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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Conheça Pedra Dourada

(Por Arnaldo Silva) Pedra Dourada tem sua origem nas primeiras décadas do século XX, com a construção de uma igreja dedicada a São João, em terras doadas por José de Souza Lima. Em torno da igreja, começou a surgir um pequeno povoado, logo chamado de São João do Soca, tendo o nome mudado para Vila de São José da Pedra Dourada em 1939 e por fim, a cidade emancipada em 30 de dezembro de 1962, com o nome de Pedra Dourada.
          O município está a 374 km de Belo Horizonte, na Zona da Mata, conta com 2532 habitantes, segundo o IBGE, em 2020. Seus vivem do comércio, pequenas indústrias, extração vegetal, pesca, prestação de serviços e principalmente da agricultura, destacando o cultivo de café, a caprinocultura, a pecuária leiteira e de corte. Tem como vizinhos, os municípios de Tombos, Vieiras, Carangola, Faria Lemos, São Francisco do Glória e Eugenópolis. Faz parte ainda do Caminho da Luz, peregrinação religiosa e ecológica, que se inicia em Tombos, num percurso a pé ou de bike, por 7 dias, até Alto Caparaó, culminando no Pico da Bandeira.(foto acima do Cristiano Ribas Moreira)
          A cidade é pitoresca, charmosa, atraente, aconchegante, pacata com praças, ruas e um casario muito bem cuidado. Seu povo é muito gentil, hospitaleiro, simples, com hábitos típicos das cidades do interior de Minas. (fotografia acima de Cristiano Ribas Moreira)
          O nome pedra dourada é por causa dessa gigantesca pedra, a 1200 metros de altitude, que fica dourada quando banhada pelos raios do sol, provocando um impressionante reflexo dourado na pedra, como podem ver na foto acima do Brunno Estevão/@brunno_7. 
          Essa pedra, juntamente com a Pedra Redonda (na foto acima do Brunno Estevão/@brunno_7), são uns dos principais atrativos da cidade, muito visitada por amantes de trilhas, caminhadas, rapel e voo livre. 
          Tem ainda como atração cachoeiras, fazendas centenárias, como a Fazenda Tupinambás e o Rancho Califórnia.
          Na área urbana, sua belíssima Matriz, dedicada a São José, padroeiro da cidade, construída em estilo neogótico e do belíssimo parque São João, com 1600 metros de área construída, uma completa área para a prática de esportes, lazer, cultura e diversão, não só da cidade, mas que atraia gente de toda a região para passar horas agradáveis num das mais belos lugares da Zona da Mata. (na foto acima do Brunno Estevão/@brunno_7)

domingo, 16 de agosto de 2020

Conheça Perdões: a cidade da amizade

(Por Arnaldo Silva) Com cerca de 22 mil habitantes, localizada no km 677 da BR-381, estando numa posição intermediária entre as regiões do Campo das Vertentes e Sul de Minas, está a cidade de Perdões. Cidade charmosa, histórica do século XVIII, com um rico e belo casario colonial preservado, fazendas centenárias, bem como igrejas no estilo barroco mineiro e entalhes interiores em estilo rococó. Pelo carisma, hospitalidade e amizade que seu povo demonstra ter entre si e da forma amiga que recebe os visitantes, é conhecida na região como a “Cidade da Amizade”. (na foto abaixo do Rogério Salgado, a Praça da Matriz do Senhor Bom Jesus dos Perdões)
          Distante 211 km de Belo Horizonte, o município faz divisa com Ribeirão Vermelho, Lavras, Ijaci, Bom Sucesso, Santo Antônio do Amparo, Santana do Jacaré, Cana Verde e Nepomuceno. A economia do município gira em torno de um comércio variado, da prestação de serviços, de pequenas e médias indústrias, da agricultura e pecuária, de corte e leiteira, do artesanato e do turismo. (na foto abaixo de Rogério Salgado, detalhes da arquitetura barroca de Perdões)
História e origem
          A história de Perdões começa a partir de meados do século XVIII, com a chegada à região de Romão Fagundes do Amaral, um ambicioso minerador, que logo ao chegar, já montou um garimpo para extração de ouro às margens do Rio Grande. Como o metal atraia muita gente, nas proximidades desse garimpo, começou a se formar um povoado, que se desenvolveu bastante. Além do minerador, se instalou na região Rubens Airão, formando uma fazenda e se dedicando à agricultura e pecuária. 
