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sábado, 29 de abril de 2023

As 3 capitais por um dia de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Segundo o Artigo 256 da Constituição do Estado de Minas Gerais, no seu parágrafo 1° o dia 21 de abril, Dia de Tiradentes; o dia 16 de julho, Dia de Minas e o dia 8 de dezembro, como o Dia dos Gerais. São as três datas magnas de Minas Gerais.
          A capital administrativa de Minas Gerais é Belo Horizonte desde 12 de dezembro de 1897, mas durante três dias do ano, 21 de abril, 16 de julho e 8 de dezembro a capital mineira é transferida simbolicamente para Ouro Preto, Mariana e Matias Cardoso, respectivamente, com a presença do Governador do Estado, que despacha nessas cidades e participa de solenidades cívicas, religiosas, entregas de comendas e medalhas. (na foto acima do Nacip Gômez, vista parcial de Mariana MG)
Ouro Preto – Dia de Tiradentes
          O Dia de Tiradentes é uma das mais importantes datas magnas do Estado de Minas Gerais pela importância da Inconfidência Mineira para o Brasil e ainda por ser esse o dia da morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Dia de Tiradentes, Mártir da Inconfidência Mineira. (na foto acima de Nacip Gômez, Ouro Preto MG)
          Nesse dia, a capital mineira é transferida para Ouro Preto, uma das mais importantes cidades do mundo durante o Ciclo do Ouro e Patrimônio da Humanidade desde 1980, fundada em 1711. Ouro Preto foi capital de Minas Gerais entre 1720 a 1897 e é uma das mais belas e importantes cidades históricas do Brasil.
          Nesse dia, 21 de abril, a capital é transferida para a cidade, onde ocorre solenidades diversas com a presença do Governador do Estado, além da entrega da Medalha da Inconfidência, principal honraria de Minas Gerais. A medalha foi criada em 1952 pelo então Governador Juscelino Kubitschek.
Mariana – Dia de Minas Gerais
          No dia 16 de julho, a capital de Minas Gerais volta a ser Mariana, que já foi capital entre 1712 a 1720. Nesse dia, a cidade comemora sua fundação, que ocorreu em 16 de julho de 1696, quando chega à região a bandeira chefiada pelo Coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça. Foi nesse ano e dia que começou a povoação de Mariana, após a descoberta de ouro no que é hoje a cidade. (na foto acima de Nacip Gômez, Mariana)
          Isso fez com que a região prosperasse, cresce com o enorme contingente de bandeirantes, mineradores, garimpeiros, portugueses e outros povos que vieram para a região, dando origem assim a formação social, cultural, religiosa e política de Minas Gerais.
          Por isso a data do surgimento da povoação de Mariana, é um dos mais importantes fatos históricos do Estado de Minas, embora não seja primeira povoação mineira, mas sim a origem da formação das primeiras características de Minas Gerais, sendo reconhecida por ser Mariana a base organizada da politica na capitania.
        Mariana surgiu em 1696, pouco tempo depois já era elevada a Vila do Ouro em 8 de abril de 1711, cidade e capital de Minas Gerais em 1712 e primeira diocese de Minas Gerais em 1745. Foi a primeira Vila reconhecida pela Coroa Portuguesa e a primeira cidade oficial de Minas Gerais, sendo por esse motivo chamada de Mãe de Minas.
          A data de aniversário de Mariana é o Dia de Minas Gerais, instituída em 1979 pela lei n°561, sancionada pelo então governador Francelino Pereira e inserida na Constituição Mineira em 1997. Nesse dia, Mariana volta a ser capital de Minas Gerais, com a presença do Governador do Estado, despachando e participando de solenidades cívicas.
Matias Cardoso – Dias das Gerais
          Matias Cardoso, distante 683 km de BH, cidade mineira no Norte de Minas, conta com pouco mais de 11 mil habitantes. Sua origem data de 1660, quando chega à região, vindo da Bahia, pelo Rio São Francisco, o bandeirante português radicado em São Paulo, Matias Cardoso de Almeida e seu pai Januário. O bandeirante foi., contratado na época pelo Governo da Capitania da Bahia para combater indígenas e negros aquilombados. (na foto acima do Manoel Freitas, Matias Cardoso e ao fundo, o Rio São Francisco)
          Matias Cardoso resolveu fixar-se com sua bandeira na região, fundando um arraial com o nome de Morrinhos, que é hoje a cidade que e leva seu nome. Esse arraial prosperou e se transformou num importante polo comercial e de abastecimento para a Coroa, em sua sede, Salvador. Matias Cardoso está às margens do Rio São Francisco. As mercadorias, na época, eram transportadas por barcos e tropeiros.
          Entre 1670 e 1673 foi construída a Igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, reconhecida oficialmente como a primeira igreja, ainda de pé, em Minas Gerais, além da cidade ser reconhecida oficialmente como o primeiro núcleo de povoamento de Minas Gerais. (na foto acima do Manoel Freitas, a Matriz de N. S. da Conceição, a primeira igreja de Minas) 
          Por ser Matias Cardoso a mais antiga povoação de Minas, além de estar na cidade a primeira igreja erguida no Estado, Matias Cardoso é uma das capitais de Minas Gerais. No dia 8 de dezembro, a capital é transferida para a cidade, com a presença do Governador do Estado e autoridades.
          A data de 8 dezembro foi escolhida por ser o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade e por ser a igreja de Matias Cardoso a mais antiga de Minas Gerais.
          Minas tem o privilégio de ter, além de Belo Horizonte, capital administrativa do Estado, mais três capitais, simbólicas, por um dia. Matias Cardoso, Mariana e Ouro Preto, são as origens da história e formação arquitetônica, social, religiosa, política e folclórica de Minas Gerais.

