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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Poços de Caldas: romantismo nas montanhas mineiras

(Por Arnaldo Silva) Poços de Caldas é uma das mais belas e importantes cidades de Minas Gerais. Localizado na região Sul de Minas, é uma das mais importantes estâncias hidrominerais do país. Com cerca de 164 mil habitantes, é o 15º município mais populoso do Estado e a 6ª Melhor Cidade Minas Gerais para se viver, segundo o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) da ONU. (na fotografia acima de Wagner Cosse, o charmoso Palace Hotel, antigo Cassino)
          Cidade desenvolvida, limpa, com ruas bem cuidadas, como exemplo, a Avenida João Pinheiro e seus jacarandás mimosos floridos (na foto acima do Marcos Corrêa), além de boa parte dos pontos turísticos da cidade contarem com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com dificuldades de locomoção.
          Além disso, Poços de Caldas é um acidade industrializada e possui um diversificado comércio, excelente estrutura urbana, hotéis, pousadas e restaurantes de ótima qualidade.
          A cidade conta com uma ótima estrutura para receber os turistas, que vem diariamente à cidade, em busca do relaxamento e das suas águas minerais, sulfurosas e radioativas, possuem propriedades medicinais e terapêuticas.
          O charme da cidade concentra-se na área central, com várias construções imponentes, da época do auge dos cassinos, glamour e romantismo das construções ecléticas dos séculos XIX e XX.
          Os detalhes dessa época de ouro do Brasil, são facilmente percebidos nas Termas Antônio Carlos, no Palace Hotel, o antigo Cassino, nos monumentos, nas várias fontes de água espalhadas pela região central e no coreto da Praça Pedro Sanches (na foto acima do Thelmo Lins), bem como os belos e bem cuidados jardins.
          Esse conjunto de atrações, tendo como destaque o Palace Hotel e as Termas Antônio Carlos, é puro charme. (na foto acima e abaixo de Thelmo Lins a fachada das Termas Antônio Carlos e abaixo, o Palace Hotel, antigo Cassino)
          Remonta à nostalgia dos tempos de uma cidade balneária, dos áureos tempos dos luxo e requinte dos anos 1930 a 1950. Inclusive, as construções e jardins da área central da cidade, são tão atraentes que serviram de cenário para a novela Rosa dos Ventos, exibida em 1973, Livre para voar em 1974 e Alto Astral, da Rede Globo, exibida em 2014.
          Poços de Caldas foi ainda tema de samba-enredo da Escola de Samba Beija-flor, no carnaval do Rio de Janeiro.
          A beleza e requinte de Poços de Caldas (foto acima de Thelmo Lins), foi recentemente cenário da novela das 18 horas da Rede Globo, "Além da Ilusão". O elenco da novela global teve como atores principais, Rafael Vitti, Larissa Manoela, Antônio Calloni, Paloma Duarte, Paulo Betti, Bárbara Paz, Marcello Novaes, Eriberto Leão, Werner Schünemann, dentre outros.
          O Parque José Afonso Junqueira é uma das mais belas áreas verdes do Brasil. Fica na área central da cidade, onde estão as fontes, o Palace Hotel e praças. Estar na área desse parque, poder caminhar por entre fontes, árvores frondosas e jardins floridos, por si só já é relaxante (na fotografia acima de Thelmo Lins)
          Nas redondezas da área central, o turista pode conhecer a Estação Ferroviária, o Espaço Cultural da Urca, o charmoso e bem cuidado Relógio Floral (na fotografia acima de Thelmo Lins).
          Ainda nas imediações do centro, está o Museu Histórico e Geográfico. Instalado num imponente e belo casarão, o museu conta com um rico acervo histórico, com mobiliário, quadros e objetos de época. (na foto acima de Thelmo Lins)
          Uma peça interessante deste museu é um mapa de Minas Gerais (na foto acima do Thelmo Lins), publicado entre 1871 e 1881, quando a capital mineira, ainda era Ouro Preto. A entrada para o museu é gratuita.
          O prédio onde está instalado o Museu, fica num casarão construído no final do século XIX, no estilo das vilas civis italianas do século XVII, para ser residência de Martinico Prado Júnior. O casarão era chamado de Vila. (na foto acima e abaixo do Luís Leite, detalhes da Vila Junqueira)
          Posteriormente, o casarão, já foi moradia do Major Joaquim Bernardes e da família Junqueira, passando a ser conhecido como Vila Junqueira. Na década de 1940, foi transformado em hospedaria e na década de 1960, em escola. Em 1996, o casarão passou a sediar o Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, criado em 1972.
          Além de suas belezas naturais e urbanas, com praças, parques, igrejas e casario em estilo barroco, eclético e enxaimel, o artesanato local é muito rico, principalmente as obras feitas em vidro fundido, além da culinária e produção artesanal de doces. O artesanato local pode ser encontrado no Mercado Municipal da cidade e na Feira da Praça Dom Pedro II (na fotografia acima de Arnaldo Silva).
          Poços de Caldas tem fácil acesso, já que a cidade conta com ligações rodoviárias para as principais cidades do pais. Belo Horizonte, está a 468 km, com acesso pela BR-381. São Paulo está a 260 km, o Rio de Janeiro a 470 km. A grande cidade mais próxima é Campinas, cidade distante apenas 169 km de Poços de Caldas. Faz divisa com os municípios de Andradas; Bandeira do Sul; Botelhos; Campestre; Caldas; Divinolândia e com as cidades paulistas de São Sebastião da Grama, Caconde e Águas da Prata. (na foto acima de Arnaldo Silva, a Rodoviária da cidade)
