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terça-feira, 19 de março de 2019

Emboabas: distrito de São João Del Rei

(Por Arnaldo Silva) São Francisco do Onça ou simplesmente Onça era o nome antigo desse charmoso distrito de João Del Rei MG, cidade histórica mineira no Campo das Vertentes, a 190 km de BH. Seu nome atual é Emboabas, mesmo assim, seus moradores costumam chamar o lugar de Onça ou São Francisco do Onça.
          Onça é um dos mais antigos povoados formados em Minas Gerais, surgido no final do século XVII, com a chegada de bandeirantes à região. Em 13 de janeiro de 1727 era erguida a capela de São Francisco. Em torno da capela o arraial foi crescendo, tendo sido elevado a freguesia em 1864, de novo em 1884 e a partir de 1911 com a divisão administrativa do município de São João Del Rei, foi integrado como distrito, tendo seu nome alterado para Emboabas por decreto-lei em 31/12/1943.
          Emboabas é uma atraente e pacata vila, com um povo hospitaleiro, com muita história para contar, além de ter um charmoso casario colonial, com destaque para sua a Igreja de São Francisco de Assis, embora não, seja a antiga igreja erguida no século XVIII, a construção atual é do século passado, faz parte da fé e história de Emboabas. 
          Durante os festejos de São Francisco de Assis, a vila se movimenta para a festa. Missa com a presença de sacerdotes de outras paróquias, reza do terço, procissões onde os fiéis levam os andores de São Francisco de Assis, São Benedito e São Sebastião, com a participação ainda de grupos de congado, durante o cortejo. No dia da festa são realizados leilões, além de barraquinhas com comidas típicas e apresentações de bandas de músicas locais, que atraem pessoas de toda a região. 
(As fotografias desta edição são todas de autoria de César Reis)

Conheça São Miguel do Cajuru

(Por Arnaldo Silva) Um lugar calmo, tranquilo, charmoso, pitoresco e rico em história, onde a vida passa devagar. Seu povo é bom de prosa, hospitaleiro. Lugar de gente simples, recebe bem os visitantes. Lugar onde você encontra gente na praça, nos botecos, nas vendinhas ou sentado num banquinho no passeio, em frente a porta de suas casas.
           Antes, seu nome era Arcângelo, hoje, esse cantinho de Minas,  chama-se São Miguel do Cajuru, distrito do município mineiro de São João Del Rei MG, distante 185 km de Belo Horizonte. 
          São Miguel do Cajuru, ou Cajuru, como popularmente é chamado por seus moradores tem como atrativo seu casario colonial e sua igreja dedicada a São Miguel Arcângelo que guarda 
uma belíssima pintura sacra com detalhes impressionantes, de altíssimo valor cultural e artístico para Minas Gerais, com autoria da obra é atribuída a Joaquim José da Natividade.
          Chama a atenção para a pintura no teto da igreja, mostrando aos pés da Santíssima Trindade, o Arcanjo São Rafael que para a Igreja Católica é o Anjo da Redenção e o Guardião da Saúde. Mostra também o protetor Miguel, o Forte, aquele que, segundo a Igreja Católica,  com sua armadura, afasta os demônios.
          A charmosa vila surgiu em torno da Igreja de São Miguel, crescendo devagar. Seus moradores vivem de pequenos comércios e da atividade agropecuária.
          São apenas 36 km de distância de Cajuru, até a sede, São João Del Rei com 9 km de estrada de chão e o restante, estrada asfaltada. (As fotos que ilustram a matéria são de autoria de César Reis)