          Tanto Romão Fagundes, quando Rubens Airão, eram influentes, ricos, com posses de grandes áreas de terras e de grande número de escravos, sendo importantes para formação do arraial e desenvolvimento da região. Homens de fé, por volta de 1770, mandaram construir uma singela ermida do Senhor Bom Jesus, em estilo jesuítico, com benção e provisão canônica dado pelo bispado de Mariana, a sede paroquial na época. 
A Capela de Nosso Senhora do Rosário
          Construída com muito trabalho e suor, pelos escravos de ambos os senhores, a capela foi dedicada à Nossa Senhora do Rosário, santa Católica muito amada e venerada pelos escravos. (na foto abaixo do Rogério Salgado, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário)
          Em torno da singela capela, desenvolveu um povoado que cresceu sobre o nome de Arraial de Bom Jesus, depois foi acrescentado Perdões, sendo chamado então de Arraial do Senhor Bom Jesus dos Perdões, tendo sido elevado a freguesia e vila em 1885, com o nome reduzido a Perdões e por fim, à cidade emancipada em 1º de junho de 1912.
O nome perdões
          
O acréscimo da palavra Perdões ao nome Senhor Bom Jesus, tem com origem Romão Fagundes do Amaral. Segundo consta, o minerador vivia às margens da Lei, formando garimpos e extraindo ouro e se enriquecendo, sem se importar muito com as leis da Coroa Portuguesa, principalmente na questão dos impostos, sendo por isso perseguido pela justiça que representava a Coroa Portuguesa na Colônia. Por isso vivia pouco tempo em determinados lugares, sempre buscando outras regiões para garimpar quando sentia a presença da fiscalização portuguesa.
          Cansado da vida de fugitivo que levava, Romão Fagundes resolveu mudar. Pediu perdão à Cora Portuguesa, à época sobre a regência de Dona Maria I, oferecendo-lhe um cachinho de bananas de ouro puro, caso o perdão fosse concedido e prometendo ainda, mandar trazer de Portugal a imagem do Senhor Bom Jesus. (na foto abaixo do Rogério Salgado, detalhe da arquitetura barroca de Perdões e acima, à direita, a Igreja do Rosário)
          Romão Fagundes do Amaral foi perdoado, recebeu a patente de Alferes, que na época, era oficial da guarda da Colônia, abaixo do tenente. De acordo com a hierarquia militar, um alferes seria hoje um segundo-tenente. Cumpriu todas as promessas que havia feito, caso tivesse o perdão. Passou exercer suas atividades de forma legal, cumprindo com suas obrigações para com a Coroa Portuguesa. Mandou trazer a imagem do Senhor Bom Jesus de Portugal, como prometera, colocando-a na capela que ele próprio, juntamente com o fazendeiro Rubens Airão, tinham mandado erguer. Com o tempo, a palavra perdões foi acrescentando ao nome da capela, ficando Capela do Senhor Bom Jesus dos Perdões, bem como ao nome do povoado. 
