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domingo, 16 de setembro de 2018

5 cidades místicas mineiras atraem turistas

(Por Arnaldo Silva) Pessoas místicas são aquelas que buscam conhecimento espiritual e procuram aprofundamento para evoluírem espiritualmente. O contato e convívio com a natureza é primordial nessa busca. Cachoeiras, rios, paisagens, montanhas, lagos... tudo que leva a paz e sossego. O que vem da terra também, acreditam, que emanam energias, como cristais, pedras, rochas, etc. (fotografia acima Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta em Aiuruoca MG)
          Por isso místicos e esotéricos buscam lugares que tenham essas características e encontram em Minas Gerais um campo propício para vivenciar seus conhecimentos e aprimorar seu processo de evolução em busca de realização pessoal e felicidade.(na foto acima do saudoso amigo John Brandão - In Memoriam, uma casa inspirada na casa do Hobbit em São Tomé das Letras MG)
          Essa busca por felicidade e o contato com o sagrado, vem desde que o homem passou a existir na face da terra. No nosso tempo, essa ideia começou a virar tendência a partir dos anos 1960 com surgimento da cultura hippie, o aumento de adeptos das terapias e medicinas orientais, práticas de yoga, meditação, artes marciais, alimentação natural e práticas e estudos voltados para o esotérico. (na fotografia acima de Marselha Rufino, monumento a reflexão, meditação e contemplação da natureza em Gonçalves MG, na Serra da Mantiqueira, lugar propício par a prática de yoga, relaxar e contemplara natureza plena)
          Nesse contexto, algumas cidades de Minas, basicamente da região Sul do Estado, na Serra da Mantiqueira, vem sendo as cidades preferidas dos místicos, esotéricos, hippies, roots e curiosos 
contatos com o sagrado, com as montanhas, com as águas, com anjos, fadas, gnomos, duendes e até com Et´s. Muitos também vão nessas cidades  para desfrutares da paz e da beleza natural da Serra da Mantiqueira. Vamos conhecer um pouco das cidades místicas de Minas Gerais.
01 - São Tomé das Letras

