(Por Arnaldo Silva) O mineiro tem uma forte vocação para a culinária e para arte. Em nossas cidades, principalmente as históricas, os casarões, igrejas e teatros são verdadeiras obras de arte, com detalhes impressionantes nas fachadas e no seu interior. Mas a arte mineira não se resume à arquitetura e arte barroca.
Em Minas Gerais, a pedra sabão dá vida a uma infinidade de peças impressionantes, como a imagem abaixo do Arnaldo Silva, em Ouro Preto MG. O barro vira bonecas, casinhas, pratos, potes. A madeira se transforma em esculturas impressionantes. A prata vira finíssimas peças, bem como a pedra sabão que se transforma em utensílios domésticos e artesanato nas mãos dos nossos artesãos. Fibras vegetais e flores dão vidas a peças maravilhosas. Papel vira arte, o barro vira mini-casinhas. Sucatas de metal e ferro viram esculturas em tamanho natural como cavalos, bois, dragões, homens esculturas nas mãos do artista plástico Dito Leandro de Campos Altos no Alto Paranaíba.
Em Botumirim, no Vale do Jequitinhonha, fibras naturais, juntando com a arte dos bordados, se transformam em mantas, almofadas, bonecas, bois, vacas, arranjos, etc., pelas mãos das artesãs e bordadeiras da cidade que fazem os pontos dos bordados contando a história das mulheres da região e cantigas de roda, como podemos ver na foto acima e abaixo de Manoel Freitas.
O artesanato no Brasil tem nome e sobrenome: Minas Gerais. Nenhum outro estado brasileiro é tão rico em artes e artesanato como Minas Gerais. No Estado, o artesanato é responsável pela economia de várias cidades, sustenta e mantém famílias, gera empregos e renda. Em Minas são mais de 300 mil artesãos, que movimentam uma média de 2 bilhões de reais por ano, segundo dados governamentais. (na foto abaixo do Bezete Leite, o artesanato com fibra de bananeira de Coração de Jesus, no Norte de Minas)
Em Minas Gerais, a pedra sabão dá vida a uma infinidade de peças impressionantes, como a imagem abaixo do Arnaldo Silva, em Ouro Preto MG. O barro vira bonecas, casinhas, pratos, potes. A madeira se transforma em esculturas impressionantes. A prata vira finíssimas peças, bem como a pedra sabão que se transforma em utensílios domésticos e artesanato nas mãos dos nossos artesãos. Fibras vegetais e flores dão vidas a peças maravilhosas. Papel vira arte, o barro vira mini-casinhas. Sucatas de metal e ferro viram esculturas em tamanho natural como cavalos, bois, dragões, homens esculturas nas mãos do artista plástico Dito Leandro de Campos Altos no Alto Paranaíba.
Em Botumirim, no Vale do Jequitinhonha, fibras naturais, juntando com a arte dos bordados, se transformam em mantas, almofadas, bonecas, bois, vacas, arranjos, etc., pelas mãos das artesãs e bordadeiras da cidade que fazem os pontos dos bordados contando a história das mulheres da região e cantigas de roda, como podemos ver na foto acima e abaixo de Manoel Freitas.
O artesanato no Brasil tem nome e sobrenome: Minas Gerais. Nenhum outro estado brasileiro é tão rico em artes e artesanato como Minas Gerais. No Estado, o artesanato é responsável pela economia de várias cidades, sustenta e mantém famílias, gera empregos e renda. Em Minas são mais de 300 mil artesãos, que movimentam uma média de 2 bilhões de reais por ano, segundo dados governamentais. (na foto abaixo do Bezete Leite, o artesanato com fibra de bananeira de Coração de Jesus, no Norte de Minas)
Nosso artesanato é único e tem identidade própria. Em qualquer lugar do mundo o artesanato mineiro é reconhecido, principalmente o artesanato em cerâmica do Vale do Jequitinhonha, presente em vários países do mundo.
A arte em flores de Diamantina, bem como o artesanato em palha e bucha vegetal de Bonfim (na foto acima de Sérgio Mourão), a arte em tecidos de Resende Costa, os bordados de Paracatu, a prataria feita em Tiradentes e São João Del Rei são únicas, bem como as obras feitas com madeira bruta de Bichinho (na foto abaixo de Arnaldo Silva). São valores e saberes passados por gerações, que solidificaram a vocação do povo mineiro para o artesanato, uma arte feita em detalhes, que encanta e impressiona.
