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terça-feira, 2 de julho de 2019

Se encante com Minas Gerais!

(Por Arnaldo Silva) Cultura, culinária, tradição, história, religiosidade, paisagens deslumbrantes e o povo mineiro em especial, fazem de Minas Gerais, um estado único no Brasil, com cidades acolhedoras, aconchegantes, ricas em cultura, tradição e belezas arquitetônicas.
          Começando pela charmosa e atraente cidade histórica de Catas Altas (na foto acima de Dener Ribeiro/@denercr), a 110 km de Belo Horizonte. Além de estar aos pés da Cordilheira do Espinhaço, tem em seu território, o Santuário do Caraça. A cidade se destaca ainda na produção de vinhos, desde o século XIX, em especial o vinho de jabuticaba. Cidade com um valioso patrimônio histórico e uma riquíssima culinária, típica mineira,  com receitas preservadas desde o século  XVIII.
          Como todos sabem, visita em Minas vai logo pra cozinha, a melhor parte da casa, então, vamos começar a matéria cozinha. Mineiro não economiza na comida, de jeito nenhum! É a nossa "marca". Nossa principal característica é tratar bem as visitas, oferecendo uma mesa farta. Você pode ir em 10 casas por dia de um mineiro, com certeza, não sairá de de nenhuma das casas, sem tomar um cafezinho e comer pelo menos uns biscoitos ou bolinhos de chuva. (fotografia acima de Marselha Rufino e abaixo, de Arnaldo Silva)
          E não adianta recusar. É desfeita das grandes recusar um doce, um cafezinho, uma quitanda ou um prato especial de nossa culinária. E tem pra todos os gostos e idades. A culinária de Minas conquista o mais exigente paladar. Basta experimentar, que irá se apaixonar. 
          Saindo da cozinha, nossas belezas naturais são impressionantes, como esta paisagem cênica acima, do Guilherme Augusto/@mikethor, em Andradas, no Sul de Minas. E também nossa espetacular arquitetura, principalmente em nossas cidades históricas, como Diamantina abaixo, na foto do Giselle Oliveira.
          Tanto nossas paisagens, quanto a arquitetura de nossas cidades são únicas, magníficas e esplêndidas! Em Minas está o maior acervo arquitetônico do Brasil, e o mais importante também. São cidades históricas e com muitas histórias pra contar, desde o período Colonial, Barroco, Imperial Brasileiro, passando pelos primórdios do século XX. Por toda Minas Gerais, você encontra história e cultura em nossas 853 cidades. 
          A cidade histórica mais famosa, é sem dúvidas, Ouro Preto, cidade Patrimônio Mundial desde 1980. (foto acima de @viniciusbarnabe) Temos também Diamantina, que também é Patrimônio Mundial desde 1999, bem como o Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial, em 1985. Temos Mariana, a primeira Capital de Minas Gerais, a cidade do Serro, Diamantina, Tiradentes, São João Del Rei, Prados, Sabará, Santana dos Montes, Pitangui, Catas Altas, Santa Bárbara, Caeté, Barão de Cocais, Santa Luzia, Conceição do Mato Dentro e outras dezenas de cidades mineiras que se destacam pela arquitetura barroca, eternizadas nos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e pelas pinturas emocionantes e impressionantes do Mestre Ataíde.
          Pra quem quer apenas relaxar, curtir a natureza, em Minas não falta lugar. Veja essa imagem acima do César Reis, feita em Santa Bárbara do Tugúrio, no Campo das Vertentes. Não é impressionante? E as cachoeiras? São milhares. Gosta de práticas meditativas? Conheça as cidades sagradas de Minas, segundo os místicos e esotéricos, são sete cidades e todas no Sul de Minas que são: São Tomé das Letras, Aiuruoca, São Lourenço, Pouso Alto, Itanhandu, Maria da Fé, Carmo de Minas e Conceição do Rio Verde. São cidades tranquilas, rodeadas por vasta natureza e ideais para meditação e contemplação. 