          É a preferida dos mais jovens e adeptos da cultura hippie. Estes andam pela cidade com seus trajes típicos, muitos cantando, dançando e tocando instrumentos musicais. Quem anda pela cidade percebe logo o clima diferente nas ruas. Sentir cheiro de incensos é normal. Lojas com artesanato esotérico tem aos montes na cidade, com tudo que envolve o místico e o sobrenatural. Bares, pousadas e restaurantes sempre tem decorações voltadas para o misticismo. (fotografia acima de Jorge Nelson)
          O povo da cidade também gosta de contar histórias, principalmente místicas. É bom parar pra ouvir, são histórias interessantes de aparições de Ets, gnomos, fadas, fenômenos sobrenaturais, etc.
          A cidade tem uma boa estrutura hoteleira e gastronômica. Localizada a 304 km de Belo Horizonte, no Sul de Minas, Santuma, como é chamada, recebe turistas de todos os cantos do pais e do mundo, durante o ano todo. Ao chegar em São Tomé o visitante é rapidamente envolvido por um clima místico e um estilo alternativo. (na foto acima da Vânia Pereira, a cozinha da Pousada dos Anjos)
          O que chama a atenção em São Tomé das Letras é a sua arquitetura. As construções são feitas em pedras sobrepostas. Acreditam que as pedras tem energia muito boa e emanam essa energia. São Tomé é conhecida como a cidade das pedras. 
          Os mais místicos acreditam que São Tomé é o coração magnético do Brasil. Essa ideia é reforçada pelos fenômenos que acontecem na Ladeira do Amendoim, onde os carros parados se movimentam, desligados e sozinhos. Há quem garante que na cidade está uma passagem secreta que vai direto para a cidade sagrada dos Incas, no Peru, a famosa Machu Picchu.
          São Tomé das Letras tem 30 pontos turísticos e conta com guias de turismo para orientar os turistas. Além da área urbana, a paisagem em redor atrai os visitantes, como grutas e cachoeiras. A mais famosa e mais procurada pelos místicos é a do Vale das Borboletas. Tem esse nome porque no local encontra-se diversas espécies de borboletas. 
          O fim de tarde e o amanhecer são mágicos em São Tomé das Letras. Olhar as estrelas é prática comum dos visitantes que sobem até a Pirâmide (na foto acima de Jorge Nelson), que é uma antiga construção abandonada, toda em pedra, onde oferece uma visão panorâmica das montanhas em redor. Acreditam ainda que desse local, disco voadores aparecem e levam as pessoas para outras galáxias.
02 - São Lourenço
          São Lourenço fica no Sul de Minas (foto acima de Gislene Ras), a 387 km de Belo Horizonte. É a mais famosa cidade do Circuito das Águas de Minas. A fama das águas terapêuticas e medicinais sempre atraiu pessoas de vários lugares. E muitas dessas pessoas fixaram moradia na cidade, formando irmandades e movimentos religiosos voltados para a cura, meditação e contato com a natureza, fazendo com que a cidade passasse a atrair pessoas ligadas ao misticismo. 
          Foi em São Lourenço que foi criada a Sociedade Brasileira de Eubiose uma instituição Cultural Espiritualista, fundada em 1924 e consideram São Lourenço a Capital Espiritual do mundo. 
          A doutrina da Eubiose propõe a vivência do homem em perfeita harmonia com todas as leis universais. A Montanha Sagrada, que fica no município, é um dos locais mais visitados pelos adeptos dessa doutrina. Chama atenção também arquitetura do templo da sociedade. É uma mistura da arquitetura grega com a egípcia.
          A cidade é sede da Fundação Cimas onde suas pesquisas sobre ervas medicinais são reconhecidas no mundo inteiro. Na área da fundação existe uma exposição permanente do artista plástico Salvador Dali. Uma das curiosidades do local é a cápsula do tempo que guarda objetos de nossa época e que só será aberta no ano de 2126.
          A cidade é predominantemente católica, sendo a Matriz de São Lourenço um dos mais belos templos de Minas e a gruta de Nossa Senhora dos Remédios, no Parque da Águas, é uma das mais visitadas, para orações e pedidos à Nhá Chica. Esse parque é o maior atrativo da cidade e um dos mais belos do Brasil, com mais de 400 mil metros de área verde. (na foto acima de Rinaldo Almeida)
03 - Aiuruoca
          Aiuruoca é uma bucólica cidade do Sul de Minas a 427 km de Belo Horizonte. Sua paisagem é deslumbrante, com mais de 80 cachoeiras, montanhas e picos que variam de 1300 a 2357 metros de altitude. O mais famoso é o Pico do Papagaio. Essas maravilhas naturais favorecem muito a prática de ecoturismo, trilhas e caminhadas. (fotografia acima de Marlon Arantes)
          Tanta beleza natural (fotografia acima de Vanessa Legramandi) e oportunidade de desfrutar uma vida sossegada, atraiu e atrai muitas pessoas para a cidade. Muitos fixaram residência no município e optaram por morar no Vale do Matutu, onde algumas comunidades alternativas se formaram. O local é agradabilíssimo, com pousadas e restaurantes por perto, o que facilita para as pessoas que vem de outros lugares em busca de descanso, sair do estres, vivenciar a cultura, a arte, a vida hippie e o amor à natureza.
          Aiuruoca é considerada pela Eubiose, uma das 7 Cidades Sagradas, mantendo por isso um templo na cidade. Essa comunidade tem como objetivo a medicina do futuro, conectada com anjos e devas. Tem um ótimo trabalho na pesquisa de ervas medicinais. (na foto acima, Templo no Matutu fotografado pelo Marlon Arantes) 
          O Santo Daime também está presente no município, bem como diversos grupos praticantes de yoga e meditação. 
Existe uma simbiose de Aiuruoca com a cidade sagrada de Sri Nagar na Índia. Pela crença, as vibrações dessas cidades são expandidas para todo o mundo.
04 - Varginha 
          Varginha fica a 320 km de Belo Horizonte, no Sul de Minas. Ficou famosa no mundo inteiro a partir de 1996, quando 3 meninas afirmaram ter presenciado a aparição de Extra Terrestres. A partir de então, o ET de Varginha ganhou fama e atraiu olhares de ufólogos e místicos de todo o mundo. Existem versões diferentes para esse caso, mas nenhum conclusivo. Até hoje a cidade atrai turistas, curiosos e ufólogos de todo o Brasil e do mundo. 
          A cidade incorporou a fama de "cidade do ET" e por todos os cantos podemos ver caixas d´água em forma de disco voador, pontos de ônibus, pinturas e estátuas de Ets.(fotos acima de Carias Frascoli)
05 - Maria da Fé
          A cidade fica no Sul de Minas a 432 km de Belo Horizonte. (na foto acima cerejeiras floridas, em Maria da Fé, de Leonardo Bueno) É cidade mais fria do Estado, segundo os meteorologistas. No inverno as temperaturas sempre ficam próximas ou abaixo de zero grau.Seu clima frio e altitude de 1258 metros, possibilita a produção de oliveiras. A cidade é a pioneira no cultivo de olivais e na produção de azeite, sendo hoje uma referência mundial em termos de azeites de qualidade. 
          Maria da Fé (foto acima de Rinaldo Almeida) tem pouco mais de 15 mil habitantes. É muito bem organizada e estruturada. Sua natureza é exuberante e seu clima propício para adaptação de árvores de climas frios, como as cerejeiras, que são atrativos da cidade, na época da florada, em junho. Por todo o município matas nativas de araucárias são vistas e dão mais beleza à paisagem montanhosa e fria de Maria da Fé. 
          Por essas características, foi criado na cidade um campus da Universidade Holística do Brasil que funciona numa bela fazenda, cercada por montanhas e araucárias. (fotografia acima de Rinaldo Almeida) A UNB é referência nacional e internacional na arte do desenvolvimento humano, ministrando cursos que elevam o conhecimento, desenvolvendo talentos e dons naturais dos interessados. São vários cursos ministrados no local como acupuntura, florais de bach, benzimento, plantas medicinais, meditação, xamanismo, dentre outros. É um local muito bem estruturado, totalmente harmonizado com a natureza e todos são muito bem acolhidos.

