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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Um paraíso chamado Ibitipoca

(Por Arnaldo Silva) Quando vemos fotos de belezas do nosso Brasil, muita gente chega a duvidar se realmente existem aqui em Minas Gerais. Um desses lugares é o Ibitipoca, em Conceição do Ibitipoca (na foto acima de John Lima/@fotografo_aventureiro), distrito de Lima Duarte, na Zona da Mata Mineira. Uma das mais encantadoras vilas mineiras e porta da entrada para o Parque Estadual do Ibitipoca, que abriga uma flora e fauna valiosíssimas e belezas impressionantes, que deixam qualquer um de boca aberta.
          O parque (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro) foi criado em 1973 para proteger e preservar as belezas minerais, a fauna que conta com vários animais, alguns ameaçados de extinção e flora com variedades de plantas exóticas e rupestres, nativas da região. Ao todo o parque possui 1500 hectares de área formada por rios, lagos, poços de águas com cores vermelhas e escuras, cascatas, paredões, penhascos, grutas, trilhas, paisagens rupestres com as cores vivas, mescladas com as cores impressionantes das rochas de quartzito, que é uma mistura de quartzo com matéria orgânica. Esse mineral é abundante na região e sua cor dá mais brilho e beleza a toda a paisagem da área. (na foto abaixo o Paredão de Santo Antônio. Por Gabriel Fortes - Sauá Turismo)
          Todo o Ibitipoca é espetacular, mágico, cheio de vida, e cores. É um verdadeiro paraíso, que impressiona todos os visitantes. Uma sensação de êxtase e perplexidade diante de tamanha beleza preservada. É uma das mais importantes reservas ambientais de Minas. Não tenha dúvidas: o Ibitipoca te deixará de queixo caído. 
          No decorrer da matéria você estará vendo fotos da charmosa vila e da área do parque do Ibitipoca. Só pelas imagens ficará encantado. Nem irá acreditar que no Brasil temos um paraíso verde preservado com tamanha e rara beleza, um verdadeiro oásis para quem ama e busca vivenciar plenamente a natureza.
Saiba agora como conhecer esse paraíso. 
Como chegar? 

          Saindo de Belo Horizonte via BR 040, até Lima Duarte são 293 km. Saindo de São Paulo, via BR 116, são 426 km de distância e do Rio de Janeiro são 247 km, via BR 040.
          Chegando a Lima Duarte siga até Conceição do Ibitipoca pela LMG 871. São apenas 26 km. Já no distrito, aproveite para conhecer um pouco a vila. Irá gostar. Em estilo colonial, com muita tradição em doces, quitandas e cervejas artesanais, com bares pitorescos e vendas charmosas. Capelas e igrejas centenárias, que guardam um pouco da história dos tempos do Brasil Colonial. Conceição do Ibitipoca tem hoje cerca de 1500 habitantes. (foto abaixo de Glauco Umbelino)
          A beleza da região sempre atraiu cientistas e naturalistas desde os primórdios tempos como o botânico, naturalista e viajante francês Auguste de Saint-Hilare, (Orleans, 4 de outubro de 1779 – Orleans, 3 de setembro de 1853) Em 1906 uma comissão de cientistas esteve no Ibitipoca para descrever as paisagens da região. Em 1922, outro cientista, Álvaro Astolfo da Silveira também esteve no Ibitipoca. 
            Isso porque, algo de especial tem Conceição do Ibitipoca (na foto acima do John Brandão/@fotografo_aventureiro, tradicional boteco da Vila) e toda sua beleza em redor. E como tem. Vale a pena conhecer não só as belezas, mas a história, o povo do povoado, sua culinária e sua arquitetura, simples, mas valiosa em termos culturais e arquitetônicos. Não deixe de apreciar as cervejas artesanais, os doces, a culinária típica mineira e o famoso pão de canela do Ibitipoca. É uma das mais antigas receitas da culinária mineira. Esse pão não falta nas casas dos moradores da vila, faz parte da identidade gastronômica do Ibitipoca.
          Depois de conhecer a Vila, vamos então aprender a chegar ao Parque do Ibitipoca. (na foto acima do Raul Moura) Você vai pegar a via principal do distrito que é uma subida, passando em frente ao Portal da Serra e restaurante Ibitilua. Continuando a subida encontrará um pequeno trevo. A partir dai você segue reto a vida toda. É logo ali. Bem pertinho mesmo. Não tem erro! Vai sair em frente à portaria. É logo ali mesmo. Não fique desconfiado do meu ali. Não é aquele ali de mineiro que mata qualquer um de tanto andar e nunca chega. São apenas 3 quilômetros da vila até a portaria do parque. Da pra ir até a pé, de bicicleta, a cavalo ou correndo. É um tirim de espingarda.
          Já dentro do parque terá que andar mais 2 km para chegar até o Centro de Visitantes. 
