(Por Arnaldo Silva) O arraial que deu origem a Sabará começou a se formar no final do século XVII com a chegada da bandeira de Fernão Dias à região para explorarem ouro. Após a morte do bandeirante, quem liderou o povoamento e exploração do ouro foi o bandeirante Borba Gato, tendo sido o primeiro guarda-mor (Oficial do Rei, com função de protegê-lo e zelar por sua segurança e posses).
O arraial foi elevado a freguesia em 17 de junho de 1707, data que a cidade, emancipada em 1838, comemora oficialmente sua fundação. Com o crescimento da exploração do ouro, a freguesia começou a crescer rapidamente, bem como outros povoados com grande capacidade de mineração, passaram rapidamente de freguesias a vila e por fim município. (fotografia acima de Thelmo Lins)
É o caso de Sabará, elevada a vila e município em 17 de julho de 1711 com o nome de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. Naqueles tempos, a extensão territorial dos municípios eram enormes. Pra se ter ideia, a extensão total do município de Sabará se estendia até Noroeste de Minas, na região de Paracatu e o Triângulo Mineiro, tendo esta extensão sido reduzida ao longo dos anos, devido algumas outras vilas terem sido elevadas a municípios.
A primeira vila e município mineiro foi Mariana, criada em 8 de abril de 1711 e a segunda, Ouro Preto, em 8 de julho de 1711 que passou a ser a capital da Província das Minas Gerais a partir de 1821, permanecendo na condição até 1897, quando a capital foi transferida para Belo Horizonte.
No início do século XIX, o crescimento populacional se expandiu para além dos arredores das igrejas de Nossa Senhora do Carmo e de Nossa Senhora do Ó. Foi entre essas localidades que começou o povoamento no município, no início do século XVIII. A cidade começou a crescer e a localidade de origem passou a ser chamada de "Cidade Velha", tendo sido criado uma nova região, na parte mais alta do município, próximo ao Rio das Velhas, com abertura de novas ruas, construção de igrejas e sobrados suntuosos, chamada de "Cidade Nova", onde está hoje o tradicional Centro Histórico da cidade.
Sabará crescia, como as outras cidades, graças a riqueza gerada pelo ouro. Com a chegada de portugueses, atraídos pelo brilho do ouro, a Vila foi crescendo, surgindo casarões imponentes, igrejas suntuosas, teatro, praças, chafarizes, enfim, foi se formando uma autêntica cidade mineira, no auge da riqueza do Ciclo do Ouro.
Essa riqueza está presente até os dias de hoje na cidade, que preservou quase que na totalidade seu patrimônio histórico ao longo dos mais de 300 anos de sua existência, destacando em Sabará, além de suas ruas, seu valioso casario colonial tanto na parte "velha", entre a Igreja do Carmo e a Igreja do Ó, quanto na parte "nova", no Centro Histórico, principalmente na Rua Dom Pedro II e Rua Direita. (foto acima de Arnaldo Silva)
O Chafariz do Kaquende, construído em 1757 é um dos mais interessantes da cidade, por ter sido durante séculos fonte de água que abastecia as casas com água potável. (na foto acima de Arnaldo Silva)
A Casa da Ópera de Sabará é outra relíquia de Minas Gerais. Sua construção data de 1819. (foto acima de Arnaldo Silva) O estilo arquitetônico não seguiu o tradicional estilo Elizabetano, comum nas construções do gênero na Colônia, mas sim no estilo barroco italiano, seguindo o estilo das casas de espetáculos italianas do século XVIII e XIX.
Guardando a memória dos tempos do ouro, em Sabará tem o Museu do Ouro, funcionando na antiga Casa de Intendência e Fundição do Ouro da Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. O museu contém peças do período do Ciclo do Ouro, mobiliários originais dos séculos XVIII e XIX, pratarias, arte sacra, aparelhos de chá e outros objetos valiosos da época.
É o caso de Sabará, elevada a vila e município em 17 de julho de 1711 com o nome de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. Naqueles tempos, a extensão territorial dos municípios eram enormes. Pra se ter ideia, a extensão total do município de Sabará se estendia até Noroeste de Minas, na região de Paracatu e o Triângulo Mineiro, tendo esta extensão sido reduzida ao longo dos anos, devido algumas outras vilas terem sido elevadas a municípios.
A primeira vila e município mineiro foi Mariana, criada em 8 de abril de 1711 e a segunda, Ouro Preto, em 8 de julho de 1711 que passou a ser a capital da Província das Minas Gerais a partir de 1821, permanecendo na condição até 1897, quando a capital foi transferida para Belo Horizonte.
No início do século XIX, o crescimento populacional se expandiu para além dos arredores das igrejas de Nossa Senhora do Carmo e de Nossa Senhora do Ó. Foi entre essas localidades que começou o povoamento no município, no início do século XVIII. A cidade começou a crescer e a localidade de origem passou a ser chamada de "Cidade Velha", tendo sido criado uma nova região, na parte mais alta do município, próximo ao Rio das Velhas, com abertura de novas ruas, construção de igrejas e sobrados suntuosos, chamada de "Cidade Nova", onde está hoje o tradicional Centro Histórico da cidade.
Sabará crescia, como as outras cidades, graças a riqueza gerada pelo ouro. Com a chegada de portugueses, atraídos pelo brilho do ouro, a Vila foi crescendo, surgindo casarões imponentes, igrejas suntuosas, teatro, praças, chafarizes, enfim, foi se formando uma autêntica cidade mineira, no auge da riqueza do Ciclo do Ouro.