          Essa facilidade de acesso terrestre, faz com quem um expressivo número de turistas visitem a cidade, movimentando de forma significativa o comércio local.
          Poços de Caldas sempre foi destaque em nível nacional, por sua beleza arquitetônica, história e suas águas medicinais, radioativas e sulfurosas. (fotografia acima de Conceição Luz, de uma das várias fontes luminosas da cidade)
          Poços de Caldas é ainda grande destaque na cultura regional em destaque para a Banda Municipal Maestro Azevedo, na ativa desde 1914, sempre presente no Coreto da Praça Pedro Sanches, aos domingos, apresentando-se para o público (na foto acima do Arnaldo Silva). Hoje, a banda é um dos patrimônios culturais tombados pelo Município. 
          Eventos culturais sempre atraem mais turistas à cidade como a Sinfonia das Águas, a Festa UAI Feira Nacional do Livro, a Flipoços, Julho Fest, o Festival Música nas Montanhas, Jazz & Blues Festival e Enaf. 
Os cristais de Poços de Caldas
          Poços de Caldas se destaca no Brasil na fabricação de cristais.
           As fábricas de vidro instaladas na cidade, produzem cristais com uma sofisticação, beleza, requinte e arte, que impressionam. (na foto acima do Thelmo Lins, lustre de cristais feitos na Cá D´oro). A empresa Cristais Cá D´oro, foi fundada em 1965, pela família italiana Seguso, da Ilha de Murano, em Veneza. 
          Outra fábrica de cristais em destaque é a Cristais São Marcos, fundada em 1962, na cidade. A empresa foi fundada vidreiros artísticos da Ilha de Murano, na Itália. (na foto acima e abaixo do Luís Leite, detalhes da fachada da São Marcos)
          Hoje o ofício é mantido por seus descendentes. A fachada da empresa São Marcos é rica em detalhes e beleza arquitetônica, além do requinte da arte em cristais, produzidos pela empresa.
          Os cristais e peças artesanais que saem das fábricas de Poços de Caldas (como os da foto acima, do Thelmo Lins, da arte em vidro da Cristais cá D´oro) são finíssimos e sofisticados, feitos com uma beleza artística que encanta. São peças do mesmo nível, dos tradicionais cristais de Murano, na Itália.
O Instituto Moreira Salles
          Para os amantes do cinema e das artes fotográficas, em Poços de Caldas encontra-se o Instituto Moreira Salles (IMS). Conhecido ainda como Casa da Cultura, conta com um acervo visual de mais de 400 mil obras, além de exibir filmes de qualidade e promover apresentações artísticas. (a fotografia acima de Thelmo Lins, com mostra peças no interior do IMS)
          Instalado na Rua Teresópolis, no bairro Jardins dos Estados, num prédio em estilo modernista, tem ao fundo, no mesmo terreno do Instituto, uma charmosa construção datada de 1894 (na foto acima de Thelmo Lins, onde funciona atualmente a Rotina Café, uma casa de lanches)
          O lugar é muito bonito, bem cuidado, além de ser um ambiente muito agradável. Um dos lanches especiais desta lanchonete é o Croabacon, um croissant recheado com queijo, envolto no bacon e acompanhado de geleia de abacaxi com pimenta.
          Fundado em 1992, pelo diplomata e banqueiro Walter Moreira Salles, (Unibanco/Itaú), instalou a primeira unidade de seu instituto em Poços de Caldas, por ter sido a cidade que o banqueiro fundou sua primeira agência, em 1924.
          Em 1996, foi o Instituto inaugurou sua segunda unidade, no bairro de Higienópolis, em São Paulo e por fim, em 1999, inaugura a terceira unidade do Instituto, no Rio de Janeiro. São apenas três unidades do IMS no Brasil.
Outros atrativos de Poços de Caldas
          Além das atividades culturais, vale a pena passear por Poços de Caldas (na fotografia acima de Thelmo Lins) como por exemplo o Portal da Cidade, a Represa Bortolan, o alto do Cristo, o teleférico, a Matriz de Nossa Senhora da Saúde, a Paróquia de São Domingos, a Cachoeira Véu da Noiva, que fica dentro da cidade mesmo, além de poder passear por suas ruas, praças charmosas e igrejas belíssimas.
          Tem ainda o Portal da Cidade (na foto acima do Luís Leite), o Recanto Japonês (na foto abaixo do Thelmo Lins), um jardim tipicamente oriental, com fontes e caramanchão e ainda a Fonte dos Amores, a Praça das Rosas.
          Além disso, pela cidade, lojas de artesanatos, muitos bares, cafés e restaurantes requintados, ótimos para passar horas agradáveis, principalmente entre outubro e novembro, quando acontece o Festival de Sabores, onde várias casas comerciais participam, apresentando pratos salgados como o Gratinado Colono e de sobremesa, como o Strudel com recheio de maçã, uva passa e amêndoas. É uma disputada saudável e gostosa de quem faz a melhor iguaria da cidade.
          E por falar em comida, no Centro da Cidade, encontra-se trailers, instalados em antigos vagões de trem, que servem sanduíches naturais. Um desses vagões-trailer, é o A-11 (na foto acima do Thelmo Lins), instalado na praça principal da cidade, próximo ao Cassino. São vários vagões instalados na cidade que servem lanches.
          Poços de Caldas é isso e muito mais. A cidade encanta e impressiona. É uma das mais belas cidades do Brasil!