          Se você está de ônibus o jeito é descer em Lima Duarte e de lá pegar um ônibus até Conceição do Ibitipoca (na foto acima do Marlon Arantes). Já no distrito, para ir até a portaria do Parque, você pode pegar uma van que leva turistas até o local. Eles cobram um valor. Eu não sei qual é, porque eu optei pela “viação canela”. Passei sebo na canela e fui correndo. São apenas 3 km. No caminho vi muita gente indo de bicicleta.
          Mas se você quer algo mais personalizado, conhecer tudo que tem no Ibitipoca eu indico do Gabriel Fortes, da Sauá Turismo. (na foto acima do Marlon Arantes a Praça da Matriz de Conceição do Ibitipoca) Esse é o cara, conhece tudo do Ibitipoca e te leva e te acompanha em todos os lugares para você não perder nenhum detalhe desse paraíso em Minas. É super gente boa, muito atencioso e conhecidíssimo na região. Se quiser passo o telefone dele: (32) 984043905. Anotou? 
Quando ir? 
          A melhor época para você ir ao Ibitipoca (na foto acima do Raul Moura) é no período da estiagem, entre abril a outubro. Em dias chuvosos não aconselho muito não, principalmente se você quer curtir as trilhas e admirar as belezas da região, bem como os rios e águas ótimas para banho. Mas se quiser ir no verão, pode ir, siga seu gosto e instinto. Já aviso que o verão na região é muito chuvoso, mas isso tem sua vantagem porque com as chuvas os rios e cachoeiras ficam muito volumosos e propícios para um bom banho. Não chove o verão inteiro claro, tem dias que são de intenso calor e sol. O jeito é ir e contar com a sorte de estar lá num dia escaldante de verão e curtir aquelas águas geladas e vermelhas.
Dias e horários de visitas 
          O Parque Estadual do Ibitipoca funciona de terça a domingo, das 7 hs às 18hs. (foto acima da Marselha Rufino) No período de férias escolares funciona em dias de feriados e também nas segundas-feiras. Quando isso acontece, fica fechado no dia útil seguinte ao feriado. Cobra-se para entrar. Em dias úteis o valor é mais barato. Sábado, domingos e feriados, mais caro. (na foto abaixo o Lago dos Mirantes. Por Gabriel Fortes - Sauá Turismo)
          O ingresso é somente em dinheiro e vendido apenas na portaria de entrada do parque. Estudantes e idosos pagam meia entrada. 
          Por dia, são aceitos somente 1000 pessoas nas dependências do parque. Isso é para preservar as belezas naturais da região e ainda você poderá desfrutar de toda essa maravilha, sem aquele amontoado de gente por todos os lados. Em dias úteis é mais tranquilo, mas nos finais de semana e feriados é muita gente querendo entrar no parque. Nesse caso, o melhor mesmo é chegar cedo, bem cedo, antes da abertura do parque, às 8 hs, para garantir seu ingresso. 
Estacionamento:
          Se for de carro até a portaria, tem estacionamento. O espaço é pequeno. Para garantir seu lugar no estacionamento o jeito é chegar bem cedo, caso contrário, poderá não encontrar espaço para estacionar, principalmente nos fins de semana e feriados. Em dias úteis é mais tranquilo.
          Dentro do parque tem várias áreas avisando da proibição de estacionar, fique atento e se informe antes onde pode parar na área do estacionamento para evitar ser multado ou mesmo ter o carro rebocado pela Polícia de Meio Ambiente. Fique atento às placas de proibição e permissão de estacionar na área do parque. (foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro)
Área de Camping
          Uma boa notícia é que dentro do parque há uma área para camping. E isso é bom demais. Poderá ficar lá, acampado curtindo as belezas da natureza tranquilamente. Para acampar, avise na entrada. Para montar camping no parque terá que pagar diária.
          Fiquem atentos as regras do parque. Não custa nada perguntar para os funcionários do parque sobre essas regras. Já te adianto que a entrada no parque é somente até às 17h30min horas. Após essa hora, não entra mais ninguém.
          No interior do Parque Estadual do Ibitipoca, o visitante tem a sua disposição vestiários, lanchonete e restaurante para atender o visitante acampado. Para saber como fazer reservas no camping ligue para (32) 3281-1101. Para conhecer melhor o parque, o ideal é ficar lá por 3 dias. No centro de visitantes você poderá pedir um mapa dos atrativos do parque, caso não tenha guia para te acompanhar.
E Agora, o que fazer dentro do parque?
          Já entrou, estacionou o carro, armou a barraca no camping, está com o mapa da área e agora, o que fazer? 
          Agora sim você vai ler e ver fotos de cair o queixo e entender porque chamo o Ibitipoca de paraíso (foto acima de Glauco Umbelino) e porque tanta gente vem se interessando em conhecer esse pedacinho do céu em Minas Gerais. 