Rio das Mortes: a terra onde nasceu Nhá Chica

(Por Arnaldo Silva) Rio das Mortes é um tradicional e histórico distrito de São João Del-Rei MG, na região do Campo das Vertentes. Sua origem data de 1693, no século XVII, com a chegada na região de bandeirantes, para explorarem as minas de ouro recém-descobertas na região do Rio das Mortes, do Rio das Velhas, em Sabará e em Vila Rica e Mariana. 
          Entre essas três regiões produtoras de ouro, São João Del Rei era o ponto central, pelos exploradores que vinham de São Paulo, entrando no território mineiro pela Serra da Mantiqueira e seguindo o destino pelo Rio Grande. Além dos bandeirantes, grande número gente interessadas na busca do ouro e de imigrantes, principalmente portugueses, vieram para Minas Gerais em busca da riqueza que o metal proporcionava. (na foto acima do Lucas Carvalho/@elclucas, a matriz de Rio das Mortes e na foto abaixo de César Reis, o portal de entrada do distrito)
          Com a chegada constante de novos moradores à região, foi se formando pequenos arraiais, que hoje são importantes distritos de São João Del Rei, como São Sebastião da Vitória, São Miguel do Cajuru, São Gonçalo do Amarante, Emboabas e Rio das Mortes, parada obrigatória dos tropeiros e viajantes que abasteciam as vilas com gêneros alimentícios e outros produtos. (na foto abaixo, do acervo de Nilton de Carvalho Rios, o "Pyoy", Rio das Mortes em 1927)
          Com o passar o tempo, o arraial foi crescendo graças a mineração. Segundo documentos da Irmandade de Santo Antônio, a terceira mais antiga de São João Del Rei, o povoado foi formado nas primeiras décadas do século XVIII, tendo registro da capela de Santo Antônio, ter sido erguida em 1722. Foi elevado a freguesia e pôr fim a distrito em 1876 com o nome de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, em alusão ao Ribeirão Rio das Mortes Pequeno, um dos afluentes do Rio das Mortes, que passa no distrito e não ao Rio das Mortes, propriamente dito. Foi nessa época que começou a surgir na região a estrada de ferro, trazendo desenvolvimento e atraindo muitas pessoas, inclusive, novos imigrantes. Entre os imigrantes que vieram para o Brasil no final do século XIX, após o fim do Ciclo do Ouro e Abolição da Escravidão, chegaram à região, imigrantes italianos, fundando colônias agrícolas, além de imigrantes sírios, que se dedicaram ao comércio na área urbana. 
          Dentre as vilas formadas no século no início do século XVIII, se destaca Rio das Mortes, hoje com uma população estimada em 5458 habitantes, vivendo no distrito e em seus povoados (Goiabeiras, Canela, Porteira da Várzea, Queima Sangue, Mumberra e Trindade). De São João Del Rei até Rio das Mortes (na foto acima do Nilton de Carvalho Rios, o "Pyoy") são apenas 8 km.
          O distrito preserva seu charme colonial e suas tradições religiosas, folclóricas e musicais. Uma dessas tradições preservadas é a Congada de Nossa Senhora do Rosário, presente no distrito desde o século XVIII. (foto acima enviada pelo Nilton de Carvalho Rios, o "Pyoy) São mais de 300 anos de tradição. A festa acontece sempre no terceiro domingo do mês de outubro, com a presença da Congada de Nossa Senhora do Rosário, que dança e canta pelas ruas de Rio das Mortes, seguido por grande número de devotos, em honra à Nossa Senhora do Rosário.
          A musicalidade sempre esteve presente na alma dos moradores de Rio das Mortes desde os tempos antigos. Prova disso é a Corporação Musical Lira do Oriente Santa Cecília (na foto acima enviada pelo Nilton de Carvalhos Rios, o "Pyoy"), fundada em 22 de novembro de 1895, permanecendo até os dias de hoje com seu propósito original: ensinar, desenvolver talentos e popularizar a música entre seu povo. Na sede da Corporação, músicos de 8 a 80 anos se interagem, aprendem e enriquecem seus conhecimentos musicais. Muitos músicos hoje de destaque em bandas da Polícia Militar e Exército fizeram parte da Corporação Lira do Oriente de Santa Cecília. A banda se apresenta em escolas, eventos religiosos, folclóricos e sociais no distrito e em cidades e povoados vizinhos outras regiões. 
          Rio das Mortes se destaca ainda por ser sede do Industrial de São João Del Rei e por sua culinária, tipicamente mineira, em especial seu famoso Bolinho de Feijão Miúdo, feito de forma totalmente artesanal, colocando o feijão em uma pedra maior, ralando-o com uma pedra menor, bem ao ponto de virar massa, para depois ser frito.
A religiosidade em Rio das Mortes
          Com toda sua tradição histórica, o distrito tem enorme destaque em sua religiosidade. Primeiro, chamando atenção por sua igreja, a Matriz de Santo Antônio (na foto acima de Marcelo Melo).
          Voltando à história, no século XIX, com fortes e frequentes chuvas que caiam na região, o Rio das Mortes transbordou, inundando parte da vila e destruindo a capela de Santa Antônio, de 1722, restando hoje, apenas parte de suas ruínas.
A nova Igreja de Santo Antônio
          Tempos depois, um novo templo era erguido e posteriormente, em meados do século XX, uma nova igreja foi construída, maior e bem mais espaçosa que a anterior. (foto acima de César Reis)
          Sua arquitetura é singela e ornamentação interna, bem simples. Ao lado da igreja encontra-se a Capela do Santíssimo, lugar de oração (na foto acima do Nilton de Carvalho Rios, o "Pyoy"). O altar é bem simples, mas decorado com requinte e suavidade nos traços. 
Os curiosos 4 quadros da matriz
