Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

O casarão da Fazenda Santo Antônio em Esmeraldas

(Por Arnaldo Silva) Esmeraldas é uma cidade com cerca de 72 mil habitantes e distante, 60 km de Belo Horizonte. Surgiu no final do século XVIII com a formação de um pequeno arraial, por fim, elevado a distrito, com o nome de Santa Quitéria, a partir de 1832/1891. Era subordinado a Sabará, permanecendo nessa condição até ser elevada à Vila em 16 setembro de 1901, com o nome de Vila de Santa Quitéria. Foi elevada à cidade em 1925, tendo adotado o nome atual em 1943. 
          Dos tempos coloniais, Esmeraldas guardas relíquias em sua arquitetura, em destaque para o Casarão da Fazenda Santo Antônio, apenas 4 km do Centro da Cidade. 
          O casarão foi erguido entre os anos de 1816 e 1822, de forma planejada, seguindo o requinte e luxo, tradicional das construções coloniais da época. São dois pavimentos, com blocos de adobe, com vigas e assoalho em madeira, fachada principal com vãos em cada pavimento, sacadas na parte superior e pinturas decorativas datadas de 1822. Em 1831, outras pinturas foram feitas, sobrepondo-se às primeiras, tendo sido eliminadas no início do século XX, com novas pinturas sendo feitas em 1942.
          Foi construído para ser a residência do Visconde de Caeté, José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, (nasceu em Santa Quitéria em 1770 — faleceu em Caeté, 10 de fevereiro de 1838). Fazendeiro, formado em direito e medicina pela Universidade de Coimbra,  no casarão, o Visconde trabalhava e vivia com sua esposa e seus 10 filhos.
          Nomeado pelo Imperador Dom Pedro I, em 25 de novembro de 1823, como presidente da Província de Minas Gerais (cargo equivalente hoje de Governador do Estado), ocupou o cargo até 1827, tendo sido o primeiro presidente da Província de Minas. Em 2 de janeiro de 1826 recebeu o título de Barão de Caeté e meses depois, de Visconde de Caeté, tendo assumido a condição de senador do Império, ocupando o cargo de 6 de junho de 1826 até 1838. 
          Pela importância política do Visconde, o casarão tem um significado maior para Minas. Não é apenas mais um suntuoso e imponente casarão, como tantos construídos na época. Era a residência do presidente da Província (Governo) das Minas Gerais e um dos políticos de maior influência durante as primeiras décadas do Império. Foi José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, um dos responsáveis por pressionar Dom Pedro I a ficar no Brasil, tendo participação importante da data histórica brasileira, o “Dia do fico”, quando Dom Pedro I, decidiu permanecer no país, em 9 de janeiro de 1822. 
          Por esse motivo é um dos bens de grande valor arquitetônico e histórico para a cidade e Minas Gerais, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) em 2004.
          De passagem pela região e hospedando-se no casarão, Saint-Hilaire (Orleães, 4 de outubro de 1779 — Orleães, 3 de setembro de 1853) um botânico, naturalista e viajante francês, deixou sua impressão sobre o Presidente da Província de Minas Gerais: "Eu me hospedei na Capital do Rio das Velhas (Sabará) na casa do Senhor José Teixeira, então Juiz de Fora e Intendente do Ouro [...] O Sr. Teixeira é um homem de quarenta e alguns anos, rico e uma figura bastante gentil. Nascido nas Minas, ele fez os seus estudos em Coimbra e sua conversação era muito agradável. É raro ter uma reputação melhor que Sr. José Teixeira tem, em todo ponto que se vai, ele é reconhecido pelo seu saber e pela sua humanidade, seu desinteresse, sua candura, seu amor pela justiça, sua visão e patriotismo por seu pai." 
          Durante sua existência, o casarão pertenceu a vários proprietários com a fazenda produzindo café, laranja, banana, farinha, polvilho e leite. Hoje carece de uma reforma completa. 
          Com esse objetivo, foi criada a Associação do Casarão Santo Antônio (Acasa), tendo como presidente Neiva Cristina Lara Lacerda, representante da família proprietária da fazenda atualmente. Seus proprietários, pretendem restaurar o casarão e transformá-lo numa casa de cultura. 
          É uma reforma que demanda tempo, mão de obra especializada e dinheiro. A associação vem buscando apoio da Prefeitura, Governo de Minas, Assembleia Legislativa, IEPHA e outras entidades, visando obter recursos para custear a reforma.
           Com esse objetivo, são realizados eventos culturais e artísticos no terreiro do casarão, como por exemplo o “Musarau”, acima, promovido pela Prefeitura em parceria com a Acasa. 
As fotos e informações para esta reportagem foram enviadas pelas Acasa, através da Maria do Carmo Lara.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Pedra Grande: o charme das bucólicas vilas mineiras