          O parque é bem organizado e o turista é bem atendido, com ótima estrutura e conta ainda com trilhas muito bem preservadas, seguras e bem sinalizadas. Pelas trilhas você conhecerá os tesouros naturais do Ibitipoca. Sentirá ao longo do percurso das trilhas uma tranquilidade e paz incrível. É nesse momento que perceberá toda a perfeição divina. Deus caprichou quando desenhou o Ibitipoca. 
Passarão por rios, cachoeiras, grutas, mirantes, paredões rochosos, poços de águas para banhos e outras tantas belezas. (na foto abaixo, a Cachoeira dos Macacos. Por Gabriel Fortes - Sauá Turismo)
          Mas já adianto que para contemplar essa beleza toda terá que ter um bom preparo físico. Andará muito e em boa parte, subidas, mas no final sentirá a compensação pelo cansaço. Ficará extasiado com cada pedaço do Ibitipoca que conhecer. 
          Para facilitar para o turista, o Ibitipoca foi dividido em 3 circuitos com trajeto em média 5 km de extensão cada um. Cansa, mas valerá a pena, pelas fotos que está vendo até aqui. O mais adequado é fazer um circuito por dia, durante 3 dias. Assim aproveitará mais, poderá conhecer tudo nos circuitos.
O primeiro circuito é o das Águas 
          É menor e o mais fácil para chegar. É tipo um aquecimento para os dois seguintes. Nessa trilha tem um mirante que te proporcionará um visual espetacular. O trajeto é de 5 km, em forma circular, com algumas subidas, com descidas um pouquinho inclinadas. Ao descer o mirante, perceberá no decorrer do percurso perceberá os tons variados da vegetação do Ibitipoca e a cor vermelha escura de seus rios, riachos e poços que encontrará pelo caminho, como o Lago dos Espelhos (na foto acima do Marcos Lamas) formado pelas águas de um pequeno riacho com águas na cor vermelha, com os tons da cor cinza das pedras. Junto com o verde da mata e um enorme e impressionante maciço rochoso que te fará sentir insignificante diante de sua magnitude e tamanho. Nesse circuito encontrará ainda o Lago das Miragens e o Lago Negro.
O segundo circuito é a Janela do Céu
          Literalmente é a porta do céu de Minas. É de extasiar. Você vê o céu, como uma janela natural. Uma escultura perfeita da mãe natureza! (na foto acima a Janela do Céu, no Parque do Ibitipoca. Por Gabriel Fortes/Sauá Turismo) Pra chegar lá não é fácil e em dias de domingo e feriados, é tanta gente querendo ir lá que tem até fila para subir e ficar alguns minutos apenas para tirar fotos e admirar. Em dias de semana são menos pessoas e dá para ficar mais tempo, mas se tiver muita gente, os funcionários do parque controlam a subida conhecida por pé de feijão. E olha que subida! São 16 km ida e volta. Os primeiros km de trilha são bem íngremes.           O melhor é sair bem cedo e não se preocupar em voltar.
Se tiver muita gente para subir o pé de feijão, relaxa, aprecie a área até chegar sua vez. Valerá a pena, pode acreditar. Todos dizem que é a mais difícil e cansativa das trilhas, mesmo assim, quando chegam até a Janela do Céu, esquecem o tempo que ficaram na fila esperando. No trajeto da trilha até a subida terá pelo caminho várias grutas. Se tiver lanterna, aproveite para conhecer essas grutas. Depois disso, continue a subida do pé de feijão. Chegando sua vez, poderá contemplar a vista, mesmo que seja por alguns minutos. Assim já estará na janela do céu. Todos que chegam até a Janela do Céu dizem claramente se sentir no topo do paraíso. Uma liberdade incrível. Sentimento de estar num oásis.
          Depois de sair da Janela do Céu, desça e siga até a Cachoeirinha. Com uma queda de 30 metros, é formada por um rio da cor vermelha. Em redor do poço formado pela cachoeira, existe uma pequena “praia” com uma areia branquíssima. Banhe-se, deite e role na areia e desfrute essa beleza incrível! 
O último circuito é o Pico do Pião 
          São 11 km de ida e volta numa trilha espetacular. A trilha não é em sentido circular como nos outros dois, mas retilínea e com uma subida bem puxada. Levará umas 5 horas para percorrer essa trilha de campos rupestres que está a 1732 metros de altitude. 
          Você passará pela Gruta dos Viajantes, Gruta do Monjolinho, Gruta do Pião, Lagoa Seca e o próprio Pico do Pião com as ruínas de uma capela no topo. Essas grutas são espetaculares, te proporcionará visuais incríveis e deslumbrantes. É um visual fantástico! É a coroação do final do passeio. Vivência pura com a natureza do Ibitipoca. (na foto acima a Gruta da Ponte de Pedra. Por Gabriel Fortes - Sauá Turismo)
          É isso ai gente. Podem vir para o Ibitipoca. Podem vir para o paraíso! Isso é Minas, é Brasil! O nosso país! 