          O que chama a atenção mesmo na decoração da igreja, são 4 quadros, com molduras em madeira, de autoria e data desconhecidas. O primeiro, chega a assustar e causar estranheza nos visitantes. Nesse quadro está retratada a imagem do diabo. Sim, dele mesmo. No mundo, existe apenas duas igrejas onde o diabo está presente em pintura ou quadro dentro de uma igreja. Uma na Itália e a outra, em Rio das Mortes. (abaixo, com fotos do Nilton de Carvalho Rios, o "Pyoy", os quadros expostos na Igreja.. São quadros separados, emoldurados em madeira e pendurados na parede) 
          Segundo a tradição oral, uma pessoa muito religiosa e piedosa, por não conseguir o que queria, caiu num grande erro em fazer um pacto com o diabo, para que seu pedido fosse atendido, o que foi feito. Quando este homem morreu, o diabo foi cobrar a parte do homem no pacto, ou seja, levar sua alma para o inferno. Santo Antônio se apiedou da alma do pobre homem, sabendo de seu bom coração, mesmo com seu deslize, impediu que o diabo mantivesse o homem no inferno, retirando-o de lá, levando-o para o purgatório, para que pudesse alcançar o perdão divino. Essa história está ilustrada no quadro, como pode ver na primeira foto a esquerda.
          O segundo quadro mostra uma passagem de Santo Antônio em Rímini na Itália, quando Santo Antônio foi desafiado por um herege chamado Bonvillo, ironizando a pregação do frade sobre a Santíssima Eucaristia e sobre a presença de Jesus na hóstia Sagrada. O herege deixou sua mula sem comida e água por quase um mês para ver o que o santo faria. Ao ver a aproximação de Santo Antônio com seu ostensório e hóstia Consagrada onde estava a mula, o herege percebeu que tinha feno e água ao lado da mula e o animal, ao ver o santo, se ajoelhou.
          O terceiro quadro mostra Santo Antônio pregando para os peixes e o quarto quadro mostra o santo ainda padre Agostiniano, quando se chamava Fernando, pregando no Marrocos, na África. Ficou doente e por isso precisou voltar para Portugal de barco. Durante a viagem uma forte ventania desviou o rumo da embarcação, levando-o para a costa da Itália, onde conheceu os Franciscanos. Sentiu o toque de Deus em seu coração, mudou seu nome para Frei Antônio, seguindo sua religiosidade como frade Franciscano, a partir de então.
Altar de Nhá Chica 
          Outro destaque na Igreja de Santo Antônio é o altar em honra a Bem Aventurada Nhá Chica (na foto acima do Nilton de Carvalho Rios, o "Pýoy"),  que nasceu em Rio das Mortes em 1810, tendo sido batizada na antiga Igreja de Santo Antônio, falecendo em 14 de junho de 1895, em Baependi MG. 
          No altar dedicado a Nhá Chica, encontra-se um enorme quadro com a imagem da Beata, a réplica do documento de Batismo de Nhá Chica, encontrada na Catedral Nossa Senhora do Pilar em São João del-Rei pelo Monsenhor Paiva, a pia batismal onde a Beata foi batizada, encontrada nas ruínas da antiga igreja antiga, um oratório com ostensório e fragmentos de vestes, do caixão e da terra de sua sepultura em Baependi MG. 
          Filha de escravos alforriados, a beata foi batizada em 26 de abril de 1810, sendo esta a data em que se comemora no distrito o dia da Bem Aventurada Nhá Chica, com festividades em sua honra com missa e caminhada com reza do terço, até as ruínas da antiga Capela de Santo Antônio, onde fora batizada.
          A Beata viveu pouco em Rio das Mortes, porque sua família resolveu se mudar para Baependi MG, no Sul de Minas, cidade onde viveu até sua morte. Foi beatificada pelo Papa Bento XVI em 4 de maio de 2013, tornando-se a primeira leiga brasileira declarada beata pelo Vaticano. 
Descobertas do acaso
          Mesmo tendo vivido pouco tempo em Rio das Mortes, no distrito são guardados com carinho algumas lembranças da Beata. No lugar onde Nhá Chica nasceu, foi erguida uma pequena capela em sua homenagem, hoje um local de peregrinação (na foto acima de César Reis). No local onde ficava a antiga capela de Santo Antônio, foi erguida uma pequena capela pelo proprietário do terreno. 
Encontro de relíquias históricas 
          Durante as escavações para preparar o terreno, foram encontradas as ruínas da antiga capela, bem como a pia batismal onde Nhá Chica foi batizada, encontrada soterrada, mas intacta. O local foi recuperado e a pia batismal foi levada para a atual Igreja de Santo Antônio. No local foi colocada uma réplica original da pia batismal do batismo da beata. E ainda, foi construída uma capela no mesmo estilo arquitetônico da primeira, dedicada a Santo Antônio, agora com o nome de Igreja do Batismo de Nhá Chica. (na foto acima e abaixo do Nilton de Carvalho Rios, o "Pyoy", o local onde ficava a pia batismal, onde tem agora uma réplica na antiga Capela de Santo Antônio)
          Hoje, a área que ficava a capela e a pia batismal onde Nhá Chica foi batizada são pontos de visitações e peregrinações com a presença constante de fiéis e pessoas que querem conhecer a história da beata Nhá Chica. (na foto abaixo do Nilson Carvalho Rios, o "Pyoy", vista parcial de Rio das Mortes)
Como chegar
          Para chegar em Rio das Mortes vindo de Belo Horizonte são 200 km de estrada. O melhor caminho é pela BR-040, chegando em Congonhas, pegar a BR-383 até São João Del Rei e por fim, entrar na BR-265 até Rio das Mortes. Se vier do Rio de Janeiro, são 340 km, pegando a BR-040 até Congonhas MG, seguindo o trajeto descrito acima. Para quem vem de São Paulo são 460 km pela BR-381, Fernão Dias até o trevo de Ribeirão Vermelho e Lavras, onde deve-se pegar a BR-265 até Rio das Mortes.       

