
IP e QR Code
          O Queijo Maturado Santana conta com Selo de Indicação de Procedência (IP) e ainda, com QR Code. Com isso, o consumidor terá acesso a toda as informações sobre queijo, como foi produzido, onde, o nome do produtor, etc. Isso é a garantia que o consumidor tem, de estar consumindo, um legítimo e original Queijo do Serro.
Onde encontrar?
          O Queijo Maturado Santana pode ser adquirido em loja de Diamantina, no Serro, no Mercado Central de Belo Horizonte, Feira dos Produtores da Av. Cristiano Machado e na Savassi, na capital mineira. Para quem não tem acesso a esses lugares, o consumidor pode adquirir o queijo online, através do WhatsApp 33 9984-1280 e pelo Instagram @queijomaturadosantana
Fotografias dos queijos e queijarias cedidas pelo Lindomar Santana e da cidade de Sabinópolis, de autorias de Sérgio Mourão.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Queijos do Serro agora tem selo de Indicação de Procedência

(Por Arnaldo Silva) Os queijos tipo Serro, produzidos nos 10 municípios mineiros que formam a Região Queijeira do Serro que são: Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro, agora conta com selo de Indicação de Procedência (IP). Somente os queijos produzidos nesses municípios podem afirmar que seus queijos são o legítimo Queijo Minas Artesanal do Serro.
          Os primeiros selos de Indicação de procedência foram entregues em cerimônia realizada no dia 7 de março de 2024, na cidade do Serro. O evento contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, Thalhes Fernandes, autoridades da região, produtores de queijos e convidados. (na imagem acima, enviada pelo Túlio Madureira, o queijo já embalado com e com os selos de identificação da procedência cmom QR Code)
          São cerca de 800 produtores do Queijo do Serro na região. A maioria é formado em sua maioria por pequenos produtores, que contam com assistência da Emater e apoio do Sebrae, através de capacitações e orientações gerenciais para que alcancem melhores resultados, fomentando novas oportunidades de negócios para os produtores rurais.
          Todos que desejarem o selo, terão que requisitá-lo. Os produtores terão que passar por avaliações técnicas dos órgãos sanitários para receberem o selo.
          Os que recebem o selo, terão que cumprir as normas legais e sanitárias estabelecidas, e ainda, terão que passar por constantes visitas técnicas para atestar que os produtores seguem as especificações exigidas. (na foto acima, Thalhes Fernandes, secretário de Agricultura MG, Lindomar Santana, produtor do Queijo Santana e o Mestre Queijeiro, Túlio Madureira)
          O selo conta com QR Code e um código numérico, concedido a cada região queijeira mineira, de acordo com o selo de Idicação de Procedência (IP), que é concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
          Isso permitirá o rastreamento de informações sobre o queijo, o que inibirá falsificações e o consumidor, terá a segurança que está consumindo um produto com procedência, regularizada de acordo com as normas sanitárias vigentes e com sua originalidade preservada. As mesmas informações sobre queijo podem ser conferidas no site da Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (Apaqs).
          Com selo presente no rótulo dos queijos mineiros, além de valorizar o produtor regional e o próprio produtor, que terá maior renda com o seu produto, o consumidor poderá identificar a origem do queijo e quem é o produtor e o tipo de queijo. (na foto acima, o produtor Lindomar Santana, Falco Bonfadini, queijista da Galeria do Queijo em São Paulo, especializado em queijos artesanais e ex-presidente da Comerqueijo, Associação dos Comerciantes Queijistas do Brasil e o Mestre Queijeiro Túlio Madureira)
Modo artesanal original
          O Queijo do Serro é feito de leite cru, pingo (que é o fermento lácteo natural, obtido por meio da coagulação enzimática do leite), sal e coalho. São esses os ingredientes desse tipo de queijo há mais de 200 anos. Em mais de dois séculos, nada foi acrescentado ou retirado da receita original. (na foto acima, o Queijo do Serro do produtor e mestre queijeiro Túlio Madureira)
          O sabor, a textura, cor do queijo, enfim, suas características, são desenvolvidas pelas características peculiares da região, como clima, altitude e principalmente pela flora bacteriana, única e típica desta região queijeira mineira.