sábado, 20 de julho de 2019

Espinhaço: a única cordilheira do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Segundo a geologia, uma cordilheira seria uma área geográfica definida por um conjunto de montanhas interligadas geologicamente. A mesma geologia diz que montanha é classificada pelo relevo relativo (altura) que define o seguinte: montanhas baixas têm entre 300 e 1.000 m de altura, as médias entre 1.000 e 3.000 m e as altas, acima de 3.000 m de altura. 
O início da Cordilheira
          É o caso da Cordilheira do Espinhaço, que inicia na região de Catas Altas e se estende até a divisa com o Sul da Bahia. Por sua extensão, forma e formação geológica é a única cordilheira existente no Brasil. (na foto acima de Nacip Gomêz, vista da cordilheira em Conceição do Mato Dentro MG)
          A cordilheira tem esse nome há mais de 200 anos, dado pelo naturalista, minerador e geólogo alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege, que veio para o Brasil em 1808, contratado pela Coroa Portuguesa para estudar o potencial mineral do Brasil, principalmente em Minas Gerais. 
O ponto mais alto da Cordilheira
          É também em Catas Altas, na Serra do Caraça, que está o ponto mais alto da cordilheira, que é o Pico do Sol, a 2072 metros (na foto acima de Marcelo Santos). 
          Na mesma serra, encontra ainda o Pico do Inficionado, com 2068 metros, o pico da Carapuça com 1.955 metros e ainda o pico da Canjerana com 1.890 metros de altitude. 
          Outros picos famosos compõem a cordilheira como o  pico do Itambé com 2.002 metros, entre o Serro MG e Santo Antônio do Itambé e o Pico do Itacolomi com 1.772 metros, entre Ouro Preto e Mariana.
A única cordilheira do Brasil
          Segundo geógrafos, a Cordilheira do Espinhaço se formou ao longo de um bilhão de anos e ainda continua em formação. (foto acima de Manoel Freitas da Serra do Espinhaço em Itacambira, Norte de Minas) 
          É considerada a única cordilheira do Brasil, se difere de outros maciços rochosos existentes no país por sua formação, extensão e forma. É simplesmente singular e única. 
1000 km de extensão
          Inicia-se próximo a Catas Altas MG, segue até Ouro Branco MG, no Quadrilátero Ferrífero, seguindo até o Norte de Minas, entrecortando picos, fendas e vales, até Xique-Xique, cidade baiana à margem direita do Rio São Francisco. (na fotografia acima de Nacip Gômez, paisagem do Espinhaço em Conceição do Mato Dentro)
          Ao todo, a Cordilheira do Espinhaço possui 1000 km de extensão, com sua largura variando entre 50 a 100 km ao longo de sua formação. 
          Por sua grande diversidade natural, em 27/06/2005, ONU considerou a Serra do Espinhaço como a sétima reserva da biosfera brasileira. (na foto acima de Tiago Geisler, o Pico do Itambé com 2002 metros de altitude em Santo Antônio do Itambé MG) 
          Em toda a extensão da Cordilheira, vivem mais da metade das espécies de animais e plantas de Minas Gerais, ameaçadas de extinção, principalmente na Serra do Cipó. Por isso o reconhecimento da ONU e a necessidade de protegermos esse patrimônio natural dos mineiros. 
Santuário ecológico e riqueza arquitetônica
          Um dos lugares mais belos dos alpes mineiros, bem no alto da Cordilheira temos a Serra do Cipó, conhecida por sua diversidade floral, com cerca de 1500 espécies nativas catalogadas, por isso também é chamada de Jardim do Brasil. (na fotografia acima de Marcelo Santos, Lapinha da Serra)
          Além da fauna, suas rica flora e belezas naturais espetaculares, é na Serra do Cipó, a 1627 metros de altitude, no sopé do Pico da Lapinha, que está um dos mais charmosos e pacatos distritos mineiros, a Lapinha de Belém ou simplesmente, Lapinha da Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho MG, distante apenas 143 km de Belo Horizonte. (na fotografia acima de Tom Alves/@tomalvesfotografia, Lapinha da Serra)
          A sede, bem como o distrito, estão inseridos na Estrada Real e vale a pena uma visita, principalmente para conhecer as belezas naturais da região, bem como a rica culinária local e  tradicional vinho produzido na região, principalmente de jabuticaba, que é finíssimo!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Produção de trigo cresce em Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Triticum spp. o nosso trigo, originário da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque, no Oriente Médio é uma gramínea presente em todos os países do mundo. Sua origem data de 10 mil anos e é a maior cultura de cereais desde os tempos antigos. Em seguida vem a cultura do arroz e o milho. Os grãos do trigo são usados na fabricação de farinha e com esta o pão nosso de cada dia e outros alimentos presentes na culinária de todos os países do mundo. Além da alimentação humana, do trigo são criados alimentos para animais domésticos e usado também na fabricação de cervejas. 