Ipê branco florido: beleza que dura pouco

(Por Arnaldo Silva) Os ipês tornam os dias frios do inverno mais alegres. As cores fortes dos ipês colorem todo o território nacional, principalmente em Minas, onde o clima é propício para a florada os ipês.
          Junto com o inverno, vem a florada do ipê roxo-bola, em junho. Em agosto o encanto fica por conta dos ipês amarelos e rosa. Em setembro, o inverno se despede com a espetacular beleza dos ipês brancos . Em alguns regiões eles podem florir antes, mas a época mesmo é fim de agosto e início de setembro. "madeira que flutua". (fotografia acima de Wilson Fortunato em Bom Despacho MG)
          (na foto acima de César Reis, a Alameda dos Ipês Brancos, em São João Del Rei MG
          O Ipê-branco (Tabebuia roseoalba) é uma espécie nativa do Cerrado brasileiro. Seus nomes, tanto científico quanto popular, vêm do tupi-guarani: ipê significa "árvore de casca grossa" e tabebuia é "pau" ou "pau que flutua". (foto acima e abaixo de Wilson Fortunato, ipês floridos em Bom Despacho MG)
          A florada do ipê branco é bem curta. Ao ver um ipê branco florido, não perca tempo. Corra para admirá-lo e fotografá-lo por que no dia seguinte, as folhas já estão caindo. A florada dura entre 25 a 72 horas. Em regiões de clima mais quente, pode durar entre 3 a 5 dias, mas em relação à florada do amarelo, roxo e roxa, que duram em media 25 dias, a do branco é apenas 10% do tempo da florada das outras espécies de ipês. É curtíssima. 
          Mas é um espetáculo essa árvore. Mas para nossa alegria, em algumas regiões costuma ter duas floradas. Depois da primeira florada, as pétalas caem e a árvore fica somente nos galhos, sem flor e folha alguma. (na foto acima de César Reis, ipê florido em São João Del Rei MG)
          Alguns dias depois, voltam a surgir brotos e uma nova chance de ver esse show de beleza surge, mas também, por pouco tempo. Em 25 horas as folhas começam a cair, findando a florada em 3 a 5 dias depois. 
          Depois da queda das flores, a árvore fica pelada por uns dias e começam a surgir as vagens. Aproveite, pegue as sementes, doe para viveiros de sua cidade ou plante em saquinhos e quando brotar, plante em sua calçada, em uma praça de seu bairro ou mesmo nas estradas e matas do seu município. (na foto acima de César Reis, flores de ipê branco em São João Del Rei MG)
          Então, se tiver um ipê branco florido em sua rua, bairro e cidade, contemple, admire, tire fotos. A beleza é rara, estonteante, dura pouco e encanta. Com o fim da florada dos ipês, começa a primavera e a florada dos jacarandás. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Conheça São Gonçalo do Rio das Pedras