Na Irlanda, casal de mineiros faz Queijo Minas

(Por Osvaldo Filho*)Você sai de Minas Gerais, mas Minas Gerais não sai de você. O casal de mineiros, lá de Itabira MG, Héverton Santos e Lídia Vieira estão residindo em Cork, na Irlanda, desde março de 2017.
          Depois de 6 meses sem comer queijo de Minas Gerais, Héverton decidiu fazer o próprio queijo pra matar a vontade. "Desde quando eu tinha 10 meses de idade que eu como queijo. Meu tio vinha visitar minha tia, que estava terminando a gestação em casa, e trazia queijo toda semana. Minha tia comia e me dava queijo desde então" relata Héverton, que pesquisou na internet onde poderia conseguir coalho.
          Numa página de culinária irlandesa conseguiu o coalho para começar e o leite cru é entregue todo sábado por um produtor de leite irlandês chamado Colin.
          Inicialmente, o casal de mineiros começou a produzir para consumo, mas a brincadeira ficou séria e virou um negócio: Minas Cheese Ireland's Homemade.
          Atualmente estão produzindo 5 a 6 queijos frescais por semana (Ara Lana) e são vendidos para a comunidade brasileira na Irlanda. O queijo tem agradado também o paladar dos irlandeses, que preferem os mais curados (Dona Nega).
          Para acompanhar a lida deles na Irlanda visite o instagram @minascheese.ie

*Osvaldo Filho é de Alagoa MG, onde produz o premiado Queijo D´Alagoa MG/@queijodalagoamg  - (correspondente internacional do Conheça Minas) 