Essa riqueza está presente até os dias de hoje na cidade, que preservou quase que na totalidade seu patrimônio histórico ao longo dos mais de 300 anos de sua existência, destacando em Sabará, além de suas ruas, seu valioso casario colonial tanto na parte "velha", entre a Igreja do Carmo e a Igreja do Ó, quanto na parte "nova", no Centro Histórico, principalmente na Rua Dom Pedro II e Rua Direita. (foto acima de Arnaldo Silva)
O Chafariz do Kaquende, construído em 1757 é um dos mais interessantes da cidade, por ter sido durante séculos fonte de água que abastecia as casas com água potável. (na foto acima de Arnaldo Silva)
A Casa da Ópera de Sabará é outra relíquia de Minas Gerais. Sua construção data de 1819. (foto acima de Arnaldo Silva) O estilo arquitetônico não seguiu o tradicional estilo Elizabetano, comum nas construções do gênero na Colônia, mas sim no estilo barroco italiano, seguindo o estilo das casas de espetáculos italianas do século XVIII e XIX.
Guardando a memória dos tempos do ouro, em Sabará tem o Museu do Ouro, funcionando na antiga Casa de Intendência e Fundição do Ouro da Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. O museu contém peças do período do Ciclo do Ouro, mobiliários originais dos séculos XVIII e XIX, pratarias, arte sacra, aparelhos de chá e outros objetos valiosos da época.
O grande destaque das cidades históricas mineiras, são suas igrejas (na foto acima de Thelmo Lins, torres da Igreja de Nossa Senhora da Conceição). Construídas no auge da riqueza gerada pelo ouro, são igrejas imponentes, com talhas douradas e arte sacra de impressionar. Em Sabará não foi diferente. A cidade guarda impressionantes igrejas do período setecentista em Minas Gerais, de grande valor cultural, histórico e arquitetônico para Minas Gerais, que são:
- Igreja de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1710, é a matriz da cidade; (foto acima de Thelmo Lins)
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1713, inacabada pelos escravos da irmandade dos homens negros da Barra do Sabará, os quais a construíam e pararam por falta de recursos; (na foto acima de Arnaldo Silva)
- Capela de Nossa Senhora do Ó, datada de 1717: é uma das mais representativas do barroco mineiro, possui influência chinesa em sua arquitetura externa e na decoração interna; (na foto acima de Thelmo Lins)
- Igreja de Nossa Senhora do Carmo, datada de 1763, com várias obras de Aleijadinho; (na foto acima de Thelmo Lins)
- Igreja de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1710, é a matriz da cidade; (foto acima de Thelmo Lins)
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1713, inacabada pelos escravos da irmandade dos homens negros da Barra do Sabará, os quais a construíam e pararam por falta de recursos; (na foto acima de Arnaldo Silva)
- Capela de Nossa Senhora do Ó, datada de 1717: é uma das mais representativas do barroco mineiro, possui influência chinesa em sua arquitetura externa e na decoração interna; (na foto acima de Thelmo Lins)
- Igreja de Nossa Senhora do Carmo, datada de 1763, com várias obras de Aleijadinho; (na foto acima de Thelmo Lins)
- Igreja de Nossa Senhora das Mercês, datada de 1781, construída pela irmandade dos homens pardos, possui linhas arquitetônicas simples, sem ornamentações internas, mas localizada em lugar privilegiado, podendo ser vista em vários ângulos por estar no topo de uma colina; (foto acima de Arnaldo Silva)
- Igreja de São Francisco de Assis, datada de 1781.
- Igreja de São Francisco de Assis, datada de 1781.
- No distrito de Ravena, encontra-se a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e no distrito de Pompéu, a Capela de Santo Antônio, datada século XVIII.
Em Sabará, (foto acima de Arnaldo silva) são cerca de 140 mil moradores. Se no século XVIII, o ouro foi sua maior atividade econômico, hoje, no século XXI é a jabuticaba que é o ouro negro e o Ora-pro-nobis, o ouro verde. Nos quintais sabarenses, tanto a jabuticaba, quanto o ora-pro-nobis, estão presentes valorizando a culinária local, e movimentando o comércio com os produtos feitos a base da fruta e da folha do ora-pro-nobis. No mês de maio de cada ano, acontece em Pompéu, distrito de Sabará o tradicional Festival do Ora-Pro-Nobis. Já em novembro, no Centro Histórico da cidade, acontece um dos mais importantes festivais gastronômicos do Brasil, o Festival da Jabuticaba.
Em Sabará, (foto acima de Arnaldo silva) são cerca de 140 mil moradores. Se no século XVIII, o ouro foi sua maior atividade econômico, hoje, no século XXI é a jabuticaba que é o ouro negro e o Ora-pro-nobis, o ouro verde. Nos quintais sabarenses, tanto a jabuticaba, quanto o ora-pro-nobis, estão presentes valorizando a culinária local, e movimentando o comércio com os produtos feitos a base da fruta e da folha do ora-pro-nobis. No mês de maio de cada ano, acontece em Pompéu, distrito de Sabará o tradicional Festival do Ora-Pro-Nobis. Já em novembro, no Centro Histórico da cidade, acontece um dos mais importantes festivais gastronômicos do Brasil, o Festival da Jabuticaba.
A cidade guarda com carinho tesouros arquitetônicos como casarões, sobrados, teatros, igrejas, ruas e chafarizes dos tempos do Brasil Colônia e se orgulham por ter na cidade, preciosas obras do mestre do Barroco, o Aleijadinho e do mestre da pintura, Manoel da Costa Ataíde. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
Sabará tem como característica a receptividade e hospitalidade de seu povo, além de uma excelente estrutura para receber os turistas. São hotéis, pousadas, bares e restaurantes presentes na cidade e em alguns distritos, oferecendo conforto com requinte, com a tradicional cozinha típica mineira presente nos cafés coloniais das pousadas e culinária típica de Minas e da cidade, como os pratos e doces preparados com jabuticaba e ora-pro-nobis.