Vocês conhecerão um pouco da arte mineira e nossos artistas. É só um pouco, o artesanato mineiro é muito vasto, presente em todas as cidades e distritos do Estado. Não dá parar mostrar todos, peço que entendam ausência de alguns artesanatos e cidades.
Artesanato com jornal da Márcia Rodrigues
É uma arte singela, delicada e ecologicamente impressionante. Feita pela artesã Márcia Rodrigues, da cidade de Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha. Márcia Rodrigues faz parte da Associação dos Artesãos de Felício dos Santos (Artfel) Trabalha com esse estilo de artesanato desde 2016, quando aprendeu o ofício em uma oficina de artes, organizada pelo Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (IDENE), ministrado pelo artista plástico Ronaldo Lima.
A arte consiste em retratar flores, bicicletas, cestinhas, souplast usando papel de jornal, destacando as esculturas, conhecidas como bonecas africanas. A artesã aprendeu a técnica, mas procurou dar identidade própria aos conhecimentos adquiridos no curso, retratando a vida do povo do Vale do Jequitinhonha. O trabalho da artesã encanta, enche os olhos de emoção por retratar a simplicidade, a luta e dificuldades do povo do Vale. Hoje, Márcia Rodrigues é uma das principais artesãs de Minas Gerais. Seu trabalho pode ser visto no instagram: @rodriguesoliveiramarcia ou contato pelo whatsapp: 38 9 9807-8450
A arte consiste em retratar flores, bicicletas, cestinhas, souplast usando papel de jornal, destacando as esculturas, conhecidas como bonecas africanas. A artesã aprendeu a técnica, mas procurou dar identidade própria aos conhecimentos adquiridos no curso, retratando a vida do povo do Vale do Jequitinhonha. O trabalho da artesã encanta, enche os olhos de emoção por retratar a simplicidade, a luta e dificuldades do povo do Vale. Hoje, Márcia Rodrigues é uma das principais artesãs de Minas Gerais. Seu trabalho pode ser visto no instagram: @rodriguesoliveiramarcia ou contato pelo whatsapp: 38 9 9807-8450
A arte em barro do Vale do Jequitinhonha
O artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha, é uma das referências culturais de Minas Gerais. Do barro saem peças de alto valor cultural, como moringas, pratos, filtros, queijeiras, copos, canecas, panelas, bonecas. Do próprio barro, saem as tintas, usadas nas ornamentações das peças. São os vários pigmentos do barro, dissolvidos, que dão cor ao artesanato. Na pintura, são usadas penas de galinhas. Uma arte única, sem igual, passada de geração para geração.
Em 2018, o artesanato em barro do Vale do Jequitinhonha é reconhecido como Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais. Feito em todas as cidades do Vale do Jequitinhonha, com destaque para o artesanato da foto acima, feito pela artesã Lilia Xavier, de Campo Alegre, distrito de Turmalina MG. Lilia está na terceira geração de artista da família. O contato da artesã é 38 99852-0991 e ainda envia para todo o Brasil.