          Mas você gosta de curtir as flores e caminhar por campos de girassóis aqui tem. Seja no Triângulo Mineiro, no Sul de Minas, Zona da Mata, no Norte de Minas, ou na Região Central, encontrará belíssima plantações de girassóis. Temos também plantações de lavandas. Isso mesmo, lavandas em Minas. Em São Bento Abade, no Sul de Minas (na foto acima de Estúdio Quinas de Varginha MG), vizinha a São Tomé das Letras. Se gosta da beleza das cerejeiras, aqui tem também. Em Maria da Fé e outras cidades do Sul de Minas.
          Lugares para relaxar, aliviar as tensões, que as grandes cidades provocam, você encontra em Minas. Aqui tem o que você precisa, por exemplo, esse lugar ai (da foto acima, do Jefferson Souza), em Santo Hilário, distrito de Pimenta, no Oeste de Minas, uma das cidades banhadas pelo imenso Lago de Furnas. 
          Vir à Minas Gerais não é uma simples viagem. É vivenciar a plenitude da natureza, sentir a energia dos minerais que emanam de nossas terras e a energia boa que vem das montanhas mineiras. Só encontra aqui.
          Tem muita gente que vai à Capadócia, na Turquia, voar de balão. Nem precisa, aqui em Minas tem. Em São Lourenço, no Sul do Estado (na foto acima de Gislene Ras), voar em balão é uma aventura imperdível. Tem balonismo na Serra da Moeda, em Tiradentes, São Roque de Minas, Sete Lagoas e outras cidades mineiras. Se deseja uma aventura mais radical, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, está o melhor lugar do mundo para praticar voo livre. Voar de parapente na Serra da Moeda, pertinho de BH, é uma aventura e tanto. Tem ainda a Serra do Cipó, lugar perfeito para os amantes do trekking, canoagem e rapel.
          E nossas águas medicinais? Em todas as regiões tem. Em Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, tem águas quentes, de alto poder medicinal. As águas de Montezuma, no Norte de Minas, são famosas por suas propriedades medicinais, sem contar as águas sulfurosas e radioativas de Araxá, cidade considerada o maior spa de águas medicinais do país. Se for ao Sul de Minas vai se deliciar com as melhores águas medicinais do mundo. Lambari, (na foto acima de Luiz Carlos), Caxambu, Poços de Caldas, Caldas, Passa Quatro, São Lourenço, Baependi e tantas outras. As águas mineiras são destinos perfeitos para quem quer conforto, bem estar e saúde. 
          Eu particularmente gosto de fazendas e de lugares tranquilos. Veja essa imagem acima. É do Marcelo Santos, no Vale Encantado em Alto Caparaó MG, Zona da Mata. Faz jus ao nome.  É de encantar mesmo. 
          Pra quem ama a vida rural, fazendas que recebem visitantes em Minas, é o que não falta, principalmente as fazendas construídas no auge do Ciclo do Café. (na foto acima, de Themo Lins, a Fazenda Palestina, em Itapecerica, no Oeste de Minas) 
          No Sul de Minas, Região Central e Zona da Mata estão concentradas as grandes fazendas Minas, muitas delas recebem visitantes, como a Fazenda Santa Clara (na foto acima do André Duarte), em Santa Rita de Jacutinga e outras que viraram pousadas, como em Santana dos Montes, na Região Central. Por todo o Estado encontrará, fazendas, pousadas e hotéis fazendas e belos casarões coloniais (como este da foto abaixo, do Sérgio Mourão, da Fazenda da Vagem, em Nova Era, Vale do Aço. Na fazenda hoje funcionada um Centro Cultural).
          Não para descrever tudo que o Estado oferece em algumas palavras. Em cada região, em cada cidade mineira, tem um pouco de Minas, porque, como diz Guimarães Rosa: "Minas são muitas". Venha conhecer Minas Gerais! 

Queijo maturado com alecrim e eucalipto

(Por Arnaldo Silva) Que mineiro entende de queijo isso todos sabem há séculos, mas cada dia uma surpresa, graças ao dom natural do nosso povo para a culinária. No pequeno município de Alagoa, no Sul de Minas, um queijo de casca marrom, com miolo na cor amarelo claro e massa firme, faz sucesso. É o queijo defumado na fumaça.
          É produzido na Fazenda Bela Vista, onde é produzidos queijos de alta qualidade e sabor, sendo três queijos da fazenda premiados recentemente no concurso Mondial du Fromage em Tours, França com uma medalha de ouro e duas de bronze.