domingo, 2 de junho de 2019

Conheça Minas nas Festas Juninas

(Por Arnaldo Silva) Se você é um daqueles que pensa que Festa Junina é tradição somente no Nordeste do Brasil, pode mudar de ideia. A tradicional festa de origem europeia é uma das maiores manifestações populares de Minas Gerais. Só perde para as festas do Reinado e Folia de Reis.
          Festa Junina em Minas tem um diferencial a mais: os elementos das raízes culturais mineira. Quando a festa chegou a Minas, no início do século 18, nos tempos do Brasil Colônia, a vida do nosso povo era basicamente rural. Sendo assim, as Festas Juninas se popularizaram nos terreiros das fazendas, em frente às igrejas e principalmente nos povoados.(na foto acima de Ane Souz, Festa Funina em Ouro Preto MG)
            Essa tradicional festa popular atrai centenas de milhares de pessoas em todos os municípios mineiros desde quando a festa foi introduzida no Brasil, ainda nos tempos do Brasil Colônia. A festa homenageia Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro e São Paulo (29 de junho). (foto abaixo de Eliane Torino, com detalhes das homenagens a São João)
         A essa festa foram incorporados a tradicional religiosidade do povo mineiro, que geralmente veem nas festas juninas uma época propícia para pagar promessas (principalmente a Santo Antônio, Santo Casamenteiro). Foi incorporado à forma original o nosso sotaque, nossa culinária, nossa cultura, música, instrumentos musicais e nossa vestimenta, destacando as calças remendadas, camisas xadrez, laços, chapéu de palha e vestidos coloridos. (na foto acima, o Arraiá do Zé Bagunça em Bueno Brandão MG, Sul de Minas. Foto: Prefeitura Municipal, enviada por Douglas Coltri)
          As Festas Juninas em Minas Gerais tem identidade própria, unindo a tradição original europeia, com o jeito de ser e vestir-se do povo mineiro. Além das que foram citadas acima, uma dessas práticas acrescentadas à festa foi a fogueira. Era comum e ainda é, nos terreiros de fazendas de Minas, principalmente em dias frios, fazerem fogueiras, colocar mandioca ou batata doce para assar. Em redor da fogueira tinha muita prosa, licor e cachaça, e claro, muita cantoria. Tinha uns que atreviam a dançar, aproveitando o calor das chamas. Essa prática mineira foi incorporada às Festas Juninas em Minas e expandida para todo o Brasil. 
          Algumas cidades de Minas levam tão a sério as fogueiras que surpreendem pelo tamanho. É o caso das cidades de Ingaí, no Campo das Vertentes (na foto ao lado de Gilson Nogueira) e Mesquita, no Vale do Rio Doce. Essas duas cidades tem forte tradição em festa junina, sendo destaque suas fogueiras de São João, que chegam a quase 40 metros de altura. Outra cidade, Cachoeira de Minas, no Sul do Estado, tem como destaque sua fogueira com cerca de 40 metros, dedicada a São Pedro. É a maior fogueira de São Pedro do Brasil.
          Continuando no Sul de Minas, em Bueno Brandão MG, acontece uma das maiores festas juninas de Minas Gerais. É o Arraiá do Zá Bagunça, que tem esse nome em homenagem a um morador da cidade, popularmente conhecido por Zé Bagunça que todos os anos realizava festa junina, para pagar promessa por uma graça alcançada. A vizinhança toda ajudava, doando um pouco para a festa que era muito animada, com rezas, comidas típicas e as tradições músicas juninas e claro, a das danças tradicionais do período. 
          A festa virou tradição e hoje está incorporada ao calendário festivo local, atraindo visitantes de toda a região, já que é uma das mais tradicionais festas do gênero, preservando as características originais da festa, realizada na Praça Virgílio de Melo Franco. Além das comidas típicas dos festejos juninos, tem as comidas típicas da cidade como o virado de frango, a canjiquinha, o caldo de feijão, a broa em folha de bananeira, etc. (a foto abaixo, da Prefeitura Municipal, enviada pelo Douglas Coltri, mostra o momento da tradicional dança)
          Por todas as cidades e povoados de Minas acontecem belíssimas apresentações de quadrilhas, com música, pipoca, quentão, canjica, pamonha, milho verde e nossos doces. A decoração também é adaptada à nossa cultura e religiosidade, com bandeiras, mastros, bem como a presença de pratos típicos de Minas e reza do terço. 
          No interior, ainda é comum famílias promoverem festas juninas e convidar a vizinhança. É para pagar promessa. Antes da festa propriamente dita, rezam o terço e em seguida todos desfrutam da comida, da música, da dança, das brincadeiras e da alegria que a festa proporciona.
          Por toda Minas você pode participar das Festas Juninas. Seja qual for o lugar que escolher, pode ter certeza, será muito bem vindo e muito bem recebido pelos mineiros. Venha comigo conhecer algumas cidades de Minas que promovem uma Festa Junina de deixar saudades. (na foto acima de Sérgio Mourão/ a fogueira de São João em Mesquita MG)
          Belo Horizonte, por exemplo, realiza uma das maiores e melhores festas juninas do Brasil. O famoso Arraial de Belô cresce a cada ano e uma das referências em Minas Gerais em se tratando de Festa Junina. É uma festa e tanto que leva milhares de pessoas para a Praça da Estação, animada por artistas de renome nacional. Um dos destaques do Arraial de Belô é o concurso estadual e municipal de quadrilhas. 
          As Festas Juninas nas cidades da Região do Vale do Mucuri são verdadeiros espetáculos de tradição, danças, cores e sabores! Teófilo Otoni e Pavão são as cidades da região do Mucuri que mais se destacam na organização de Festas Juninas. Essas duas cidades promovem uma das melhores festas do gênero em Minas Gerais, com ampla participação popular. É um espetáculo que merece ser conhecido por todos. 
          Com certeza você já ouviu falar dos tradicionais forrós nordestinos, mas já pensou em conhecer o Forró de Curvelo? A cidade fica na Região Central de Minas e realiza um dos mais antigos e melhores forrós do país. O evento é tão tradicional que está que atrai cerca de 50 mil pessoas para a festa, vindos de todo o Brasil. É realizado sempre no mês de julho com shows, barracas, comidas típicas e muita gente bonita. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          No Triângulo Mineiro, uma festa imperdível acontece em Desemboque, distrito de Sacramento. O distrito é pequeno, com cerca de 30 moradores, mas no período das festas juninas, o distrito que é  um dos mais antigos de Minas, recebe gente de toda região para participar da Carreada de Bois e da queima da fogueira de São João.(na foto ao lado de Luis Leite)
          Uma ótima opção para curtir o melhor da tradição das Festas Juninas é a Junifest, em Itapeva, na Região Sul do Estado. Tem apresentação de bandas de forró e gincanas. Itanhandu, na mesma região é outra opção para os amantes da autêntica festa de São João, com barracas típicas e tudo que a festa proporciona. Além, Itanhandu é uma das mais belas cidades da Serra da Mantiqueira, com paisagens de tirar o fôlego. 
          Indo para o a região Central, gostoso é participar do Forró do Araçá, em Araçai, pequena e pacata cidade pertinho de Sete Lagoas. A festa é animada, com muito forró, apresentação de danças e comidas típicas.  Outra ótima opção na Região Central é na comunidade do Bonfim em São Gonçalo do Rio Preto onde acontece a tradicional marujada, em homenagem ao Senhor do Bonfim São João Batista. 
          Em Itabirito, pertinho de Ouro Preto as festas de junho e julho são marcantes com toda a tradição que merece e ainda, com destaque para as cervejarias artesanais da cidade e belezas naturais do município. É a Julifest, considerada a maior festa junina de Minas Gerais, com a presença estimada 100 mil pessoas durante os dias de festa. (na foto acima de Ane Souz, Festa Junina em Ouro Preto MG)
          Quem gosta da natureza e não abre mão das Festas Juninas, pode dar um pulo no arraial de Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte, na Zona da Mata. O pitoresco e histórico distrito é a porta de entrada para o Parque do Ibitipoca, um dos mais belos santuários ecológicos de Minas Gerais. 
          Nesse período de Festa Junina, acontece em Conceição do Ibitipoca a Festa de São João, o Ibitilua, o Arraial da Alegria com fogueira, leilão de prendas, muito forró, cerveja artesanal e comidas típicas. Ainda para quem gosta de aliar natureza à festa junina tradicional, Alto Caparaó, também na Zona da Mata, é o caminho. O município é a porta de entrada para o Parque Nacional do Caparaó, onde está o Pico da Bandeira.
          E para os amantes da cultura e história, não tem nada não? Claro que tem. Ouro Preto, Diamantina (na foto acima e abaixo de Giselle Oliveira, decoração junina em Diamantina), Serro, Mariana, Sabará, dentre outras cidades históricas tem tradição forte na organização dos festejos juninos. Além de divertir muito, tem a opção da beleza dos casarões, igrejas e museus das cidades históricas. 
          Festa boa também é em Esmeraldas e Conselheiro Lafaiete, pertinho de Belo Horizonte. Em Patrocínio, no Alto Paranaíba, a atração da Festa Junina é a Corrida da Fogueira. Acontece há 70 anos, mas não é uma corrida sobre brasa, é uma corrida mesmo, por cerca de 10 km pelas ruas da cidade, com premiação para os primeiros colocados. Em Muriaé na Zona da Mata, também tem a Corrida da Fogueira.
          Outra festa junina de destaque é em Caratinga, no Vale do Rio Doce, famosa terra do Ziraldo e Menino Maluquinho. Danças, forró, comidas típicas, tudo que uma boa e autêntica Festa Junina tem. 