sexta-feira, 15 de março de 2019

Folia de Reis em Buritis MG: religiosidade e tradição

A Folia de Reis é tradição no município de Buritis MG, Região Noroeste de Minas, desde antes da cidade se emancipar. Na metade da década de 30 e início de 40, o casal Cândida Fonseca Melo (Dona Duchinha) e Antônio Durães Coutinho (Sr. Biá), nascidos em Buritis, casaram-se se estabeleceram na fazenda onde hoje é a atual região da comunidade do Pernambuco, a 10km da cidade. Lá o casal teve filhos, netos e muitos descendentes surgiram a partir deste casamento. Este casal é conhecido como os percursores da folia de reis na região e hoje, a maioria dos componentes da folia de reis são descendentes diretos da Dona Duchinha e do Sr. Biá.
          Até o presente momento, a família do Sr. Biá Durães (nascido em 02/10/1913) é uma das famílias mais fecundadas de Buritis. O casal teve 15 filhos, mais de 100 netos e 50 bisnetos. Hoje não estão mais vivos, deixaram um grande legado de um casamento de mais de 60 anos de duração.
          As fotos antigas acima, são do casal Sr. Biá Durães e Dona Duchinha. Fazem parte do Arquivo histórico da TV Rio Preto Buritis MG.
          A Comunidade Pernambuco, em Buritis, realiza todos os anos, na data da Festa de Santos Reis, 6 de janeiro, a tradicional Folia de Reis, festividade católica que celebra a epifania do senhor e homenageia os três reis magos.
          Na comunidade, a folia é tradição da Família Durães e inicialmente era organizada por Duchinha e Biá e hoje fica por responsabilidade de seus descendentes que continuam com a tradição na Comunidade Pernambuco.
          A Folia de Reis é realizada entre famílias do povoado, que recebem em suas casas os mais de 20 foliões. Em frente a lapinha, os foliões entoam canções e fazem apresentações de danças que animam a comunidade presente. Numa combinação de violas, caixas e pandeiros, os foliões se divertem com a tradicional curraleira.
As fotografias, exceto as antigas do casal, são de autoria de Marcilei Farias e Celestino Filho. As imagens e textos foram enviados por Gilberto Valadares, da TV Rio Preto de Buritis MG

sábado, 9 de março de 2019

Vargem Bonita: primeira cidade banhada pelo Rio São Francisco

(Por Arnaldo Silva) É a primeira cidade banhada pelo Rio São Francisco. Vargem Bonita (na foto acima de Luís Leite) é uma pitoresca cidade na Região Oeste de Minas. Fica literalmente aos pés do paredão que dá o nome à Serra da Canastra. Suas belezas naturais chamaram a atenção da Rede Globo para produção de suas novelas. O Sétimo Guardião teve suas primeiras cenas externas, ambientadas nas paisagens de Vargem Bonita, na ficção é Serro Azul.
          Com apenas 2158 habitantes, segundo o IBGE em 2018, Vargem Bonita está a 322 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de São Roque de Minas, São João Batista do Glória, Piumhi e Capitólio, na região Oeste de Minas. Quem nasce em Vargem Bonita é vargiano. (Na foto acima de Luis Leite podemos ver uma rua da cidade. Detalhe é que os telefones públicos da cidade são em formatos de animais de nossa fauna)
          O povoamento da cidade se deu na década de 1930, com a descoberta de pedras preciosas na Fazenda Vargem Bonita, principalmente diamantes. (na foto acima de Luis Leite a entrada da cidade) Um povoado se formou nessa fazenda, virou distrito pertencente a São Roque de Minas. Em 12/12/1952 foi emancipada, adotando o nome de Vargem Bonita, preservando o nome original do povoado. O garimpo de pedras preciosas foi fechado e a atividade mineradora encerrada em 1991. O município faz parte do Parque Nacional da Serra da Canastra, área de proteção ambiental, criada para proteger as nascentes do Rio São Francisco. 
          O famoso paredão, que dá nome à Serra da Canastra pode ser visto logo na chegada da cidade (como pode ver na foto acima de Nilza Leonel). O maciço rochoso impressiona. Por ter o formato que lembrava uma canastra, nome que antigamente era dado aos baús, um móvel muito usado pelas famílias em tempos antigos para guardar roupas, a enorme serra passou a ser chamada de Canastra.
          Em Vargem Bonita está a Cachoeira da Cascadanta (na foto acima de Wilson Fortunato) , uma das mais belas de Minas Gerais. Com 186 metros de queda é a sexta maior queda d´água do Brasil. A cachoeira é um dos mais belos cartões postais naturais de Minas Gerais. Para chegar até a Cascadanta, tem que passar por Vargem Bonita. (na foto abaixo, de Nilza Leonel ,o Rio São Francisco em Vargem Bonita)
          Além da Cachoeira da Cascadanta, outras duas cachoeira se destacam: Cachoeira do Fundão (na foto abaixo de Nilza Leonel)
 e a Cachoeira da Chinela. (na foto abaixo de Luís Leite)
          Vargem Bonita não se resume a suas belezas naturais. Tem a culinária que é espetacular. A começar pelo queijo Canastra legítimo (na foto abaixo, da Maria Mineira). Tem os doces de diversos sabores, quitandas e uma culinária típica de dar água na boca. Vale ressaltar também que o artesanato de Vargem Bonita é outro atrativo do município. Tanto os queijos, quanto doces e artesanatos, podem ser encontrados nas lojas no centro da cidade, bem como comida típica.
          Por ser uma cidade turística, possui ótimas pousadas, principalmente sua área rural. (foto abaixo de Nilza Leonel, a Praça da Matriz de Vargem Bonita)  
          O grande valor de Vargem Bonita é seu povo. São simples, receptivos, tratam todos muito bem e são extremamente hospitaleiros com todos. 

