(Por Arnaldo Silva) Chapada Gaúcha é uma cidade mineira com cerca de 14 mil habitantes, na Região Norte de Minas. O acesso à é pela BR-479 e está distante 772 km de Belo Horizonte e conta atualmente. O município faz divisa com Januária, Formoso, Arinos, Urucuia, Pintópolis e São Francisco, em Minas Gerais e ainda com Cocos, no Estado da Bahia. (na foto abaixo, vista parcial de Chapada Gaúcha com foto arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação)
A vila dos Gaúchos
A cidade tem origem bem recente. Sua história começa a partir de 1976 com a chegada de um grande número de famílias vindas do Rio Grande do Sul para trabalhar na agricultura. Vieram através de incentivos de assentamento do Governo Federal à época, denominado Projeto de Assentamento Dirigido à Serra das Araras (PADSA). Na região, o projeto de assentamento englobava terras dos municípios de Formoso, Arinos, Januária e São Francisco, entre as regiões Norte de Minas e Noroeste do Estado.
O PADSA atraiu um contingente muito grande de gaúchos, devido as dificuldades de trabalho que famílias de agricultores encontravam na época, além das dificuldades climáticas no Sul do país, como geadas constantes, estiagens prolongadas e falta de incentivos agrícolas. Iriam para uma região de clima mais estável, terras férteis, planas e com vários rios próximos, como os rios Urucuia e São Francisco, facilitando assim a irrigação, além é claro, de incentivos e apoio do Governo, no início.
As famílias gaúchas foram instaladas numa área próxima ao Rio São Francisco, denominada de Serra das Araras. Com o tempo, mais famílias gaúchas foram chegando, formando assim uma vila, que passou a ser chamada de Vila dos Gaúchos.
Os gaúchos cuidavam da terra, plantavam e faziam a terra gerar riquezas e prosperidade. A vila cresceu, ganhou igreja, ruas foram abertas, casas e mais casas foram sendo construídas e novas famílias foram sendo formadas, até que a Vila foi elevada à distrito em 1994, subordinado à cidade de São Francisco MG.
A escolha do nome
A Vila dos Gaúchos já não era mais vila, cresceu a ponto de se tornar distrito. Tinha que ter outro nome. Para a definição do novo nome para o distrito que surgiu, foi feito um plesbicito entre os moradores. Três nomes foram os mais votados: Novo Horizonte o mais votado, Chapada Gaúcha, em segundo e Serra Gaúcha, em terceiro.
Pelo fato de já existir outros distritos mineiros com o nome de Novo Horizonte, este nome foi descartado, ficando o segundo nome mais votado, Chapada Gaúcha, como nome do novo distrito, por votação popular.
A decisão popular foi referenda pela Câmara de Vereadores em 19/12/1994, de São Francisco MG, a qual o novo distrito era subordinado, através do projeto de Lei n°1523, sendo instalado oficialmente em 28 de janeiro de 1995, como distrito reconhecido.
A cidade tem origem bem recente. Sua história começa a partir de 1976 com a chegada de um grande número de famílias vindas do Rio Grande do Sul para trabalhar na agricultura. Vieram através de incentivos de assentamento do Governo Federal à época, denominado Projeto de Assentamento Dirigido à Serra das Araras (PADSA). Na região, o projeto de assentamento englobava terras dos municípios de Formoso, Arinos, Januária e São Francisco, entre as regiões Norte de Minas e Noroeste do Estado.
O PADSA atraiu um contingente muito grande de gaúchos, devido as dificuldades de trabalho que famílias de agricultores encontravam na época, além das dificuldades climáticas no Sul do país, como geadas constantes, estiagens prolongadas e falta de incentivos agrícolas. Iriam para uma região de clima mais estável, terras férteis, planas e com vários rios próximos, como os rios Urucuia e São Francisco, facilitando assim a irrigação, além é claro, de incentivos e apoio do Governo, no início.