          Se eu for continuar não paro mais. Toda a cidade de Minas tem nas Festas Juninas umas de suas maiores manifestações culturais. Não dá para falar de todas. Mas essas são as dicas. Vale a pena viajar por Minas, conhecer a cultura e tradição do povo mineiro manifestas nas festas populares. 

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Feira de Flores da Avenida Carandaí em Belo Horizonte

(Por Arnaldo Silva) Todas as sextas-feiras, a Avenida Carandai, entre a rua Ceará e a Avenida Brasil, ganha mais beleza, brilho, cores e cheiro especial. São as flores que ocupam essa charmosa avenida do bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. 
          Durante o dia inteiro, todas as semanas, sempre na sexta-feira, quem for à feira, encontrará mais de 60 espécies de flores naturais de nossa flora e também exóticas, como samambaias, orquídeas, lírios, rosas, crisântemos, margaridas, violetas, folhagens e mudas diversas. A feira existe desde 1984. Começou no adro da Igreja da Boa Viagem, cresceu e hoje é feira permanente na Avenida Carandai. São cerca de 50 expositores. 
          A vantagem é que as flores vem direto do produtor para o comprador e os preços são mais baratos que os praticados pelas floriculturas e lojas de jardinagens.
          A feira é uma ótima opção para amantes de flores e apaixonados por jardinagem. Mesmo que não vá pra comprar, estar no local, conhecer, ver e sentir as dezenas de espécies expostas no local, valerá a pena. São plantas magníficas que exalam seus perfumes pelo ambiente saudável da Avenida Carandaí, tradicional via arborizada de Belo Horizonte.
Endereço: Avenida Carandaí - Funcionários, entre Avenida Brasil e Rua Ceará. Telefone: 31 3277-9235 - 31 3277-4987. Horário de Funcionamento: 6ª das 8h às 18h (fotos de Arnaldo Silva)