          O queijo é feito com leite cru integral, fermento lácteo, coalho líquido e sal. É defumado artesanalmente em tambores na própria fazenda, sendo um dos mais vendidos pelo seu sabor diferenciado. Segundo a produtora Thaylane Guedes "é a fumaça do fogo que dá o aroma de fumaça e também o tom marrom na coloração do queijo".
            A produtora destaca ainda que não é usado corante algum para dar a cor marrom no queijo. Somente fumaça das folhas e galhos do eucalipto e alecrim. 
          O queijo maturado na fumaça é um queijo para comer a qualquer hora do dia, mas umas das formas mais deliciosas de saboreá-lo é na churrasqueira, onde a casca do queijo dá uma “tostadinha” e por dentro ele derrete.
          O sabor é espetacular só provando para saber! 
Por Arnaldo Silva, com informações e fotos de Thaylane Guedes/@fazendabelavistaalagoamg

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Os impressionantes Cânions de Furnas

(Por Arnaldo Silva) Trinta e quatro cidades das regiões Oeste, Sul e Sudoeste de Minas Gerais são banhados pelo imenso Lago de Furnas, a maior extensão de águas de Minas Gerais e um dos maiores lagos artificiais do mundo com 5,4 mil de km2, o que equivale à metade do litoral brasileiro. 
          Por isso que o Lago de Furnas é conhecido como “Mar de Minas". Construída na década de 1960, a represa mudou a vida e história das cidades que tiveram suas terras inundadas. Em alguns casos, quase que cidades inteiras foram submersas pelas águas, sendo reconstruídas em outras áreas, como as cidades de Guapé e Capitólio (na foto abaixo de Júlio de Freitas/@julio_defreitas).
          Quando o nível da represa abaixa, as torres da antiga igreja matriz de Capitólio, que foi submersa, aparecem. Embora boa parte das terras férteis da região esteja debaixo d´água, a represa criou novas oportunidades de crescimento paras os municípios, favorecidos pelo turismo que desde a criação do Lago, vem crescendo ano a ano. Para muitas cidades banhadas pelo Lago de Furnas, o turismo é a maior fonte de renda. (fotografia acima de Lucília Miranda)
          Quando chegam as férias ou algum feriado prolongado, o que vem a mente é uma viagem a algum lugar paradisíaco, com toda infraestrutura necessária, com excelente gastronomia e hospedagem, além de paisagens de tirar o fôlego. Tem um lugar assim e não é em outro país. É no Brasil, em Minas Gerais. (foto acima de Marcelo Santos)
          Esse lugar é Capitólio, município banhado pelas águas do Lago de Furnas. Fica na região Oeste de Minas, a 288 km de Belo Horizonte e 450 km de São Paulo, via Rodovia dos Bandeirantes ou 480 km, via BR 050. (foto acima de autoria de Douglas Arouca)
          Suas paisagens são espetaculares, atraindo todos os dias, centenas de turistas à região. (fotografia acima de Douglas Arouca) Além da beleza do Lago de Furnas, cachoeiras, nascentes e lagoas de águas limpas e cristalinas, as trilhas são outros atrativos da região.
          A gastronomia local é outro atrativo imperdível oferecendo pratos típicos, principalmente os preparados com peixes de água doce como na foto acima, enviada pela Aline Marques do Cantinho de Minas - Chalés, Bar e Restaurante em São João Batista do Glória.
          A cidade oferece ótimas opções de passeios de barcos, chalanas, lanchas, além de possuírem excelentes hotéis e pousadas. O visitante tem à sua disposição diversos atrativos e opções, desde esportes radicais, a práticas meditativas em meio a uma vasta natureza. É só escolher. (fotografia acima de Marcelo Santos)
Os Cânions
          Capitólio é carinhosamente chamada de “Rainha dos Lagos” de Minas. A beleza que as águas de Furnas proporcionaram à paisagem local é impressionante. Destaque para os cânions, em São José da Barra, município que faz divisa com Capitólio, de onde saem as lanchas e escunas levando turistas para o local. (fotografia acima de Guilherme Augusto/@mikethor)
          As enormes fendas na rocha foram esculpidas pela natureza há milhões de anos, graças, principalmente pela ação da força erosiva dos rios. A beleza da arte da natureza levou milhões de anos e hoje podemos desfrutar dessas maravilhas naturais. 