domingo, 3 de março de 2019

Bosque Mãe D´Água e o Chafariz de São José de Botas

(Por Arnaldo Silva) A água que jorra das três fontes do Chafariz de São José, em Tiradentes MG, vem do Bosque Mãe D´Água (na foto acima de César Reis), uma reserva ambiental que fica atrás do chafariz. No bosque existe uma trilha entre uma densa mata nativa. Nessa trilha, em 1749, foi construído por escravos um aqueduto em pedras, com 1 km de extensão, no nível do solo. A obra foi feita para levar água de uma nascente do bosque para a cidade. 
          Nesse período foi construído o Chafariz de São José (na foto acima e abaixo de César Reis). A água que saia da fonte, passava pelo aqueduto e jorrava no chafariz  de São José.
          O Chafariz de São José  fica bem no Centro de Tiradentes. É uma grandiosa obra do período colonial todo construído em quartzito. A beleza arquitetônica do chafariz é considerada uma das mais belas obras de arte de Minas Gerais. Sua arquitetura tem traços do barroco, com inspiração na fachada de igrejas do século XVIII. No centro do chafariz tem um oratório com a imagem de São José de Botas, padroeiro dos bandeirantes e desbravadores. 
          Abaixo do oratório tem três faces que jorram água. Por que três faces? Porque simbolizam o amor, a fortuna e a saúde. Cada face tem uma função específica. (foto acima e abaixo de Wilson Fortunato) 
          A água que sai da primeira face é consumo humano. A segunda face seria para os escravos lavarem roupas e a terceira, para dar aos animais. Até hoje funciona como antigamente com água potável, vinda diretamente da nascente. 
          O Bosque Mãe D´Água recebe visitantes. (foto acima de César Reis) Um passeio tranquilo, entre a sombra das árvores onde o visitante pode conhecer a fauna e flora da reserva, bem como um pouco da história de Tiradentes. 