terça-feira, 28 de maio de 2019

As 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Pesquisa feita pela plataforma Booking.com, apontou Monte Verde, distrito de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais, como a mais acolhedora e hospitaleira do Brasil. Monte Verde está no topo da lista, das 10 mais votadas. 
          As chocolaterias, as cervejas artesanais, a gastronomia variada, o frio próximos a zero grau, o aconchego, as belas paisagens e a forma carinhosa, receptiva e calorosa com que os turistas são recebidos no distrito, foram os motivos da escolha de Monte Verde como a cidade mais hospitaleira do Brasil. (fotografia acima de Wellington Diniz e abaixo de Mônica Milev/Chocolate Montanhês)
          Para chegar as 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil, foram analisadas 177 milhões de comentários de turistas de todo o Brasil que utilizaram o site de viagens em janeiro de 2017 até janeiro de 2019. Segundo dados da pesquisa da plataforma, o principal motivo para escolha de um destino para viagens é ser bem recebido. 79% dos turistas querem se sentir em casa, quando viajam pelo Brasil. Outro dado importante é que 85% dos turistas afirmam que as avaliações reais são importantes para escolha do local que pretende conhecer. Por isso a importância dos comentários. O resultado foi divulgado no dia 27 de maio de 2019.(foto abaixo de Marcelo Santos)
 Abaixo a lista das 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil: 
1 - Monte Verde, Minas Gerais
2 - Penha, Santa Catarina
3 - Gramado, Rio Grande do Sul
4 - Canela, Rio Grande do Sul
5 - Ilhabela, São Paulo
6 - Campos do Jordão, São Paulo
7 - Arraial do Cabo, Rio de Janeiro
8 - Ubatuba, São Paulo
9 - Bombinhas, Santa Catarina
10 - Jericoacoara, Ceará

