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domingo, 10 de junho de 2018

Mercado Central de BH entre os 10 melhores do mundo

(Por Arnaldo Silva) A Tam Linhas Aéreas, divulgou em sua revista de bordo, "Tam nas Nuvens", de janeiro de 2016, reportagem especial com os 10 melhores mercados de todo o mundo, tendo como base de votação entre os passageiros da empresa em todo o mundo, com pesquisa feita no final do segundo semestre de 2015, divulgado em 2016. (foto acima de Alexandre Vidigal e abaixo de Janina Alves)
          Entre os 10 melhores do mundo, o Mercado Central de Belo Horizonte ficou em terceiro lugar. Na primeira colocação ficou o Mercat de la Boqueria, de Barcelona e o segundo, o Bourough Market, de Londres. Outro mercado brasileiro, na lista entre os 10 melhores do mundo foi o Ver-o-Peso, de Belém do Pará.
           A revista "Tam nas Nuvens" tem circulação mensal, com tiragem de 150 mil exemplares, atingindo um público de 2.905.000 leitores, com distribuição entre todos os seus passageiros, em voos nacionais e internacionais, segundo informações no site da companhia aérea. Da data de divulgação da pesquisa feita pela "Tam nas Nuvens" até hoje, não foi feita outra pesquisa sobre o tema, prevalecendo então esta como a atual a pesquisa. (foto acima da Regina Kátia/@reginasfarm)
          Na reportagem, a variedade e qualidade dos produtos oferecidos, como temperos, queijos, artesanatos, os bares e restaurantes, com suas culinárias criativas e tradicionais foram os destaques apontados pela revista. (fotos acima e abaixo da Janina Alves)
          O Mercado Central de Belo Horizonte estar entre os melhores do mundo, é o reconhecimento do trabalho sério e preservação das tradições mineiras, bem como a variedade e a qualidade de seus produtos, mantidas, desde sua fundação, em 7 de setembro de 1929.
          Quem vem à Belo Horizonte, tem por obrigação vir ao Mercado Central. Seria um passeio incompleto. (foto acima da Janina Alves)
          E quem vem, conhece o mercado, seus corredores, suas mais de 400 lojas, experimenta seus pratos típicos como o fígado com jiló (na foto acima da Katita Jardim/@tremdeferroartesanatobh), os doces mineiros, os queijos do Serro e Canastra, o artesanato mineiro, as frutas e verduras vindas do produtor. 
          Tudo no Mercado Central encanta e impressiona. Quem conhece uma vez, quer voltar sempre. (fotografia acima acima de Sila Moura) 
 Fonte das informações: Sites do Mercado Central de Belo Horizonte e o Tam nas Nuvens
Endereço do Mercado Central: Avenida Augusto de Lima, 744, Centro de Belo Horizonte
Aberto de 7 hs até as 18 hs. Domingo de 7 hs até as 13 hs. Telefone: (31) 3274-9434 e 3274-9497

sábado, 9 de junho de 2018

As mais antigas povoações de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) O Estado de Minas Gerais começou a ser ocupado em meados do século XVI com a chegada de bandeirantes e portugueses, que entraram no hoje território mineiro, através de São Paulo e Bahia. Vieram para cá a procura de veios de ouro e escravos índios. Antes da chegada dos portugueses, o território mineiro era ocupado por diversos povos indígenas do tronco linguístico macro-jê: os xacriabás, os maxacalis, os Krenaques, os aranás, os mocurins, os atuaá-araxás e os puris. Alguns desses povos como os maxacalis, krenaques e xacriabás estão ainda presentes no Estado. 
          Minas Gerais é o estado brasileiro onde floresceram os primeiros municípios, através da riqueza da terra (o ouro) que originou o enriquecimento cultural e os traços de nossa gente.