A arte em barro de Salinas
O artesanato em barro de Salinas, no Norte de Minas vem se destacando no Estado e no Brasil pelas mãos da artesã Maria Cláudia de Matos Miranda, mineira, que vive em Ferreirópolis, distritos de Salinas. Incentivada pela mãe, Cláudia Miranda trabalha com artesanato desde criança, inicialmente fazendo bordados, crochês e pinturas. Hoje, trabalha fazendo obras em argila. De suas mãos saem potes, panelas, bules, xícaras, travessas e uma infinidade de artes em flores e imagens sacras, em especial de São Francisco de Assis. O trabalho da artesã pode ser conhecido em seu instagram: @claudiamirandamatos
Pasmado e PasmadinhoO artesanato em barro de Salinas, no Norte de Minas vem se destacando no Estado e no Brasil pelas mãos da artesã Maria Cláudia de Matos Miranda, mineira, que vive em Ferreirópolis, distritos de Salinas. Incentivada pela mãe, Cláudia Miranda trabalha com artesanato desde criança, inicialmente fazendo bordados, crochês e pinturas. Hoje, trabalha fazendo obras em argila. De suas mãos saem potes, panelas, bules, xícaras, travessas e uma infinidade de artes em flores e imagens sacras, em especial de São Francisco de Assis. O trabalho da artesã pode ser conhecido em seu instagram: @claudiamirandamatos
Não é nenhuma dupla sertaneja nova. São dois distritos pertencentes a Itaobim e Itinga, no Vale do Jequitinhonha. Pasmado, distrito de Itaobim, cujo nome hoje é Vila Teixeira e Pasmadinho, distrito de Itinga. São comunidades onde vivem famílias humildes, que se dedicam à agricultura e principalmente ao artesanato. O casario do Pasmadinho é bem simples e todas as casas tem sua fachada pintada. Foi em 2015, por iniciativa do artista plástico Wederson, que veio de Belo Horizonte com o objetivo de colorir as casas das vila, dando mais beleza, alegria e cores vivas as casas do Pasmadinho. (foto acima e abaixo do José Ronaldo)
A arte e os conhecimentos em cerâmicas vêm de gerações e preservada até os dias de hoje. O barro é retirado nas fazendas próximas e todo seu processo é artesanal, a começar pelo preparo do barro, feitio dos moldes, pintura e queima das peças. Tudo manual e feito nos quintais das artesãs.
A região de Itinga se destaca pelas densas e impressionantes plantações de lírios nativos (na foto acima de Ernani Calazans), bem como a riqueza de suas terras, principalmente minério, turmalina e granito. Aproveitando essas riquezas minerais, aliado à criatividade dos artesãos locais, Pasmado e principalmente Pasmadinho, se destacam no cenário mineiro, na arte de fazer cerâmicas. Feitas basicamente por mulheres, as peças criadas pelas artesãs de Pasmadinho como cofrinhos, filtros, vasos, panelas, potes, utensílios domésticos, etc., são impressionantes pela beleza e qualidade.
A tonalidade das cerâmicas do Pasmadinho se destaca por um marrom-vermelhado, diferente dos trabalhos em cerâmicas feitos em outras localidades do Vale do Jequitinhonha, graças ao talento das artesãs e as técnicas usadas no preparo do barro.
As porcelanas de Monte Sião
As porcelanas de Minas são famosas e inconfundíveis. Nas cores azul e branca, foram inspiradas nos famosos azulejos portugueses. (foto acima de Marcos Pieroni) Uma única fábrica no país faz esse tipo de porcelana fina desde 1959. Fica em Monte Sião, no Sul de Minas, fabricando todos os tipos de louças e bibelôs, somente nas cores azul e branca.
As porcelanas de Monte Sião
As porcelanas de Minas são famosas e inconfundíveis. Nas cores azul e branca, foram inspiradas nos famosos azulejos portugueses. (foto acima de Marcos Pieroni) Uma única fábrica no país faz esse tipo de porcelana fina desde 1959. Fica em Monte Sião, no Sul de Minas, fabricando todos os tipos de louças e bibelôs, somente nas cores azul e branca.
O processo de produção é totalmente artesanal. A argila é moída, em seguida os moldes são feitos e por fim, as peças são pintadas a mão, uma por uma, manualmente para irem para o forno a lenha. Cidade famosa pelo tricô e malhas, mas também pela beleza das porcelanas produzidas na cidade, que bela beleza, delicadeza e pinturas, faz muita gente pensarem que são porcelanas importadas e se surpreendem ao saber que é artesanato mineiro, feito em Minas Gerais. O site da fábrica é porcelanamontesião.com.br
Monumentos históricos em Miniaturas
Em Belo Horizonte, a artesã Railda Alves dos Santos (foto acima em seu ateliê) faz réplicas de casarões, igrejas e monumentos históricos de Minas Gerais e do Brasil. As miniaturas são idênticas e totalmente artesanais, feitas com gesso odontológico e pintadas nas cores originais dos monumentos tombados pelo Patrimônio Histórico Brasileiro, que ela reproduz. A Railda está no instagram @solluartes e suas obras podem ser vistas também em seu site: solluartes.com.br
As peças são feitas para serem fixadas na parede (na foto acima de Arnaldo Silva), que dão vida, graça, charme e mais histórias às casas.