sábado, 2 de março de 2019

Calendário Gastronômico de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Segundo a Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Estado de Minas possui 27 roteiros econômicos e 154 festivais de gastronomia, evidenciando produtos locais. Isso mostra a diversidade da cozinha mineira, em todas as cidades de Minas. 
          Oficialmente, são154  festivais já tradicionais que fazem parte do calendário de festividades de Minas Gerais. Evidentemente que em todos os municípios de Minas existem eventos gastronômicos, já que a culinária é identidade do Estado e nossas doceiras, quitandeiras e cozinheiras, mantém a tradição de cozinhar, de gerações, preservando um dos nossos maiores patrimônios, nossa cozinha típica. 
          Esses festivais fazem parte do Calendário Gastronômico Mineiro e atraem milhares de turistas para o Minas Gerais, já que a diversidade sabores inigualáveis de nossa culinária, rompeu asa fronteiras do Estado e do Brasil e é uma referência nacional e internacional. (fotografia acima de Mardem Mendonça no Festival Gastronômico de Itapecerica MG)
          As receitas mineiras, guardadas e preservadas há mais de 300 anos nas cozinhas de Minas, evidencia o talento do nosso povo para a arte de cozinhar e criar pratos, baseados em nossas tradições.
          Além dos famosos queijos, cafés e cachaças, ao longo dos tempos, novas receitas foram surgindo e incorporando à nossa identidade como o ora-pro-nobis, os derivados da jabuticaba, azeite, vinhos, licores, doces com frutas típicas, cervejas, rapadura, melado, biscoitos e receitas que diversas. (foto acima de Mardem Mendonça no Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica MG)
          Não dá para postar todos os 154 eventos aqui. De abril a dezembro, conheça os principais eventos gastronômicos de Minas
Mês de Abril
- Festa Cultural da Goiaba - Em São Bartolomeu
          Em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto MG, a goiabada fervilha nos tachos de cada casa. É uma das mais antigas tradições culinárias de Minas e Patrimônio Imaterial de Ouro Preto.
O distrito é conhecido como a Terra da Goiabada Cascão. A Festa da Goiaba é promovida pela Associação de Doceiros e Agricultores Familiares de São Bartolomeu (Adaf) e Associação de Desenvolvimento Comunitário de São Bartolomeu (Adecosb).
          Durante os dias de festa, o visitante conhece todo o ciclo de preparo da goiabada cascão, desde a colheita entre fevereiro e abril, até a produção artesanal do doce. Além de estar incorporada ao calendário turístico de Ouro Preto, é um dos eventos gastronômicos mais importantes de Minas Gerais.
- Festival Comida di Boteco - Belo Horizonte
          A capital dos mineiros é considerada a capital dos bares no Brasil. Todos os anos, entre abril e maio, acontece o Festival Comida di Boteco. É um dos mais importantes eventos gastronômicos do Brasil. Trata-se de um concurso de comidas preparadas pelos botequeiros belo-horizontinos. Os frequentadores dos bares é que votam nas melhores comidas.
          O evento dura em média 30 dias, para eleger o melhor prato entre os botecos da capital. O festival existe desde o ano 2000 e a ideia deu tanto certo que foi implantada em outras cidades mineiras e de outros estados do Brasil.
Mês de maio
- Festival da Quitanda e Goiabada de Cocais
          Cocais é distrito colonial de Barão de Cocais MG a 105 km de Belo Horizonte. O Festival é tradicional e atrai turistas de todo o Estado para degustar as famosas quitandas mineiras e a goiabada, num cenário colonial. Toda a comunidade se envolve na festa, como escolas, agricultores, quitandeiros. A festa é sensacional. Conta com oficinais culinárias, shows, concursos de quitandeiros e barracas com comidas típicas, feitas em forno à lenha.
- Festival da Quitanda de Congonhas MG a 80 km de BH
          O festival é tradicional e reúne as delícias da culinária mineira. Acontece na terceira semana do mês de maio. Além das quitandas, tem bebidas típicas, como cachaça e licores, artesanato local e apresentação de artistas, com música sertaneja raiz.
- Festa do Vinho em Catas Altas MG
          A tradição vinícola de Catas Altas, na Região Central a 120 km de BH, vem desde o século XIX. Hoje predomina o vinho de jabuticaba. Além dos vinhos, no evento acontece a eleição da Rainha e Princesa do Vinho, apresentação de artistas renomados e regionais e várias barracas com os produtos típicos de Minas. O evento acontece na Praça da Matriz da cidade.
- Festival Boa Mesa - Caxambu MG - Sul de Minas
          Esse festival começa em meados de abril e segue até meados de maio. Envolve todos os restaurantes da cidade que apresentam aos frequentadores pratos diversos criados pelos chefs. Durante o evento, são ministrada oficinas culinárias por diversos chefs de cozinha mineiros.
Mês de Junho
- Festival de Gastronomia Rural de Itapecerica
          A cidade histórica de Itapecerica, no Oeste de Minas, a 180 km de Belo Horizonte realiza um dos maiores e mais importantes festivais gastronômicos do Brasil. O foco do evento é a gastronomia rural tradicional e conta com atrações musicais com artista renomados, uma grande feira gastronômica, toda voltada para a cozinha típica da roça. Durante os dias de evento, a cidade recebe em média 20 mil visitantes. (fotografia acima de Mardem Mendonça)
          A estrela do festival é a cozinha rural e os cozinheiros e cozinheiras, quitandeiras, produtores de cachaça, rapadura, queijos, linguiças, artesãos, etc. (fotografia acima de Mardem Mendonça)
          Tudo que sai da roça e de como é feito na roça, no fogão a lenha, no forno de barro e fogão de cupinzeiro, está presente no festival, bem como todos os pratos da cozinha das montanhas, de Minas Gerais. (fotografia acima de Mardem Mendonça)