          As águas de Furnas deram mais beleza aos cânions. A profundidade da água é de 30 metros. Os paredões tem altura em torno de 20 metros e proporcionam belezas impressionantes, com cascatas que forma poços de águas cristalinas, além de praias com areia branquíssima. Em torno dos cânions, paisagens de matas nativas são atrativos excepcionais. (fotografia acima de Jefferson Souza e abaixo de Marcelo Santos)
          É indescritível a emoção e alegria de estar entre as fendas dos cânions, podendo contemplar e vivenciar tanta beleza natural. É uma energia, uma paz, uma alegria na alma que é difícil de explicar. 

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Os espetáculos naturais do Vale do Peruaçu

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Peruaçu é uma unidade de conservação com 56.448,32 hectares, criado em 1999 com o objetivo de proteger uma dos maiores tesouros naturais do mundo. Está localizado a aproximadamente 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de de Minas. (foto acima de Eduardo Gomes, estalactites)
          Formado há milhões de anos, quando o Norte de Minas, Noroeste do Estado e parte da Região Central Mineira, estavam submersos por águas de um mar, é considerado um dos mais tesouros naturais do mundo. A ação da natureza privilegiou Minas Gerais com um com um vale formado por imensos paredões, matas nativas, fauna variada e 140 cavernas impressionantes.  A que mais impressiona é a Gruta do Janelão com 4,7 quilômetros de extensão e altura de 100 metros. No Janelão se encontra o maior estalactite do mundo atualmente, com 28 metros de comprimento. 
          Por todo o Vale do Peruaçu existem mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres em paredões, com destaque para o "Santuário", um paredão com mais de 3 mil desenhos rústicos, com aproximadamente 12 mil anos. (fotografia acima de Tom Alves/tomalves.com.br)
         Por sua importância natural para não só para o Brasil, mas para o mundo, o Vale do Peruaçu é um dos candidatos a Patrimônio Natural da Humanidade e visa a obtenção dessa certificação pela Unesco.
          Todo o entorno do Vale é rodeado por uma exuberante vegetação nativa abrigando uma diversidade enorme de nossa fauna como cachorro-vinagre, tamanduá, veado, anta, onça-pintada, diversas espécies de pássaros e outros animais. (foto acima de Eduardo Gomes, mostra as pinturas rupestres nos paredões do Vale) 
VISITAÇÃO PÚBLICA
          Além das pinturas rupestres, no Vale tem mais atrativos como a Trilha do Rezar, Lapa Bonita, Lapa do Rezar e a Dolina dos Macacos. (na fotografia acima de Manoel Freitas)  Esse tesouro natural é aberto à visitação pública e com entrada gratuita. Mas pessoas ou grupos só podem circular por dentro do Vale acompanhadas por um guia especializado e autorizado pela administração. 
          Para fazer esse serviço de acompanhamento, o guia cobra um valor por pessoa ou por grupo de pessoas. O preço varia de acordo com as trilhas a serem percorridas.  Quem quiser visitar o Vale do Peruaçu, terá que agendar a visita entrando em contato com o ICMBio em Januária, pelo telefone (38) 3623-1038, ou pelo e-mail cavernas.peruacu@icmbio.gov.br (fotografia acima de Eduardo Gomes)
          As cidades de Januária e Itacarambi (na foto acima, de Manoel Freitas, pôr do sol no Rio São Francisco visto de Itacarambi), tem ótima estrutura para receber os visitantes, com pousadas e hotéis muito bons que oferecem um atendimento personalizado, já que tem apoio do Sebrae que ministra cursos de capacitação para donos e guias, com o objetivo de facilitar o atendimento dos turistas. 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Azeites mineiros são premiados em concursos mundiais

(Por Arnaldo Silva) Minas é a terra do café, do queijo, do doce e da cachaça Um outro produto também vem crescendo e elevando o nome de Minas Gerais no Brasil e em todo o mundo. São os azeites produzidos na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Epamig/Divulgação)
Primeiros olivais
          Os primeiros olivais começaram a ser plantados em Minas na década de 30 e 40, na cidade de Maria da Fé, no Sul de Minas, pelo engenheiro agrônomo Washington Viglioni que deu início a pesquisas sobre o cultivo do fruto na região. A partir da década de 70, as pesquisas sobre o cultivo de oliveiras foi assumido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). 