          Chegou ao Brasil em 1531 através do português Martin Afonso de Souza já que a planta não existia no recém-descoberto Brasil e os portugueses necessitavam dos alimentos à base de trigo, principalmente pão. As primeiras sementes foram plantadas no que é hoje o Estado de São Paulo. Por ser uma planta de clima frio, foi levado para o Sul do país, onde encontrou solo propício para seu cultivo, bem como clima adequado ao seu desenvolvimento. Durante séculos de colonização, a produção de trigo foi ínfima, devido às dificuldades de manejo, pouca mão de obra e constantes guerras locais. A situação só começou a melhor a partir da Independência em 1822 e com a chegada de imigrantes alemães a partir de 1824 e dos imigrantes italianos, que começaram a chegar ao Brasil a partir de 1875. Foi um novo impulso à produção de trigo no Brasil. 
Trigais em Minas Gerais
          Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas Gerais é hoje o terceiro maior produtor de trigo no Brasil, atrás do Paraná, o maior produtor e do Rio Grande do Sul, o segundo. São Paulo, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina formam o grupo dos produtores de trigo do Brasil.
          Paraná e Rio Grande do Sul são os responsáveis por mais de 80% da produção de trigo do Brasil. Ao longo dos próximos anos, a tendência para essa proporção mudar ao longo dos anos, devido ampliação da área de cultivo de trigo nos outros estados produtores, principalmente em Minas Gerais.
          O Brasil produz em média 5,2 milhões de toneladas de trigo por ano e importa sete milhões de toneladas todos os anos, ou seja, o consumo de trigo no Brasil é de mais de 12 milhões de toneladas anuais, sendo a produção nacional insuficiente para abastecer o mercado interno. 61% do trigo consumido no país são importados. 
Ampliação de trigais
          Por isso a necessidade de ampliar a área de produção de trigo no país, para outras regiões brasileiras. Além da produção insuficiente, o frio extremo, as chuvas e geadas constantes no inverno na região Sul do Brasil, ocasiona perdas nas plantações, o que compromete o consumo, bem como encarece o produto, já que para repor as perdas e abastecer o mercado interno, tem que aumentar as importações, além do normal.
Solo fértil para trigo em Minas
          Como a demanda interna maior que a produção, surgiu a necessidade de ampliar a área de plantio de trigo no Brasil. O trigo encontrou solo perfeito para se desenvolver em Minas Gerais e com qualidade, haja vista o crescimento da safra a cada ano, bem como a aceitação do mercado consumidor para o trigo mineiro, desde as grande indústria de moageira, até a pequenas panificadoras artesanais. 
          Isso porque o solo mineiro é muito fértil, o inverno não é tão rigoroso como no Sul do país e pelo fato do clima nessa época do ano ser bem seco. Esses fatores proporcionam uma menor incidência de pragas e doenças nas lavouras, possibilitando o uso menor de defensivos agrícolas, gerando menos gastos para o produtor. Outro ponto importante é que Minas Gerais é um considerado o celeiro do Brasil. 
          As fazendas mineiras produzem feijão, arroz, milho, soja, café, etc. e já tem infraestrutura na produção agrária como tecnologia, maquinários, mãos de obra especializada, armazéns para armazenamento de grãos, etc., necessitando apenas de alguns ajustes no plantio e colheita do trigo. Diante desse cenário positivo, os triticultores (quem produz trigo) mineiros começaram a investir no plantio de trigo, principalmente na entressafra.
O início
           O início foi tímido, com uma produção pequena nas décadas de 1980/90. Hoje o Estado ocupa a quarta colocação na produção de trigo no Brasil, com tendência a crescer muito mais. Há 10 anos, por exemplo, a produção de trigo em Minas era em média 20 mil toneladas, por ano. 
          Na safra 2018/2019 chegou a 208,3 mil toneladas, um aumento significativo, mas insuficiente para abastecer todo o mercado mineiro, cuja demanda anual é quase um milhão de toneladas por ano. A tendência é a produção de trigo crescer anualmente em Minas Gerais, ampliado as áreas plantadas, a ponto da produção atender toda a demanda anual do Estado, num futuro próximo.    
          Para se ter uma ideia desse crescimento, nos últimos 10 anos, a área de trigo plantada no Estado de Minas Gerais cresceu de 11,7 hectares para mais de 88,3 mil hectares em 2019, segundo dados da Embrapa. Hoje, cerca de 32% do trigo consumido pelos mineiros é produzido em Minas. Realidade diferente de 2006, por exemplo, que era apenas 2%. 
          A tendência é essa área ampliar mais, já que esse tipo de monocultura tem mercado no Brasil, ainda muito dependente das importações. Por isso o trigo vem conquistando cada vez mais espaço na produção agrícola mineira, sendo uma alternativa na entressafra quando acontece a rotação das lavouras.   