- Outono na Serra - Santana do Riacho MG
          A cidade é a porta de entrada para a Serra do Cipó. Fica a 125 km de Belo Horizonte. Esse evento é tradicional e a cada ano vem recebendo número maior de visitantes. Conta com shows gratuitos na praça, barracas com quitandas e pratos mineiros, além de degustação de vinhos e espumantes, bebidas tradicionais produzidos na região.
          Além da culinária típica de Minas e vinhos, o evento que acontece nos fins de semana de junho tem exposições de arte, noites temáticas e jantares românticos em homenagem ao dia dos namorados. Informações:http://santanadoriacho.mg.gov.br/
- Expocachaça - Belo Horizonte
          Esse evento é concorrido e um dos mais importantes de Minas. Reúne os principais produtores de cachaça do Estado. A cachaça mineira é considerada a melhor do Brasil.
- Festa do Pé de Moleque - Piranguinho MG
          Piranguinho, no Sul de Minas é a capital do Pé de Moleque no Brasil. Esse doce é tão importante para a cidade e Minas Gerais que é Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Minas Gerais. O doce movimenta a economia de Piranguinho e atrai turistas de todo o Brasil, principalmente para a Festa do Pé de Moleque que a cada ano se torna melhor. Uma das atrações do evento é o pé de moleque gigante.
          Além do doce, oficinas de culinária e outros produtos típicos da nossa culinária, no evento acontece shows musicais e exposição de artesanato local.
Mês de Julho
- Festival Igarapé Bem Temperado 
          Distante apenas 55 km da capital mineira, Igarapé valoriza a típica culinária mineira, aquela que sai dos quintais, do fogão e do forno à lenha. Todos os anos acontece o Festival Igarapé Bem Temperado - Cultura e Gastronomia. (fotos acima do Carlos Oliveira Stam - Igarapé Bem Temperado/@divulgação)
          Durante o evento são apresentados workshops pelas mestras cozinheiras locais, que trazem receitas de famílias preservadas há gerações, com boa parte dos produtos retirados de seus quintais.
          São receitas tradicionais mineiras como doces, licores, compotas, cachaças, broas, geleias, biscoitos, queijos e claro, nossos mais deliciosos pratos salgados como tropeiro, taioba com angu, frango com quiabo, umbigo de banana e tantas outras deliciosas receitas da nossa cozinha. 
          A cidade também conta com cervejeiros, que no dia do Festival, apresentam seus melhores rótulos. O evento é concorrido. São milhares de pessoas que vem da região para participarem do evento.
- Festa do Biscoito - Caldas MG 
          É um dos mais tradicionais eventos culinárias do Sul de Minas e do Estado. Todos os anos, milhares de turistas vem á cidade participar do evento. Caldas é uma das pioneiras na produção de vinhos em Minas. Seus doces são famosos bem como seu principal distrito, Pocinhos do Rio Verde que é uma importante estância hidromineral.
          É em Pocinhos que a Festa do Biscoito acontece, no Parque Balneário Dr. Reinaldo Pimenta de Oliveira. Dura o mês todo, sempre nos fins de semana de julho.
          Na festa o turista pode degustar vinhos, doces, queijos e claro, os mais diversos biscoitos de Minas, feitos em forno à lenha. Além da culinária, durante os fins de semana do evento acontecem shows, oficinais culturais, apresentação de danças e exposição de artesanatos.
- Festa do Vinho - Andradas MG
          Andradas no Sul de Minas, é a Terra do Vinho em Minas. A tradição começou no início do século passado, com a vinda para a cidade de imigrantes italianos. Desde 1954 a cidade realiza da Festa do Vinho. O evento conta com shows musicais, culinária típica e exposição dos vinhos e espumantes das vinícolas locais.
- Festival de Inverno - Extrema MG
          Os amantes do frio não podem perder esse festival, em Extrema, no Sul de Minas,  que dura o mês todo, sempre nos fins de de semana. A cidade é uma das melhores do Brasil para se viver e conta com uma ótima estrutura para receber os visitantes. Durante o Festival de Inverno acontece o Extremamente Caipira e o Festival Sabores da Roça.
- Festival do Queijo Canastra - São Roque de Minas
          O Queijo Canastra é o melhor do Brasil e um dos mais premiados do mundo. É patrimônio Imaterial de Minas. A qualidade desse queijo não se discute. Queijo que é queijo mesmo, tem que ser Canastra, Serro ou da Serra do Salitre, todos de Minas.
          Na cidade de São Roque de Minas, no Oeste do Estado, onde está a nascente do Rio São Francisco, acontece todos os anos o Festival do Queijo Canastra com degustação de queijos, palestras, mostra da culinária local e shows.
          A cidade conta com uma boa rede hoteleira, com destaque para as pousadas rurais. O evento acontece todo o mês de julho. Informações com a Aprocan pelo telefone: (37) 98831-2586.
Mês de Agosto
- Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes
          É um dos mais tradicionais eventos da alta gastronomia do Brasil. Atrai gente de todo os cantos do país e do mundo para Tiradentes, no Campo das Vertentes.
          Acontece sempre na segunda quinzena de agosto. A programação é variada e conta com cursos e oficinas culinárias, degustações, exposições, shows para todos os gostos e ainda tem a presença de renomados chefs de cozinhas de Minas, do Brasil e de outros países.
- Festa do Pastel de Angu - Itabirito MG
          A 60 km de BH, Itabirito se destaca por sua história, arquitetura e sua rica culinária. A maior iguaria do município é o tradicional Pastel de Angu tombado como Patrimônio Imaterial da cidade. A festa é famosa e movimenta a cidade, atraindo milhares de turistas para conhecer e experimentar a iguaria.
Mês de Setembro
- Festa do Queijo do Serro - Serro MG