          Ao longos dos anos, chegou-se a variedades que se adaptaram ao solo mineiro e seu plantio difundido a partir 2008. Desde essa época, o Estado vem colhendo os frutos dessa iniciativa. Os azeites mineiros, vem sendo, a cada ano, reconhecidos e premiados no Brasil e no mundo todo, por sua qualidade, sendo comparado aos famosos azeites europeus.
Reconhecimento internacional
          Prova disso, são premiações constantes recebidas pelos azeites da Serra da Mantiqueira, que tem assistência da Epamig, nos concursos International Extra Virgin Olive Oil Competitioon, do Japão, o EVO International Olive Oil Contes, da Itália e o OVIBEJA do Alentijo, de Portugal.
          Em abril de 2024, o azeite Mantikir Summit Premium, preparado com as variedades de azeitonas Arbequina, Coratina, Grapolo e Koroneike, foi o primeiro colocado na categoria "Produção Limitada", de até 2.500 litros pela premiação Evooleum 2024, o guia dos 100 melhores azeites do mundo.
          Produzido na Fazenda Tuiuva em Maria da Fé MG, a 1.910 metros de altitude, o azeite Mantikir Summit Premium está no olival de maior altitude do Brasil, na Serra da Mantiqueira mineira.
          O evento realizado na Espanha, é organizado há 20 anos pela editora espanhola Mercacei e pela Associação de Municípios Olivais (AEMO).
Azeite da Mantiqueira brilhando em Nova York
          Além disso, recentemente, os azeites mineiros foram premiados no mais importante concurso, o tradicional e respeitado concurso do gênero no mundo. É o Mundial de Azeite, realizado na cidade americana de Nova York, nos Estados, Unidos em maio de 2021. Denominado NYIOOC World Olive Oil Competition, o concurso é considerado a "Copa do Mundo" dos azeites. 
          São concursos de prestígio internacional, com os azeites de todo o mundo, avaliados por especialistas renomados no mundo inteiro. Isso valoriza ainda mais as conquistas dos azeites da Mantiqueira, tanto da parte mineira, quanto paulista, que também tem assistência da Epamig. 
          Os azeites da Mantiqueira, vem se conquistando destaque no Brasil e agradando aos mais finos e exigentes paladares do mundo, graças ao estudo, investimentos e pesquisas, ao longo de duas décadas. Resultado de tanto esforço, são azeites finos, de alta qualidade e competitividade internacional. 
          Pela importância internacional e credibilidade, o NYIOOC World Olive Competition, é o maior e mais importante concurso de avaliação de qualidade de azeites em todo o mundo. O resultado desse concurso, é mais que um guia, é uma referência oficial da qualidade do azeite. Os azeites premiados tem o reconhecimento mundial. Quem ganha medalha nesse concurso em Nova York, pode dizer com certeza que seu azeite, está entre os melhores do mundo. (foto abaixo de Erasmo Pereira/Ascon/Epamig de Maria da Fé MG)
          No concurso, em Nova York, os azeites da marca Monasto, da produtora Rosana Chiavassa, de Maria da Fé MG, recebeu medalha de ouro. Um detalhe curioso é que a produtora Rosana, cultiva seus olivais, ao som de música clássica. 
          O produtor Carlos Diniz, recebeu medalhas de ouro e prata com os azeites Casa Mantiva, produzidos na cidade de Consolação MG.
          Para escolher os melhores azeites, os jurados observam por exemplo as variedades dos frutos, o frescor, o aroma, o amargor, a picância, a acidez, o frutado, dentro outros quesitos. Foram avaliados azeites de países produtores de todos os continentes que apresentaram seus azeites dos tipos Blend, no inglês ou Assemblage, no francês, que é um tipo de azeite elaborado com diferentes variedades de olivas e também o Monovariental, que é o azeite elaborado com apenas uma variedade de oliva.