Artesanato em flores da Serra do Espinhaço
Artesanato em flores da Serra do Espinhaço
No Alto Jequitinhonha, em Presidente Kubistchek, o artesanato em flores de Sempre-vivas se destaca, tendo o ofício dos coletores de Sempre-vivas, reconhecido como Patrimônio Agrícola Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). (fotos acima de Giselle Oliveira e abaixo de Fernando Campanella em Diamantina MG)
Além do artesanato em flores, o Capim-dourado, muito comum na região, vem ganhando destaque no artesanato do Vale do Jequitinhonha. A planta tem brilho e cor únicos e impressiona por sua beleza dourada, que lembra o ouro reluzente. Do Capim-dourado são feitos luminárias, bijuterias, artigos de decoração, de acordo com a criatividade do artesão. Tanto o artesanato em flores e com Capim-dourado, são finíssimos e muito valorizados. São vendidos em todo o Brasil via internet, já que os artesãos estão organizados em cooperativas, que oferecem serviços de vendas online. (foto abaixo de Giselle Oliveira)
Além do artesanato em flores, o Capim-dourado, muito comum na região, vem ganhando destaque no artesanato do Vale do Jequitinhonha. A planta tem brilho e cor únicos e impressiona por sua beleza dourada, que lembra o ouro reluzente. Do Capim-dourado são feitos luminárias, bijuterias, artigos de decoração, de acordo com a criatividade do artesão. Tanto o artesanato em flores e com Capim-dourado, são finíssimos e muito valorizados. São vendidos em todo o Brasil via internet, já que os artesãos estão organizados em cooperativas, que oferecem serviços de vendas online. (foto abaixo de Giselle Oliveira)
O artesanato em flores pode ser adquirido também direto com os produtores, em sua cooperativa e em lojas na cidade e também em Diamantina, já que Presidente Kubistchek está apenas 50 km da famosa cidade histórica, terra de Chica da Silva, da seresta e de JK. Em Diamantina também são produzidos artesanato em flores e comercializadas em praça pública e em lojas diversas.
A arte de Parísina Tameirão e Giselle Oliveira
Por falar em Diamantina, na cidade encontramos a professora, artista plástica e bordadeira Parísina Éris Iliade Tameirão Ribeiro. O nome da artista é grego, mas é mineira de Diamantina, formada em Artes Visuais, Administração e Química Têxtil. Vem de uma família de artistas e desde criança se dedica a artes. Em suas obras gosta de contar histórias usando os tecidos, linhas, agulhas, aquarelas, telas, tintas e pincéis. Parísina expõe suas obras de arte (telas em naif, bordadas e pintadas) em exposições no Brasil e exterior.
A arte de Parísina Tameirão e Giselle Oliveira
Por falar em Diamantina, na cidade encontramos a professora, artista plástica e bordadeira Parísina Éris Iliade Tameirão Ribeiro. O nome da artista é grego, mas é mineira de Diamantina, formada em Artes Visuais, Administração e Química Têxtil. Vem de uma família de artistas e desde criança se dedica a artes. Em suas obras gosta de contar histórias usando os tecidos, linhas, agulhas, aquarelas, telas, tintas e pincéis. Parísina expõe suas obras de arte (telas em naif, bordadas e pintadas) em exposições no Brasil e exterior.
Suas peças têm como destaque os bordados, marcadores de livros, quadrinhos, bonequinhas de panos, almofadas, entre outros. A artesã vende suas peças artesanais no Mercado Cultural de Diamantina, na loja da associação ASSART , em feiras pelo país e também pelas redes sociais.
A arte de Parísina evoca a memória afetiva, brincadeiras de crianças, poesias, a mineiridade, as festas populares, o patrimônio material e imaterial. O trabalho da artista pode ser conhecido em seu Instagran:@ribeiroparisina ou pelo Facebok: Parísina Ribeiro.
A arte de Parísina evoca a memória afetiva, brincadeiras de crianças, poesias, a mineiridade, as festas populares, o patrimônio material e imaterial. O trabalho da artista pode ser conhecido em seu Instagran:@ribeiroparisina ou pelo Facebok: Parísina Ribeiro.
