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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Conheça o artista plástico Leandro Júnior

Leandro Júnior, pintor e escultor figurativo cujos temas artísticos são retirados da humilde vida rural do vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Conhecido como sertão (que significa, grosso modo, “ sertão ”), é um local de beleza crua - uma terra de um povo orgulhoso e diverso com uma história complexa.
          Leandro Junior é um jovem e promissor artista plástico do Vale Jequitinhonha. Nascido no distrito de Cachoeira do Norte, distrito de Chapada do Norte no Vale do Jequitinhonha-MG, tem como sua fonte de inspiração tudo aquilo que vivência através da forte Cultura que o Vale oferece. (na foto acima, a arte de Leandro Júnior em Brasília)
          Além disso, nos últimos três anos, Júnior trabalhou como artista voluntário ensinando com adolescentes no Quilombo de Cuba, em Chapada do Norte. Por meio de sua prática individual e também da arte colaborativa com os jovens do Quilombo de Cuba, Júnior busca provocar sensações que colocam o espectador em contato com a história e com as memórias autênticas do povo rural brasileiro.
          Escultor e pintor, estudou artes na Faculdade São Luís de Jaboticabal no interior de SP, desde então vem desenvolvendo sua arte usando o barro como principal matéria prima.
          Sua arte ganhou destaque em sua primeira exposição no Festivale na pequena cidade de Felício dos Santos em julho de 2017, desde então seu nome vem crescendo no cenários das artes dando destaque além das sua habilidade em esculpir as memória afro do Vale do Jequitinhonha.
          As peças tem características únicas, o que o torna um artista requisitado para feiras, eventos e exposições.
          Atualmente tem obra exposta no Museu da Cemig-Belo Horizonte em comemoração aos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida e mais recentemente, suas obras foram expostas em Brasília.
          Sua a habilidade é tão grande que tem sido convidado por autoridades, inclusive pelo Governo do Estado, para representar e divulgar a arte do Vale. 
          Vale a pena conhecer suas obras e seu talento que retratam expressões reais que provocam sensações de estar em contato direto com a história de um povo e as memórias de um artistas que carrega em si simplicidade tão grande quanto o seu talento. 
          Os trabalhos do artista chamaram a atenção da mídia local e da grande imprensa, como o portal G1 e Rede Globo de Televisão focando seus trabalhos em argila sobre a Escravidão no Brasil. Duas de suas obras (Ventre Livre e Pietá Negra) foram vencedoras no Salão de Arte da Assembleia Legislativa de São Paulo competindo com vários artistas do mundo todo. O contato do artista é pelo whatsapp: 33 99989-2435
(Texto e fotografias foram enviadas por Leandro Júnior)

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O café de Cristina é um dos melhores do mundo!

(Por Arnaldo Silva) O café é sem dúvida alguma a bebida preferida dos brasileiros, é quase que unanimidade, só perde para a água. Cerca de 97% dos brasileiros tem o hábito de tomar pelo menos uma xícara de café durante o dia, seja puro, com leite ou com as diversas variedades possíveis para incrementar o nosso cafezinho. Nosso país é atualmente o segundo maior consumidor da bebida no mundo. Os que mais bebem café atualmente são os Nortes Americanos.
          Em compensação, o Brasil é o maior produtor de café do mundo, sendo Minas Gerais, (dados do IBGE) é o maior produtor de café do Brasil com 54,3% da produção nacional, se destacando em Minas Gerais o café da cidade de Cristina (na foto acima de Sandra Walsh), no Sul de Minas  na divisa com Olímpio Noronha, Carmo de Minas, Dom Viçoso, Maria da Fé, Pedralva e Conceição das Pedras. Cristina fica a 416 km de Belo Horizonte.
          Não só em Cristina, mas o nosso café entra ano e sai ano é reconhecido com várias premiações nacionais e internacionais, destacando o café de Carmo do Paranaíba, Angelândia, Patrocínio, Alto Caparaó, Espera Feliz, Guaxupé, dentre tantas outras cidades produtoras. 
          Com tanta produção e tanta qualidade não é espanto algum as premiações pelo Brasil e mundo do café mineiro. Nosso café está entre os melhores do mundo, em destaque para o café da cidade de Cristina, cujo café produzido na fazenda do Sebastião Afonso da Silva, bateu o recorde de pontuação, 95,18 no Cup of Excellence, principal concurso internacional da qualidade dos cafés, sendo campeão mundial de café especial, em 2014/2015. Desde então, o café de Cristina entrou para o seleto clube dos melhores cafés do mundo! (na foto de Evânio Jardim, flores de um cafezal)
          O sucesso internacional do café de Cristina vem do investimento na qualidade do plantio, colheita até o ensacamento dos grãos aliado à natureza. Altitude propícia para o plantio e a posição do sol sobre os cafezais torna o um clima das montanhas mais ameno, gerando uma colheita tardia, mantendo ainda o fruto maduro no pé por mais tempo são os fatores para a produção de um café de qualidade. Assim é feito na fazenda do Sebastião em Cristina, destacando ainda que a colheita é toda manual, assim há um aproveitamento maior dos grãos. (foto abaixo de Sandra Walsh, cafezal em Cristina MG) 
                    A qualidade do café de Cristina é um dos orgulhos de Minas. Café de qualidade. Parabéns ao Sebastião e a todos os produtores do município que investem no café, aumentando em muito a quantidade e principalmente, qualidade de nossa produção