(Por João Avelar/texto e fotos) Pedra Grande é um pitoresco e pacato distrito de Almenara MG, no Vale do Jequitinhonha. Pedra Grande, a mão do Criador em prol da natureza exuberante.
          O Distrito de Pedra Grande, município de Almenara, Nordeste de Minas Gerais, é desses lugares onde existe uma sinergia inigualável, onde também o Supremo Criador foi de uma Bondade infinita, proporcionando naquele cenário bucólico, uma natureza singular no planeta terra.    
           Ali, se observarmos bem, flui uma energia poderosa, naturalmente, tanto de sua gente acolhedora quanto das rochas que cercam aquela lugar.  
          A pedra, alias, as pedras, localizadas a poucos metros do perímetro urbano, são monolitos de rara beleza, formados por dois tipos de rochas distintas, qual seja à base de gnaisse e o topo de granito. 
          Conhecer Pedra grande nos dá uma sensação de que o Criador (Deus todo Poderoso) gastou algumas horas para emoldurar paisagem tão linda, cuja mão do homem entrou em certa ocasião para elevar casarões também de beleza singular. Conta, os mais antigos, que o lugar era paragem para os tropeiros que vinham do Sul da Bahia rumo ao Nordeste de Minas, principalmente com destino a Almenara, Nanuque, Teófilo Otoni e outras cidades de Minas Gerais. Comenta-se, e é fato verídico, que na década de 70 do Século passado, alguns alpinistas, vindos do Rio de Janeiro, escalaram a pedra mais aguda, conhecida como pé-da-pedra, numa subida que foi acompanhada atentamente pelos moradores, assim como descreve Dona Gildete Fernandes e o Sr. Noildo Justiniano Moreira, crianças à época, que não tinham noção da aventura humana naquela época inesquecível. 
        Hoje, depois de quase quatro décadas, eis o Distrito de Pedra Grande ganhando visibilidade, a atrair muita gente para seu aconchego, através do Encontro dos pedra-grandenses e Amigos, projeto idealizado pela Associação Comunitária dos Moradores de Pedra Grande – ASCOMPEG, tendo o apoio de toda coletividade, causa abraçada com fervor pelo vereador Israel Silva Araújo e tantos outros filhos da terra. É sonho - e pode se tornar realidade - rapel, ou uma tirolesa , de uma pedra a outra, num percurso de 800 metros, das pedras (vamos nomeá-las de Zumba e Mandela, em homenagem a Zumbi dos Palmares e Nelson Mandela), para atrair aventureiros de todo o Brasil e do Mundo. 
        Garanto que, diante do cenário maravilhoso, achemos apoiadores para essa, como diríamos, tarefa hercúlea, que naturalmente motivará o turismo na nossa querida Pedra Grande. As fotos captadas por mim durante visitas à comunidade servem de inspiração para sonharmos mais alto. 