          O queijo do Serro MG, Região Central, é Patrimônio Cultural de Minas e do Brasil desde 2004. É uma das mais antigas receitas da nossa culinária. A forma de fazer esse queijo é a mesma do início do século XVIII, não mudou nada. Por isso é Patrimônio de Minas e do Brasil.
          A festa do Queijo do Serro tem como objetivo preservar as tradições, mostrar os produtos do município e atrair os turistas para a cidade histórica, uma das mais belas de Minas. No evento acontece concurso de queijos, torneio leiteiro, exposições e palestras com especialistas sobre queijos e outros assuntos.
- Festa do Café com Biscoito - São Tiago MG
          A tradição de fazer biscoito existe há quase dois séculos em São Tiago. A festa é concorrida com milhares de turistas vindos de Minas e de todo o Brasil É uma das maiores festas do gênero no país. Acontece sempre no segundo fim de semana de setembro.
          A festa é uma oportunidade dos produtores locais mostrarem o talento e criatividade que tem em preparar biscoitos. Em São Tiago existem cerca de 50 unidades de fabricação de biscoitos, produzindo cerca de 50 tipos de biscoitos diferentes.
          Durante a festa dá para experimentar todos e comprar também. Além da rica culinária de forno e fogão a lenha, tem a hospitalidade dos moradores da cidade que não passa despercebida. São muito hospitaleiros e recebem todos os visitante com muita educação e respeito.
- Festa do Rocambole e Mostra Cultural
          A cidade de Lagoa Dourada, no Campo das Vertentes, vive e respira rocambole. Não é à toa que é conhecida como a Capital Nacional do Rocambole. Na festa o visitante poderá conhecer e degustar todos os vários sabores do tradicional doce, além de conhecer pratos típicos, como doces de cachaça, comida de boteco e participar de degustação de bolos e rocamboles. Grupos de teatros, folias de Reis e bandas regionais se apresentam durante o evento.
- Brumadinho Gourmet
          Este é o tradicional festival de arte, cultura e gastronomia de Brumadinho a 60 km de BH. Acontece sempre na primeira quinzena de setembro, em Casa Branca, charmoso bairro do município. É considerado o mais importante festival gastronômico da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
          Durantes dos dias do festival, além de conhecer e degustar as mais deliciosas receitas da nossa cozinha, o visitante conhecerá a arte e cultura de Brumadinho através de seus artesãos, artistas, músicos, dançarinos e chefs de cozinha profissionais, que se apresentam no evento.
- Festa do Morango de Estiva MG
          O Estado de Minas produz 65% do morango no Brasil e Estiva MG é a maior produtora da fruta de Minas Gerais. Embora outras cidades do Sul de Minas, produtoras de morangos, realizem festas e festivais do Morango, a Festa do Morango de Estiva é uma das mais tradicionais festas do Sul de Minas.
          No evento que geralmente ocorre em setembro, são apresentados pratos típicos com morangos, exposição, concursos, desfile da Rainha, da Baby Moranguinho, degustação de morangos e shows com artistas regionais e também renomados.
Mês de Outubro
- Uaiktoberfest - Nova Lima MG/Grande BH
          A produção de cerveja artesanal em Minas cresce ano a ano em reconhecimento, qualidade e premiações nacionais e internacionais. As cervejas artesanais mineiras estão entre as melhores do Brasil.
          Não é à toa que Minas é considerada a Bélgica das Cervejas Artesanais no Brasil. Diante do sucesso dos nossos rótulos, foi criado a Uaiktoberfest, que acontece todos os anos em Nova Lima cidade que fica a 30 km de Belo Horizonte. A cidade é um dos maiores polos cervejeiros de Minas.
          O evento tem a presença das principais cervejarias de Minas e de outros estados, além da nossa culinária. Durante a Uaiktoberfest, tem a apresentação de bandas de estilos variados como Rock and Rol, Blues, etc., além de apresentações de grupos de danças germânicas, vestidos tradicionalmente a rigor.
- Festival de Comida e Cultura de Roça - Gonçalves MG
          Nos três primeiros finais de semana de novembro acontece em Gonçalves MG, Sul de Minas, o tradicional Festival de Comida e Cultura da Roça.
          O evento valoriza as tradições culinárias e rurais levando ao público o que tem de melhor na roça, com cores e sabores da boa mesa mineira.
          A proposta é mostrar o melhor da culinária local, apresentar novos sabores e divulgar o artesanato tipicamente mineiro, que é famoso na região. Além disso a cidade é uma das mais belas de Minas, seu povo é muito hospitaleiro e o município foi agraciado por belíssimas paisagens da Serra da Mantiqueira.
Mês de Novembro
- Festa da Manga de Itaobim
          Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, considerada da Capital Nacional da Manga, realiza um dos mais importantes eventos gastronômicos de Minas Gerais.
          O cultivo de manga é a principal atividade agrícola do município e na época da colheita movimenta ainda mais a economia da cidade, bem como atrai milhares de pessoas de toda Minas Gerais e de outros estados para a cidade, durante os dias da Festa da Manga.     
          O evento conta com shows locais e famosos no Brasil, oficinas gastronômicas e pratos diversos feitos com a fruta, além de pratos típicos.
- Festival Diamantina Gourmet
           Este evento em Diamantina MG, Vale do Jequitinhonha, mobiliza os restaurantes locais que participam com seus pratos criados exclusivamente para o festival. Começa no final de outubro e se estende até novembro. O auge do evento são os três dias finais do festival, onde acontece apresentações culturais, presença de chefs de cozinha do Estado e degustação dos prato pelos visitantes.
- Festival da Jabuticaba - Sabará MG
          Sabará, a 20 km de BH, é cidade histórica, com um rico acervo do período colonial, com obras dos mestres Aleijadinho e Ataíde. Além de sua história, é a Capital da Jabuticaba no Brasil. Inclusive, a espécie tem o nome da cidade incorporado, chama-se jabuticaba-sabará (Myrciaria cauliflora).
          Esse evento resgata toda a tradição da cidade e valoriza as receitas a base de jabuticaba que saem dos quintais para a a festa, se tornando um dos mais importantes festivais gastronômicos do Brasil. Nos três dias de festa o visitante conhecerá as receitas a base de jabuticaba como vinhos, licores, cachaças, geleias, bolos, sorvetes, molhos, etc. Para animar mais ainda a festa, acontece apresentações de bandas de música locais e mostras do artesanato local.
- Festa da Jabuticaba - Cachoeira do Campo
          A festa acontece desde 1992 na Praça da Matriz de Cachoeira do Campo, um dos mais importantes distritos de Ouro Preto MG, a 100 km de Belo Horizonte.
          O evento é muito bem organizado, com barracas com todas as receitas que a jabuticaba oferece, além de artesanatos, shows musicais, comidas e bebida típicas e claro, muita jabuticaba.
- Festa do Pequi - Montes Claros
          57% do território mineiro pertence ao bioma Cerrado, concentrado no Noroeste, Região Central e Norte de Minas. Em Montes Claros a cultura do pequi é tradição. A fruta faz parte da vida do povo do norte de Minas, sustenta famílias e movimenta a economia das cidades. O pequi é o símbolo da culinária da região.
          Em Montes Claros, Norte de Minas, acontece todos os anos a Festa Nacional do Pequi. No evento são apresentados os diversos pratos feitos com pequi como pudim, arroz com pequi, carne seca com pequi, sorvetes, doces, geleias, compotas, licores, etc. Além disso, tem apresentações musicais, palestras abordando temas relacionados ao Cerrado e conscientização da população sobre a importância da preservação do pequizeiro.
Mês de Dezembro
- Festa da Manga - Ubá MG

          A festa é organizada pela Prefeitura Municipal com o objetivo de valorizar o principal produto da cidade que é a Manga Ubá. Durante a festa acontece apresentação de pratos feitos com manga, shows, eleição da Garota Manga Ubá e outras atividades.
Nota da Conheça Minas:
          As datas dos festivais são definidos pelos organizadores, não tem dias fixos e sim, mês fixo.
          Esses festivais acima fazem parte do calendário gastronômico de Minas Gerais. Pode ocorrer adiamento ou alteração de data ou mês, de algum festival por motivo de força maior. Entre em contato com as prefeituras locais para confirmar ou não a realização das festas e festivais de seu interesse.

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