Receita de goiabada cascão caseira de São Bartolomeu

(Por Arnaldo Silva) Goiabada Cascão é uma das tradições mais gostosas de nossa culinária. Sempre acompanhada com queijo, está presente em nossas mesas há mais de 200 anos, principalmente em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto MG, que, na época do ouro, teve lá seus garimpos pelas nascentes do Rio das Velhas. Tempos depois a exploração do ouro concentrou em Ouro Preto e a economia de São Bartolomeu entrou em queda. 
          Como subsistência, começaram a produzir doces e a goiabada logo pegou fama. Ainda hoje o distrito é reconhecido pelos seus doces e doceiros. A goiabada continua fazendo o gosto.
          Vamos aprender aqui a fazer uma deliciosa goiabada cascão em barra bem no estilo mineiro, enrolada na folha de bananeira.
INGREDIENTES
. 50 goiabas vermelhas grandes e maduras
. 1 quilo de açúcar
. 300 ml de água
Utensílios: folha de bananeira e forma retangulares tipo de rapadura ou então, pode usar as formas de alumínio para pão ou bolo inglês.
MODO DE PREPARO
- Forre as formas com a folha da bananeira e reserve.
- Lave bem as goiabas e corte-as ao meio com a casca
- Com uma colher, retire as sementes das goiabas com a polpa.
- Corte as goiabas em pedaços grandes, com a casca e reserve.
- Coloque somente as sementes das goiabas no liquidificador e bata bem.
- Em seguida, passe as sementes batidas numa peneira e reserve o que foi peneirado, descartando o restante.
- Coloque as goiabas num tacho, de preferência de cobre e despeje  água.
- Acrescente as sementes peneiradas e o açúcar, mexa até misturar bem e leve ao fogo médio até ferver.
- Mexa com uma colher de pau para não grudar. 
- Quando o doce começar a se soltar do fundo, comece a mexer mais rápido por uns 5 minutos batendo forte, até ficar com uma consistência bem grossa.
- Desligue, coloque o doce nas formas forradas que reservou e deixe esfriar, de um dia para o outro.
- Retire das formas, faça os cortes e sirva acompanhada de um bom queijo.
- Se sobrar, enrole o doce na mesma folha de bananeira, amarre e guarde na geladeira.
Nota: A folha de bananeira garantirá a higiene do doce e ainda tem o benefício de conservar o sabor, a cor e e manter a firmeza e textura do doce por muitos dias, mesmo fora da geladeira.
Fotos da goiabada Cascão da Mercearia Paraopeba em Itabirito MG - Tel.: 31 9864-5021

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Trem do Sertão

(Por Marina Alves/Lagoa da Prata MG) E não é o Trem do Sertão? Entre fumaças e brumas, a hora de embarcar em viagem inusitada: um passeio atravessando os distantes dias, os anos, o tempo...
          Manobra o Trem do Sertão! Envolto em nebulosa purpurina que se mescla ao céu coalhado de nuvens, ele se recorta ao sol da manhã, banhado em luz cristalina que radia detrás da grande figueira. Ao fundo, os fornos das caieiras apregoam tempos que esbarram nos idos de 1950.
          Saltando de um conto antigo, a estação se entrincheira à beira da lagoa. Ao rés-da-plataforma, os trilhos se desenham em duras e brilhantes paralelas que levam a tantos destinos: serpentes de ferro que corcoveiam sob as bênçãos da rosa dos ventos, desbravando sortes e caminhos.
          Na travessa do telhado, o pêndulo de bronze adverte desavisados: hora de partida, maria-fumaça em movimento. De súbito, a vida para sob o clique mágico de quem flagra o belo nos desvãos de qualquer hora. A chapa batida num repente, de repente, nem queria, mas pegou gentes desprevenidas a boiar coincidentes num dia qualquer... Seria dia de semana? Talvez domingo? Ah, se alguém pudesse se lembrar, se alguém se atrevesse a contar!
          Porte elegante, o homem de bota e chapéu espicha-se em sombra no concreto rústico, alegorias do sol nascedouro. Sem nem sentir, sem nem premeditar, imortalizou-se nos umbrais do tempo. Perdido nas brumas da história, o escuso cavalheiro em secretos anonimatos virou lenda no retrato sem pose nem ensaio... Mas quanta beleza e mistério guardou para a posteridade nas entrelinhas das outras gentes que viriam.
          À parte, o Trem do Sertão com seus ilustres passageiros, maquinistas, foguistas, apitos e vagões, certamente seguiu moroso, cortando ventos e pontes e matas e encostas de outras eras que não voltam mais.
Texto baseado no icônico registro do fotógrafo Câncio de Oliveira, feita em 1950 na antiga Estação de Lagoa da Prata MG. Câncio era natural de Santo Antônio do Monte MG, faleceu em 2020, aos 95 anos. Fez várias fotos icônicas e marcantes de Minas Gerais, como esta de Lagoa da Prata, de sua cidade e de outras cidades mineiras, além de Belo Horizonte, cidade para onde se mudou em em 1941.