Em Diamantina, a fotógrafa e artesã Giselle Oliveira, confecciona bonecas com cravo e canela, que servem como decoração, peso para papel e espantar traças. A artista ainda faz esculturas, pinta telas e trabalha com tear. O trabalho da artista pode ser conferido no Instagram: @giselleoliveira55
A arte de fazer tapetes Arraiolos
Trata-se de um tapete feito com lã pura, tingida em cores diferentes, com tecido resistente, armado sobre uma tela. O tapete e os desenhos bordados são feitos à mão a partir de um ponto cruzado com os desenhos que variam de acordo com a criatividade do tapeceiro. É um dos mais finos tapetes do mundo e uma arte que expressa a tradição e cultura de um povo. (foto acima de Giselle Oliveira e abaixo, enviada pelas Dirce da Assart/Dimamantina)
Em 1975, chegou à Diamantina, o casal português Milton D. Rosa e esposa, a convite do então arcebispo Dom Geraldo de Proensa Sigaud, O objetivo era ensinar os artesãos da cidade e região a fazer a tapetes Arraiolos, tradicional em Portugal desde o século XV e patrimônio cultural e imaterial do país lusitano.
O projeto envolveu a região e trouxe vida nova ao artesanato local, transformando Diamantina numa das poucas cidades no mundo que confeccionam tapetes Arraiolos com reconhecimento de autenticidade e qualidade. O diferencial é que nossos artesãos colocam a vida, tradição, cultura e alma do povo mineiro em suas obras. Em Diamantina, são encontradas dezenas de artesãs em suas tapeçarias, que fazem tapetes Arraiolos, expostos em lojas ou mesmo, feitos sobre encomenda.
A arte de fazer tapetes Arraiolos
Trata-se de um tapete feito com lã pura, tingida em cores diferentes, com tecido resistente, armado sobre uma tela. O tapete e os desenhos bordados são feitos à mão a partir de um ponto cruzado com os desenhos que variam de acordo com a criatividade do tapeceiro. É um dos mais finos tapetes do mundo e uma arte que expressa a tradição e cultura de um povo. (foto acima de Giselle Oliveira e abaixo, enviada pelas Dirce da Assart/Dimamantina)
Em 1975, chegou à Diamantina, o casal português Milton D. Rosa e esposa, a convite do então arcebispo Dom Geraldo de Proensa Sigaud, O objetivo era ensinar os artesãos da cidade e região a fazer a tapetes Arraiolos, tradicional em Portugal desde o século XV e patrimônio cultural e imaterial do país lusitano.
O projeto envolveu a região e trouxe vida nova ao artesanato local, transformando Diamantina numa das poucas cidades no mundo que confeccionam tapetes Arraiolos com reconhecimento de autenticidade e qualidade. O diferencial é que nossos artesãos colocam a vida, tradição, cultura e alma do povo mineiro em suas obras. Em Diamantina, são encontradas dezenas de artesãs em suas tapeçarias, que fazem tapetes Arraiolos, expostos em lojas ou mesmo, feitos sobre encomenda.
Artesanato em pedra sabão
Já na região Central, em Ouro Preto e Mariana, o destaque é para o artesanato em pedra sabão, rocha abundante na região. (fota cima de Arnaldo Silva em Ouro Preto) Dessa pedra são feitas panelas, utensílios domésticos e uma infinidade de peças como jarras, potes, estátuas, tabuleiros de xadrez, bijuterias, cinzeiros, potes, miniaturas de fogões, cozinhas, bichos, etc.
Os bordados e a arte de tear
A região Noroeste Mineira se destaca na arte dos bordados e no tingimento natural de fios dos tecidos. São uma tradição antiga, que vem dos antepassados dos moradores de Arinos, Buritis, Bonfinópolis de Minas, Uruana de Minas, Paracatu (na foto acima de Neusa de Faria) e Chapada Gaúcha. Nesse caso, estamos falando de uma tradição. Imagina só, é tudo manual, como antigamente. Colhem o algodão, retiram as sementes, desembaraçam as fibras, desfazem os nós e a partir daí vai para a roda de fiar. Isso mesmo, aquela roda que nossas avós usavam. Ainda existem em Minas, tradição preservada.
Com a habilidade das fiandeiras, o algodão vai se transformando em linha, são enrolados em novelos para serem tingidos com pigmentos naturais extraídos das folhas e serragens de árvores diversas, como ipês e jatobás, por exemplo. Sendo pigmentos diferentes e o processo todo artesanal, as linhas surgem com tons de cores diferentes. É esse o toque sutil da beleza da arte de fiar. Foto acima e abaixo de Luci Silva em Desterro de Entre Rios MG, cidade da região Central que preserva a tradição do tear.)