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Pé-de-moleque: história e origem do nome

(Por Arnaldo Silva) Doce típico da culinária brasileira, feito a partir da mistura do amendoim torrado com a rapadura. O segredo doce é a “quebra” da garapa, que ao cristalizar, endurece o doce. 
          O doceiro tem que saber o ponto exato, para que não fique duro demais. Quando surgiu no Brasil, seu nome era “quebra-queixo” ou “quebra dentes”, e não eram figurativos esses nomes, pode entender ao pé da letra mesmo. 
          A receita foi se aprimorando ao longo dos tempos, com as doceiras buscando o equilíbrio do ponto certo do doce, visando quebrar a cristalização. Já no ponto da cristalização, o doce tem que ser logo retirado do fogo e despejado num tabuleiro, rapidamente.
          Assim o doce não ficava mole demais e nem duro demais, a ponto de quebrar os dentes. Esse ponto certo quem sabe dizer qual e o momento exato é a doceira. (foto abaixo de Arnaldo Silva)
          Em Minas Gerais, os doces se destacam nos tabuleiros das cozinhas mineiras, principalmente em Piranguinho MG, cidade do Sul de Minas, a Capital do Pé-de-moleque no Brasil. O Pé-de-moleque movimenta a economia da cidade e é tão importante que todos os anos, acontece em Piranguinho a Festa do Pé-de-moleque. O destaque da festa, que acontece em junho, junto com os festejos juninos, é a apresentação para degustação pública do maior Pé-de-moleque do mundo, com recordes em tamanho e peso, reconhecidos pelo Guines-book. 
          No ano anterior, o Pé-de-moleque de Piranguinho tinha 24 metros de comprimento. É um dos principais eventos gastronômicos de Minas Gerais e do Brasil. Quem for à cidade, em qualquer época do ano, encontrará várias barracas coloridas, com os mais variados tipos de pés-de-moleque. Experimentando o doce, de qualquer uma das 15 barracas espalhadas pela cidade, entenderá porque Piranguinho é Capital do Pé-de-moleque no Brasil. O sabor é único, sem igual, inconfundível. (na foto abaixo do Leonardo Souza/@jleonardo_souza_srs), monumento mostrando o caminho para a Barraca Amarela em Piranguinho MG. Cada barraca tem uma cor diferente)
          A origem do nome não é exata, mas é interessante. Moleque é uma palavra presente no Antigo Testamento bíblico. Era um deus cultuado pelos amonitas, um povo que vivia em Canaã, no Oriente Médio. Um deus, segundo relatos, muito travesso, mal educado, impaciente e esperto. Os filhos dos escravos desde a antiguidade, quando se comportavam mal, eram chamados de moleques pelos seus senhores, acabando virando costume chamar os filhos de escravos de moleques. Calçar ruas com pedras rústicas, desalinhadas, grandes e pesadas, era comum desde os tempos da Roma antiga, passando pela Idade Média e chegando ao Brasil nos tempos da Colônia, quando ruas passaram a serem calçadas com pedras. Era a forma que tinham de evitar andar em ruas de terra, pegando a poeira na estiagem e o barro no período chuvoso. 
          Os escravos faziam o calçamento e para acertar os espaçamentos entre as pedras irregulares, espalhavam areia misturada com terra. Em seguida, os meninos, filhos dos escravos, pisavam entre esses espaçamentos, amassando bem, para que ficasse firme. Como eram constantemente chamados de moleques pelos senhores de escravos e por usar os pés dos moleques para acertar os espaços entre as pedras, esse tipo de calçamento passou a se chamar “Pé-de-moleque”.
           Nos tempos do Brasil Colônia, calçar ruas com pedras passou a ser comum e o mesmo método era usado nas grandes cidades da época. Calçamento esse presente na maioria das cidades históricas. (como em Tiradentes MG, na foto acima de autoria de César Reis) Apenas no final do século XIX e no século XX, as ruas começaram a serem calçadas com pedras em forma retangular, mais trabalhada e lisa, os chamados paralelepípedos, sem a necessidade de usar os pés dos meninos para acertar os espaços. 
          O doce Pé-de-moleque num tabuleiro lembra muito as ruas calçadas em pedra e por isso passou a ter esse nome. Vale lembrar que o doce surgiu no Brasil no século XVI e o calçamento com pedras tem sua origem milenar. 
          Mesmo assim outra versão afirma que o nome tem origem quando meninos na rua, também chamados de moleques, aproveitavam a distração das quitandeiras, que ficavam com seus tabuleiros vendendo os doces, pegavam e saiam correndo. Elas não gostando da atitude dos meninos, gritavam mais ou menos assim: “pede moleque, não precisar fazer isso não, é só pedir”. E de tanto falarem “pede moleque”, o nome do doce ficou esse. Embora a grafia e o significado da palavra não seja o nome exato do doce hoje, por que pede é uma coisa, pé é outra, para muita gente, passaram a chamar o doce de Pé-de-moleque por isso. A versão mais concreta, em minha opinião, é a primeira. (foto abaixo de Arnaldo Silva)
          O Pé-de-Moleque, ao contrário do que muitos pensam, não é um doce brasileiro. É Árabe, tendo sido introduzido na Europa na Idade Média, pelos árabes em suas incursões pela península Itálica e Ibérica. No continente Europeu ganhou variações na receita e nomes. Em Portugal era “nogat”, na França, “nougat”, na Espanha “turrón” e “castuera”, na Itália, “torrene, “Benevento” e “ciubatta, no México é “palanqueta”. Até na Índia existia esse doce, com o nome de “chikki”. Na receita original árabe usava-se o mel de abelhas. No Brasil, a receita chegou pelas mãos dos portugueses no século XVI, quando foi introduzida na Capitania de São Vicente por Martin Afonso de Sousa, o cultivo da cana-de-açúcar, planta de origem indiana. 
          Da cana saiu o açúcar que passou a ser usado na receita original do pé-de-moleque, no lugar do mel. Com a invenção da rapadura, pelos brasileiros, no lugar do açúcar passaram a usar a rapadura. Não deu outra, o doce ficou divino e a partir dai caiu no gosto do nosso povo de todas as regiões do Brasil. Mas seu nome original era “quebra-queixo” e chamado ainda de “Quebra-Dentes”. Mais tarde com inovações regionais ao longo dos tempos, passou a se chamar Pé-de-moleque, como foi descrito acima. Hoje o doce está presente em todas as regiões do Brasil. Em alguns estados, com receitas um pouco diferentes, com características da culinária regional, mas em sua essência, é o nosso Pé-de-moleque, uma das identidades gastronômicas brasileiras, sendo um dos doces mais populares da cozinha mineira e nordestina, com forte ligação com a cultura caipira, principalmente nos pequenos arraiais mineiros, durantes as festas juninas.