Pastel de Farinha de Milho de Pouso Alegre

(Por Arnaldo Silva) Pouso Alegre, no Sul de Minas, distante 373 km de Belo Horizonte é uma das mais tradicionais cidades de Minas Gerais. O município surgiu de um pequeno arraial no início do século XIX, elevado a Vila em 7 de maio de 1832 e à cidade emancipada em 19 de outubro de 1848.
          O rápido crescimento em suas origens reflete na cidade hoje.
A cidade foi crescendo ao longo do século XX, se desenvolveu e se tornou uma das cidades mais prósperas, desenvolvidas, de boa estrutura urbana e qualidade de vida de Minas Gerais. Pouso Alegre conta atualmente com cerca de 155 ml habitantes.
          Dentre as relíquias históricas de Pouso Alegre a gastronomia é destaque, em especial o Pastel de Farinha de Milho, é uma tradição centenária e a identidade gastronômica de Pouso Alegre. A iguaria tornou-se conhecida a partir de 1928, quando surgiu no antigo Mercado Municipal da cidade. Agradou tanto o paladar do pouso-alegrense e logo caiu no gosto popular, tornando hoje uma marca da cidade hoje.
          O pastel de milho é tão importante para a história de Pouso Alegre (na foto acima) que foi declarado como Patrimônio Imaterial do Município. A secular iguaria é preservada em sua tradição, movimenta a economia da cidade gerando emprego e renda a inúmeras famílias que atuam na produção familiar da iguaria.
Aprenda a fazer o Pastel de Milho de Pouso Alegre
          A farinha de milho usada para fazer esse pastel não é a comum, em flocos, que encontramos nos mercados. Ela é triturada, não muito torrada e bem fininha, bem parecida com o fubá. Se for fazer com a farinha de milho comum, não dará certo. (na foto acima o Pastel de Farinha de Milho do "Sô Dito")
          Em Pouso Alegre encontra-se com facilidade a farinha de milho própria para o pastel, como podem ver na foto acima, bem fininha. (na foto abaixo o pastel de farinha de milho do Reginaldo)
A receita:
INGREDIENTES

. 1 quilo de farinha de milho
. 250 gramas de polvilho azedo
. 2 litros de água quente
. Sal a gosto
MODO DE PREPARO
- Em uma vasilha, coloque a farinha de milho, o polvilho e o sal, misture.
- Vá colocando a água quente aos poucos, escaldando até ficar uma massa densa e firme.
- Espalhe a massa em uma bancada, passe um rolo sobre a massa até ficar fina
- Corte a massa, coloque o recheio a seu gosto.
- Feche, aperte as pontas, com uma faca, faça corte nas pontas para que o pastel fique em formato retangular ou meia lua.
- Aperte as pontas com um garfo e frite em óleo quente a 200° até dourar.
- Escorra e sirva.
          Essa é a receita tradicional, mas como na cidade tem vários produtores pode variar um pouco de acordo com criatividade do produtor principalmente nos recheios que pode ser de pizza, carne moída, queijo, etc. (na foto acima o pastel de milho do "Sô Tião")
As fotos e informações nos foram passadas pelo professor Fernando Campanella de Pouso Alegre MG

Receita de biscoito Pele de Goma

Biscoito tradicional do Vale do Jequitinhonha, feito pela Marilene Rodrigues, que nos forneceu a receita e fotos.
INGREDIENTES
- 1 quilo de goma (polvilho doce)
- Água fervente
- Sal a gosto
MODO DE PREPARO
- Ferva a água com o sal.
- Coloque todo o polvilho numa bacia e vá despejando a água fervente aos poucos mexendo com uma colher de pau
- Vá mexendo até esfriar e já frio, comece a sovar a massa até que esteja bem firme e desgrudando por completo das mãos.
- Em seguida, pegue uma faca e corte a massa em pedaços grandes como pode ver na foto acima.
- Com uma garrafa ou um rolo passe sobre os pedaços da massa, até ficarem fininhos como na foto acima.
- Coloque os pedaços na água (como se faz com o nhoque de batata) e deixe fervendo até subirem à superfície.
- Quando subirem, retire os pedaços da água e deixe secando ao sol num tabuleiro ou em folha de bananeira por 6 a 8h.
- Quando estiver seca, coloque os pedaços no óleo bem quente e frite
- Escorra e sirva com café.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

A venda do Zé de Lagoa da Prata

(Por Marina Alves/Lagoa da Prata) A venda do Zé tem tudo. As coisas mais impensáveis? Lá tem. E parece que existe desde sempre, tão compridas são minhas lembranças. A venda do Zé é um armazém, e essa palavra armazém é aquela que dá um aconchego bom quando a gente fala, ouve e experimenta. É a venda do recurso. Aquela onde você pensa ir, quando quer um trem diferente — assim mesmo, um “trem” que não tem em outro lugar. E lá tem “trem” porque é uma venda que fica em Minas Gerais, num lugarzinho do interior, “bão dimais da conta” de morar — pra quem mora — e “bão dimais da conta” de passear, pra quem não mora.
          A venda do Zé resistiu ao tempo. É daquelas que ficam numa esquina com portas abrindo para duas ruas. Tem letreiro na parede, que se avista de longe. Tem coisas que da banda de fora já chamam a gente para entrar, só pra ver mais de pertinho E entrando, a gente vai ver, por exemplo, panela, socador de alho, chapéu, lamparina, filtro de barro, pomada para sapato, agulha pra máquina de costura, marmita, torrador de café, colher de raspar coco, xaxim, baleiro giratório, esmaltados, vassouras, moringa em barro decorado e tudo mais que se precisar.
          Dentro da venda há coisas empilhadas daquele jeito bonito de antigamente. Há balcão, prateleiras atravessadas, contando de um tempo que não volta mais. Na verdade, quando o tempo de outras épocas percebeu o perigo que corria de se perder, ele pediu guarida na Venda do Zé. O tempo mora lá. É por isso que a gente vai lá quando quer encontrar uma peça de outro tempo. E é só lá que tem — todo mundo da cidade sabe disso.
          Prova que tudo é verdade é um lampiãozinho que dia desses precisei de última hora. No sufoco, meu amigo Sebastião me disse:
— Uai, só se for no Zé Tem Tudo.
          E na venda tinha! E ainda pude escolher entre o vermelho e o amarelo. Graças a Deus e graças à Venda do Zé, pude levar minha ideia adiante.
          Faltou alguma coisa? Corre lá! Venda do Zé, patrimônio já consagrado na história desta bonita cidade chamada Lagoa da Prata MG.
Imagens: acervo do Armazém Zé Tem Tudo (celebração de seus 50 anos de existência