          Os europeus e bandeirantes chegavam, montavam um pequeno arraial. Se o arraial prosperasse, era elevado pelo inicialmente a freguesia, depois vila, em seguida distrito e por fim, cidade. Mas isso era um processo lento e demorado. Pra se ter uma ideia, um arraial para chegar a cidade levava décadas ou séculos até, como é o caso de Belo Vale, fundada no final do século XVII, foi elevada à cidade em 1938, no século XX. (na foto acima fornecida pelo João Montalvão, a cidade de Matias Cardoso no extremo Norte de Minas, a primeira povoação do Estado)
           Existia na época do Brasil Colonial e Imperial, uma norma que incentivava as Vilas a arrecadarem ouro. Quanto mais ouro arrecadavam e enviavam para a Coroa, mais rapidamente eram elevadas à cidades. Dai a incessante corrida em busca de mais ouro. E assim foram surgindo rapidamente boa parte das cidades mineiras, no século XVIII.
          É o caso de Mariana, que foi a primeira vila, cidade e capital do estado de Minas Gerais, por ser a que mais produzia ouro na época. No século XVIII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para a Coroa Portuguesa. Tornou-se a primeira capital mineira por participar dessa disputa, retirando grandes quantidades de ouro de seu solo, o suficiente para que fosse logo elevada à cidade, e com isso, à capital da então Capitania de Minas Gerais.
          Mariana surgiu no final do século XVII, com a descoberta de ouro em seu subsolo, tendo sido logo povoada diante da grande quantidade de ouro encontrada e crescendo rapidamente, sendo elevada a vila em 8 de abril de 1711 e logo à cidade e capital de Minas Gerais, se chamando Mariana em definitivo, a partir de 23 de abril de 1745. Mariana foi reconhecida oficialmente como vila em 1711, à cidade e  capital de Minas Gerais em 1712 até 1720 quando passou a ser Ouro Preto, fundada 9 anos antes, em 1711, tomando lugar de Mariana na produção de ouro e capital da Capitania em tempo recorde.  (na foto acima de Elvira Nascimento Mariana e abaixo do Nacip Gômez, Ouro Preto))
          Vamos conhecer a lista das primeiras povoações surgidas em Minas Gerais, nos séculos XVII e XVIII. Não é lista das primeiras cidades, e sim lista dos primeiros núcleos de povoamentos surgidos, que ao longo dos anos foram elevados à freguesias, vilas, distritos e por fim, a cidades. A fonte das informações abaixo foram baseadas em dados do IBGE.
01 - Matias Cardoso MG - Norte de Minas - Fundada em 1660
          Sua origem data de 1660, com a chegada á região da bandeira de Matias Cardoso de Almeida. Chegaram, formaram um povoado, de nome Morrinhos, a primeira povoação de Minas Gerais. O arraial prosperava, tendo sido elevado a freguesia, vila, distrito e por fim cidade emancipada, passando a adotar o nome de Matias Cardoso, em homenagem ao bandeirante. (Foto acima do Manoel Freitas)
          Além de ser o povoamento mais antigo de Minas Gerais, abriga também a primeira igreja de Minas Gerais, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, erguida pelos Jesuítas. Hoje a igreja é um dos símbolos da história de Minas Gerais. 
          Matias Cardoso fica a 683 km de Belo Horizonte, no Norte do Estado, contando com cerca de 9 mil habitantes. Faz divisa com os municípios de Manga, Itacarambi, Jaíba, Gameleiras, São João das Missões e Malhada (Ba) e Iuiú (BA).
02 - Ouro Branco MG - Região Central - Fundada em 1664
          Distante 100 km de Belo Horizonte e 33 km de Ouro Preto, foi a segunda mais antiga povoação a ser formada em Minas Gerais, tendo com um dos marcos de sua fundação, a Igreja de Santo Antônio, datada de 1717, em Itatiaia, distrito de Ouro Branco, (na foto acima da Sônia Fraga) O município faz divisa com os municípios de Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Itaverava, Ouro Preto.