          Ainda mais que os produtores mineiros tem o apoio da Empresa  de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e EMBRAPA e EMATER MG, que desde 2009, conduzem pesquisas de manejo e melhoramento genético, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba e mais recentemente, em cidades do Norte de Minas, Zona da Mata, Leste de Minas, Região Central, Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha. O resultado vem sendo percebido ao longo dos anos, com o aumento da área plantada, qualidade do trigo e aumento anual da produção. 
          Segundo dados da Seapa MG (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a maior região produtora de trigo em Minas Gerais é o Alto Paranaíba, seguido pelo Sul de Minas e Região Central Mineira, distribuídos em 77 municípios mineiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os grandes produtores de trigo em Minas Gerais são os municípios de Ibiá, atualmente o maior produtor de Minas e Alto Paranaíba, na região do Alto Paranaíba; Perdizes, Uberlândia e Uberaba no Triângulo Mineiro; São João Del Rei, Ingaí e Madre de Deus de Minas, no Campo das Vertentes´.
Reportagem de Arnaldo Silva com fotografias de Gilson Nogueira em Ingaí MG, Campo das Vertentes

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Minas se destaca na produção de azeite de abacate

(Por Arnaldo Silva) O abacate é uma fruta muito comum no Brasil. Está presente em praticamente todas as cidades e regiões brasileiras. Isso faz com que muita gente pense que a fruta é nativa do nosso país. Mas não é. Abacate é nativo da América Central e do México. A fruta está presente em vários pratos da nossa culinária e nos quintais, principalmente em Minas Gerais, que é um dos grandes produtores da fruta no Brasil. Ouro Verde, Quintal, Geada, Fortuna, Breda, Margarida e o avocado Haas e Fuerte são as variedades mais comuns no Brasil. 
          Azeite é a expressão portuguesa que usamos para a palavra, az zait, o óleo extraído do fruto da oliveira, az zaytona, no português, azeitona. As duas expressões tem origem no vocabulário árabe, do século XIII, embora a cultura do azeite seja milenar, presente inclusive, em versículos do Antigo e Novo Testamento, bíblicos. 
          A oliveira e o azeite sempre teveram importância na cultura mundial e é indispensável, na boa mesa. 
          A técnica de extrair óleo do fruto da oliveira e produzir azeite se modernizou e hoje, o termo "azeite" se tornou abrangente no mundo, já que, de outros frutos, são também extraídos, óleo. Entre esses frutos, está o abacate, que origina um azeite de altíssima qualidade e alto valor nutritivo.
          O azeite é extraído da melhor parte dos frutos, a polpa. Seja do dendê, da oliveira, do abacate, ou outro fruto. Já o óleo, é extraído das sementes, como exemplo, o óleo de girassol, de abóbora, de amêndoa, de soja, de milho, de colza, etc.
          O azeite de abacate, extraído da polpa do fruto,  é um dos mais nutritivos do mundo. As variedades Breda, Margarida e em especial o Haas produzem azeites de alto valor nutricional. Dessas variedades, o mais famoso é a variedade Haas, mas muito pouco conhecida entre os brasileiros. Chegou ao Brasil na década de 1970. 
          Essa espécie é largamente produzida na Califórnia, nos Estados Unidos. O avocado Haas foi introduzido no Brasil em 1975 e sua produção vem crescendo, tendo um incremento nos últimos anos, com a popularização da variedade no mundo, principalmente do azeite, considerado superior ao azeite de oliva. 
          O avocado das variedades Fuerte possui a casca lisa e verde, quando maduros, com formato alongado. Já o Haas é menor, de casca escura e rugosa. Quando maduro adquire uma cor escura, quase roxa. O avocado na variedade fuerte produz o fruto de fevereiro a maio. Já a temporada do avocado Haas vai de maio a outubro.
          A diferença do avocado para as outras variedades de abacates que conhecemos está na quantidade de calorias. São 10% de calorias menos que o abacate comum. Por ser originário da América Central e México, é chamado de avocado, que é abacate em espanhol. 
          O consumo dessa variedade de abacate na América Central, América do Norte e Europa vem crescendo muito principalmente entre os praticantes de esportes, antes e depois das práticas esportivas por favorecer a reposição de sais minerais. É consumido in natura, em pratos e principalmente como azeite.
          Isso porque essa espécie possui aminoácidos em sua composição, com substâncias em combinação, faz da espécie um potente antioxidante. Ajuda a balancear as taxas de colesterol, protege o coração, é um ótimo aliado no combate a doenças como o diabetes e alguns tipos de câncer e ainda possui 11 vitaminas e 14 minerais.
          Quem não pode ter em seu quintal um pé de avocado ou comprar o fruto sempre, pode fazer uso do azeite. Uma grande vantagem desse azeite, em relação ao tradicional, além do poder nutritivo é que pode ser aquecido a 200ºC.