sábado, 15 de abril de 2023

20 Festas e Festivais que se destacam em Minas

(Por Arnaldo Silva) Minas é um estado de cores e sabores diversos. É um dos estados onde acontecem mais festas e festivais para todos os gostos, paladares e estilos.
          Festas e Festivais fazem parte do calendário cultural, religioso e gastronômico de Minas Gerais. Não existe nenhuma festa ou festival em Minas sem os pratos típicos da nossa mesa, além da música, do folclore e tradições, que dão cor, vida, arte, beleza e sabor aos eventos por toda Minas Gerais. (acima, o grupo Brasil Caledônia se apresentando no Festival de Inverno de Monte Verde MG. Foto: Agência Move/Divulgação)
          São eventos organizados em cidades com boa estrutura urbana, hoteleira e gastronômica, que fomentam a economia local, fortalece os laços culturais, religiosos, sociais e gastronômicos dessas cidades, bem como atrai turistas pelo prazer de saborear a legítima cozinha mineira e suas quitandas, além de aproveitar as bebidas típicas ao som de bandas locais ou nacionais. (na foto acima do Dronemoc, o Forró de Curvelo MG)
Diferença de Festa e Festival
          Festa é diferente de Festival. Festa, no sentido comum, é um evento de reunião de um grupo de pessoas ou atividade única, como por exemplo uma festa de aniversário, de família, casamento ou eventos religiosos e cívicos. Festival é mais abrangente porque reúne além de eventos de uma festa, mostras culturais, empresariais, competições entre participantes, como por exemplo, de concursos gastronômicos ou apresentações de produtos.
          Geralmente festivais tem caráter competitivo e de divulgação econômica. Já festa é uma atividade meramente social ou religiosa partilhado por um grupo de pessoas. Abaixo as 20 Festas e Festivais de destaque em Minas.
01 - Festival Gastronômico Rural de Itapecerica
          No mês de junho, acontece todos os anos na cidade histórica de Itapecerica, no Oeste Mineiro a 180 km de Belo Horizonte, um dos maiores festivais gastronômicos de Minas Gerais. (foto acima de Mardem Mendonça)
          É o Festival de Gastronomia Rural, evento já tradicional em Minas que atrai milhares de pessoas à cidade, nos dias do festival. A cidade com cerca de 22 mil habitantes, chega a receber o dobro do número de seus habitantes. (na foto acima do Mardem Mendonça, curso e palestra durante o Festival de Gastronomia Rural)
          O evento conta com palestras, cursos, shows com artistas locais e renomados e conta com a participação de toda a comunidade, bem como revela o talento do povo itapecericano na arte da culinária rural, com dezenas de expositores apresentando os tradicionais pratos da cozinha rural, bem como os pratos de criação próprias. (na foto acima de Mardem Mendonça, show da dupla Lourenço e Lourival)
          São dezenas de barracas com pratos doces, salgados, além de bolos, quitandas, doces, bebidas, enfim, tudo que envolve o a cozinha caipira tradicional. (na foto acima e abaixo de Mardem Mendonça, barracas no festival)
          Além disso, o local do evento, na praça principal da cidade, é todo ornamentado usando cenários rurais reais, principalmente na produção culinária.         
02 - Festival de Inverno em Monte Verde
          Organizado pela Agência de Desenvolvimento de Monte Verde (MOVE), Prefeitura Municipal e Comércio em geral, o Festival de Inverno da gelada Monte Verde, distrito de Camanducaia MG, Sul de Minas, é um dos principais festivais de inverno de Minas Gerais. 
          São várias atrações, eventos, festividades e atividades nesses três meses por toda a Vila, nos meses de junho, julho e agosto, com a Move organizando o Inverno nas Montanhas, Amor nas Montanhas e Cozinha Mineira nas Montanhas.
          Clima e arquitetura que lembra a terra natal dos fundadores, a Letônia, país do Leste Europeu. Monte Verde, distante 473 km de BH e a 167 km de SP, é a cidade do chocolate, do frio e dos namorados. (acima, a avenida principal de Monte Verde. Foto Agência Move/Divulgação)
          A charmosa vila de origem europeia, com cerca de 6 mil habitantes, é muito bem estruturada para receber turistas de todo o Brasil, todos os dias do ano, principalmente no inverno, quando as temperaturas ficam próximas ou abaixo de 0 grau. Além disso, é uma das mais bem avaliadas entre turistas do Brasil e do mundo no quesito hospitalidade e estrutura para turistas. (na foto acima da Agência Move/Divulgação, termômetro abaixo de 0 em Monte Verde)
        O Festival de Inverno de Monte Verde cheio de atrações como danças típicas da Letônia, apresentações teatrais, de bandas locais e orquestras, culinária típica mineira e europeia em todos os bares e restaurantes, além de chocolaterias, cervejarias, docerias, restaurantes, queijarias, lojas de artesanatos, caçarias, pousadas e hotéis com lareiras e adegas de vinhos finos, pista de gelo. (acima, apresentação do Grupo Brasil Caledônia, em trajes típicos da Letônia, se apresentando em Monte Verde MG. Foto: Agência Move/Divulgação)
          Tudo isso em um só lugar, além do romantismo e clima das montanhas da Serra da Mantiqueira e o charme e encanto das contrições em estilo letão.
03 - Festa do Queijo e do Doce de Leite, em Ipanema
          A cidade de Ipanema, no Vale do Rio Doce, a 370 km de Belo Horizonte, se destaca em Minas Gerais e no Brasil pela Festa do Queijo e do Doce de Leite, desde 2011. A festa não tem data fixa, mas ocorre entre o final do primeiro semestre e início do segundo, em junho, julho ou agosto.
          Uma festa que mobiliza toda a cidade e atrai visitantes da região e de toda Minas Gerais. A grande atração da festa é o queijão e o doção, o maior queijo e maior doce de leite do mundo! (créditos da imagem acima: Laticínios Dois Irmãos)
          A cada festa, o tamanho e peso do queijo e doce aumentam, quebrando sucessivos recordes da própria cidade. Para se ter ideia do tamanho do queijo e doce de leite, em 2023, o queijo pesou 2.727 quilos. Isso mesmo, um único queijo pesou quase duas toneladas e meia.
          Já o doce de leite também bateu recorde da própria cidade, pensado 1.0703 kg. Pra completar, na festa tem também o maior bule do Brasil com nada mesmo que 1 mil litros de queijadinha.
          Tudo isso é distribuído à população presente na festa após a conferência do RankBrasil. Além disso, durante os dias de festa os participantes podem conhecer o artesanato local, saborear pratos típicos regionais e de Minas, participar de cursos de culinária, concursos gastronômicos e se animar com apresentações das bandas de músicas regionais e artistas famosos.
04 - Guaxupé Café Festival
          Polo tradicional na produção de café de qualidade no Brasil, Guaxupé, no Sul de Minas, tem no grão de café uma de suas maiores riquezas. Na cidade, a bebida mais consumida no mundo, depois da água, conta com um festival próprio e de renome nacional.
          