terça-feira, 22 de maio de 2018

A origem do nome de Barbacena

(Por Arnaldo Silva) Sua população, de acordo com o Censo do IBGE é de 125.317 habitantes e está na região dos Campo das Vertentes. É um grande produtor de frutas e de flores. Se destaca como centro de ensino, com expressiva influência regional, tendo também um comércio diversificado. Barbacena fica na Serra da Mantiqueira, distante 169 quilômetros da capital do estado, Belo Horizonte. (foto abaixo de Wagner Rocha, o Centro de Barbacena)
          Barbacena é uma das mais belas e antigas cidades de Minas.
Foi fundada em 14 de agosto de 1761. Tem história e participação ativa nos principais fatos históricos do Brasil Colonial, Imperial e Republicano. Mas porque o nome Barbacena?
A origem do nome
          Em Elvas, na região do Alentejo, em Portugal, tem uma povoação cuja origem e história se perde nos séculos. Seus primeiros habitantes foram os bárbaros, dai a denominação "Bárbaris Sena" ou seja, "Povoação de Bárbaros. Essa povoação foi vila e sede de concelho entre 1273 e 1837. Era constituída apenas pela freguesia da sede e tinha 832 habitantes em 1801. O Rei de Portugal Dom Sancho II elevou o povoado a Vila. Coube ao Rei Dom Manuel reconhecê-la como Vila em 1808, sendo denominada Barbacena. Em 1936, Salazar inaugurou em Barbacena a primeira casa do povo de Portugal. Em 2011 contava com 663 habitantes. Em 2013 o distrito foi extinto e agregado à freguesia de Vila Fernando, formando uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Barbacena e Vila Fernando, da qual Barbacena é a sede.
          A Barbacena portuguesa localiza-se a 15 km de Elvas, 7 km de São Vicente e Ventosa, 5 km de Vila Fernando, 20 km de Monforte, 9 km de Santa Eulália, 22 km da Espanha e 220 km de Lisboa. (abaixo, foto antiga de Barbacena MG - autoria não identificada)
Por qual motivo temos em Minas uma cidade com esse nome também?
          A Barbacena mineira se chamava Arraial da Igreja Nova. Em 14 de agosto de 1791 foi criada a Vila e erigido o Pelourinho.
          Nessa época governava a Província das Minas Gerais era o Visconde Luiz Antônio Furtado de Mendonça que era português, natural de Barbacena. Por isso nome escolhido foi Barbacena, em homenagem ao Visconde de Barbacena.

          Visconde na época era um título de nobreza inferior ao de conde e superior ao de barão. Cabia ao visconde substituir o conde na administração do seu condado. Em outras palavras era o vice imediato do conde. (a imagem acima mostra escravos em dia de Festa do Rosário em frente a senzala em uma fazenda não identificada em Barbacena no ano de 1884, de autoria de Ruy Santos.)
          Luiz Antônio Furtado de Mendonça era Visconde de Barbacena, em Portugal. Um homem culto, inteligente, especialista em ciências e mineralogia, tendo também participação ativa na repressão da Coroa Portuguesa ao movimento da Inconfidência Mineira. Retornou a Portugal e lá ficou, mesmo com a fuga do Rei e nobres portugueses em 1808, quando Portugal foi invadida e dominada por Napoleão Bonaparte, permaneceu em sua terra, sendo preso pouco tempo depois pelos franceses. 