A Capela do Senhor Bom Jesus
          A capela do Senhor Bom Jesus foi dedicada à Nossa Senhora do Rosário, assim é chamada até hoje. Em 1870, foi erguida a atual Matriz do Senhor Bom Jesus dos Perdões, em estilo Barroco, com decoração no estilo Rococó, mas cuja obra não tem autoria identificada. Reformas feitas no século XX, descaracterizaram a arquitetura e ornamentação da igreja. Percebendo isso, em 1992, o padre da Matriz na época, Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, decidiu resgatar a história e origem arquitetônica original da igreja. (na foto acima do Rogério Salgado, a parte frontal da Matriz e abaixo os fundos da igreja)
            Padre Miguel Ângelo, pesquisou a fundo a origem, arquitetura e todo o estilo da igreja original e assim conseguiu trazer de volta, as características originais dos altares, imagens, retábulos, mesas, colocando os balaústres em seus lugares originais, recuperando os entalhes da arte Rococó na sua ornamentação. Em seu altar-mor, está a imagem do Senhor Bom Jesus dos Perdões. Assim, está a igreja hoje, restaurada e preservada, conforme suas características originais.
Atrativos turísticos de Perdões
          Além da Matriz, construções se destacam na cidade, sendo atrativos turísticos e culturais como:
- A Matriz está numa praça, rodeada por belíssimos casarões, muito bem preservados, dos séculos XVIII e XIX, além de um charmoso coreto em estilo eclético do século XX, na mais charmosa e atraente praça da cidade, a Praça Dr. Zoroastro Alvarenga. (fotografia acima e abaixo  do Rogério Salgado) 
- No entorno da Matriz do Senhor Bom Jesus dos Perdões encontra-se o prédio da antiga sede da Prefeitura, hoje Biblioteca Municipal Francisca Andrade Pereira. 
- O prédio do antigo Fórum e Cadeia, datado de 1918, tendo sua arquitetura influências do estilo neoclássico, colonial e detalhes da arquitetura Grega e Romana, em sua fachada. Hoje é o Museu Municipal Joaquim de Bastos Bandeira. 
- A Escola Municipal Otaviano Alvarenga, construído em 1910 em estilo neoclássico e o 1º Piso e Estação de Rádio VerSul FM- 2º Piso) 
- A Casa Paroquial, foi construída em 1927, para servir de moradia e hospedagens dos padres, em estilo eclético, com detalhes arquitetônicos em estilo barroco, renascentista e grego. 
- O Monumento em homenagem aos ex-combatentes da Segunda Grande Guerra Mundial, construído em 1960, em homenagem aos valorosos pracinhas perdoenses, que lutaram na Segunda Grande Guerra Mundial, defendendo nosso país. 
- O prédio que abriga a Santa Casa de Perdões (na foto acima do Rogério Salgado) é outro atrativo da cidade. Fundada em 1921, sua arquitetura é em estilo neoclássico.
- A Praça do Rosário foi construída oficialmente em 1944, onde foi construído em 1898, o chafariz e a primeira caixa d´água do município, quando a água canalizada chegou à Perdões. 

          Além do charme da cidade, seu casario colonial dos séculos XVIII e XIX, suas construções neoclássicas e ecléticas do século XX, belas igrejas, praças, monumentos, um comércio variado e atraentes, charmosas pousadas e hotéis, restaurantes aconchegantes e fazendas centenárias (com uma delas, na foto acima do Rogério Salgado) outro destaque de Perdões é o Rio Grande e a Represa do Funil, entre Perdões e Lavras (na foto abaixo do Rogério Salgado), um dos maiores atrativos naturais do município.
          São lugares muito procurados pelos perdoenses e visitantes, para pesca, além de ter em suas margens, áreas de lazer que propiciam descanso e prática de atividades esportivas como passeios de barco ou de lanchas, jet ski e outras diversões aquáticas.

sábado, 15 de agosto de 2020

O diamante Estrela do Sul, seus arredores e Dona Beja

(Por Arnaldo Silva) Estrela do Sul é uma das mais belas cidades históricas de Minas Gerais. Vivem atualmente na cidade 6.840 pessoas, segundo Censo do IBGE em 2022. Está a 520 km de Belo Horizonte, no Triângulo Mineiro. (foto abaixo de Djacira Antunes)
          Sua origem começa no século XVIII, por volta de 1722, com a descoberta de diamantes às margens do Rio Bagagem, pelo bandeirante João Leite da Silva Ortiz, o mesmo que fundou o Arraial de Curral Del Rei, que deu origem a capital, Belo Horizonte. Naquela época, as pedras cobiçadas eram o ouro e esmeraldas. 