Por iniciativa do poder público municipal, a cidade realiza todos os anos o Guaxupé Café Festival, um mega-evento que atrai milhares de turista à cidade, bem como a mídia nacional. (na foto acima do Luís Leite, a cidade de Guaxupé)
          O Café Festival acontece durante todo o mês de junho com barracas, eventos diversos, exposição de tecnologias agrícolas, feira livre mostras dos produtos industriais da cidade e também do artesanato local, barracas com comidas típicas e pratos preparados a base de café. (na foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, sacas de café na Cooperativa de Guaxupé)
          Tem ainda o Arraiá do Café, organizado pelas entidades assistenciais da cidade, bem como shows com bandas renomadas. 
O evento musical é público e realizado ao ar livre, na Avenida Conde Ribeiro do Valle. Em 2023, apresentaram no Guaxupé Café Festival Sá & Guarabyra, Roupa Nova e Almir Sater.
05 - Festa do Marmelo e Festival do Pinhão 
          A cidade de Delfim Moreira, no Sul de Minas, distante 475 km de Belo Horizonte, é tradicional na produção de marmelo e claro, da marmelada, desde o século passado, quando a cidade sediava a fábrica da Cica.
          Além disso, a cidade tem forte tradição gastronômica com pratos típicos dos derivados do marmelo, como a marmelada e a sopa de marmelo e nos pratos feitos a base do pinhão, já que no município e na região da Mantiqueira, predomina as araucárias. (na foto acima, as estrelas da festa: o marmelo e o pinhão. Foto arquivo Prefeitura Municipal via Edmeia Alkin)
          Na cidade acontece todos os anos a Festa do Marmelo em conjunto com o Festival Gastronômico do Pinhão. Os dois eventos acontecem simultaneamente na antiga fábrica da CICA, na época da colheita do marmelo e pinhão, em abril de cada ano. (na foto acima, o preparo do doce gigante para ser degustado na Festa do Marmelo. Foto arquivo Prefeitura Municipal via Edmeia Alkin)
          Promovido pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, durante os dias de festa, o visitante pode degustar a sopa de marmelo, a marmelada artesanal, comidas típicas com pinhão.
          Além disso, tem o concurso gastronômico com a participação de restaurantes, oficinas de culinária, palestras técnicas sobre as novas tecnologias na cultura do marmelo e araucária, feira de artesanato e da produção associada ao turismo, apresentações artísticas e culturais além de shows musicais todos os dias.
06 - Tiradentes Vinho & Jazz Festival
          Uma das mais belas cidades do Brasil, Tiradentes, cidade histórica mineira distante 190 km de Belo Horizonte, realiza um dos melhores festivais do Brasil.
          O festival une música de qualidade e adegas e importadoras de vinhos finos das principais vinícolas brasileiras e de outros países, além claro, de pratos típicos da nossa cozinha e do famoso queijo da Região do Campo das Vertentes. É o Vinho & Jazz Festival, realizado todos os anos em junho, no Largo das Forras, principal praça da cidade. Fotografia acima e abaixo: Jackson Romanelli/Infinito/Divulgação)
          O festival ocorre geralmente no início de junho de cada ano. Uma data ótima, já que une vinho, música boa, beleza histórica, turismo enogastronômico, frio, com temperaturas abaixo de 10 graus e próximo ao romantismo do dia dos namorados. Uma boa data, uma época ótima e uma cidade linda e atraente para celebrar o amor.
07 - Festa do Vinho, em Andradas
          Andradas está a 485 km de Belo Horizonte, no Sul de Minas. Desde o final do século XIX, a cultura do vinho existe no município, graças aos imigrantes italianos que vieram para a cidade e se dedicaram a cultivo de uvas e produção de vinhos. De várias famílias de imigrantes, surgiram várias vinícolas, muitas delas até hoje na ativas no município.
          Por esse motivo, Andradas se destaca em Minas Gerais como a Capital Mineira do Vinho, produzindo vinhos finos de qualidade desde o século passado. (na foto acima do Guilherme Augusto/@mikethor, a Praça Alcides Mosconi)
          A cidade realiza desde 1954, uma das mais tradicionais e antigas festas vinícolas do Brasil. A super festa conta com shows, barracas com comidas típicas, além de mostra de tradicionais e novos rótulos de vinhos das vinícolas locais e regionais, além de mostras de sucos de uvas e outros derivados da fruta. A Festa do Vinho é realizada todos anos junto com a Festa Italiana, no mês de julho.
08 - Festival da Cerveja e Cultura de Tiradentes - TremBier
          Um dos principais eventos do calendário gastronômico da cidade histórica de Tiradentes MG, distante 190 km de Belo Horizonte, é o Festival de Cerveja e Cultura de Tiradentes, TremBier. O evento atrai milhares de turistas à cidade mineira, no mês de maio, quando acontece o tradicional o evento.
          Durante os dias do festival, uma extensa programação gastronômica e cultural anima os presentes. Shows diários com bandas em estilos diversos, Tour Gastronômico pelos principais restaurantes, bares e tabernas da cidade, corrida alcológica, além de centenas de rótulos de cervejas de qualidade presentes no evento. (acima, show durante o festival TremBier. Foto: Jacson Romanelli/Infinito/Divulgação)
09 - Festa do Café com Biscoito de São Tiago
          Já São Tiago, distante 203 km de Belo Horizonte, no Campo das Vertentes, é a Capital Nacional do Café com Biscoito. Na cidade acontece uma das maiores festas de biscoito e café, não só do Brasil, mas do mundo.
          A cidade é produtora de café e polvilho e se destaca na produção de biscoitos desde o final do século XVIII, quando a região era parada de tropeiros. Conta com mais de 100 indústrias de biscoitos, sem contar, a produção familiar artesanal. São dezenas de tipos de biscoitos diferentes. (imagem acima do Forno na Praça, no Centro da cidade. Foto do Deividson Costa)