sábado, 19 de maio de 2018

Itamarandiba: uma das mais antigas cidades de Minas

(Por Arnaldo Silva) Fundada em 24 de junho de 1675, Itamarandiba, cujo nome indígena significa "pedra miúda que rola juntamente com as outras", foi uma das primeiras povoações de Minas Gerais e a primeira do Vale do Jequitinhonha, no Nordeste mineiro. Quando de sua origem, no final do século XVII, se chamava Arraial de São João Batista, elevado a freguesia, depois a distrito em 1840 e município emancipado em 1862. A cidade guarda traços e história dos tempos do Brasil Colônia, mas diferente das demais cidades oriundas do século XVII e XVIII, a povoação de Itamarandiba não teve origem somente nos bandeirantes portugueses, mas também em alemães e franceses. 
          Na região, alemães e franceses fundaram o arraial de Penha de França, em 1653, hoje distrito, antes mesmo da chegada dos portugueses e fundação do Arraial de São João Batista, que deu origem à cidade de Itamarandiba. (na foto acima de Sérgio Mourão, a Matriz de São João Batista)
           Franceses e alemães vieram para a região com o mesmo objetivo dos portugueses, encontrar ouro e outras pedras preciosas, fixando residência no arraial que fundaram. Tanto os portugueses, quantos os alemães e franceses, deixaram um pouco de suas culturas, tradições, arquiteturas e religiosidade, presentes ainda hoje no município, com destaque para os casarões da Rua Padre João Afonso e na Praça Dr. Alphonso Pavie, Largo do Souza, Rua Tiradentes, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Igreja de São João Batista, bem como charme e beleza colonial de seus distritos Penha de França (na foto abaixo de Sérgio Mourão), Contrato, Padre João Afonso e Santa Joana. 
          Hoje, Itamarandiba tem pouco mais de 35 mil habitantes, cidade que ao longo dos anos, vem conquistando boa infraestrutura urbana e desenvolvimento rural, sendo um dos principais municípios da região e um dos mais emergentes em Minas Gerais.
            Sua economia é baseada em pequenos comércios, prestação de serviços, na agropecuária, agricultura familiar e na produção de mel, sendo Itamarandiba um dos maiores produtores de mel de Minas, chamada de “Capital Mineira do Mel”. Se destaca ainda como um dos polos da silvicultura no país, sendo por isso conhecida também como “Capital do Eucalipto”, produzindo uma média de 30 milhões de mudas de eucalipto por ano. (foto de Sérgio Mourão)
          Faz divisa com os municípios de Aricanduva, Carbonita, Capelinha, Senador Modestino Gonçalves, Veredinha, Rio Vermelho, São Sebastião do Maranhão, Coluna, Frei Lagonegro, Felício dos Santos e São Pedro do Suaçuí. Distante 406 km de Belo Horizonte, com uma área territorial que abrange o bioma Cerrado e Mata Atlântica, tendo como destaque natural grandes chapadas, a Serra do Espinhaço, uma das reservas mundiais da Biosfera, reconhecida pela UNESCO e o Parque Estadual da Serra Negra, uma das mais belas e bem preservadas reservas naturais da região, sendo um dos maiores atrativos naturais de Itamarandiba. (foto abaixo de Sergio Mourão)
          Por suas belezas naturais, história, riqueza mineral e arquitetura colonial, é uma cidade com grande potencial turístico e ainda conta com um rico calendário festivo anual com destaque para a Expoita, uma das maiores exposições agropecuárias da região, a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, as encenações da Semana Santa, as celebrações do Corpus Christi, o Carnaval, as festividades de fim de ano, a Festa de Nossa Senhora da Penha de França, em setembro, o aniversário da cidade em 24 de junho, são alguns eventos de destaque, que movimenta a comunidade e a economia na cidade. 
          Itamarandiba se destaca por organizar uma das melhores feiras da região com produtos da agricultura familiar, além de diversos produtos oriundos do Cerrado e Mata Atlântica. (na foto acima de Sérgio Mourão, a tradicional Feira do Mercado) É uma das mais importantes feiras do nordeste mineiro e uma das mais antigas também. Tem tradição secular e familiar. É mais que uma feira, é local de encontro dos itamarandibanos, que se encontram na Praça dos Agricultores, local da feira, todos os sábados pela manhã para uma conversa com amigos ou mesmo, passeio em família para conhecer os produtos feitos nas fazendas do município. 
          Além da feira aos sábados, nas quintas-feiras acontece também na cidade a Feira do Artesanato, também conhecida como “Forró dos Velhos”, onde são expostos artesanato do Vale do Jequitinhonha, bem como a culinária local e com o atrativo de ter muita música, alegrando os presentes. (na foto acima de Sérgio Mourão, mostra do artesanato local, feito com argila. Não está errado não gente, a escrita foi em mineirês) 
          Por falar em culinária, a gastronomia itamarandibana é riquíssima, tradicional, colonial e mineiríssima com as nossas principais receitas, presentes em nossa mesa há mais de três séculos, além das delícias que os frutos do Cerrado e Mata Atlântica possibilitam fazer como doces, compotas, sucos, farinhas, etc.