          O brilho dos diamantes não seduzia os bandeirantes, mesmo assim, o lugar começou a ser povoado, atraindo senhores de escravos que passaram a trabalhar na extração de diamantes. Aos poucos, foi surgindo um pequeno arraial, chamado de Diamantino da Bagagem, se desenvolvendo devagar, até julho de 1853, quando foi encontrado, por uma escrava de nome Rosa, na mineração de Casimiro de Morais, um enorme diamante, com 128,48 quilates, recebendo inicialmente o nome de casimira, em alusão ao nome do minerador. Até hoje é um dos maiores e mais valiosos diamantes encontrados no mundo.
          A descoberta desse diamante mudou a realidade do lugar. Naquela época, o ouro já estava em escassez e os diamantes passaram a ter um valor impressionante, principalmente na Europa e Índia. (na foto da Djacira Antunes, monumento em homenagem ao garimpeiro e abaixo, também de Djacira Antunes, monumento ao marco de mudança de nome de Bagagem para Estrela do Sul)
          Com a descoberta desse diamante, em 1853, logo o arraial foi elevado a distrito em 1854 e por fim, cidade em 1861, tendo o nome mudado de Bagagem para Estrela do Sul, em referência ao nome dado ao diamante, em 1911.
          A descoberta desse diamante, projetou o Brasil em nível internacional na época, pela preciosidade e raridade da pedra preciosa, de alto valor comercial. Na época, o diamante foi vendido a H. Lelphen por 3 mil libras esterlinas, que a guardou no Banco do Rio de Janeiro, registrando o diamante no valor 30 mil dólares. Posteriormente o comprador levou a pedra para Paris. Pelo seu brilho e beleza, semelhante ao de uma estrela e por ter sido encontrado na América do Sul, deu o nome ao diamante de Estrela do Sul. 
          A pedra preciosa foi exposta ao público pela primeira vez em 1862 no Great Londo Exposition, e em 1867 na International Exposition de Paris, atraindo a atenção do mundo pela preciosidade e beleza do diamante, tendo sido adquirida pelo príncipe indiano Mallhār Rāo, da família real de Gaekwad por 80 mil libras esterlinas, ficando em posse dessa família até ser adquirido por Rustomjee Jamsetjee de Mumbai, na Índia, que o vendeu em 2002 para a Casa Cartier, em Paris.
A descoberta desse diamante, atraiu muita gente entre aventureiros. até gente da elite da época para a região, entre elas, grandes fazendeiros, senhores de escravos e Ana Jacinta de São José, nascida 02/01/1800 em Formiga, falecida em 08/10/1873, em Estrela do Sul, a famosa e influente cortesã do século XIX, Dona Beja, mulher inteligente, empreendedora e de grande habilidade, principalmente em ganhar dinheiro. Vislumbrando riqueza, deixou Araxá, aos 53 anos de idade, para viver em Estrela do Sul. Na cidade fixou residência, cuidou de sua filha e trabalhava na extração de diamantes. Morreu aos 73 anos. Na foto, Dona Beja, já idosa em foto feita de uma foto exposta no Museu Dona Beja em Araxá.
          A corrida do ouro tem histórias de romantismo, ambição, riqueza, também suor, lágrimas e doenças, causadas pelas rudimentares técnicas de extração mineral e do uso de metais pesados, usados na limpeza das pedras. A extração era feita por garimpeiros e em sua maioria, por escravos, trabalhando numa média de 14 horas por dia, em intenso e pesado trabalho. Os diamantes brotavam da terra e a fama da cidade se espalhou, atraindo cada vez mais gente para o lugar. Em pouco tempo, o pequeno arraial ganhou ares de cidade grande, na época, chegando a ter 30, 40 a 50 mil moradores. (foto acima e abaixo de Djacira Antunes)
          Como nada dura para sempre, veio o tempo da escassez dos diamantes, a abolição da escravidão, o que fez com que boa parte dos seus moradores, deixassem a cidade, em busca de outras oportunidades, em outras regiões. (foto abaixo de Djacira Antunes)
          Daquele tempo, ficou a rica história da “Cidade dos diamantes”, contada no livro “O Garimpeiro”, ambientado na Vila de Bagagem, com descrições fiéis e reais da realidade na época, de Bernardo Guimarães, escritor mineiro nascido em Ouro Preto, autor de vários clássicos de nossa literatura, como “A Escrava Isaura”.