03 - Sabará MG Grande BH - Fundada em 1665
          Em 1665 chega à região bandeirantes em busca do ouro. Formaram um arraial, elevado a freguesia em 1707, a vila em 1711 com o nome de Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará e por fim à cidade desde 1838. Fica a 20 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Belo Horizonte, Caeté, Nova Lima, Raposos, Taquaraçu de Minas, Santa Luzia. Sabará hoje conta com 130 mil habitantes.
04 - São Romão - Norte de Minas. Fundada em 1668
          Onde está hoje o município de São Romão (na foto acima de @heidrones) era um território habitado por indígenas da etnia Caiapós. Com a chegada das bandeiras à região, foi fundado um povoado em 23 de outubro de 1668 com o nome de Santo Antônio da Manga. Houve resistência de indígenas nativos e nômades. Segundo história oral, a resistência indígena foi totalmente contida, por volta de 1712, chefiada pelo paulista Januário Cardoso de Almeida e pelo português, Manuel Pires Maciel, tendo a vitória final no dia de São Romão, por isso o nome da cidade. O povoado foi elevado a freguesia e vila em 1831 e a município em 1924. São Romão, distante 529 km de Belo Horizonte é uma cidade do Norte de Minas, banhada pelo Rio São Francisco e pouco mais de 10 mil habitantes. 
05 - Ibituruna - Oeste de Minas - Fundada em março de 1674
          Ibituruna (na foto acima de Marcelo Melo) significa "Serra Negra" ou "Nuvem negra", é uma pequena cidade na Região Oeste de Minas, com 2.698 habitantes, segundo Censo do IBGE e está distante 220 km de Belo Horizonte. O município faz divisa com Bom Sucesso, Ijaci, Itumirim, Itutinga, Nazareno. Além de sua história, Ibituruna guarda relíquias dos tempos das bandeiras de Fernão Dias e do período colonial, como o Marco da Sesmaria, colocado pelo próprio Fernão Dias.
          A cidade foi a quinta povoação a surgir em Minas Gerais e a primeira povoação fundada no território mineiro pelo bandeirante paulista, Fernão Dias Paes Leme, em 1674. O bandeirante deixou São Paulo aos 66 anos, liderando um grupo de 40 homens brancos e 600 índios e mamelucos, Vieram em busca da lendária Sabarabuçu, uma serra, que acreditavam, ser toda formada por esmeraldas e da Vupabuçu, uma imaginária lagoa, que acreditavam existir em nosso território, toda abarrotada de pedras preciosas.
          Além de Ibituruna, Fernão Dias, desbravando o sertão mineiro, fundou em seguida, Piedade do Paraopeba, distrito de Brumadinho hoje, Roça Grande, distrito de Sabará, Quinta do Sumidouro, distrito de Pedro Leopoldo, onde viveu seus últimos dias, vindo a falecer em 1681. Seu corpo foi levado para São Paulo, por seu filho, onde está sepultado no Mosteiro de São Bento. Fernão Dias contribuiu para a formação de várias outros povoados em Minas Gerais, que deram origem a várias cidades hoje.
          Vale ressaltar que Ibituruna foi a primeira povoação fundada em Minas Gerais pelo bandeirante Fernão Dias e não é a primeira povoação de Minas Gerais. Antes da chegada do famoso bandeirante paulista, já existiam povoações em nosso território, como podem ver acima.
06 - Itamarandiba - Norte de Minas - Fundada em 1675
          O município do Vale do Jequitinhonha é uma dos mais antigos da região e um dos mais antigos de Minas Gerais, tendo sido elevado a distrito em 1840 e à cidade em 1862. (foto acima de Sérgio Mourão) Itamarandiba fica a 406 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Aricanduva, Carbonita, Capelinha, Senador Modestino Gonçalves, Veredinha, Rio Vermelho, São Sebastião do Maranhão, Coluna, Frei Lagonegro , Felício dos Santos e São Pedro do Suaçuí. Itamarandiba conta atualmente com 33 mil habitantes. 
