(Por Arnaldo Silva) Urucânia é uma charmosa cidade, fazendo parte do Circuito Montanhas e Fé, na Zona da Mata Mineira. Com pouco mais de 10 mil habitantes, está distante 256 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Piedade de Ponte Nova, Jequeri, Santo Antônio do Grama, Rio Casca, Santa Cruz do Escalvado e Oratórios. Seus moradores vivem do pequeno comércio, turismo religioso e da produção agropecuária, em destaque para suinocultura e a produção de açúcar. (foto abaixo de Pedro Henrique)
A história da cidade se formou pela fé, hospitalidade e simplicidade de seu povo. As manifestações religiosas são marcantes na cidade, manifestada principalmente na devoção a Nossa Senhora das Graças.
Emancipada apenas em 30 de dezembro de 1962, sua história bem antes, em meados do século XIX com o surgimento de um povoado com o nome de urucu. O nome é devido à planta urucum, muito abundante na região, mas naquela época, a grafia era sem o m no final. Por volta de 1869 foi erguida na região uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso do Urucu e uma casa, para receber um padre que viria para a localidade. A construção foi feita no terreno doado por Francisca Inácia da Incarnação, senhora bondosa, protetora dos escravos, colonos e muito religiosa. Na mesma época, foi construído um cemitério, onde está hoje a atual Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso. (na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade)
No início do século XX, deu-se início na região de um extensivo e crescente cultivo da cana de açúcar para abastecer as açucareiras que surgiam na região, extinguindo boa parte da planta que originou o nome do povoado. Em 1924, o local mudou o nome para Urucânia. Segundo o dicionário, o nome “Urucânia” tem origem no Tupi-Guarani, “urucu” (ou urucum), que significa, o “vermelho”.
Urucânia é uma cidade muito conhecida, não pela planta urucum e sim pelo Padre Antônio Ribeiro Pinto, filho de escrava, nascido em 2 de abril de 1879 em Rio Piracicaba MG, na vigência da Lei do Ventre Livre e faleceu em 22 de Julho de 1963, em Ponte Nova MG, aos 84 anos. Padre Antônio chegou a Urucânia em 1946 para assumir a Paróquia da cidade. O padre conquistou o coração dos fiéis, tendo alterado definitivamente a trajetória de Urucânia, que passou a ser lembrada como última morada do sacerdote. Tanto é que a data de sua morte, 22 de julho, é feriado municipal. Na cidade, foi criado ainda o Museu Padre Antônio Pinto, com objetos e a história da vida do sacerdote. Isso porque o padre, para a comunidade, é um santo que em vida fez milagres e mesmo depois de morto, ainda faz. Os relatos dos milagres do Padre Antônio podem ser conhecidos na Casa dos Milagres, onde os fiéis deixam escritos, as graças alcançadas por intermédio do Padre Antônio.
Foi por intermédio do Padre Antônio que a devoção a Nossa Senhora das Graças chegou ao município. Mas o sacerdote sentia a necessidade de construir um Santuário dedicado à santa que devotava, Nossa Senhora das Graças.
Com autorização dada pela Arquidiocese de Mariana, na década de 1950 foi dada o início das obras, sendo o Santuário concluído na década de 1970. Como faleceu em 1963, não pôde ver o seu sonho concretizado, mas foi ele quem abençoou o terreno onde seria construído o Santuário, bem como a majestosa e imponente imagem de Nossa Senhora das Graças, vinda do Rio de Janeiro, doada à comunidade em 1961 por Beatriz Monteiro de Carvalho, com obra do artista plástico português, Joaquim de Souza e Silva.
A construção encontra-se próxima a Matriz, na área central da cidade, com fácil acesso e boa acessibilidade. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade)
O mirante, a estátua do Cristo e o Santuário são os principais atrativos da cidade. Dentro do Santuário, está o túmulo do Padre Antônio e no altar, uma imagem de Nossa Senhora das Graças.