          Embora muito de seus casarões colonial tenham se perdido ao longo do século XX, ficando apenas em fotografias, alguns casarões e igrejas do século XVII e XIX, foram preservados, fazendo hoje parte da história viva da cidade. São casarões imponentes e igrejas em estilo barroco como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e outras construções no estilo neoclássicas e eclético, que fazem da cidade, um dos diamantes históricos valiosos de Minas Gerais. (foto abaixo de Djacira Antunes)
          Deste passado, restaram alguns suntuosos e belíssimos casarões, documentos, a nova história que Dona Beja construiu na cidade, diferente da que fez em Araxá, onde era cortesã, sendo em Estrela do Sul, mãe, religiosa e mineradora. Infelizmente, o imponente casarão que Beja construiu, não existe mais, e alguma outras relíquias histórias, o tempo e a natureza cuidou de destruir, como a ponte sobre o Rio Bagagem, que Beja mandou fazer, levada por uma enchente nos anos 1980. 
           Na cidade existe ainda um museu, que guarda relíquias do passado de Estrela do Sul, além de vários documentos de grande relevância histórica e ainda, duas fotografias de Dona Beja, já idosa. (foto acima e abaixo de Djacira Antunes)
          A cidade hoje cuida do que restou de sua história, com zelo, sendo uma cidade atraente, bem cuidada, aconchegante, com belas e charmosas praças. O povo estrela-sulense é muito simpático, hospitaleiro, gentil, e gosta muito de uma boa prosa, hoje, valorizando suas tradições, cultura e arquitetura. É uma cidade de grande potencial turístico e vem se desenvolvendo nesse sentido, buscando melhorias em sua rede hoteleira, gastronômica e na sua infraestrutura urbana e rural, fazendo da cidade, ainda mais atrativa para receber turistas e amantes da história Colonial de Minas Gerais.
          Na cidade e na sua zona rural, o visitante tem várias opções de turismo, além da beleza e charme de seu casario, como fazendas centenárias, rios, ribeirões com cachoeiras e cascatas, além do Memorial Dona Beja e do Garimpeiro. 
          Na zona rural, paisagens interessantes chamam a atenção como duas pedras de granitos sobrepostas naturalmente, que lembram a boca de uma baleia, obviamente chamada de Boca da Baleia. Do alto da Boca da Baleia, um mirante proporciona uma sensacional vista do entorno. Tem também o Morro da Bagaginha, onde tem uma singela ermida, dedicada à Imaculada Conceição. (foto acima e abaixo de Djacira Antunes)
          Outro grande atrativo do município, é o Morro Velho, onde se encontra interessantes formações rochosas de arenito e ainda. Tem ainda o Monte Carmelo, o ponto mais alto do município, na zona rural de Estrela do Sul, destacando ainda no topo do pico, uma singela ermida em estilo colonial, dedicada a São José. 
          No entorno de Estrela do Sul (na foto acima de Thelmo Lins), tem outras charmosas e belas cidades, já que o município faz divisa com Monte Carmelo, cidade fundada em 1882, contando hoje com cerca de 50 mil habitantes, distante 34 km de Estrela do Sul, via MG-190 e MG-223. Outra cidade na divisa, é a pacata e charmosa cidade de Grupiara, com cerca de 1500 habitantes, apenas, distante 35 km de Estrela do Sul, com acesso pela Rodovia LMG 742.