Os bordados e a arte de tear
A região Noroeste Mineira se destaca na arte dos bordados e no tingimento natural de fios dos tecidos. São uma tradição antiga, que vem dos antepassados dos moradores de Arinos, Buritis, Bonfinópolis de Minas, Uruana de Minas, Paracatu (na foto acima de Neusa de Faria) e Chapada Gaúcha. Nesse caso, estamos falando de uma tradição. Imagina só, é tudo manual, como antigamente. Colhem o algodão, retiram as sementes, desembaraçam as fibras, desfazem os nós e a partir daí vai para a roda de fiar. Isso mesmo, aquela roda que nossas avós usavam. Ainda existem em Minas, tradição preservada.
Com a habilidade das fiandeiras, o algodão vai se transformando em linha, são enrolados em novelos para serem tingidos com pigmentos naturais extraídos das folhas e serragens de árvores diversas, como ipês e jatobás, por exemplo. Sendo pigmentos diferentes e o processo todo artesanal, as linhas surgem com tons de cores diferentes. É esse o toque sutil da beleza da arte de fiar. Foto acima e abaixo de Luci Silva em Desterro de Entre Rios MG, cidade da região Central que preserva a tradição do tear.)
Passado esse processo, o passo seguinte é levar os novelos de linha para o tear. Ai o que conta não é apenas técnica e sim o talento, o conhecimento e a criatividade da artesã fiandeira. Desse talento surgem tapetes, cortinas, mantas, bolsas, redes, panos de prato, toalhas de mesa, etc. e desenhos feitos pelas bordadeiras que podem ser temas da cozinha, da roça, um ponto turístico da cidade, pessoas. Depende da criatividade da bordadeira.
Arte em tecidos
Na região do Campo das Vertentes se destaca a tecelagem, em especial o artesanato em tecidos de Resende Costa (na foto acima de André Saliya), famoso e muito procurado por turistas que vem à cidade conhecer as peças em tecidos, feitos de forma totalmente artesanal. A cidade é pacata, com um charmoso casario e diversas lojas de artesanatos.
Arte em tecidos
Na região do Campo das Vertentes se destaca a tecelagem, em especial o artesanato em tecidos de Resende Costa (na foto acima de André Saliya), famoso e muito procurado por turistas que vem à cidade conhecer as peças em tecidos, feitos de forma totalmente artesanal. A cidade é pacata, com um charmoso casario e diversas lojas de artesanatos.
Outro destaque na região é a extração do estanho em São João Del Rei (na foto acima do Aridelson Rezende). Esse metal extraído da natureza tem a coloração branco-prateada, é altamente cristalino, não se oxida facilmente e é resistente a corrosão. No artesanato, o estanho é usado na produção de castiçais, cálices, copos, vasos, dentre outros objetos. A beleza e requinte dessas peças são atrativos a mais para os turistas, que buscam artesanato fino e de qualidade na charmosa cidade histórica, a maior produtora de peças artesanais em estanho no Brasil, reconhecido internacionalmente.
Quando for decorar sua casa com artesanato ou mesmo presentear alguém com uma obra de arte, escolhas o artesanato mineiro. (na foto acima, de Giselle Oliveira, bordados de Diamantina MG) Valorize nossa terra, nossa arte, nossos artistas. Somos o celeiro da arte no Brasil e os trabalhos de nossos artesãos são reconhecidos em nível nacional e internacional. Vamos prestigiar o que é de casa, o que é feito em Minas. Valorize o artesanato de sua cidade e região. Valorize o que é feito em Minas Gerais!
Quando for decorar sua casa com artesanato ou mesmo presentear alguém com uma obra de arte, escolhas o artesanato mineiro. (na foto acima, de Giselle Oliveira, bordados de Diamantina MG) Valorize nossa terra, nossa arte, nossos artistas. Somos o celeiro da arte no Brasil e os trabalhos de nossos artesãos são reconhecidos em nível nacional e internacional. Vamos prestigiar o que é de casa, o que é feito em Minas. Valorize o artesanato de sua cidade e região. Valorize o que é feito em Minas Gerais!