          Essas medalhas significam muito para Minas, que a cada ano vem conquistando respeito nacional e internacional, por seus produtos de qualidade, com reconhecimento internacional.
          O plantio de olivais em Minas, como dito acima, foi incrementado a partir de 2008. De lá pra cá a produção e qualidade cresceu muito, competindo de igual para igual com os tradicionais olivais do Sul do pais, que foram os pioneiros na produção de azeites no Brasil. A tendência é a produção crescer mais, bem como melhorando mais ainda a qualidade e competitividade dos azeites mineiros, nos mercados nacionais e internacionais.
          Novos concursos virão em países como Grécia, França e Israel. Os azeites da Mantiqueira, com assistência da Epamig, estarão presentes.

Um paraíso chamado Lapinha da Serra

(Por Arnaldo Silva) O pacato vilarejo Lapinha da Serra está aos pés do Pico da Lapinha a 1687 metros de altitude. Os antigos moradores chamam o local de Lapinha de Belém. Tem cerca de 300 moradores que vivem da subsistência, agricultura e turismo. 
          O distrito que faz parte do Parque Nacional da Serra do Cipó, pertence a Santana do Riacho, cidade distante 143 km de Belo Horizonte, logo depois de Lagoa Santa MG. De Santana do Riacho à Lapinha da Serra são 12 km apenas. (fotografia acima de Thiago Perilo/@thiagop.photo)
          Lapinha da Serra é um dos maiores encantos de Minas Gerais por suas paisagens espetaculares, lagos, rios, grutas, cachoeiras, sítios arqueológicos e trilhas. A região da Serra do Cipó tem o privilégio de ter paisagens de Cerrado e de Mata Atlântica. (fotografia acima de Giseli Jorge)
          Além disso, Santana de Riacho e região, são produtoras de vinho e preservam o sabor autêntico da culinária mineira. Isso torna o passeio mais gostoso, principalmente para quem busca momentos a dois, em meio a natureza exuberante, sem o barulho e agitação da cidade grande. (na fotografia acima do Raul Moura, o casario de Lapinha da Serra)
O que fazer em Lapinha da Serra?
          Na foto acima da Giseli Jorge, a Represa da Lapinha - Represa da Usina Coronel Américo Teixeira, um dos destaque do distrito pela sua beleza. A represa é formada por dois lagos, separados por duas montanhas e que por fim, se unem em um canal. O primeiro lago margeia casas do distritos, com fácil acesso.
          A distância da praça central do distrito para o lago é de 5 minutos a pé. O segundo lago fica mais distante, em direção ao Capão Grosso, um local com poucas construções, com natureza preservada. Os visitantes fazem questão de subir até o Pico do Cruzeiro, de onde se vê toda a represa da Lapinha.
          Os visitantes podem nadar, usar barco à remo ou caiaque e praticar pesca esportiva (foto acima de Arnaldo Quintão). Mas não podem acampar fora das áreas destinadas a camping, nem usar barco a motor. Também não se permite fazer fazer churrasco nas margens da represa. (foto abaixo do lago da Lapinha, de autoria de Nacip Gômez)
Visitar cachoeiras
           A natureza em redor do vilarejo é espetacular. São várias cachoeiras que encantam os visitantes. As mais visitadas são: Cachoeira do Paraíso, Cachoeira do Rapel, Cachoeira Poço da Pedra, Cachoeira da Conversa, Poço do Boqueirão, Pocinho Verde. 
Cachoeira do Bicame         
          É uma das mais belas cachoeiras da Serra do Cipó e uma das mais visitadas por quem vai ao vilarejo. Sua queda é formada pelo Rio de Pedras. Fica a 16 km de Lapinha da Serra mas por estar localizada numa RPPN (Reserva Natural do Patrimônio Natural) a visitação é limitada a 30 pessoas por dia, nem é permitido entrar com animais domésticos. O acesso entre a portaria e a cachoeira é feito à pé ou de bicicleta. (Cachoeira Bicame na foto acima de Giseli Jorge)
Pinturas Rupestres
          Os povos da nossa pré-história deixaram suas marcas e formas de se expressar ainda conservadas e preservadas. Os primeiros artistas da humanidade desenhavam nas rochas usando óleo de sementes e frutos misturados aos pigmentos naturais das próprias rochas e sangue de animais. Desenhavam animais, mulheres grávidas ou dando a luz e outros desenhos, de forma bem rústica. São pinturas rupestres, presentes em Lapinha da Serra. Tem cerca de  mil anos.