(Por Arnaldo Silva) São Gonçalo do Rio das Pedras é um presépio colonial de Minas, a 1150 metros de altitude. É distrito do Serro MG, situado na Região Central, a 338 km de Belo Horizonte às margens do antigo caminho que ligava o Serro a Diamantina na Estrada Real. Sua história está ligada ao período da colonização de Minas Gerais, a mineração de ouro e diamante. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          Casario singelo, simples e colonial, ruas calçadas em pedra, a Vila é um dos lugares mais encantadores do Serro. Além disso, possui belezas naturais paradisíacas, que podem ser vistos pelo caminho, em estradas de terra, bem conservadas. Na charmosa vila, o visitante encontrará aconchegantes e charmosas pousadas, bares e restaurante de comida típica. (fotografia acima de Raul Moura)
          A natureza é exuberante e com paisagens e cachoeiras maravilhosas nas cercanias e o horizonte rochoso da Serra do Espinhaço. O encanto não é apenas das belezas naturais. Seu povo é maravilhoso, simples, educado, hospitaleiro e muito receptivo. São Gonçalo do Rio das Pedras é um lugar para descanso e contemplação. (fotografia acima de Raul Moura)
          A pequena vila possui um rico acervo arquitetônico, com belos casarios coloniais, comidas típicas de Minas e se destaca também na produção de doces, vinhos e receitas oriundas do período colonial. Tem um rico artesanato feitos em madeira, capim, tecidos e lã. (foto acima de Rita Peixoto)
          As tradições culturais e principalmente religiosas bem preservadas no distritos. Suas ruas são estreitas, calçadas ou gramadas, onde as crianças podem brincar à vontade, ao ar livre. (fotografia acima de Tiago Geisler) 
Lenda de São Gonçalo
          "Conta-se que há muito tempo atrás duas crianças brincavam em uma goiabeira onde está hoje a Matriz de São Gonçalo do Rio das Pedras (na foto acima de Tiago Geisler). Ao decorrer da brincadeira, as crianças encontraram uma imagem. Seus pais, ao verem aquela imagem, perceberam que era a de um santo. Como não existia nenhuma igreja no povoado, levaram-na em romaria para outro local mais perto, Milho Verde, onde havia uma capela. Mas o Santo pareceu não ter gostado nada da ideia e voltou para o mesmo lugar embaixo da goiabeira. 
          No outro dia, as crianças voltaram a encontrar a imagem no mesmo local. Apavorados, chamaram seu pais. Eles ficaram impressionados ao verem o santo no mesmo lugar de antes. Novamente reuniram-se em romaria e levaram a imagem ao Milho Verde. 
          Em sua caminhada, os romeiros perceberam as pegadas pequenas que havia na estrada e que sugeriam serem do próprio santo. Percebendo o acontecido, decidiram respeitar a vontade do santo, trazendo-o de volta e construindo a igreja Matriz de São Gonçalo no local de sua aparição". (fonte da lenda: Wikipédia)

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A vida é um trem que mora dentro de gente...

(Por Míriam Lucy Rezende/Uberlândia MG) O trem vai de Minas pra Minas, atravessando montanhas. Viaja vencendo a mata, driblando árvores, fazendo nuvens, carregando histórias. Atravessa com sua fumaça os olhos da gente, com seu apito desnuda as lembranças, e corta nossa existência bem no meio do peito, fazendo o coração esquecer seu ritmo. A cadência certa, seu chacoalhar gostoso faz a vida se assentar e viajar ao nosso lado, coladinha com a nossa alma.
          O trem que vai de Minas pra Minas vai devagar, contando coisas do passado e desembrulhando com gentileza o presente. Vai tingindo nossas trilhas com cores esquecidas, vai deixando abrir porteiras que há muito trancamos sem perceber. Vai fazendo a gente estender a prosa e o pensamento, desacelerar, esperar sem pressa o que vai surgir na curva dos trilhos, e gostar do que vê.
          Faz a gente menos pergunta e mais descoberta, faz a gente mais observador do que crítico, faz a gente degustar o passar mais lento, e por isso mais profundo da nossa viagem interior.
          É no interior da gente que mora um trem. Mas a gente se esquece que ele existe e pode ser colocado a qualquer hora em movimento. Esquecemos, porque deixamos de perceber que a vida não é aquilo que está à nossa frente e que perseguimos incansavelmente com o nome de futuro. Esquecemos que a vida é um trem taquaral que pulsa em nós, apitando paisagens, desvendando caminhos a serem sentidos sem pressa, de rosto coladinho com a existência.
          A vida é uma viagem na Maria Fumaça. Mas a gente desaprendeu o jeito de passear. Pegamos o trem bala numa trajetória cara e sem garantia. É Maria Fumaça nosso bilhete de travessia. Pois que nem esse trenzinho que vai de Minas pra Minas, a gente vem da gente e volta pra gente mesmo, qualquer dia. Boa viagem 
Fotografias ilustrativas de César Reis mostrando a Maria Fumaça em Tiradentes MG

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Conheça a Bolerata do Serro

(Por Arnaldo Silva) Tudo começou em 1990 com um encontro de bandas que ocuparam as sacadas dos casarões históricos da Praça João Pinheiro, no Serro, na região do Alto Jequitinhonha. Foi um encontro tão emocionante, que a partir daquele ano, começou a ser frequente e a partir de 2002, virou um evento tradicional na cidade, com apoio da Prefeitura Municipal e Associações culturais e musicais locais. 
          É um espetáculo maravilhoso. O centro da cidade, com seus belos e preservados casarões, a beleza da escadaria e Igreja de Santa Rita, emolduram a paisagem da noite cultural. O povo fica ao centro da praça, e pode saborear os produtos da terra, como o famoso queijo do Serro, a cachaça, doces e também, tomar uma boa cerveja ou uma gostosa bebida quente. Quem não se contenta em ficar sentado, ouvindo, levanta da mesa e dança à vontade. (fotografia acima e abaixo fornecidas pela nossa amiga Sônia Dayrell - In Memorian)
          
O repertório principal é o bolero mas as tradicionais fanfarras, serestas, clássicos são tocados também. Música boa, de qualidade e com bandas formadas por músicos talentosos, que amam a arte que vivenciam e passam para os conterrâneos e visitante. Emociona, encanta, alegra a alma. 
          