          A festa acontece sempre no segundo final de semana do mês de setembro e atrai uma multidão de turistas à cidade, literalmente. Para se ter ideia, São Tiago conta atualmente com 11 mil habitantes. Nos dias de festas, a cidade chega a receber mais de 50 mil visitantes, ou seja, a cidade chega a contar com mais de 60 mil pessoas nos dias de festa.
          Além de biscoitos, tem doces, queijos, café e culinária típica mineira, shows, mostra de novos tipos de biscoitos, cultura e artesanato local, muita alegria e tradição.
10 - Festas Juninas
          As tradicionais quadrilhas juninas estão presentes na cultura, folclore e calendário festivo de todo o Brasil. Em Minas Gerais é uma tradição centenária, introduzida no Estado pelos portugueses durante o Ciclo do Ouro, no século XVIII. 
          As festas juninas e julinas, são populares em todas as cidades e zonas rurais mineiras como o tradicional Forró de Curvelo MG. as festas juninas de Pavão e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, de Paula Cândido MG na Zona da Mata, de Jequitinhonha MG no Vale do Jequitinhonha, a Festa de Santo Antônio em Roças Grande, em Sabará MG e também em Ouro Preto MG, com destaque para o Arraiá do Pilar (na foto acima da Ane Souz).
          Sem contar em Belo Horizonte, que organiza uma das melhores festas juninas do Brasil, o popular Arraial de Belô, no dia de São João. E olha, que festa! Dezenas de milhares de moradores e turistas participam do Arraial de Belô e dezenas de grupos de quadrilhas disputam as notas dos jurados num concurso empolgante de quadrilhas, além acontecer shows com artistas locais e renomados. É uma festa junina sem igual, inesquecível e única!
          Uma festa de destaque no interior de Minas Gerais é o Forró de Curvelo. A super festa atrai à cidade cerca de 50 mil turistas. Curvelo tem 81 mil habitantes. É um dos mais animados e importantes eventos de forró do Brasil, animado por bandas e artistas de renome, além de barracas, com bebidas e comidas típicas. (na foto acima de @dronemoc, o Forró de Curvelo)
          Além dos shows, quadrilhas e concursos durante os dias de festa,  as festas de junho e julho é um misto de religiosidade, tradição e diversão. É a mais pura preservação da tradição e religiosidade do povo mineiro. São festas que envolvem devoção, superstições, tradições, causos, comidas típicas, pau de cepo, foguetório, levantamento de mastro, casamento caipira e alegria.
11 - Festa do Pé de Moleque de Piranguinho
          Piranguinho, no Sul de Minas, distante 436 km de Belo Horizonte é com orgulho para os mineiros a Capital Nacional do Pé de Moleque. O doce é tradicional na cidade desde as primeiras décadas do século passado.
          No mês de junho, a cidade realizada uma das mais esperadas festas gastronômicas do Brasil, a Festa do Pé de Moleque. (fotografia de André Uchôas)
          Durante os dias de festa, o visitante conhecerá e degustará o maior Pé de Moleque do mundo. Para se ter ideia da dimensão do tamanho do doce, na 15ª edição da Festa, em agosto de 2022, o Pé de Moleque mediu 27 metros de comprimento, superando os 24 metros da edição anterior. Após a conferência pelo Ranking Brasil, o doce foi cortado e distribuído para os presentes.
          Durante os dias de festas acontecem barraquinhas, shows musicais com bandas e artistas regionais e show de viola, escolha da Rainha do Pé de Moleque e muita alegria.
12 - Festa da Cerveja de Nova Lima - Uaiktoberfest
          A cidade, distante apenas 35 km de Belo Horizonte, é um dos principais polos cervejeiros do país com várias cervejarias e rótulos premiados no Brasil e também no mundo. Todos os anos, entre outubro e novembro, a cidade realiza uma das mais concorridas festas de Minas Gerais, a Uaiktoberfest.
          O evento tem como objetivo promover e incentivar a cultura da cerveja artesanal, unindo o melhor das tradições e cultura de Minas Gerais com a da Alemanha. (na foto acima da Andréia Gomes, o centro de Nova Lima)
          Inspirada na tradicional festa alemã, todo o local do evento é decorado como se fosse uma Vila Germânica, com direito a comida típica alemã e bandas que tocam e cantam músicas alemãs, jaz, blues e rock.
          Além disso, o evento conta com a presença de várias cervejarias de todo o país além do visitante poder apreciar a cozinha mineira e alemã poderá participar de cursos, palestras e conhecer os melhores rótulos de cervejas artesanais. 
13 - Festa do Vinho de Catas Altas
          Catas Altas, a 120 km de Belo Horizonte, na Região Central, produz vinhos de uva, fermentado de jabuticaba, licores e cachaças, desde meados do século XIX. Atualmente Catas Altas vem se tornando uma grande produtora de cervejas artesanais. Por esse motivo, a cidade organiza também no mês de abril a Festa da Cerveja Artesanal.
          Todos os anos, no mês de maio, a cidade histórica realiza uma das mais concorridas e importantes festas gastronômicas de Minas Gerais. O grandioso evento acontece em praça pública, em frente a histórica Matriz da cidade e atraí milhares de turistas e visitantes. (na foto acima do Elpído Justino de Andrade, a Praça da Matriz, onde ocorre os principais eventos da cidade)
          Além disso, nos dias de festa, artistas e bandas de renome nacional se apresentam, bem como os turistas podem adquirir e apreciar as quitandas, doces e pratos da culinária mineira raiz, além de diversos tipos de vinhos de uva, fermentados de jabuticaba e outras bebidas artesanais. 