domingo, 26 de maio de 2019

Trem da fé: locomotiva liga Caeté à Serra da Piedade

(Por Arnaldo Silva) Elaborado pela Arquidiocese de Belo Horizonte, o projeto prevê trem de passageiros ligando Belo Horizonte a Caeté, com estação nesta cidade e os turistas e romeiros, completando o percurso, até o Santuário da Serra da Piedade, em uma locomotiva. (na foto abaixo, do Elpídio Justino de Andrade, na Estação Bracarena)
          O objetivo é ligar a fé ao turismo e facilitar a vida dos 500 mil peregrinos que visitam o Santuário de Nossa Senhora da Piedade anualmente. Além disso, reduzirá o tráfego na BR 381, reduzindo o número de acidentes nessa perigosa via. A viagem propiciará aos turistas a vista de belas passagens ao longo do caminho. O trajeto total do percurso de trem, será feito por etapas. 
          A primeira etapa, que seria a ligação de Caeté ao topo do Santuário por uma locomotiva, teve início em 2019 e concluída em junho de 2021 e já está em atividade, levando romeiros e turistas até o topo da Serra da Piedade. (na foto acima de Padre Miguel Ângelo - Arquidiocese de Belo Horizonte/Divulgação, o topo da Serra da Piedade)
          Os romeiros que vem à Serra da Piedade, chegarão até o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, de locomotiva. A composição sairá da estação, construída na Praça Antônio da Silva Bracarena, antiga Praça da Cavalhada, (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade), e seguirá até o topo da Serra da Piedade, onde está o Santuário. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, a locomotiva na estação de em Caeté, de onde sairá, subindo até o topo da Serra da Piedade).
          O percurso, dessa primeira etapa, será de 2,5 km. (na foto acima, detalhes de um dos vagões, equipados com cintos de segurança e abaixo, a locomotiva e os vagões, fotografados pelo Elpídio Justino de Andrade)
          Chamada de Locomotiva da Piedade e popularmente de "Trem da Fé", o novo transporte, facilitará a vida dos turistas e romeiros, que terão mais facilidades para subir à Serra, além de poderem contemplar toda a beleza em 360 graus.
          Trata-se de um transporte sustentável, ecologicamente correto e que permitirá a preservação de um dos mais belos patrimônios naturais de Minas, além da conservação do patrimônio natural e arquitetônico da Serra da Piedade. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          Isso porque, o acesso até próximo ao topo do maciço rochoso, onde está o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, era feito de carro ou van, por uma estrada sinuosa e estreita. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, a entrada para o Santuário da Piedade)
          É no topo da Serra que está a pequena ermida construída no século 18 (na foto acima de Elvira Nascimento), que guarda relíquias de nossa história, como a imagem de Nossa Senhora da Piedade, obra do Mestre do Barroco Mineiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814). A pequena ermida, foi elevada a basílica pelo Papa Francisco. É atualmente, a menor basílica do mundo.
          Agora será pela Locomotiva Piedade, uma composição com capacidade para transportar até 100 passageiros, movida a diesel, com motor de um cavalo mecânico modelo Cargo 4331, com motor modelo Série C da marca Cummins, de seis potências com 310 cv, caixa de transmissão automática e puxará 5 vagões, que vieram do Rio Grande do Sul. (fotografia acima e abaixo de Elpídio Justino de Andrade)
          A locomotiva não é um trem, literalmente falando. Usa pneus e não trafega sobre trilhos. Isso devido a longa subida, até o topo da Serra da Piedade. Da estação em Caeté, até o topo, são 1746 metros de altura. Uma subida e tanto.
          A construção da Estação Locomotiva da Piedade, foi aprovada pela Superintendência em Minas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), devido ao valor cultural, ambiental e turístico para Minas Gerais, além de contribuir com a preservação da Serra. Foram gastos R$ 1,07 milhão na obra, com recursos obtidos através de acordo entre Arquidiocese de Belo Horizonte e o Governo Mineiro, através da Secretaria de Cultura e Turismo. (na foto abaixo do John Brandão/@fotografo_aventureiro, mostra a Serra da Piedade e abaixo, ao fundo, Caeté. Agora, com a locomotiva, ônibus, vans e carros, ficarão na Estação em Caeté e os romeiros e turistas, subirão a Serra de locomotiva)         
          As etapas seguintes seria a ligação até Belo Horizonte, já com trem, mesmo, trafegando sobre trilhos. Da Capital à Caeté, são cerca de 55 km. (na imagem acima com arte de Lelis/Arquidiocese de BH/Divulgação, todo o trajeto e pontos turísticos do percurso do Trem que ligará Caeté a Belo Horizonte)
          O projeto, elaborado por uma equipe técnica da Arquidiocese de Belo Horizonte, foi apresentado à Secretaria de Turismo e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iehpa) e Governo de Minas Gerais. Está na fase de contatos com futuros parceiros e estudos. É um processo longo, demorado, mas a possibilidade de se concretizar existe. 
          Os envolvidos no projeto estão empenhados e engajados na luta para que saia do papel, já que ligará a Belo Horizonte, a um dos mais importantes centros de turismo do Brasil, que recebe cerca de 500 mil visitantes, em média, por ano.
          Pelo projeto, o trem sairia da Praça da Estação em Belo Horizonte, passando pela cidade histórica de Sabará (na foto acima do Thelmo Lins), onde os passageiros poderão contemplar belas paisagens pelo caminho e na cidade, conhecer o Santuário de Santo Antônio de Roça Grande, a Igreja de Santo Antônio em Pompéu, as belezas da arte barroca que a cidade oferece e as igrejas de Nossa Senhora do Ó, de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Carmo.
          De Sabará o trem seguirá até a Estação Nossa Senhora da Piedade, na Praça Antônio da Silva Bracarena em Caeté, onde o turista poderá conhecer as relíquias da arte barroca da cidade, principalmente a Igreja de Nossa Senhora do Bom Sucesso. (na foto acima do Clésio Moreira, Caeté vista do topo da Serra da Piedade)
          Da estação de Caeté, os turistas e romeiros embarcarão na locomotiva, até o topo da Serra da Piedade. Chegando ao Santuário, além do espetáculo da visão, o visitante conhecerá a Basílica de Nossa Senhora da Piedade, cujo altar-mor guarda a imagem da Santa, padroeira de Minas Gerais, obra do Mestre Aleijadinho.
          Um dos maiores defensores desse projeto, é o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor de Oliveira Azevedo, até pouco tempo, Cardeal arcebispo da Arquidiocese de Belo Horizonte.
          Em declaração ao Jornal O Estado de Minas, em 2019, dom Walmor disse: “A Região Metropolitana de Belo Horizonte guarda tesouros que precisam ser apreciados e valorizados. A arte barroca das cidades coloniais, muitas belezas naturais pouco conhecidas, patrimônios da religiosidade e da história de Minas. É preciso investir para que a fé e o turismo contribuam ainda mais para o desenvolvimento sustentável do estado, da capital e da Grande BH”. Para o religioso, ligar Belo Horizonte ao Santuário da Piedade “é retomar a tradição das viagens feitas sobre trilhos, oportunidade para contemplar paisagens, conhecer regiões a partir de novas perspectivas”.      