As famílias gaúchas foram instaladas numa área próxima ao Rio São Francisco, denominada de Serra das Araras. Com o tempo, mais famílias gaúchas foram chegando, formando assim uma vila, que passou a ser chamada de Vila dos Gaúchos.
Os gaúchos cuidavam da terra, plantavam e faziam a terra gerar riquezas e prosperidade. A vila cresceu, ganhou igreja, ruas foram abertas, casas e mais casas foram sendo construídas e novas famílias foram sendo formadas, até que a Vila foi elevada à distrito em 1994, subordinado à cidade de São Francisco MG.
A escolha do nome
A Vila dos Gaúchos já não era mais vila, cresceu a ponto de se tornar distrito. Tinha que ter outro nome. Para a definição do novo nome para o distrito que surgiu, foi feito um plesbicito entre os moradores. Três nomes foram os mais votados: Novo Horizonte o mais votado, Chapada Gaúcha, em segundo e Serra Gaúcha, em terceiro.
Pelo fato de já existir outros distritos mineiros com o nome de Novo Horizonte, este nome foi descartado, ficando o segundo nome mais votado, Chapada Gaúcha, como nome do novo distrito, por votação popular.
A decisão popular foi referenda pela Câmara de Vereadores em 19/12/1994, de São Francisco MG, a qual o novo distrito era subordinado, através do projeto de Lei n°1523, sendo instalado oficialmente em 28 de janeiro de 1995, como distrito reconhecido.
O tempo como distrito de Chapada Gaúcha foi bastante curto. Não ficou nem um ano como distrito. Nesse mesmo ano, 1995, começou o processo de emancipação de Chapada Gaúcha. (na foto, o Vão dos Buracos- Comunidade quilombola de Buraquinhos, fotografado pelo Guia Elson Barbosa)
De distrito à cidade em apenas 1 ano
Um fato inédito na história de Minas, jamais visto. Chapada Gaúcha foi elevada à cidade emancipada em 21 de dezembro de 1995, um ano depois de se tornar distrito, através da Lei n°12.030.
De distrito à cidade em apenas 1 ano
Um fato inédito na história de Minas, jamais visto. Chapada Gaúcha foi elevada à cidade emancipada em 21 de dezembro de 1995, um ano depois de se tornar distrito, através da Lei n°12.030.
À nova cidade que surgiu, foi incorporado povoados antigos como as comunidades quilombolas de Buracos e Buraquinhos (na foto acima do Guia Elson Barbosa), além do distrito histórico de Serra das Araras (na foto abaixo do Guia Elson Barbosa), com origens no final do século XVIII, fundado por descendentes de escravos.
É nessa região que está localizado o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (na foto abaixo de Lester Scalon).
Nascia assim uma nova cidade mineira. A antiga Vila dos Gaúchos se transformou em cidade, charmosa, pacata, e de grande potencial agrícola na região, além de turística. O território total do município de Chapada Gaúcha é de 3 255,189 km². No ano seguinte, em 1996, foram eleitos os primeiros vereadores e o primeiro prefeito e vice-prefeito da cidade, tomando posse em 1° de janeiro de 1997.
Aniversário da cidade
É tradição a data de emancipação das cidades ser considerada a data de aniversário da cidade, mas em Chapada Gaúcha no dia de sua emancipação, em 25 de dezembro, mas em 25 de julho.
Isso devido esse dia ser nacionalmente o Dia do Agricultor/Colono/Trabalhador Rural e do Motorista. Esta dada foi escolhido pelo simples fato da agrária da cidade e por ter sido formada por agricultores, colonos e trabalhadores rurais.
Aniversário da cidade
É tradição a data de emancipação das cidades ser considerada a data de aniversário da cidade, mas em Chapada Gaúcha no dia de sua emancipação, em 25 de dezembro, mas em 25 de julho.
Isso devido esse dia ser nacionalmente o Dia do Agricultor/Colono/Trabalhador Rural e do Motorista. Esta dada foi escolhido pelo simples fato da agrária da cidade e por ter sido formada por agricultores, colonos e trabalhadores rurais.