07 - 
Belo Vale - Vale do Paraopeba - Fundado em 1681
          Com a descoberta de ouro em suas terras, Belo Vale foi um dos primeiros núcleos populacionais de Minas Gerais, sendo formado a partir de 1681. (foto acima de Evaldo Itor Fernandes) Belo Vale fica distante 88 km de Belo Horizonte e faz divisa com os municípios de Congonhas, Ouro Preto, Moeda, Brumadinho, Bonfim, Piedade dos Gerais, Jeceaba. Belo Vale conta atualmente com 8.626 habitantes, segundo Censo do IBGE em 2022.
08 - Brejo do Amparo - Fundado em 1688
          Brejo do Amparo é hoje (na foto acima de Pingo Sales) distrito de Januária, no Norte de Minas. Foi o berço da ocupação do Norte-mineiro, sendo de grande importância histórica e cultural para Minas. No distrito, foi erguida pelos Jesuítas a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em 1688, tendo sido a segunda igreja construída em Minas Gerais.
09 - Catas Altas da Noruega e Raposos - Fundadas em 1690
10 - Congonhas - Região central - Fundada em 1691
11- Santa Luzia - fundada em 1692          
12 - Itaverava - Região Central e Lima Duarte (Zona da Mata) - Fundadas em 1694
13 - Mariana MG - Fundada em 1696     
14 - Curvelo MG. Região Central - Fundada em 1700
15 -  Catas Altas MG e Nova Era, Região Central - Fundada em 1703
16 - Prados (Campo das Vertentes) - Piranga (Zona da Mata) Santa 
Bárbara e Barão de Cocais (Região Central) - Fundadas em 1704, além de São João Del Rei que surgiu com formação de arraial entre 1701 e 1705.
17 - Conceição do Mato Dentro (Região Central Norte), Aiuruoca (Sul de Minas) e  Antônio Dias (Vale do Aço) - Fundadas em 1706
18 - Itabirito e Conselheiro Lafaiete - Região Central - Fundada em 1709
19 - Lamim e Rio Espera ( Zona da Mata)  - Fundadas em 1710
20 - Ouro Preto, Lagoa Dourada (Campo das Vertentes), Congonhas do Norte (Região Central Norte) - Fundadas em 1711
21 - Caeté (Grande BH), Diamantina (Jequitinhonha), Juiz de Fora (Zona da Mata), São Brás do Suaçuí e Entre Rios de Minas, Rio Piracicaba (Região Central) - Fundadas em 1713
22 - Caxambu - Sul de Minas e Serro - Jequitinhonha - Fundadas em 1714
23 - Pitangui - Centro Oeste de Minas, Baependi no Sul de Minas - Fundadas em 1715
24 - Contagem - Grande BH - Fundada em 1716
25 - Simão Pereira (Zonada Mata), Tiradentes (Campo das Vertentes - Fundadas em 1718
26 - Lavras (Campo das Vertentes), São Gonçalo do Rio Preto (Jequitinhonha) ,São Gonçalo do Rio Abaixo (Vale do Aço), Morro da Garça (Região Central) - Fundadas em 1720
27 - Nazareno (Campo das Vertentes), Conceição da Barra de Minas (Campo das Vertentes), Couto de Magalhães (Jequitinhonha) - Fundadas em 1725
28 - Bom Despacho (Centro Oeste de Minas), Minas Novas e 27 Chapada do Norte (Jequitinhonha) - Fundadas em 1730
29 - Bom Sucesso - Oeste de Minas - Fundada em 1736
30 - Senhora dos Remédios - Campo das Vertentes - Fundada em 1738
31 - Silvianópolis - Sul de Minas - Fundada em 1746
32 - Nova Lima - Grande BH - Fundada em 1748
33 - Resende Costa - Campo das Vertentes - Fundada em 1749
34 - Jacuí (Sul de Minas) Senhora do Porto (Vale do Rio Doce) e Dom Joaquim (Região Central) - Fundadas em 1750
35 - Guanhães - Vale do Rio Doce - Fundada em 1752
36 - Cristina - Sul de Minas - Fundada em 1774
37 - Rio Vermelho - Alto Jequitinhonha - Fundada em 1776