          Além disso, tem o tempo do amadurecimento o queijo. No queijo do Serro, são em média 17 dias de maturação para o queijo estar pronto e com suas características já definidas.
          Além disso o selo de reconhecimento de autenticidade do Queijo Serro, resguarda a tradição e originalidade de um dos mais antigos queijos do Brasil, produzido há mais de 200 anos e da mesma forma, sem nenhuma alteração.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Apenas 11 cidades mineiras não tem prédios. Saiba quais.

(Por Arnaldo Silva) O crescimento populacional das cidades brasileiras vem modificando a paisagem urbana, até mesmo de cidades históricas. Antes, predominantemente formada por casas, casarões e sobrados, na maior parte das cidades do Brasil, arranha-céus estão cada vez mais presentes nas cidades.
          Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022, divulgados recentemente, dos 853 municípios mineiros, em apenas 11 não existem prédios residenciais (construções residenciais ou comerciais  acima de 3 pavimentos) como opção de moradias, apenas casas. Os prédios, na maioria das cidades brasileiras, em geral, se concentram na parte central das cidades. No Brasil, segundo dados do IBGE, 84,8% vivem dos brasileiros moram em casas. (na foto acima da Sueli Santos, Serra da Saudade MG e abaixo, de Wilson Fortunato, pracinha em Tapiraí MG)
          Os recenseadores do IBGE, colherem dados das residências de todos os municípios brasileiros, como forma de abastecimento de água, existência de canalização de água, existência de banheiro e sanitário, tipo de esgotamento sanitário e destino do lixo.
          Além disso, entrou nos dados da pesquisa o tipo de moradia dos recenseados como se mora em casa, casa de vila ou se moram em condomínios, cortiços, habitação indígena sem paredes e até a estrutura das moradias, se estão degradas ou inacabadas, foram indagadas. (na foto acima do William Santos, a cidade de Fortaleza de Minas)
          Com base nesses dados, o IBGE acredita que contribuirá para um planejamento mais adequado do poder público sobre a verticalização, investimentos públicos em saneamento básico, educação, saúde, moradias, etc.
Minas Gerais
          Em Minas Gerais, a pesquisa do IBGE aponta que 84,3% dos mineiros moram casas, na média nacional. Segundo a pesquisa, 14,36% dos mineiros vivem em apartamentos, 2,4% vivem em casas de vilas ou em condomínios, 0,2% em cortiços ou casas de cômodos, 0,04% em casas degradadas ou inacabadas e menos de 0% afirmam morar em habitação indígena sem paredes ou em malocas. (na foto acima do Rogério Santos Pereira, Queluzito MG)
          Dos 853 municípios mineiros, somente 11 não tem um único prédio sequer. São todas cidades com menos de 6 mil habitantes.       
Veja abaixo a lista e o número de habitantes das 11 cidades
01 - Serra da Saudade, na Região Centro-Oeste Mineiro, com 833 habitantes;
02 - Queluzito, na Região Central, com 1.770 habitantes;
03 - Senador José Bento, na Região Sul de Minas, com 2.068 habitantes;
04 - Araçaí, na Região Central, com 2.181 habitantes;
05 - Alagoa, na Região Sul de Minas, com 2.749 habitantes;
06 - Caranaíba, na Região Central, com 2.933 habitantes;
07 - Fortaleza de Minas, na Região Sul de Minas, com 3.477 habitantes;
08 - Conceição da Barra de Minas, na Região Central, com 3.560 habitantes;
09 - Ipiaçu, na Região do Triângulo Mineiro, com 3.775 habitantes;
10 - José Gonçalves de Minas, na Região do Jequitinhonha/Mucuri, com 3.969 habitantes;
11- Frei Gaspar, na Região do Jequitinhonha/Mucuri, com 5.640 habitantes.