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Saiba porque 5 de julho é o dia da Gastronomia Mineira

(Por Arnaldo Silva) O mineiro não é muito de alardear sobre os sabores que saem dos seus quintais. Quem visita Minas descobre e reconhece o quanto é saborosa a culinária do povo mineiro. Agora o mundo também vem descobrindo as delicias da comida dos mineiros. 
          Cozinha é vocação do mineiro, está na alma, no fogão à lenha e nos quintais. Mineiro e cozinha é uma simbiose perfeita! A culinária do Estado de Minas Gerais é uma das mais ricas do mundo e os pratos tradicionais de Minas, vem recheado com 300 anos de história. Uma cozinha tão rica e famosa no mundo inteiro tem data comemorativa, sabia disso? (na foto acima, queijo com goiabada da @mercearia Paraopeba em Itabirito MG)
          O dia da Gastronomia Mineira é o dia 5 de julho, data oficial, estabelecida pela Lei Estadual número 20.577 de 2012 e reconhecida pelo Governo de Minas em 5 de julho de 2023 que foi o dia e ano do reconhecimento oficial da culinária mineira como patrimônio cultural e imaterial de Minas Gerais.
          A data foi escolhida em homenagem ao dia do nascimento do professor e escritor Eduardo Frieiro, filho do casal Melchíades Frieiro e Maria Joana Pampin, imigrantes de Pontevedra, região da Galiza, Espanha. Frieiro nasceu em cinco de julho de 1889 em Matias Barbosa MG. 
          Eduardo Frieiro é o autor do livro “Feijão, Angu e Couve – Ensaio sobre a comida dos mineiros”, publicado em 1966 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Trata-se do primeiro livro dedicado à gastronomia mineira com abordagem sobre a história do surgimento da culinária de Minas Gerais, com uma visão sociológica abrangente sobre o tema. Esta obra é tão importante para Minas Gerais, que o dia do aniversário do escritor é o dia da culinária mineira.
          No livro, Frieiro conta em minuciosos detalhes como Minas Gerais saiu da escassez de alimentos no final do século 17 e início do século 18, para se tornar uma das cozinhas mais rica, respeitada e apreciada em todo o país ao longo de três séculos. 
          O estudo se baseia na evolução da nossa gastronomia desde o início do Ciclo do Ouro, até o início do século 20, quando a capital de Minas Gerais deixa de ser Ouro Preto para ser Belo Horizonte, numa época que a cozinha mineira estava consolidada e referência como culinária nacional. 
          Desde aquela época, os nossos mais tradicionais pratos, como o tutu de feijão, frango com quiabo, costelinha de porco com angu, torresmo, feijão tropeiro, licores, queijos, café, doces e quitandas diversas já eram apreciados pelos brasileiros. 
          Minas Gerais é um prato cheio de histórias e sabores diversos e mesmo com os avanços tecnológicos, as receitas mineiras se mantém preservadas e apreciadas.
          Então já sabem por que 5 de julho é o Dia da Culinária Mineira. Uma data valiosa para Minas Gerais. 

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Cores e sabores da infância!

(Por Arnaldo Silva) "Aê o chup-chup!" Dava gosto ouvir alguém gritando assim na porta da escola ou mesmo pelas ruas de terra de nosso bairro. Os olhos da criançada até brilhavam de alegria e era baratinho. No final da aula, estavam lá vários meninos com caixa de isopor gritando, oferecendo aquele saquinho com sucos coloridos, que a criançada adorava. 
          Os vendedores chegavam com as caixas cheias e logo estavas vazias. (a foto acima foi enviada pelo José Ronaldo de Bom Despacho MG)
          Onde eu morava, Belo Horizonte o nome era chup-chup. Em outros lugares chamam de dindim, gelinho, sacolé, geladinho e outros nomes. Mas para nós tanto faz o nome, o que vale é o sabor da saudade, a nostalgia daquele tempo gostoso de nossa infância.
          Ainda hoje o chup-chup faz sucesso, mas não é igual ao de antigamente. É raro vermos hoje pessoas saindo nas ruas com a caixa de isopor vendendo como antigamente, está industrializado e se encontram em supermercados e sorveterias. 

          Colocar suco num saquinho de plástico e congelar foi uma das ideias mais simples e que mais se popularizam no Brasil.
          Hoje a qualidade do chup-chup é melhor. Feito com água filtrada, leite pasteurizado e até com sucos naturais. Tem até chup-chup com leite condensado, coisa inimaginável para nossa época. Antes o chup-chup vinha das casas, feitas pelas famílias, hoje, praticamente essa prática artesanal acabou.
          Naqueles saudosos tempos meu amigo, era feito em casa mesmo, com água, açúcar e o popularíssimo ki-Suco. Nada mais que isso. E dá saudades viu. Quem viveu esse tempo, sente saudades, da alegria que esse saquinho proporcionava. Uma gostosa nostalgia. 

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