O som das bandas, que ecoa por todos os cantos, becos e e ruas da tri-centenária cidade serrana. O evento dura 90 minutos. Pura cultura, música de qualidade com muita emoção. E o povo serrano é ímpar, gosta de música, de cultura e valoriza sua cidade, suas tradições e seus valores. São hospitaleiros, simples, alegres e recebem muito bem os turistas e visitantes. (foto acima de Sônia Dayrell - In Memoriam e abaixo de Sônia Fraga)
Como chegar em Serro
          Além da Bolerata, o Serro tem um rico e preservado acervo arquitetônico e festividades culturais como a Folia de Reis e Festa de Nossa Senhora do Rosário. Seus distritos são muito procurados por turistas pela simplicidade e belezas naturais. Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras, Vila de Mato Grosso e Capivari são os distritos mais procurados.
          A cidade fica a 226 km de Belo Horizonte, 759 km de Brasília, 892 km de São Paulo, a 685 km do Rio de Janeiro  a 580 km de Vitória. 
De avião: Pegue um avião até o aeroporto de Confins em Belo Horizonte. Do aeroporto, siga de ônibus até a rodoviária da capital mineira pegue um ônibus na rodoviária, da viação Serro ou Saritur. São 4 hs e 30 minutos de viagem e você poderá contemplar as belas paisagens da Serra do Cipó, pelo caminho. (foto acima de Anderson Sá)
De carro: Se vier de Brasília, venha pela BR 040 e próximo a Curvelo, pegue a BR 259. Se ver de Belo Horizonte, pegue a MG 010, sentido Lagoa Santa, Serra do Cipó e Conceição do Mato Dentro e ficar atento as placas indicativas.
          Se for sair de São Paulo, venha pela Fernão Dias, até BH e pegue a MG 010, sentido Lagoa Santa, Serra do Cipó, Conceição do Mato Dentro e fique atento as placas indicativas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O bolo de fubá assado na brasa

(Por Maria Mineira) Sabor e aroma de roça... Fogão a lenha me lembra infância. Há algum tempo vinha pensando em tentar fazer um bolo de fubá assado nas brasas. Aquele que minha avó materna fazia quando eu era criança.
          Esse bolo era um re
curso para o meio da semana, quando não era dia de acender o forno a lenha para as quitandas. Era para a merenda da tarde, onde se aproveitava as brasas da lenha queimada no preparo do almoço.
          Vó Geralda fazia de doce ou de sal, ambos muito bons! E a receita? Na verdade eu nunca vi a minha avó olhando nenhuma receita. Ela ia colocando os ingredientes conforme tinha ali na cozinha. Fubá de moinho, coalhada, manteiga de leite, açúcar ou rapadura, ovos, queijo ralado, e bicarbonato, pois não havia esse fermento em pó naquele tempo.
          Depois, ela colocava a massa em uma caçarola de ferro untada com manteiga, tampava com uma folha de lata e enchia de brasas por cima. Logo após, era só levar a uma chama do fogão, tendo o cuidado de deixar somente as brasas acesas, retirando a lenha. Senão o bolo queimava.
Esse das fotos eu fiz com os seguintes ingredientes:
. 3 xícaras de fubá de moinho
. 2 colheres de farinha de trigo
. 3 ovos
. 2 colheres bem cheias de manteiga de leite
. 2 xícaras de açúcar
. 1 xícara de Queijo Canastra ralado
. 1 colher de fermento em pó
Pra fazer foi assim:
- Misturei tudo, menos o queijo ralado, e levei ao fogão a lenha, colocando brasas por cima em uma tampa de metal improvisada. Quando estava começando a dourar, espalhei por cima o queijo ralado e deixei assando mais um pouco e pronto.
Texto, receita e fotos de Maria Mineira - São Roque de Minas