14 - Festa Nacional da Jabuticaba de Sabará
          Sabará, cidade histórica a 20 km de Belo Horizonte, realiza todos os anos entre novembro e dezembro a tradicional Festa da Jabuticaba. A cidade é Capital Nacional da Jabuticaba.
          A fruta é o ouro negro da cidade que já foi uma das maiores e mais importantes cidades mineiras durante o Ciclo do Ouro. Seu ouro agora não está nas minas e sim, nos pés da Myciaria-jaboticaba, o nome científico da fruta. (na foto acima do Anderson Sá, vista parcial de Sabará)
          A jabuticaba movimenta a economia do município, gera emprego e renda para centenas de famílias.
          Nos dias da festa acontecem shows, apresentações artísticas e a apresentação dos derivados da jabuticaba como a cerveja, cachaça, o fermentado, compotas, licores, molhos, bolos, sorvetes, pudins e outros pratos doces e salgados criados pelos chef´s locais tendo como base a fruta, que é tradicional na cidade desde o século XVIII. Inclusive, uma das espécies da fruta carrega o nome da cidade. a Jabuticaba-sabará (Myrciaria jaboticaba (Vell.) 
15 - Festival de Inverno de Ouro Preto
          A primeira cidade brasileira a ser reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, Ouro Preto MG a 100 km de Belo Horizonte, realiza todos os anos em conto com vizinha Mariana MG, o Festival de Inverno.
          Ruas, praças, beco e casarões públicos são ocupados geralmente nos fins de semana do mês mais frio do inverno, julho. É uma das maiores festas de Minas Gerais e atrai turistas de Minas, do Brasil e também do mundo. (na foto acima da Ane Souz, um dos eventos de rua do Festival de Inverno de Ouro Preto MG)
16 - Festival das Quitandas e Goiabada de Cocais
          A charmosa Vila Colonial de Cocais, distrito de Barão de Cocais MG, a 95 km de Belo Horizonte, na Região Central, realiza todos os anos, no mês de maio, um dos mais tradicionais e importantes festivais gastronômicos de Minas Gerais: o Festival das Quitandas e Goiabada.
          Nos dias do festival os visitantes apreciam a boa comida típica de Minas Gerais como o pastel de angu, o tropeiro, queijos, bolinho de feijão, pão de queijo com recheios, doces, além de conhecer as diversas quitandas mineiras feitas na Vila, bebidas típicas da região como o vinho, o fermentado de jabuticaba, a cachaça, os licores e a tradicional goiabada mineira. vila conhecida como a “Suíça Brasileira”. (na foto acima da Luciana Silva, a Matriz de Cocais, onde acontecem as festas e festivais da Vila)
17 - Festa do Rocambole de Lagoa Dourada
          Uma das mais tradicionais iguarias mineiras, o rocambole feito de pão de ló e recheado com doce de leite de Lagoa Dourada, distante 146 km de BH, está presente na nossa culinária desde meados do século passado, sendo uma das principais referências culinárias da Região do Campo das Vertentes.
          É tão importante que tem festa própria, a Festa do Rocambole, realizada anualmente desde 2009. O evento reúne todos os produtores da guloseima no mês de setembro, com shows, barraquinhas e claro, o legítimo, original inigualável e inimitável rocambole de Lagoa Dourada. (foto acima do rocambole tradicional de Lagoa Dourada, do Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
18 - Festa Italiana, em Belo Horizonte
          A Festa é em homenagem à imigração italiana no Brasil no final do século XIX e início do século XX. O evento acontece na capital mineira, no dia da República da Itália, 2 de junho, na Rua Professor Morais, na Savassi, entre 10h e 22 h.
          O evento conta com a presença dos descendentes de famílias italianas que vivem na capital e conta com apresentações musicais e danças típicas da Itália além da sua gastronomia. Para participar da festa o visitante deverá trazer 1 kg de alimento não perecível, exceto sal, fubá e farinha. (na foto acima do Thelmo Lins, vista parcial de Belo Horizonte)
19 - ExpoCachaça, Belo Horizonte
          Minas Gerais é destaque no mundo na produção de cachaça artesanal fina, de alta qualidade, com destaque para as cachaças produzidas em Salinas MG, Norte de Minas. A tradição secular mineira e apresentação de rótulos e tecnologias na produção da bebida podem ser conhecidas na capital mineira, Belo Horizonte. É na capital que acontece ExpoCachaça, um dos principais eventos do gênero do Brasil.
          Já na sua 32ª edição, a ExpoCachaça será realizada entre os dias 6 a 9 de julho de 2023, na Serraria Souza Pinto, no Centro de Belo Horizonte e contará com diversas cachaçarias de Minas e do Brasil, comidas e shows musicais com artistas e bandas musicais. Na ExpoCachaça acontecerá ainda o 12º Concurso Anual e Nacional da Cachaça, Bebidas Mistas com Cachaça e outros Destilados Produzidos no Brasil - 2023. (na foto acima da Elvira Nascimento, o Viaduto Santa Tereza, que fica bem próximo à Serraria Souza Pinto)
20 - Festivale
          O Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha - Festivale, é um evento itinerante que percorre 25 cidades da Região do Vale do Jequitinhonha. A primeira edição do evento foi em 1980, na cidade de Itaobim MG. Atualmente o evento hoje é organizado pela Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha - Fecage, com sede em Araçuaí MG.
          Todo ano é em uma cidade diferente. Em 2022 o Festivale foi em Itamarandiba. Esse ano, será na Terra da Manga, Itaobim MG. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade)
          O Festivale movimenta a economia das cidades participantes bem como atrai turistas não só de Minas Gerais mas de todo o Brasil já que a região é considerada um dos berços da cultura e arte de Minas Gerais, em especial, do artesanato em argila.
          