          Faz divisa também com Araguari, (na foto acima do Thelmo Lins, a antiga Estação Ferroviária de Araguari, hoje sede da Prefeitura), uma das mais desenvolvidas e melhores cidades de Minas Gerais para se viver, fundada em 1888, contando hoje com cerca de 120 mil moradores, distante 70 km de Estrela do Sul, com acesso à cidade pela MG-223, 70 km.
          Tem ainda a pitoresca, aconchegante e atraente cidade de Cascalho Rico, com sua charmosa arquitetura colonial e em estilo neorromânico, (na foto acima de Thelmo Lins, uma singela praça e detalhes de um casarão em estilo colonial, tradicional na cidade). Cascalho Rico fica a 42 km de distância de Estrela do Sul, com acesso pela LMG-223.
          Por fim, tem ainda na divisa Indianópolis, bela cidade com cerca de 7 mil moradores, distante 90 km de Estrela do Sul, com acesso pela BR 361. A cidade é grande produtora de café e famosa por suas belas paisagens, em especial, impressionantes cachoeiras, (como a da foto acima, do Eudes Cerrado) a Cachoeira de Furnas.
          Conhecer Estrela do Sul (na foto acima de Thelmo Lins) é conhecer a história da riqueza do auge da exploração de diamantes e vivenciar o estilo de vida, cultura, tradições e arquitetura dos séculos XVIII, XIX e início do século XX.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O esplendor de 15 parques estaduais mineiros

(Por Arnaldo Silva) Montanhas, serras, picos, grutas, cachoeiras, a Cordilheira do Espinhaço, rios com praias fluviais, lagos, represas e matas com paisagens, animais silvestres e flores nativas, são alguns atrativos naturais de Minas Gerais, protegidos em nossos parques ambientais, municipais, estaduais e federais. 
          São lugares deslumbrantes, com vastas áreas de Cerrado e Mata Atlântica, protegidos nas unidades de conservação mineiras, como a Serra do Rola Moça, entre Belo Horizonte e Brumadinho e o Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro M, na foto acima do Marcelo Santos.
01 - Parque Estadual do Rio Doce
         Uma dos mais preservados e belos parques mineiros é o Parque Estadual do Rio Doce, em Marliéria, no Vale do Aço, na foto acima Elvira Nascimento, uma das maiores unidades de Mata Atlântica do Brasil, abrigando a maior área contínua deste bioma em Minas Gerais. A área é formada por 42 lagoas naturais, sendo a mais famosa a Lagoa do bispo Dom Helvécio. Além da beleza da Mata Atlântica conservada e sua rica flora, no Parque estão várias espécies de aves e mamíferos como o jacaré-do-papo-amarelo, onças, jaguatiricas e outros animais, além de um mirante, com uma vasta vista de toda a área.
02 - Parque Estadual do Rola Moça
          O nome tem origem num causo do escritor Mário de Andrade, que narrou a história de uma moça, que ao voltar de seu casamento com o noivo, montados cada um em um cavalo, o que a noiva montava, escorregou em cascalho, vindo a moça cair, rolando serra abaixo e morrendo. A triste história do casal comoveu e a serra onde sofrera a queda, passou a se chamar Rola Moça. O lugar proporciona uma vista linda de Brumadinho e região, além de guardar riquezas de nossa fauna e flora como o lobo-guará, várias espécies de pássaros, orquídeas nativas, bromélias, candeias, etc. Por toda Minas, existem lugares belíssimos e impressionantes! (na foto acima de John Brandão - In Memoriam, a Serra do Rola Moça)
03 - Parque Estadual do Biribiri
          Um desses lugares é o Parque Estadual do Biribiri, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Lugar tranquilo, com uma flora riquíssima e belezas impressionantes, como a Cachoeira do Sentinela e esta acima, na foto da Elvira Nascimento, a Cachoeira dos Cristais. Além da charmosa Vila de Biribiri, que fica dentro do parque, no local existem mirantes, como o da Cruzinha e o da Guinda com fácil acesso com belíssimas vistas, além do "Caminho do Escravos", iniciando no perímetro urbano de Diamantina, estendendo até o distrito de Mendanha, num percurso de 20 km. É uma trilha aberta pelos escravos no século XVIII, para escoamento da produção de diamantes da região.