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Liteira: origem e utilidade

(Por Arnaldo Silva) No Oriente era chamada de Palanquim. Na Europa, passou a ser chamada de Liteira. Sua origem não é exata, mas acredita-se que tenha surgido no Oriente. Com a expansão do Império Romano a ideia de ser transportado num Palanquim foi adotada pelas personalidades abastadas da Roma Antiga. E ao longo dos séculos a prática foi se expandindo pela nobreza européia e usada largamente. Foi na Europa que passou a ser chamada de Liteira.
          A Liteira é um móvel aberto, com janelas, que lembra muito uma cabine, mas bem trabalhada em detalhes, onde eram carregados os abastados das sociedades. É suportada por duas varas laterais. (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Devido a dificuldade de uso de animais para carregarem as liteiras dentro das vias urbanas, eram usados escravos que faziam o serviço.
          Se a liteira fosse pequena, dois escravos, um na frente, outro atrás. Sendo maior, quatro, dois na frente e dois atrás.
     Os mais ricos tinham suas liteiras próprias. Quando a família não tinha liteira, alugava. Existiam pessoas que compravam várias liteiras e possuíam vários escravos, exatamente para isso.
         Seria mais ou menos como uma frota de táxis hoje. Existia um local na cidade onde as liteiras ficavam a espera das pessoas. Tipo um ponto.
          Os senhores mandavam os escravos avisarem ao dono da liteira, que mandava a liteira até a residência e ia com a pessoa onde ela quisesse, pagando por isso. Ou mesmo, se estivesse próximo ao ponto das liteiras, contratavam e iam para casa de liteira.
          Eram mais usadas em eventos sociais, como apresentações de óperas, teatro ou festas religiosas importantes, onde toda a nobreza estaria presente.
          Quem fabricava as liteiras, não eram meros carpinteiros. Eram artistas. As peças eram bem trabalhadas, em madeira bruta de cedro, com detalhes artísticos e bancos estofados. Um luxo. Mas eram pesadas, devido a toda indumentária e madeira bruta. Ainda tinha o peso das pessoas transportadas pela cidade, no lombo dos escravos. (na foto acima de WDiniz, uma liteira usada em São João Del Rei MG. Era transportada por dois escravos)
     As liteiras chegaram ao nosso país na época do Brasil Colônia e foram largamente usadas pela nobreza. Ver liteiras pelas ruas das cidades naquele período, era comum. É como vemos hoje por nossas ruas,  táxis e carros de luxo. (na foto acima, senhora na liteira com os escravos ao lado, no ano de 1860 - Marc Ferrez - Acervo do Instituto Moreira Salles)
     Quem conhece as cidades históricas mineiras, como por exemplo Ouro Preto, sabe que não são cidades planas. São cheias de ladeiras e andar à pé sem carregar nada já é um sacrifício, imagina carregando um peso desses nas costas. Um luxo, um prazer, uma ostentação em cima de um sofrimento enorme causados aos escravos.
          Existia carroças e carruagens como esta acima, de autoria de WDiniz, no Museu de São João Del Rei mas as liteiras, eram sempre as preferidas. Isso se deve pelas dificuldades das carroças  carruagens transitarem nas cidades, com ruas estreitas e com calçamento em Pés de Moleque, ou mesmo em ruas de terra.
          Além disso, tinha às dificuldades de controle dos animais em vias públicas, além da a sujeira provocada pelas fezes e urina. As liteiras eram sempre a primeira opção, além de ser uma forma de demonstração de riqueza e ostentação da fidalguia da época.
          Em viagens longas, a preferência eram por carros de bois, carroças e quem podia, carruagem, que era mais confortável. (na foto acima de Elvira Nascimento, liteira no Museu do Diamante em Diamantina MG)
          As liteiras não foram abolidas junto com a escravidão, continuaram mesmo assim, até o início do século XX. Os nobres que tinha suas liteiras, pagavam serem transportados pelas cidades e ainda existia quem tinha "frota" de liteira, para fazer os transportes.
     Com o surgimento dos carros, a elite passou a se interessar mais por esse tipo de transporte, levando à ociosidade as liteiras, que passaram a fazer parte de museus. Boa parte dessas leiteiras foram adaptadas para serem carruagens, preservando seus entalhes artísticos e luxos, puxadas por cavalos. 

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A 3ª mais antiga igreja de Minas