38 - Itapecerica - Oeste de Minas - Fundada em 1789
40 - Barbacena - Campo das Vertentes - Fundada em 1791
41 - Itutinga - Campo das Vertentes - Fundada em 1794
42 - Campanha (Sul de Minas) e Paracatu (Noroeste de Minas) - Fundadas em 1798

terça-feira, 5 de junho de 2018

O Rio do Peixe e a cidade de Botumirim

(Por Arnaldo Silva) Botumirim é uma pacata cidade do Alto Jequitinhonha com pouco mais de seis mil habitantes, na continuação da Serra do Espinhaço, já na Serra do Cantagalo. (fotografia acima de Eduardo Gomes e abaixo de Lucas Alves do Rio do Peixe)
          Botumirim MG faz divisa com os municípios de Grão Mogol, Itacambira, Bocaiúva, Turmalina, Leme do Prado, José Gonçalves de Minas e Cristália. De Botumirim a Belo Horizonte são 575 km. De Montes Claros a Botumirim, são apenas 168 km.
          A cidade (na foto acima de Wilson Ferreira Santos) é banhada pelo Rio Itacambiruçu, sua principal fonte de água. Este rio também é um dos responsáveis por abastecer a represa da hidrelétrica de Irapé.
          O município é repleto de belezas naturais como cachoeiras, formações rochosas com milhões de anos, fauna e flora exuberantes.(foto acima de Eduardo Gomes)
          Uma das paisagens que mais se destaca no município e uma das mais procuradas por turistas é o Rio do Peixe.(foto acima de Eduardo Gomes) Distante apenas 12 km do centro da cidade. 
          Sua beleza é impressionante e impactante ao primeiro olhar. (foto acima de Eduardo Gomes) É um dos mais belos espetáculos naturais de Minas Gerais, com água limpa, pura, cristalina. Em suas margens e entorno, formações rochosas impressionam, e mais parece paisagem lunar. 
           A área toda em torno do Rio do Peixe exibe uma rica flora nativa da região do Espinhaço, destacando-se as sempre-vivas e plantas carnívoras (na foto acima de Eduardo Gomes)
          Estar no Rio do Peixe é como estar fora do planeta, vivenciando uma paisagem sem igual. (foto acima de Marcelo Santos) Suas águas são tão limpas que é possível ver a festa dos pequenos lambaris e outros peixes, bem como a beleza estonteante do reflexo do céu e nuvens em suas águas.
          Não só as águas do Rio do Peixe são limpas, os bancos de areia formados pelos rios, proporcionam praias fluviais com uma fina e branquíssima areia branca (na foto acima de Wilson Ferreira Santos).
          O lugar é ideal para que busca sossego, descanso, caminhadas, contemplação e contato mais profundo e íntimo com a natureza, passando dias e noites, acampado em uma barraca, sobre a areia fina e branca das margens do Rio do Peixe.(foto acima de Eduardo Gomes) Para os que gostam de camping e natureza plena, é o lugar ideal. 

Receita de Caçarola Mineira

(Por Arnaldo Silva) A Caçarola é um "bolo-pudim" muito tradicional em Minas Gerais, tanto é que até parece que nasceu aqui, em Minas, mas sua origem não é mineira e sim italiana. A receita original foi adaptada à culinária mineira desde o século passado. 
          Na receita original, usa-se parmesão. Já na receita mineira, Queijo Minas meia cura. 
          Como não existia naqueles tempos as fôrmas de pudim e bolos como temos hoje, a guloseima era feita em caçarolas comuns, usadas no preparo das comidas. Por isso o nome, "caçarola". 
          Veja a nossa receita e se delicie com nossa caçarola.