Entre os benefícios do azeite avocado, podemos citar: 
1. Saúde da pele e do cabelo
2. Prevenção contra o câncer
3. Saúde cardiovascular e redução da pressão arterial
4. Saúde ocular
5. Redução de processos inflamatórios
6. Perda de peso
7. Absorção de nutrientes
8. Saúde oral
9. Controle da diabetes
10. Fortalecimento do sistema imunológico
11. Controle do colesterol
12. Proteção da próstata
13. Prevenção e tratamento de sinais de envelhecimento 
Onde é produzido o Azeite de Abacate no Brasil?
          Em Minas Gerais, na cidade de São Sebastião do Paraíso MG, no Sudoeste do Estado são produzidos o azeite de abacate das variedades Haas, Breda e Margarida. Também cosméticos feitos á base de abacate são produzidos no Estado pela empresa Flor do Abacate.
          A empresa surgiu da iniciativa do engenheiro agrônomo José Carlos Gonçalves, produtor de café e abacate nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A mais de três décadas de trabalho, maneja seis propriedades, em parceria com seu filho, Carlos Alberto Pinto Gonçalves. Cinco propriedades estão localizadas em Minas Gerais: São Sebastião do Paraíso, Jacuí, Cássia, São Tomás de Aquino e Ibiraci, no Sudoeste de Minas Gerais. Também no estado de São Paulo, no município de Cajuru. 
          Com muita dedicação, pesquisa e tecnologia, transformou-se no maior produtor brasileiro da variedade de abacate Breda.
Anualmente, são colhidas mais de 4 mil toneladas de abacates.
Em 2014, em parceria com a Epamig, realizou, experimentalmente, os primeiros litros do azeite de abacate.
          Depois disso, em contato com universidades, pesquisas com indústrias de maquinários, orientações e inspeções de órgãos regulatórios, iniciou a construção da indústria Flor do Abacate.
          Hoje, 5 anos mais tarde, deu-se início à produção do azeite de Abacate Paraíso Verde. O azeite é extraído em maquinários modernos, a frio, sem nenhum aditivo químico. É puríssimo e muito saboroso. A produção do azeite, coincide com a safra do abacate das nossas lavouras e estende-se durante todo o segundo semestre.
          Como já amplamente divulgado, o azeite de abacate é um alimento completo. Possui vitaminas, proteínas, ômegas que quando consumidos, são revertidos em benefícios ao nosso organismo.
          Além do azeite destinado à alimentação, uma parte dele é encaminhada à produção de cosméticos muito especiais que possuem, em sua formulação, uma dose generosa do mais puro azeite de abacate. Nada mais interessante do que usar na pele um rico alimento.
          A meta principal da Flor do Abacate é aproveitar o fruto em sua totalidade: polpa, caroço e casca. Para tanto, novos projetos e pesquisas estão sendo direcionados para a confecção de produtos surpreendentes.
          Quem quiser saber mais sobre o azeite e cosméticos, pode obter mais informações pelos telefones 35 3531-4034/35 9 9105-4684 ou pelo e-mail: paraisoverdeindustria@gmail.com
(Reportagem de Arnaldo Silva com colaboração de Carlos e Júnia, proprietários da Paraíso Verde, além de nos ter cedido as fotos)

quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Casa de Chica da Silva em Diamantina

(Por Arnaldo Silva) Em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, encontra-se um dos grandes acervos da nossa história. A casa em que viveu o Contratador de Diamantes, João Fernandes de Oliveira (Nasceu em Mariana em 1720 – Faleceu em Lisboa, em 1779), um dos homens mais ricos naquela época, com sua mulher, a ex escrava Francisca da Silva de Oliveira, ou simplesmente Chica da Silva (Nasceu em Milho Verde, distrito do Serro MG, em 1732 – Faleceu em 15 de fevereiro de 1796, aos 64 anos, sepultada na Igreja de São Francisco de Assis, em Diamantina MG).
          É um típico casarão da fidalguia do século 18 e um dos mais suntuosos casarões da região. Nesse casarão, o casal morou entre 1763 e 1771 quando o Contratador teve que partir para Portugal (morreu em 18 de março 1779 naquele país, sem nunca voltar para reencontrar Chica da Silva). A união dos dois nunca foi oficializada, já que naquela época as leis proibiam casamentos entre pessoas de origens raciais diferentes. (na foto acima, de Elvira Nascimento, a Casa de Chica da Silva, no fim da rua e abaixo, o interior da casa)
          Foram 15 anos vivendo juntos. Dessa união o casal teve 13 filhos que foram: Francisca de Paula (1755); João Fernandes (1756); Rita (1757); Joaquim (1759); Antônio Caetano (1761); Ana (1762); Helena (1763); Antônia (1764); Luísa (1765); Maria (1766); Quitéria Rita (1767); Mariana (1769); José Agostinho Fernandes (1770).