Conheça Andrelândia: cidade histórica no Sul de Minas

(Por Arnaldo Silva) Cidade tipicamente mineira, com hábitos tradicionais no estilo de vida urbano e rural, a charmosa Andrelândia, no Sul de Minas, a 300 km de Belo Horizonte, com  11.925  habitantes, segundo Censo do IBGE, é uma das relíquias históricas de Minas Gerais. 
          O município se destaca por sua mineiridade, preservação de suas tradições, como por exemplo, dos carros de bois, como podem ver abaixo, desfile tradicional no Centro Histórico da cidade, reunindo dezenas de carreiros, além de sua ótima gastronomia e pela preservação de seu patrimônio histórico. (fotografia acima de Cláudio Alves Salgado de desfile de carros de bois no centro de Andrelândia)
Economia
         A economia da cidade é baseada em pequenos comércios, na prestação de serviços, no turismo, na agricultura, com destaque para a pecuária leiteira, produção de mel, cultivo de café, frutas silvestres e a cana de açúcar, e ainda de pequenas indústrias como o Laticínio Flor de Andrelândia Ltda e a Seixas Pré-moldados Indústria e Comércio Ltda, dentre outros pequenos segmentos como pousadas, hotéis e restaurantes. 
Origem da cidade
          Sua origem começa no século XVIII com a chegada de bandeirantes e portugueses à região para exploração de ouro e na produção agrícola. Por iniciativa de um dos pioneiros da região, André da Silveira, rico fazendeiro, que sentiu a necessidade da presença da igreja na região, construiu um templo dedicado à Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação, com autorização do Bispado de Mariana, responsável à época pelas ações religiosas de boa parte de Minas Gerais. (foto acima de Rafael Siqueira)
          A igreja foi construída no local chamado de  Turvo Pequeno e teve a bênção católica em 1755. Ao redor da ermida começou a surgir casas, formando assim um pequeno arraial, chamado de Arraial do Turvo, tendo a igreja sido elevada a paróquia em 1827 e o arraial, elevado a Vila em 20 de julho de 1864, data que marca a fundação da cidade com o nome de Vila Bela do Turvo, tendo adotado o nome de Andrelândia, a partir de 19 de setembro de 1930, em homenagem ao fazendeiro, um dos primeiros moradores da região e por sua iniciativa de construir a igreja e o arraial,  André da Silveira.
Cidade histórica e turística
          Por ser uma cidade histórica, com seu casario conservadíssimo e história preservadas, Andrelândia, (na foto acima do Rafael Siqueira), se destaca no turismo, não só por sua arquitetura, mas também pela religiosidade de seu povo, presente nas festas de São Benedito, de São Sebastião e de Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação, na Folia de Reis e Semana Santa.
          Os imponentes casarões, na região central, impressionam por sua beleza, como os da (foto acima do Rafael Siqueira). Além dos casarões em estilo barroco e casario eclético, suas igrejas são destaque, sendo algumas construídas nos tempos do Império.
A Matriz
          A Matriz de Nossa Senhora do Porto da Eterna Salvação, na foto acima, a parte frontal e abaixo, os fundos, (ambas as fotos de de autoria de Marcelo Lagatta/@marcelo.lagatta), é o marco original da cidade.
          Planejada pelo arquiteto Lúcio da Costa, construída em estilo barroco e ornamentação em estilo Rococó, foi erguida no final do século XVIII, sendo uma das mais importantes igrejas do período barroco. Outra igreja em destaque é a de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, construída por volta de 1817. 
Igreja de São Benedito
          Em 15 de dezembro de 1989, foi inaugurada a igreja em honra a São Benedito, no bairro Areão, totalmente diferente da arquitetura barroca das igrejas das igrejas e casarões coloniais de Andrelândia, bem como da capela anterior.
          O templo substituiu a antiga capela de São Benedito, inaugurada em 27 de dezembro 1936. Em seu lugar, foi construído, sobre a coordenação do padre José Tibúrcio, um novo templo, em estilo moderno e bem exótico, que chama a atenção por sua fachada, como podem ver na (foto do Rafael Siqueira).
          Da antiga capela, simbolizando a mão de Jesus, com os dedos indicador e médio, os maiores, apontando para o céu, os dedos anelar e mínimo, para os fiéis, na entrada do templo e o polegar, fechado. A mão imita o gesto acolhedor de Jesus, segundo a visão do padre José Tibúrcio.
Vinhos, tradição gastronômica e artesanato
          Além do charme da cidade, da beleza de sua arquitetura colonial, tradições, da sua rica culinária, em Andrelândia são produzidos também vinhos de alta qualidade, com destaque para os vinhos da Vinícola ABN, uma das melhores vinícolas do Estado. (fotografia acima do Rafael Siqueira)
          Além disso, em Andrelândia, encontra-se um variado e rico artesanato em colchas, caminhos de mesa de crochê, flores feitas com palha de milho seca, peças feitas em teares, dentre outras belezas da riqueza e criatividade dos artesãos locais, feitos com matérias primas encontradas na região, retratando a cultura e tradição do povo andrelandense.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Fazenda São José da Vargem em Baependi MG