Nota: Os dados acima são oficiais, de acordo com a análise dos recenseadores que visitaram os lares mineiros e brasileiros. Como é oficial, não podemos incluir mais cidades, como muitos nos pedem, alegando que em suas cidades, também não tem prédios. Embora possa haver controvérsias sobre a definição do IBGE sobre o que seja prédios, onde tem e onde não tem prédios, a lista oficial é esta, com apenas 11 cidades mineiras que não tem prédios, segundo o próprio IBGE. 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

O Marco Zero de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Carneirinho está a 823 km de Belo Horizonte e a 728 km de Brasília. O município conta com 9.442 habitantes, segundo Censo do IBGE em 2022. Faz limites territoriais com os municípios de Itajá em Goiás, Limeira do Oeste, Mesópolis, Santa Albertina, Populina e Santa Rita d`Oeste em São Paulo e Aparecida do Taboado e Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, além de Iturama em Minas Gerais. Carneirinho é o único município mineiro faz limite territorial com o Mato Grosso do Sul.
          Carneirinho é um município jovem, tendo sido emancipado em 27 de abril de 1992. É formado pela sede e pelos distritos de Estrela da Barra, São Sebastião do Pontal e Fátima do Pontal, além das vilas rurais de Gracilândia e Aparecida do Paranaíba, o popular, Barbosa.
          O município encontra-se em uma localização privilegiada entre os rios Grande, Paranaíba e rio Paraná, além de estar ligada a Iturama MG e Paranaíba MS pela BR-497 e ligação com Limeira d´Oeste SP, através de estradas municipais. Além disso, pequenos portos hidroviários ligam o distrito de Estrela da Barra à Santa Albertina/SP e Fátima do Pontal ao município de Santa Clara d´Oeste/SP. (foto acima de Duva Brunelli)
          Como cidade mineira do interior, as belezas naturais e as festas religiosas são destaque. (Fotos acima do Elpídio Justino de Andrade e abaixo de Duva Brunelli)
          Em Carneirinho, além da beleza naturais dos rios Grande, Paranaíba e Paraná, o Aquário Municipal, a Paróquia São João Batista, grupos folclóricos como de Catira e Folias de Reis, o Carnaval de Rua, a Primavera Country, o Baile de Aleluia, a Expocar, a Quermesse da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, o Museu da Cultura e História Professor Honório de Souza Carneiro, bem como o Grandes Lagos Resort & Parque Aquáticos, são seus principais atrativos. 
O Marco Zero
Imagem fonte: mapio.net
          Além desses atrativos, sem dúvida alguma, o Marco Zero de Minas é o principal atrativo do município, localizado no distrito de Fátima do Pontal.
          O Marco Zero, em forma triangular com o nome dos 3 estados de divisa, foi posto no exato ponto da divisa de Minas Gerais com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para ser mais preciso, este marco está na exata pontinha da ponta do “nariz” de Minas.
          É no Marco Zero que podemos presenciar o encontro do Rio Grande, Rio Paranaíba e Rio Paraná, como podem conferir na imagem acima, um espetáculo de beleza fascinante, além de nos permitir contemplar o começo territorial de Minas Gerais, como vemos no mapa nosso Estado. (na foto acima, o Elpídio Justino no Marco Zero)
          Marco Zero é o nome que se dá ao local de fundação de uma cidade ou o começo de uma região, no caso do marco zero em Carneirinho MG, marca o início territorial de Minas Gerais.
          O acesso ao Marco Zero não é fácil. É feito basicamente por barco. Por terra o melhor caminho é por São Paulo. Por estar em uma propriedade particular, requer autorização expressa do proprietário e o visitante deve estar ciente que geralmente não aceitam a entrada de pessoa estranhas. Peça autorização antes.
          Estando em Carneirinho ou qualquer cidade da divisa, tanto em SP, quanto no MS, pode requerer serviços e informações de donos de embarcações ou mesmo, na secretaria de Cultura de Carneirinho sobre o pontal e a história de Carneirinho e região. 

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