04 - Parque Estadual do Ibitipoca
          Um destino imperdível e inesquecível é em Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte, na Zona da Mata. Além do charme da pitoresca vila colonial, está a porta de entrada para o Parque Estadual do Ibitipoca, um dos mais impressionantes santuários naturais de Minas Gerais, se destacando entre suas várias belezas, fauna e flora riquíssimas, a Prainha, a Cachoeira do Macaco, o Pico do Pião, o Paredão e a Janela do Céu, na foto acima de Gabriel Fortes da Sauá Turismo em Conceição do Ibitipoca)
05 - Parque Estadual do Itacolomi
          E pra quem vem conhecer a cidade de ouro do nosso barroco, Ouro Preto MG e a nossa primeira capital, Mariana, na Região Central Mineira, tem como opção o Parque Estadual do Itacolomi. Lugar de rara beleza e muita história, está na divisa entre as duas cidades históricas mineiras, tendo como destaque o famoso pico do Itacolomi, a 1772 metros de altitude, com acesso por 6 km de trilha com um tempo de percurso de ida e volta em média 4 horas. Na foto acima de Nacip Gômez, podemos ver um vale de Sempre-Vivas no alto do Parque do Itacolomi)
          O lugar é bem conservado e bem sinalizado. Do alto, tem-se uma impressionante vista de toda a região, um verdadeiro mar de montanhas. Em Mariana, o visitante pode ainda conhecer a Mina da Passagem e em Ouro Preto, visitar o Parque Natural Municipal das Andorinhas, onde está a nascente do Rio das Velhas e a Cachoeira das Andorinhas.
06 - Parque Estadual do Pico do Itambé
          Uma das maravilhas de Minas é a Serra do Espinhaço, uma cordilheira que se estende por 1.000 km contínuos, da região de Catas Altas, até o sul da Bahia. É a única cordilheira do Brasil, abrigando em seu trecho, várias unidades de conservação estaduais, como Parque Estadual do Pico do Itambé, entre o Serro e Santo Antônio do Itambé, no Alto Jequitinhonha, conhecido como o teto do sertão mineiro, a 2002 metros de altitude, na foto acima do Tiago Geisler, com belas cachoeiras e trilhas. No topo, principalmente ao amanhecer, uma vista espetacular de toda a região impressiona, fazendo jus ao nome de "teto do sertão mineiro". 
06 - Parque Estadual do Rio Preto 
          Ainda na Cordilheira do Espinhaço, está o Parque Estadual do Rio Preto, em São Gonçalo do Rio Preto, no Vale do Jequitinhonha. O lugar é simplesmente incrível, com uma riqueza natural impressionante com trilhas, bancos de areias branquíssimos, cachoeiras paradisíacas, como esta da foto acima do Tom Alves/tomalves.com.br, a Cachoeira do Crioulo, além uma rica flora nativa, destacando as sempre-vivas, além de preservar várias espécies nativas de nossa fauna. 
07 - Parque Estadual da Serra do Intendente
          Continuando com as belezas do Espinhaço, temos o Parque Estadual da Serra do Intendente que guarda uma das mais belas cachoeiras do Brasil, a maior de Minas e a terceira do país, com 273 metros de queda. É a Cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro. Além desta cachoeira, tem o cânion do Peixe Tolo (na foto acima do Marcelo Santos) e a Cachoeira Rabo de Cavalo, além da riqueza da fauna e beleza da flora nativa, com belas quaresmeiras, sempre-vivas e outras plantas nativas da região.