          Um pedaço de nossa história conservada por sete gerações. São memórias gravadas nos portais e nas paredes centenárias, capazes de nos transportar no tempo e contar histórias de vida e de gente.
          Tudo isso no sul de Minas Gerais, no pé da serra da Mantiqueira. A fazenda construída por um português Sr. Machado há mais de 300 anos , posteriormente adquirida por João de Souza, permanece na mesma família por sete gerações.
          A arquitetura da casa foi preservada praticamente a mesma durante esse tempo, conservando em sua estrutura a engenharia da época e a forma de vida dos antepassados.
          O imóvel possui 19 cômodos, 35 janelas com 1120 vidros. As paredes feitas de adobe e pau a pique reserva um grande espaço  no porão, onde ficava a senzala.
          Dentro da casa há uma ermida onde celebravam as missas, batizados e casamentos.
          Atualmente a Fazenda São José da Vargem é aberta a visitação desde que a visita seja agendada previamente.
Café da Tarde Típico Mineiro
          Neste recanto encantador, as banqueteiras da fazenda resgatam o velho hábito de servir pães, doces, bolos e biscoitos acompanhados de broa e de boa prosa com um saboroso café e sucos. Tudo feito no lendário fogão a lenha, que permanece no formato original.
          Da mesma forma é preservada a forma de cozinhar dos antepassados, onde receitas exclusivas são feitas e degustadas pelo visitante. Hoje, aberta ao público, a fazenda oferece um saboroso e famoso café mineiro. Tudo servido com muito requinte.
          As mesas coloniais cobertas por toalhas de renda branca suportam as belas porcelanas chinesas, nas quais são servidas as refeições e foram compradas na época da monarquia para receber a visita de Dom Pedro II.
          Como ele nunca apareceu, os herdeiros nascidos e crescidos em plena República usufruem das relíquias das requintadas peças, hoje compartilhada com o público que visita a fazenda.
Fazenda São José da Vargem – contatos:Telefones (35) 3343-1000 // (35) 3343-1095
celular (35) 99134-1261 // (35)98844-3259 // (35) 98893-7362
e-mails: meirelles.in@gmail.com // italanicoliello@bol.com.br