INGREDIENTES
. 1 litro de leite integral
. 10 ovos 
. 350 gramas de queijo Minas meia cura ralado
. 1 1/2 xícara (chá) de açúcar 
. 500 gramas de farinha de trigo + ou -
. 1 colher (chá) de manteiga 
Cobertura (opcional): coloque em uma panela 1 xícara cheia de açúcar cristal, água e derreta, acrescente coco ralado, misture bem e reserve.
MODO DE PREPARO
- Coloque no liquidificador os ovos, o leite, o queijo, a manteiga, o açúcar e a farinha de trigo e deixe batendo por 5 minutos. 
- Se a massa ficar muito mole, acrescente mais um pouco de farinha de trigo
- Desligue e deixe a massa descansando por 10 minutos
- Unte uma fôrma com manteiga e farinha de trigo, despeje a massa e leve em forno pré-aquecido a 180ºC e deixe assando até começar a dourar.
- Quando estiver bem assada, espalhe, se preferir,  a cobertura sobre a Caçarola, com a ajuda de uma colher. Espere esfriar, corte e sirva.
(fotografias de autoria de Arnaldo Silva - Bom Despacho MG)

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Diferença de Goiabada Cascão e goiabada comum

(Por Arnaldo Silva) A goiabada é sem dúvida um dos mais saborosos doces de Minas Gerais. Em parceria com o Queijo Minas, forma uma dupla irresistível. A questão é que poucos sabem o que é goiabada cascão e a diferença dessa goiaba para a goiabada comum.(fotografia acima de Nilza Leonel em Vargem Bonita MG)
          Para entender melhor isso, temos que conhecer a história da origem da goiabada. (foto acima de Ane Souz em São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto MG) Esse doce nasceu nas senzalas mineiras, como boa parte de nossas receitas. Acredita-se que a origem da goiabada cascão seja a região do Sul de Minas, se expandindo para todo o Estado a partir da região do Campo das Vertentes que era a região mais habitada de Minas no período colonial.
          As cozinheiras escravas dominavam muito bem a arte de fazer doces, já que para a cozinha da grande grande, elas eram escolhidas à dedo. Era comum os senhores de escravos retirarem o melhor da comida para si e o resto que não comiam, davam a seus escravos. 
          No caso da goiaba, a casca era retirada, bem como as sementes e dadas aos escravos. Com os senhores ficava a melhor parte, a polpa. Os escravos pegavam a casca e as sementes e cozinhavam com pouco de água. Como a fruta já tinha açúcar, ficava doce e com o cozimento ficava consistente e com cascas e pedaços aparecendo.
          Por isso os próprios escravos chamavam o que faziam  de goiabada com casca. Vendo aquele doce no tacho, os brancos começaram a experimentar e gostaram. Como não ficava muito doce, colocaram açúcar e pediram para retirar as sementes, ficando bem melhor e permitiram aos escravos colocar a polpa da fruta também. As cascas ficavam grandes e bem à mostra no doce e por isso, de goiabada com casca, começaram a chamar o doce de goiabada cascão. Assim é até hoje o nome e a forma de fazer esse doce. (na foto acima do Arnaldo Silva, o doce feito em Bom Despacho MG) 
          A goiabada se popularizou e se tornou uma das principais receitas mineiras. A receita saiu das senzalas e foi para  mesa dos senhores se tornando uma tradição de Minas, há mais de 200 anos adoçando o paladar de Minas e agora do Brasil. 
          Até pouco tempo atrás, era comum fazerem doces nas cozinhas de Minas, tanto nas fazendas, como nos quintais das pequenas cidades mineiras, que sempre tinham fogão a lenha e um pomar no quintal e claro, não faltavam no pomar, pés de goiaba. Mas essa tradição foi se reduzindo com o êxodo rural e as dificuldades de ter, nas cidades grandes, fogão a lenha e encontrar goiabas.