08 - Parque Estadual da Mata do Limoeiro 
          No entorno do charmoso distrito itabirano de Ipoema, na foto cima de Sônia Fraga, está o Parque Estadual da Mata do Limoeiro, na Região Central de Minas. Um lugar aprazível, tranquilo, com belíssimas vistas e cachoeiras maravilhosas como a do Derrubado e do Paredão, além de contar com muitas trilhas para a prática do ciclismo.
09 - Parque Estadual do Sumidouro          
          A 40 km de Belo Horizonte, está a Gruta da Lapinha, entre Pedro Leopoldo e Lagoa Santa, no Parque Estadual do Sumidouro, está localizada a Gruta da Lapinha. São 300 metros de extensão, com várias galerias e salões, com 12 desses salões abertos à visitação, todos iluminados, valorizando ainda mais a beleza dos estalactites e estalagmites da gruta, além de contar com passarelas e guias, especializados.
          Além da Gruta da Lapinha, no Parque do Sumidouro encontra-se belas paisagens, como esta da foto do Thelmo Lins, além de abrigar o Museu Peter Lund, com exposição de 82 fósseis que vieram de Copenhague, na Dinamarca, e outros 15 fósseis doados pelo Museu de História Natural da PUC Minas.
          Foi nesta região, na Lapa Vermelha, em Pedro Leopoldo, que foi encontrado, em 1975, por arqueólogos brasileiros e franceses, chefiados pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire (1917-1977) o mais antigo fóssil da América. O fóssil de uma mulher, entre 20 a 24 anos, chamado pelos cientistas de Luzia. Segundo os cientistas, Luzia viveu na região entre 12.500 a 13.000 anos, com um grupo de pessoas, sendo até então considerado a primeira população humana da América. O esqueleto de Luzia foi encaminhado ao Museu Nacional do Rio de Janeiro e quase destruído pelo incêndio ocorrido em 2018. Quase porque, cerca de 80% dos fragmentos de seu esqueleto foram recuperados, com a possibilidade de recuperação total de todo o esqueleto. Em Minas, ficou a reconstrução do rosto de Luzia, na foto acima do Thelmo Lins, no Museu Natural da PUC Minas.
Outros parques
          Além dos parques citados acima, em Minas Gerais temos os parques:
10 - Parque Estadual da Serra do Papagaio (Airuoca, Alagoa, Baependi, Itamonte e Pouso Alto – Sul) (na foto acima do Marlon Arantes)
11 - Parque Estadual Serra do Brigadeiro (Araponga, Fervedouro, Miradouro, Ervália, Sericita, Muriaé, Pedra Bonita e Divino – Zona da Mata) (na foto acima do @shakalcarlos)
12 - Parque Estadual Serra Nova e Talhado (Rio Pardo de Minas, Serranópolis de Minas, Mato Verde, Porteirinha e Riacho dos Machados – Norte) (na foto acima do Tharlys Fabrício)
13 - Parque Estadual da Serra do Ouro Branco MG, Região Central (foto acima de Josiano Melo)
14 - Parque Estadual de Botumirim (Botumirim e Bocaiuva no Norte de Minas) (foto acima do Eduardo Gomes)
15 - Parque Estadual da Lapa Grande (Montes Claros – Norte) (na foto acima do Eduardo Gomes, uma das Cavernas da Lapa Grande)
- Parque Estadual do Pau Furado (Araguari e Uberlândia – Triângulo)
- Parque Estadual Serra das Araras (Chapada Gaúcha – Alto Médio São Francisco)
- Parque Estadual de Nova Baden (Lambari – Sul)
- Floresta Estadual do Uaimii (Ouro Preto – Centro Sul)
- APA Estadual Parque Fernão Dias (Betim, Contagem – RMBH)
- Parque Estadual do Rio Corrente
- Parque Estadual de Grão Mogol, Norte de Minas
- Parque Estadual da Serra do Intendente
- Parque Estadual dos Sete Salões
- Parque Estadual da Serra Negra
- Parque Estadual da Serra Negra da Mantiqueira
- Parque Estadual da Serra do Cabral (Buenópolis e Joaquim Felício, na Região Central Norte)

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