A devoção a Nossa Senhora das Graças e os milagres atribuídos ao Padre Antônio, atraem todos os anos, milhares de pessoas a Urucânia. A movimentação de fiéis é maior no dia de aniversário de morte do Padre Antônio, 22 de julho e no dia de Nossa Senhora das Graças, 27 de novembro.
A história da cidade se formou pela fé, hospitalidade e simplicidade de seu povo. As manifestações religiosas são marcantes na cidade, manifestada principalmente na devoção a Nossa Senhora das Graças.
Emancipada apenas em 30 de dezembro de 1962, sua história bem antes, em meados do século XIX com o surgimento de um povoado com o nome de urucu. O nome é devido à planta urucum, muito abundante na região, mas naquela época, a grafia era sem o m no final. Por volta de 1869 foi erguida na região uma capela, dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso do Urucu e uma casa, para receber um padre que viria para a localidade. A construção foi feita no terreno doado por Francisca Inácia da Incarnação, senhora bondosa, protetora dos escravos, colonos e muito religiosa. Na mesma época, foi construído um cemitério, onde está hoje a atual Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso. (na foto abaixo de Elpídio Justino de Andrade)
No início do século XX, deu-se início na região de um extensivo e crescente cultivo da cana de açúcar para abastecer as açucareiras que surgiam na região, extinguindo boa parte da planta que originou o nome do povoado. Em 1924, o local mudou o nome para Urucânia. Segundo o dicionário, o nome “Urucânia” tem origem no Tupi-Guarani, “urucu” (ou urucum), que significa, o “vermelho”.
Urucânia é uma cidade muito conhecida, não pela planta urucum e sim pelo Padre Antônio Ribeiro Pinto, filho de escrava, nascido em 2 de abril de 1879 em Rio Piracicaba MG, na vigência da Lei do Ventre Livre e faleceu em 22 de Julho de 1963, em Ponte Nova MG, aos 84 anos. Padre Antônio chegou a Urucânia em 1946 para assumir a Paróquia da cidade. O padre conquistou o coração dos fiéis, tendo alterado definitivamente a trajetória de Urucânia, que passou a ser lembrada como última morada do sacerdote. Tanto é que a data de sua morte, 22 de julho, é feriado municipal. Na cidade, foi criado ainda o Museu Padre Antônio Pinto, com objetos e a história da vida do sacerdote. Isso porque o padre, para a comunidade, é um santo que em vida fez milagres e mesmo depois de morto, ainda faz. Os relatos dos milagres do Padre Antônio podem ser conhecidos na Casa dos Milagres, onde os fiéis deixam escritos, as graças alcançadas por intermédio do Padre Antônio.
Foi por intermédio do Padre Antônio que a devoção a Nossa Senhora das Graças chegou ao município. Mas o sacerdote sentia a necessidade de construir um Santuário dedicado à santa que devotava, Nossa Senhora das Graças.
Com autorização dada pela Arquidiocese de Mariana, na década de 1950 foi dada o início das obras, sendo o Santuário concluído na década de 1970. Como faleceu em 1963, não pôde ver o seu sonho concretizado, mas foi ele quem abençoou o terreno onde seria construído o Santuário, bem como a majestosa e imponente imagem de Nossa Senhora das Graças, vinda do Rio de Janeiro, doada à comunidade em 1961 por Beatriz Monteiro de Carvalho, com obra do artista plástico português, Joaquim de Souza e Silva.
A construção encontra-se próxima a Matriz, na área central da cidade, com fácil acesso e boa acessibilidade. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade)
O mirante, a estátua do Cristo e o Santuário são os principais atrativos da cidade. Dentro do Santuário, está o túmulo do Padre Antônio e no altar, uma imagem de Nossa Senhora das Graças.
A devoção a Nossa Senhora das Graças e os milagres atribuídos ao Padre Antônio, atraem todos os anos, milhares de pessoas a Urucânia. A movimentação de fiéis é maior no dia de aniversário de morte do Padre Antônio, 22 de julho e no dia de Nossa Senhora das Graças, 27 de novembro.