Todas as fotos desta postagem são de autoria de Dalton Maciel

terça-feira, 8 de maio de 2018

Capitólio: a rainha dos Lagos de Minas

(Por Arnaldo Silva) O Lago de Furnas possui 1.440 km², equivalente a 4 vezes o tamanho da Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro. Milhares e milhares de quilômetros de terras férteis e cidades foram inundadas para dar lugar à represa de Furnas. (na foto abaixo de João Pedro Balbino/@joaopedrob73, portal de Capitólio)
           Se a região perdeu em terras, ganhou em beleza, pela paisagem que o lago artificial passou a proporcionar, alavancando o turismo nas cidades que fazem parte do Lago de Furnas que são 34:Aguanil, Alfenas, Alpinópolis, Alterosa, Areado, Boa Esperança, Cabo Verde, Camacho, Campo Belo, Campo do Meio, Campos Gerais, Cana Verde, Candeias, Capitólio, Carmo do Rio Claro, Coqueiral, Cristais, Divisa Nova, Elói Mendes, Fama, Formiga, Guapé, Ilicínea, Itapecerica, Nepomuceno, Paraguaçu, Perdões, Pimenta, Ribeirão Vermelho, São João Batista do Glória, São José da Barra, Três Pontas, Varginha.
          Muitas dessas cidades se transformaram em verdadeiros cartões postais de Minas como a cidade de Capitólio, a mais badalada de todas.
          Conhecida por "Rainha dos Lagos", Capitólio fica a 275 km de Belo Horizonte, 430 km de São Paulo, 620 km do Rio de Janeiro, 359 de Campinas e 224 km de Ribeirão Preto. É uma das cidades banhadas pelo Lago de Furnas que mais se destaca no turismo devido a sua beleza original e pelas fendas naturais abertas em vários pontos montanhosos do município. (foto acima do João Pedro Balbino/@joaopedrob73)
          Com as águas da represa, essas vendas se transformaram em enormes cânions, deixando à vista, lindas cachoeiras e poços com água limpa, cristalina. (fotografia acima do Pedro Beraldo)       
          A cachoeira mais famosa e mais procurada é a Cachoeira Lagoa Azul, as margens da MG 050. A Cachoeira Lagoa Azul, embora seja verde, encanta pela beleza, pela água limpíssima e por suas piscinas naturais, que se formam até suas águas se encontrarem com a represa. 
          No local tem restaurante e um porto, de onde partem as escunas, chalanas e barcos para os cânions. A profundidade dos cânions é de 30 metros, sendo a maior atração do município e um dos lugares mais conhecidos em Minas Gerais. (na foto acima do João Pedro Balbino/@joaopedrob73 a Rodovia MG050 em Capitólio MG e ao fundo o Lago de Furnas e o Morro do Chapéu)
          A profundidade dos cânions é de 30 metros, sendo a maior atração do município e um dos lugares mais conhecidos em Minas Gerais. (foto acima de Marcelo Santos) Chalanas, lanchas e escunas percorrem todos os dias toda extensão dos cânions, levando centenas de turistas diariamente, vindos de todas as regiões de Minas e do Brasil. Capitólio é um dos 20 destinos mais procurados no Brasil atualmente. 
          A cidade proporciona ao turista condições ótimas de passeio e descanso. Tem pousadas, hotéis, restaurantes com a cozinha típica de Minas, locais para camping e toda calma e tranquilidade das cidades mineiras. (foto acima do João Pedro Balbino/@joaopedrob73)
          Capitólio tem menos de 10 mil habitantes mas com uma ótima qualidade de vida. 25 mil metros quadrados do perímetro urbano recebe água do Rio Piumhi, o que possibilitou a construção da Praia artificial Domingos Gonçalves Machado (na foto acima de Allan Sant´Anna Photografo) com uma fina areia, quadras poliesportiva, calçadão para caminhadas e um local amplo para realização de festas e eventos, como o Carnaval por exemplo. 
          Um dos lugares mais visitados na cidade é o condomínio de alto padrão, Escarpas do Lago, que fica a alguns quilômetros do centro da cidade. (foto acima de Lucélia Miranda) Possui uma das maiores marinas de água doce do mundo e um grande complexo de embarcações de luxo. Esse potencial faz do local uma referência de turismo na região, já que, além da beleza arquitetônica das mansões, o local tem uma trilha de ida por uma  montanha e na volta, pelo lago, com vista para mais de 20 cachoeiras, com lindas quedas, piscinas naturais e belas paisagens em volta. 
          Por estar próxima à Serra da Canastra (na foto acima de Douglas Arouca), os turistas sempre aproveitam a oportunidade para visitar o Parque Nacional da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco. No município tem agências especializadas que levam turistas para esses locais e outros da região, como o Paraíso Perdido em São João Batista do Glória, o Morro do Chapéu, que tem altitude de 1223 metros que possibilita uma ótima visão do lago. (na foto abaixo de Marcelo Santos, queda da Cachoeira da Diquadinha)
Como chegar a Capitólio
- Como chegar de ônibus:
De Capitólio para: Piumhi: todos os dias – Sudoestino – 8h,10h30,13h,15h30,18h e 20h30 Furnas e Passos: todos os dias – Sudoestino – 6h35, 9h35, 11h45, 15h15, 17h15 e 19h15
Ribeirão Preto: todas as sextas-feiras – Viação União – 9h35
Belo Horizonte: todos os dias – Expresso Gardênia – 8h10, 18h10 e 1h
- São Paulo/Via Campinas: todos os dias – Viação União – 22h05 – Segunda a Sexta – 7h05
          Quem vem do Rio de Janeiro melhor vir de ônibus, pela Cometa ou Útil para Belo Horizonte e da rodoviária, pegar o ônibus da Gardênia para Capitólio.
- Como chegar de Carro: 
De Belo Horizonte: Saindo de BH até Betim, entre na BR-262 e contorne o trevo de Juatuba, pegando a MG-050
De São Paulo: Pegue a SP-340 até São Sebastião do Paraíso MG, entrando na MG-050 
De Ribeirão Preto: Siga até São Sebastião do Paraíso, pela MG-050
- Do Rio de Janeiro: Siga pela BR-040 até Belo Horizonte, pegando a BR 262, sentido Betim MG, até o trevo de Juatuba, pegando a MG-050 
- Como chegar de avião: Pela vizinha Piumhi, que tem aeroporto. (na imagem acima do @percio_passeioscapitolio, o Vale dos Tucanos)
Informações sobre a cidade 
- Prefeitura: (37) 3373-1244
- Centro de Informação ao Turista (Citur) e CAPITART (artesanato). (37) 3373-1977
- Circuito Turístico Nascente das Gerais: (35) 3522-6051
- Clube Campestre Escarpas do Lago: (37) 3326-5100

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Facebook

Postagens populares

Seguidores