          Por não ser uma união permitida, filhos de brancos e escravas eram registrados sem o nome do pai, mas nesse caso, houve exceção. Todos os filhos de Chica da Silva com o Contratador foram batizados e registrados como filhos de João Fernandes de Oliveira. (na foto acima de Alexsandra Almeida, os fundos da casa de Chica da Silva e abaixo, um dos cômodos e mobiliário da casa)
            Chica da Silva faleceu 17 anos (1796) após a morte de João Fernandes. Sua influência na sociedade, mesmo com a partida de João Fernandes para Portugal (1771) e falecimento (1779)
, era tanta que foi sepultada no interior da Igreja de São Francisco de Assis em Diamantina, um privilégio quase que exclusivo de brancos ricos naquela época. (foto abaixo de Alexsandra Almeida)
          Hoje, o casarão em que viveu Chica da Silva virou um museu que conta a história da vida do casal e do casrão, sendo um dos mais visitados por turistas que vão à Diamantina. 

Conheça Rio Novo

(Por Arnaldo Silva) Em Minas Gerais encontramos verdadeiros tesouros. Cidades onde seus moradores se sentem parte integrada de sua arquitetura e em tudo que a cidade oferece. Cuidam e se orgulham da cidade onde vivem. Uma dessas cidades é Rio Novo, na Zona da Mata Mineira (na fotografia acima do Thelmo Lins). Com cerca de 8.500 habitantes, Rio Novo é uma típica e tradicional cidade do interior de Minas. Seu povo não foge à regra com o mais genuíno carisma da hospitalidade mineira.
          Rio Novo foi fundado em 13 de setembro1870 e faz divisa com os municípios de Tabuleiro, Guarani, Piau, Coronel Pacheco, Chácara, São João Nepomuceno e Descoberto. (acima foto de uma fotografia antiga de Rio Novo) É uma das sedes do Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco. Em Rio Novo está o terminal de passageiros e o pátio das aeronaves. Fica apenas 55 km de Juiz de Fora MG pela MG 353 e 297 km de Belo Horizonte, pela BR 040. 
          O que chama atenção na cidade é o cuidado de seus moradores para com seu patrimônio, principalmente na conservação de seu casario histórico, em estilo colonial e maior parte, no estilo eclético. A bela arquitetura das fachadas dos casarões e suas cores vivas encantam e impressionam os visitantes. (fotografia acima de Thelmo Lins) 
          O estilo eclético surgiu na Europa no fim do século XIX como transição da arquitetura predominante. Era a combinação de estilos diferentes como o clássico, barroco, medieval, renascentista e neoclássica, originando assim um novo estilo, tendo a França e Inglaterra, os maiores inspiradores para a difusão desse estilo pelo mundo. (na fotografia acima de Erick Almeida, vista parcial de Rio Novo MG. Imagem enviada por Mauro Célio/Prefeitura Municipal)
          Em Minas Gerais, esse estilo está presente em várias cidades, como Belo Horizonte. Rio Novo tem um rico acervo eclético, que lembra muito as pequenas cidades francesas do início do século passado, principalmente em sua principal praça. 
          A praça em questão é a Praça Prefeito Ronaldo Dutra Borges, o maior cartão de visitas da cidade. É uma verdadeira obra de arte! Uma das mais belas praças de Minas Gerais. A junção da beleza da praça com arquitetura eclética dos casarões impressiona. Difícil não admirar tamanha beleza. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          No município estão o Ribeirão Caranguejo e o Rio Novo, que dá nome à cidade, bem como cachoeiras, trilhas ótimas para cavalgadas e muita mata nativa de Mata Atlântica. A cachaça artesanal de Rio Novo é ótima, produzida em várias fazendas do município, que conta ainda com hotéis fazendas, proporcionando conforto e descanso para os hóspedes. Já na área urbana têm feiras de artesanatos, eventos religiosos e culturais durante o ano, principalmente no Carnaval. 
          A cidade promove um dos melhores carnavais da Zona da Mata, com desfile de escolas de samba e blocos caricatos. (a foto acima foi gentilmente enviada pelo Mauro Célio/Prefeitura de Rio Novo MG) Essa festa é tão importante na cidade, que o bloco do Zé Pereira, um dos mais antigos na região, é considerado Patrimônio Imaterial da cidade. (na fotografia abaixo, de autoria de Erick Almeida, vista parcial de Rio Novo, enviada por Mauro Célio/Prefeitura Municipal)
          Estar em Rio Novo é estar em um pouco de Minas. Cultura, tradição, história, beleza arquitetônica, paisagens, arte, artesanato, religiosidade, hospitalidade e principalmente, em uma cidade gostosa de viver e de visitar. A cidade é um encanto, um verdadeiro tesouro de Minas. 

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