          A forma tradicional de se fazer goiabada hoje  ainda existe nas cidades do interior, mas em menor escala. A produção é tradicional e mantida da forma original em São Bartolomeu (na foto acima de Ane Souz), distrito de Ouro Preto, considerada a terra da goiabada cascão. Andando pelas ruas é comum sentir o cheiro do doce feito em tacho de cobre exalando pelas janelas das cozinhas. Praticamente todo morador de São Bartolomeu produz o doce. Após a colheita da goiaba, no final de verão, começam a produzir goiabada. Entre abril e maio acontece a Festa da Goiabada Cascão no distrito, bastante famosa e tradicional. 
           A diferença clara da Goiabada Cascão para a goiabada é: Goiabada Cascão original é feita no tacho de cobre, fogão a lenha, usando açúcar e pedaços de goiaba com a casca da fruta e tem o sabor da goiaba mais acentuado e natural.
          O tacho de cobre é de grande importância para definir a cor brilhante e textura natural do doce porque esse metal garante a difusão correta do calor, permitindo chegar ao ponto correto do doce.  Resumindo, se não foi feita em tacho de cobra, não pode ser considerada goiabada cascão. 
           Já a goiabada industrial é feita com a polpa  da fruta, sem a casca, cozida em fogão industrial, em panelas de alumínio e em alguns casos, usam conservantes. Geralmente essas goiabadas industriais não vem com o nome cascão, somente goiabada, justamente por não usar tacho de cobre e a casca da goiaba. 

sexta-feira, 1 de junho de 2018

As 20 maiores cidades de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Dos 853 municípios mineiros, 794 possuem menos de 50 mil habitantes. Entre os municípios mais populosos, alguns se destacam pela industrialização e crescimento constante, tanto em termos de economia e de qualidade de vida, oferecida a seus moradores. Algumas dessas cidades são importantes não só para Minas, mas para o Brasil.
          Você vai saber quais são as 20 cidades mineiras mais populosas de Minas Gerais, de acordo com o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas de 2022. 
1º Belo Horizonte - 2 315.560 habitantes
           A maior cidade de Minas Gerais é a Capital, Belo Horizonte (na foto acima Elvira Nascimento), com 2.315.560 habitantes em 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital dos mineiro e ainda a terceira cidade mais populosa da Região Sudeste e o sexto município mais populoso do Brasil. 
2º Uberlândia - 713.224 habitantes 
          Uberlândia, ( na foto acima da Cris Ferreira) é o segundo maior município mineiro, com 713.224 habitantes em 2022 segundo o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É ainda o município mais populoso do Triângulo Mineiro, o quarto mais populoso do interior do Brasil, sendo maior inclusive que as capitais Vitória-ES, Aracaju-SE, Florianópolis-SC e Cuiabá-MT.
3º Contagem - 621.865 habitantes
          Contagem, (na foto acima do John Brandão - In Memoriam), está colada a Belo Horizonte, contando com 621865 habitantes, segundo estimativa do IBGE em 2022.          
4º Juiz de Fora - 540.756 habitantes
          Juiz de Fora (na foto acima do Marcelo Melo) faz parte da Zona da Mata Mineira, distante 283 km de Belo Horizonte. Segundo o IBGE, em 2022, Juiz de Fora contava com 540.756 habitantes. 
5º Montes Claros 414.240 habitantes
          Montes Claros, (na foto acima do Márcio Pereira/@dronemoc) no Norte de Minas, está a 422 km de Belo Horizonte, contando com 414.240 habitantes em 2022, segundo dados do IBGE.
6° Betim - 411.859 habitantes
          Betim, (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), distante 34 km de Belo Horizonte. Contava com 411.859 habitantes em 2022, segundo o IBGE.
7º Uberaba - 337.846 habitantes 
          Uberaba, (na foto acima do Jorge Nelson) pertence à Região do Triângulo Mineiro. Sua população em julho de 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, era de 337.846 habitantes, sendo o oitavo município mais populoso do estado e o 83º mais populoso do Brasil.     