Economia
A essência e origem de Chapada Gaúcha é agrária. A agricultura familiar é um pontos fortes da economia do município além de cultivo de milho e arroz (na foto acima de José Wilson, roça de arroz), e outros grãos, com destaque para soja e sementes de forragem (capim). Inclusive, o município é o maior produtor de soja do norte de Minas, além de ser o maior produtor brasileiro de sementes de forragem (como podem ver na foto abaixo de José Wilson).
Um dos eventos importantes da cidade é a Agrochapada (na foto abaixo enviada pelo Ramon Oliveira), evento agropecuário que reúne o que tem de melhor na agricultura e pecuária da cidade, além de apresentação de shows, rodeios, exposição de animais, tecnologias agrícolas, atividades culturais e gastronômicas.
Artesanato e culinária
As tradições culturais e gastronômicas de Chapada Gaúcha têm forte influência do Rio Grande do Sul, aliados à cultura, tradição e gastronomia mineira.
As tradições culturais e gastronômicas de Chapada Gaúcha têm forte influência do Rio Grande do Sul, aliados à cultura, tradição e gastronomia mineira.
Nota-se a influência gaúcha na culinária, no artesanato e na cultura da cidade, embora prevaleça as tradições de Minas Gerais, como o artesanato e a gastronomia típica mineira e do povo do Cerrado, o bioma predominante nessa região. (Artesanato de buriti expostos no Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas. Foto arquivo: Prefeitura Municipal/Divulgação)
O Festival do Chopp
Uma mostra da influência gaúcha é o gosto do chapadense por chopp e cervejas. A tradição herdada dos alemães pelos gaúchos, faz parte também da tradição de Chapada Gaúcha. Na cidade acontece sempre o Festival do Chopp de Chapada Gaúcha.
O Festival do Chopp
Uma mostra da influência gaúcha é o gosto do chapadense por chopp e cervejas. A tradição herdada dos alemães pelos gaúchos, faz parte também da tradição de Chapada Gaúcha. Na cidade acontece sempre o Festival do Chopp de Chapada Gaúcha.
O festival atraí centenas de pessoas de cidades vizinhas e conta com comidas típicas mineira, gaúcha e alemã, além de shows com a presença de bandas da região Sul do País, tocando e cantando ao ritmo das tradicionais músicas gaúchas e germânicas. (foto acima: Arquivo Prefeitura/Divulgação)
Artesanato e turismo
Além disso, a cidade produz artesanato de qualidade como trançados, cestos, esteiras, caixas e brinquedos, feito com a fibra do buriti, espécie nativa abundante na região.
Artesanato e turismo
Além disso, a cidade produz artesanato de qualidade como trançados, cestos, esteiras, caixas e brinquedos, feito com a fibra do buriti, espécie nativa abundante na região.
Por estar numa região de rara beleza, com fauna e flora exuberante, em Chapada Gaúcha concentra-se grandes áreas de preservação ambiental, como o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, o Parque Estadual Serra das Araras, com destaque para a Gruta do Coração, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Veredas do Acari e a Cachoeira Arara Vermelha, favorecendo com isso o turismo ecológico, a geração de emprego e renda para a cidade. (Na foto acima do José Wilson, a beleza das veredas nativas de Chapada Gaúcha e abaixo do Elson Barbosa, o Morro Dois Irmãos)
Estrutura urbana
A cidade é bem estruturada, conta com uma boa infraestrutura urbana, hotéis, pousadas, restaurantes típicos, um comércio variado e um setor de prestação de serviços abrangente e de boa qualidade.
O povo chapadense é empreendedor, criativo e se sobressai nas adversidades. Até 2009, a cidade não tinha agência bancária. Para movimentar a economia local, seus moradores na época, criaram uma moeda social, chamada de “vereda”, através do Banco Comunitário.
Essa iniciativa foi inédita em Minas Gerais e ajudou bastante no fortalecimento da economia do município. Com a chegada de agências bancárias à cidade, a moeda social caiu em desuso e não circula mais desde 2015.