Durantes os dias do Festivale o visitante poderá conhecer o artesanato das cidades do Vale, bem como sua cultura, tradições, folclore, gastronomia e o talentos dos artistas locais.
São sete dias de festival com oficinas, palestras, debates, seminários, concursos. Nos dias do Festival acontece ainda o Festival da Canção, a Noite Literária, apresentações de grupos folclóricos e populares, Feira de Artesanato, além de mostras do aprendizados dos participantes das oficinas.

sábado, 1 de abril de 2023

Receita de peta caseira crocante

É a tradicional Peta de Vó, que a Luciana de Ibiá MG fez.
INGREDIENTES
. 500 gramas de polvilho azedo
. 1 copo (requeijão) óleo
. 1 copo (requeijão) de água quente
. 1 copo (requeijão) de leite 
. 1 ovo
.1 colher (sopa) de sal
MODO DE PREPARO
Para o biscoito ficar crocante siga os passos:
- Coloque todo o polvilho numa bacia.
- Despeje a metade da água quente e misture com uma colher
- Acrescente meio copo de leite e meio copo de óleo, frios.
- Comece a mexer com uma colher
- Acrescente o sal, o ovo e continue mexer
- Despeje o restante da água quente, mexa, o restante do leite e do óleo até que os ingredientes fiquem bem encorpados e a massa lisa e mole, não pode ficar seca, desgrudando das mãos, tem que ficar mole.
- Coloque a massa em um saco de confeiteiro ou um saco plástico bem firme, faça um furo e espalhe em uma fôrma untada. Não precisa untar.
- Vá espremendo na forma a massa em forma de palito ou redonda até ocupar toda a fôrma, dando espaço de 1 cm entre cada. 
- Leve em forno pré-aquecido a 180°C e deixe assando por 10 a 15 minutos. Assa bem rápido, fique de olho após 10 minutos para não dourar ou queimar por que pode ficar duro. Ele tem que ficar seco e branquinho.
- Por fim, retire do forno e sirva acompanhado de um bom café!
Feito por Luciana Albano de Ibiá MG

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