8º Ribeirão das Neves - 329.794 habitantes
          Distante 37 km de Belo Horizonte, Ribeirão das Neves contava com 329.794 habitantes em 2022, conforme dados do IBGE. (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade, a Paróquia de Nossa Senhora das Neves) 
9º Governador Valadares - 257.172 habitantes    
          Governador Valadares, (na foto acima do Zano Moreira, está na região do Vale do Rio Doce, a 320 km da Capital. Sua população em 2022, segundo Censo do IBGE, era de 257,172 habitantes. 
10º Divinópolis - 231.091 habitantes  
          Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Divinópolis (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade) com com 231.091 habitantes em 2022, sendo o mais populoso município da Mesorregião do Oeste de Minas e o 12ª município mais populoso de Minas, distante 130 km de Belo Horizonte.
11º Ipatinga - 227.731 habitantes       
          Ipatinga, distante 200 km de Belo Horizonte, é a Capital do Vale do Aço, com 227.731 habitantes em 2022, segundo o IBGE, sendo o município do 11º mais populoso do Estado.
12º Sete Lagoas - 227.360 habitantes              
          Polo industrial, distante apenas 72 km de Belo Horizonte, Sete Lagoas, na foto acima do Edson Borges, conta com 227.360 habitantes, em 2022 segundo o IBGE.
13º Santa Luzia  - 218.805 habitantes
          Situada à 18 km de Belo Horizonte, Santa Luzia (na foto acima de Thelmo Lins) pertencente à Região Metropolitana de Belo Horizonte, com população de 218.805 habitantes, em 2022, de acordo com a estimativa do IBGE.
14º Ibirité - 170387 habitantes
          Ibirité conta com 170.387 habitantes (IBGE/2022) (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade). Integra a Região Metropolitana de Belo Horizonte, distante apenas 25 km da Capital
15º Poços de Caldas - 163.742 habitantes          
          Poços de Caldas (na foto acima de Conceição Luz) fica no Sul de Minas. Segundo estimativa do IBGE é o 15º município mais populoso do estado. Sua população em julho de 2022 foi de 163.742 habitantes. 
16º Patos de Minas - 159.235 habitantes 
          Distante 415 km de Belo Horizonte, Patos de Minas (na foto acima do @dronemoc) pertence a região do Alto Paranaíba. Segundo o IBGE, sua população em 2022 era de 159.235 habitantes.       
17º Pouso Alegre - 152.212 habitantes          
          Pouso Alegre (na foto acima do Fernando Campanella) faz parte da Região Sul de Minas Gerais, distante 373 km da Capital. A população segundo o IBGE é de 52.212 habitantes, sendo o 2º município mais populoso do Sul de Minas e o 17º do estado de Minas Gerais. 
18º Teófilo Otoni - 137.418         
          Teófilo Otoni (na foto acima do Barbosa) pertence à Mesorregião do Vale do Mucuri e Microrregião de Teófilo Otoni e localiza-se a nordeste da capital do estado, distando desta cerca de 450 km. Sua população foi estimada em 137.418 habitantes em julho de 2022.
19° Varginha - 136.721 
          O munícipio de Varginha faz parte da Região Sul de Minas e está a 320 km de Belo horizonte. Sua população, segundo o Censo Demográfico do IBGE em 2022 é de 136.721 habitantes. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
20° Conselheiro Lafaiete - 131.621 habitantes
          Conselheiro Lafaiete está a 96 km de Belo Horizonte, na Região Central do Estado. Faz limite territorial com os municípios de Congonhas, Ouro Branco, Itaverava, Santana dos Montes, Cristiano Otoni, Queluzito e São Brás do Suaçuí. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade)
          A lista dos mais populosos municípios mineiros segue:
21° - Sabará - 129.372 habitantes
22° - Vespasiano - 129.246
23° - Barbacena - 125.317
24° - Araguari - 117.808
25° - Itabira - 113.343
26° - Passos - 111.939
27° - Nova Lima - 111.697
28° - Araxá -111.691

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