          Além de curtir e vivenciar a natureza da Lapinha, bem como experimentar a culinária mineira no vilarejo, o visitante não pode deixar de conhecer essas pinturas rupestres. É de uma beleza e importância histórica sem igual. Para chegar até as pinturas, tem que atravessar a lagoa de canoa. Cobra-se pelo trajeto e visita ao local cuja visitação depende da situação climática no dia. (foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva e abaixo de Giseli Jorge)
          A Lapinha da Serra te receberá te braços abertos, mas lembre-se: respeite a natureza. Não destrua, não danifique, apenas desfrute desse paraíso. Não deixe sujeira por onde passar, leve uma sacolinha em seus pertences e guarde seu lixo na sacolinha, leve-o de volta com você e descarte-o na primeira lixeira que encontrar. Não deixe seu lixo nas matas, nem nos rios e nem nas trilhas. Depois de você, virão outras pessoas para desfrutar do lugar.

Os quatro grandes cânions de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) As redes sociais vem permitindo descobertas antes desconhecidas. Compartilhamento de imagens vem mostrando belezas de cidades brasileiras, paisagens que sequer eram conhecidas do brasileiro. É o caso de Minas Gerais. Aos poucos o Brasil vem descobrindo que além da culinária, das cidades históricas e do queijo, Minas Gerais tem belezas naturais espetaculares. 
          E como tem! Rico em biodiversidade e riquezas naturais diversas espalhadas por todas as regiões mineiras, o Estado que vem atraindo cada vez mais os olhares de todos do Brasil, não só pela história mas também pelas belezas naturais. Em recente pesquisa Datafolha, Minas Gerais foi eleita o melhor destino de turismo no Brasil. 
          São tantas belezas, tantas cachoeiras, tantos campos, que é impossível descrever tudo numa só matéria. Por isso, apresento a vocês os nosso cânions. Sim, em Minas existem cânions, vários.
          Primeiro vamos entender o que são cânions. Cânions são vales profundos com fendas abertas na terra, podendo se estender por quilômetros. É uma ação da natureza, sem interferência do homem. Essa ação não se dá de um dia para outro podendo ser provocadas por terremotos e principalmente pela ação erosiva dos rios. Essas fendas são formadas em milhões de anos, não surgem de repente. (na foto acima do Marcelo Santos, Cânion do Peixe Tolo no Parque Estadual da Serra do Intendente, Conceição do Mato Dentro, MG. À esquerda cachoeira dos Bandeirantes, à direita cachoeira da Bocaina e a primeira ao fundo cachoeira do Vértice)
          Em Minas Gerais não existem terremotos hoje, pelo em grande escala, capaz de abrir fendas na terra e sim, grande quantidade de rios que ao longo de milhões de anos e dependendo da força do curso d´água, entalharam as rochas em seu percurso, originando os enormes paredões.
          Acredita-se que esses dois fenômenos, terremoto e força do curso d´água, abriram as fendas, milhões de anos atrás. O relevo montanhoso de nosso Estado contribuiu também para o surgimento dessas fendas e ainda a grande quantidade de rios que nascem e passam por Minas Gerais.
          São várias fendas abertas na terra mineira, formando cânions espetaculares. Listamos os quatro mais conhecidos.
01 - O Cânion do Peixe Tolo
          É um dos mais belos e espetaculares cânions, não apenas de Minas, mas de todo o Brasil. É formado por um conjunto de fendas, mata nativa e cachoeiras, tornando a paisagem dos cânions, deslumbrante, como podem ver na foto acima do Marcelo Santos.
          O cânion fica em Itacolomi, distrito de Conceição do Mato Dentro MG, Região Central, a 170 km de Belo Horizonte, dentro do Parque Estadual da Serra do Intendente. Destaca-se entre os cânions do Peixe Tolo a Cachoeira do Peixe, a segunda maior da região, com 200 metros de queda. 