(Por Arnaldo Silva) Em Fidalgo, distrito de Pedro Leopoldo, cidade a 46 km distante de Belo Horizonte, encontra-se um dos mais importantes sítios arqueológicos e arquitetônico de Minas Gerais. Na Quinta do Sumidouro, em Fidalgo está uma das mais antigas igrejas de Minas Gerais, a Capela de Nossa Senhora do Rosário.
          O local, formado ainda pela casa sede da Quinta, o Sítio arqueológico do Sumidouro e a Lagoa da Lapa, tem origens por volta de 1674, quando da chegada à região das bandeiras lideradas por Fernão Dias Paes Leme. O bandeirante deixou na região um rico patrimônio histórico, formado pela casa em que construiu, viveu e faleceu, hoje museu, além da Capela de Nossa Senhora do Rosário. (na fotografia acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva, a Capela de Nossa Senhora do Rosário)
A Quinta
          Região de terras férteis o bandeirante decidiu formar uma Quinta. Em Portugal, Quinta é uma propriedade rural de grande extensão, com nascentes de água e terras férteis, propícia para fixar moradia. Literalmente, Quinta é o que chamamos hoje de Fazenda.
          Fernão Dias deu origem a formação de um arraial em sua Quinta, denominado de Quinta de São João do Sumidouro.
Popularmente chamada de Quinta do Sumidouro, o arraial foi elevado a distrito de Pedro Leopoldo em 1923, com o nome de Fidalgo. 
          O conjunto formado pela Casa de Fernão Dias, o Sítio da Quinta, a Lagoa da Lapa, a Capela e seu entorno, continuaram a ser chamado de Quinta do Sumidouro.
A 3ª Igreja de Minas Gerais
          A singela e mimosa Capela do Rosário, foi o terceiro templo religioso construído em Minas Gerais. A primeira foi Igreja de Nossa Senhora da Conceição, erguida em 1670, em Matias Cardoso, no Norte de Minas. Já a segunda, foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, erguida por volta de 1688, em Brejo do Amparo, distrito de Januária, também no Norte de Minas.
          A Capela de Nossa Senhora do Rosário foi erguida a partir de 1694, com a formação da Quinta por Fernão Dias. A Capela, faz parte do conjunto histórico da Quinta o Sumidouro. Todo o conjunto é um bem tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG) desde 27 de janeiro de 1976. (na fotografia acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, a Capela do Rosário)
          A Capela foi construída pelos escravos que formavam a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Participou também da construção da Capela a Irmandade do Santíssimo Sacramento.
Estilo Joanino
          As primeiras construções erguidas em território mineiro, eram bem simples em sua arquitetura e ornamentação. As características que definiram o estilo arquitetônico das construções coloniais mineiras, estava ainda em seu início. Era a primeira fase do Barroco Mineiro.
          De traçado simples e singelos em seu exterior, a Capela do Rosário da Quinta do Sumidouro recebeu ornamentações, talhas e retábulos nas características do estilo Joanino.
          Este estilo tem origem em Portugal, no final do século XVII e tinha como característica principal a união de vários estilos arquitetônicos. Pelo estilo ter sido criado durante o reinado de Dom João V (1706/1750), recebeu esse nome. O estilo Joanino foi a segunda fase do Barroco Mineiro, predominando nas primeiras construções mineiras nas primeiras décadas do século XVIII, até a entrada da terceira fase do Barroco Mineiro.
Ornamentações da Capela do Rosário
          Seguindo o estilo Joanino, o interior da Capela do Rosário tem em seu retábulo-mor sua principal ornamentação come anjos, tarjas, colunas e nichos cortinados, além da pintura do forro da nave principal, em estilo Rococó.
          Na terceira fase do Barroco Mineiro, o retábulo-mor da Capela recebeu a imagem de Nossa Senhora do Rosário, obra atribuída ao Mestre do Barroco Mineiro, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. (na foto acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, o retábulo-mor da Capela)
          Ao longo de sua construção até sua completa conclusão, a Capela do Rosário da Quinta do Sumidouro passou pela primeira, segunda e terceira do Barroco Mineiro, dai sua grande importância e valor histórico para Minas Gerais.