A cidade é bem estruturada, conta com uma boa infraestrutura urbana, hotéis, pousadas, restaurantes típicos, um comércio variado e um setor de prestação de serviços abrangente e de boa qualidade.
O povo chapadense é empreendedor, criativo e se sobressai nas adversidades. Até 2009, a cidade não tinha agência bancária. Para movimentar a economia local, seus moradores na época, criaram uma moeda social, chamada de “vereda”, através do Banco Comunitário.
Essa iniciativa foi inédita em Minas Gerais e ajudou bastante no fortalecimento da economia do município. Com a chegada de agências bancárias à cidade, a moeda social caiu em desuso e não circula mais desde 2015.
Cidade de taxa de escolarização bastante alta e com um bom nível educacional, além de possibilitar a seus moradores, boas condições para a prática de esportes, além de contar com área de lazer urbana e rural. (na foto acima o Balneário do Ney na Comunidade Rio dos Bois, registrada pelo Guia Elson Barbosa)
Festas e Festivais
Festas e Festivais
Além disso, a cidade promove eventos rurais como exposições e o Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas, realizada sempre na segunda semana de julho. Este evento foi criado para divulgar as tradições, cultura e história dos povos do sertão. (foto acima arquivo Prefeitura Municipal/@divulgação)
No Encontro dos Povos do Grande Sertão Veredas Nesse evento, além de shows musicais com música regional, tem pratos típicos regionais, danças de roda, mostra do artesanato e apresentações culturais, dentre outras atividades. (foto acima: Arquivo Prefeitura/Divulgação)
Outro evento de grande importância é o “Caminho do Sertão”, também chamado de “Caminho Rosiano”, em alusão a Guimarães Rosa, autor do livro O Grande Sertão Veredas, com histórias no livro, ambientadas nessa região. São 187 km, entre Sagarana até o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, passando por estradas, trilhas e povoados. (na foto acima enviada pelo Elson Barbosa, caminhantes fazendo o Caminho Rosiano)
Esse percurso é todo feito a pé pelos caminhantes, o que permite a todos um contato direto as tradições e costumes dos povos do sertão das veredas mineiras.
Outro evento tradicional em Chapada Gaúcha é a Festa de Santo Antônio de Serra das Araras ou somente, Festa da Serra. É uma tradição secular, nascida pela fé do sertanejo mineiro. Antes mesmo de Chapada Gaúcha existir, a Festa da Serra já existia, preservada há mais de 200 anos pelo povo do sertão de nossas veredas.
Esse percurso é todo feito a pé pelos caminhantes, o que permite a todos um contato direto as tradições e costumes dos povos do sertão das veredas mineiras.
Outro evento tradicional em Chapada Gaúcha é a Festa de Santo Antônio de Serra das Araras ou somente, Festa da Serra. É uma tradição secular, nascida pela fé do sertanejo mineiro. Antes mesmo de Chapada Gaúcha existir, a Festa da Serra já existia, preservada há mais de 200 anos pelo povo do sertão de nossas veredas.
A tradição começa quando foi encontrada em uma gruta na Serra das Araras, a imagem de Santo Antônio. Todos os anos, desde o século XIX, no dia de Santo Antônio, 13 de junho, romeiros e fiéis chegam à gruta vindos vários de lugares. Vem de ônibus, de carro, de moto, a cavalo e até a pé para participarem dos festejos juninos. A Romaria e a Festa da Serra são umas das maiores festas religiosas da região e uma das mais importantes festas tradicionais mineiras. (foto acima enviada pelo Guia Elson Barbosa)
Outro evento religioso de grande importância para a cidade é a Folia de Reis, que acontece entre o Natal e os primeiros dias do novo ano. Tradicional em toda Minas Gerais, a Folia de Reis é tradição secular nas comunidades chapadenses de Buracos, Buraquinhos e Ribeirão de Areia. (foto acima enviada pelo Guia Elson Barbosa)