          Para visitar o lugar, é necessário o acompanhamento de um guia credenciado e autorização da Secretaria de Turismo de Conceição do Mato Dentro MG e do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Informações diretamente com a Prefeitura Municipal e IEF, em Conceição do Mato Dentro MG. 
02 - Cânions de Furnas
          É uma das mais belas paisagens brasileiras. (fotografia acima de Douglas Arouca) Popularmente chamado de "Cânions de Capitólio", cidade da região Oeste de Minas a 280 km de Belo Horizonte, as margens da MG 050, entre os km 312 e 313. Na verdade os cânions ficam no município de São José da Barra, mas todos falam Cânions de Capitólio, por serem cidades vizinhas. 
          Essas fendas abertas pela natureza há milhões de anos são espetaculares. Quando ocorreu a inundação das terras da região para receber as águas de Represa de Furnas, que formam o maior espelho d’água do mundo. São mais de de 1 mil km2 e quatro vezes maior que a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, uma nova atividade surgiu em Capitólio e região: O turismo. As águas de Furnas se juntaram às águas dos rios da região, adentraram nas fendas abertas pela natureza formando umas das mais belas paisagens de Minas Gerais transformando Capitólio, que teve boa parte de suas terras produtivas debaixo d´água, numa das mais belas estâncias turísticas do Brasil. (fotografia acima de Júlio de Freitas/@julio_defreitas)
          É a mais considerada a mais bela de toda as 34 cidades banhadas pelos Lago de Furnas. Carinhosamente chamada de "Rainha dos Lagos".
          As formações rochosas, antes desconhecidas, passaram a chamar atenção de todo mundo. A mistura das águas limpas, na cor verde esmeralda, a beleza da natureza e dos imensos paredões com cerca de 20 metros de altura, impressionam. A pessoa se sente pequena diante das imensas fendas abertas na terra. Os turistas podem contemplar essas belezas com passeios de barcos e escunas pelos caminhos dos cânions, cuja profundidade é de 30 metros em média.
03 - Cânion das Bandeirinhas
          Uma dos mais belos santuários ecológicos de Minas Gerais, a Serra do Cipó, a 96 km de Belo Horizonte, abriga uma rica flora e fauna, vários cursos d´águas, cachoeiras, trilhas e mirantes espetaculares.
          Entre essas belezas está o Cânion das Bandeirinhas, uma formação rochosa, com 4 km de fenda aberta pela natureza ao longo de milhões de anos, formando enormes paredões com 80 metros de altura. (Foto acima do Nacip Gomêz)
          Do enorme maciço rochoso escorrem geladas águas cristalinas, formando cachoeiras e piscinas naturais perfeitas para banhos.
04 - Cânion do Funil
          A 61 km de Diamantina e 298 km distante de Belo Horizonte, na divisa com os municípios de Datas, Serro e Conceição do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, está o Presidente Kubistchek. Com 119 metros de altitude, o pequeno município, com cerca de 5 mil habitantes, é riquíssimo em belezas naturais principalmente serras e cachoeiras paradisíacas. (foto acima de Giselle Oliveira)
          Em destaque está o Cânion do Funil , distante apenas 12 km do município.  Com paredões ultrapassando os 30 metros de altura, atrai os amantes de esportes de aventura. Cortado por um riacho, de águas limpa, refrescante, belas paisagens do Cerrado Mineiro com uma fauna e flora riquíssima e protegida, o Cânion do Funil é um dos maiores atrativos da região do Centro Norte Mineiro e Jequitinhonha. É tão lindo que já foi cenário para gravações de minissérie e dois longas metragens. Conhecer o Cânion do Funil é um passeio único e inesquecível. Caminhar entre seus paredões imensos é uma emoção indescritível!
          O local recebe visitas mas não é chegar e entrando não. Tem regras e tem que agendar visita com antecedência. Onde está o Cânion do Funil é uma área particular, muito bem cuidada e bem preservada. É proibida a pesca e a caça de animais. Para visitar o Cânion, tem que entrar em contato com os proprietários e agendar o passeio. O e-mail para contato e demais informações é caniondofunil@gmail.com 

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