A Quinta do Sumidouro e a casa de Fernão Dias

(Por Arnaldo Silva) A Quinta do Sumidouro é a ocupação mais antiga da cidade de Pedro Leopoldo, hoje com cerca de 62.580  habitantes, segundo o IBGE em 2022, distante apenas 46 quilômetros de Belo Horizonte, entre as rodovias MG-10 e MG-424. (fotografia acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva)
          Quinta do Sumidouro é um "bairro" de Fidalgo, distrito de Pedro Leopoldo desde 1923. O distrito de Fidalgo é uma das mais antigas povoações de Minas Gerais. O conjunto arquitetônico da Quinta do Sumidouro é um dos poucos bens históricos preservados da cidade. Sua origem data de 1674. 
Fernão Dias Paes Leme          
          Foi nesse ano, 1674, no século XVII, que chegou à região, a bandeira de Fernão Dias Paes Leme, em busca de ouro e esmeraldas.
Por ser uma região de terras férteis e abundante em água, Fernão Dias escolheu o local para fixar residência e formar sua "Quinta". Uma quinta para os portugueses era uma extensão região com terras férteis e água. Um lugar ideal para construir moradias e cultivar a terra. Hoje é o mesmo que uma fazenda. (na imagem acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com destaque para o cãozinho Viralata Caramelo)
          Sua casa foi construída em adobe e pau-a-pique com detalhes em branco e verde na base, portas e janelas de madeira bruta, mas bem entalhada.
De Anhanhonhacanhuva para São João do Sumidouro
          Habitado anteriormente por indígenas, o local era conhecido por, "Anhanhonhacanhuva", na língua tupi, que significa "água parada que some no buraco", um sumidouro.
           Era comum entre os bandeirantes e portugueses que chegavam à Minas, na época da Colônia, alterar nomes de lugares, montanhas e de rios, dados pelos povos indígenas, para nomes em português.
          Foi o que fez Fernão Dias. O bandeirante mudou o nome Anhanhonhacanhuva para Quinta de São João do Sumidouro, manteve apenas a tradução da palavra, sumidouro, no português. Com o tempo, passou a ser chamar apenas Quinta do Sumidouro, que faz parte de distrito de Fidalgo, pertencente a Pedro Leopoldo desde 1923. (na foto acima e abaixo de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, a casa em que viveu Fernão Dias e a estátua que retrata o bandeirante)
          O bandeirante morreu nas proximidades do arraial em 1681. Seus restos mortais foram levados para sua cidade natal, São Paulo, onde nasceu em 1608, por seu filho mais velho, Garcia Rodrigues Paes, sepultando-o no Mosteiro de São Bento. 
          Fernão Dias Paes Leme deixou história, tanto de sua vida, como nas construções, sendo hoje um dos principais pontos de visitação turística da Região Metropolitana de Belo Horizonte. 
          A casa em que viveu conta sua trajetória de vida, bem como objetos de uso indígenas encontrados no sítio arqueológico do Sumidouro, além das riquezas arqueológicas da região e de conhecer como era a vida nas primeiras décadas do surgimento de Minas Gerais, entre o século XVII e início do século XVIII
A terceira igreja erguida em Minas
          Erguida a partir de 1694, no fim do século XVII, foi a terceira igreja construída em Minas Gerais. (na foto acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial).
          A primeira foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1670, construída em Matias Cardoso, Norte de Minas e a segunda, foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em Brejo do Amparo, distrito de Januária MG.
Primeira, segunda e terceira fase do Barroco Mineiro         
          Originalmente, foi uma construção bem simples, em sua fase inicial, com as características da primeira fase do Barroco Mineiro.
          Já no século XVIII, a Capela recebeu adornos, ornamentações e talhas no estilo Joanino, nome dado ao estilo português que surgiu com a junção de vários estilos arquitetônicos e artísticos lusitanos, durante o reinado de Dom João V, em Portugal, entre 1706 a 1750.
          O estilo Joanino tem como características a ornamentação em pedras e madeira, colunas onduladas, além do colorido excessivo das pinturas, que cobriam todo o teto de igrejas, casarões e palacetes. 
          As construções erguidas em Minas Gerais nas primeiras décadas do século XVIII, seguiram esse estilo. O estilo Joanino representa a segunda fase do Barroco Mineiro. Por ter sido o estilo mais comum no início do século XVIII, era conhecido ainda por estilo Setecentista. (na foto acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, o retábulo da Capela do Rosário)
          O estilo Joanino foi substituído pelo Barroco Mineiro, que se desenvolveu e se solidificou a partir da segunda metade do século XVIII, graças ao talento de grandes artistas mineiros como Natividade, Manoel da Costa Ataíde e Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho.
Obra do Aleijadinho e pinturas Rococó
          A Capela do Rosário da Quinta do Sumidouro, conta com imagem de Nossa Senhora do Rosário, obra atribuída ao Mestre Aleijadinho.
         Além disso, as pinturas da nave da capela foram feitas em estilo Rococó, predominante na terceira fase do Barroco Mineiro.
          A Capela de Nossa Senhora do Rosário é uma das poucas construções brasileiras que passou pelas 3 fases do Barroco Mineiro, por isso a importância da capela para a história de Minas Gerais.
          Os artesãos, arquitetos e pintores mineiros aprimoraram as técnicas do estilo Joanino e adaptando outros estilos, criando assim uma identidade própria, originando com isso o Barraco Mineiro.
          O Conjunto arquitetônico da Quinta do Sumidouro formado pela Capela, a Lagoa da Lapa e a Casa de Fernão Dias, são bens históricos tombados como Patrimônio Histórico do Estado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artistico - IEPHA/MG, desde 1976.
Outros atrativos
          Além da história e arquitetura colonial, o distrito fica próximo da Gruta da Lapinha, na vizinha cidade de Lagoa Santa e na própria região, existem grutas e sítios arqueológicos, além do Parque Estadual do Sumidouro, um dos mais importantes sítios arqueológico do Estado. Foi nessa região, que foi encontrado a "Luzia", o mais antigo fóssil das Américas.

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