Sacramento, turismo, Desemboque e a Serra da Canastra


(Arnaldo Silva) Sacramento é uma das mais importantes cidades do Triângulo Mineiro e de Minas Gerais.
          Tem 26.660 habitantes, segundo o IBGE e faz divisa com os municípios de Perdizes, Araxá, Tapira, São Roque de Minas, Delfinópolis, Conquista, Uberaba, Nova Ponte, Santa Juliana. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          Famosa por seu Queijo Canastra, premiado com medalha de ouro Mondial du Fromage, maior concurso de queijos do mundo, realizado em Paris em 2017, se destaca também na produção de doces. (foto abaixo de Luis Leite)
          A cidade guarda relíquias históricas e belezas naturais como a Serra do Cipó, homônima da famosa Serra do Cipó na Região Central Mineira. (na foto acima de Arnaldo Silva)
          Sacramento é um município de paisagens exuberantes, belíssimas cachoeiras, sem contar a impressionante beleza do Rio Grande, que passa por suas terras (na foto abaixo de Arnaldo Silva), além de ser uma das portas de entrada para o Parque Nacional da Serra da Canastra, A cidade orgulha-se de ser ainda um dos berços do Espiritismo em Minas e no Brasil. 
          Além dos atrativos naturais citados, a Gruta dos Palhares é um dos mais pontos turísticos da cidade. Descoberta  em meados do século XIX, é a maior gruta de arenito de todas as Américas. 
          Sua entrada é muito atraente com 22 metros de altura, com uma leve queda de água formada pelas rochas e profundidade explorada em cerca de 450 metros. (foto acima de Luis Leite) 
          Já Desemboque, é uma atração especial á parte. Foi em Desemboque que nasceu, em 29 de março de 1930, o ator Ariclenes Venâncio Martins, o Lima Duarte. O distrito de Sacramento teve sua origem em 1766, erguida por bandeirantes paulistas, que passavam pela região rumo a rota do ouro, com destino a Goiás. Desemboque, hoje tem cerca de 30 moradores, mas nesse período chegou a ter 1500 moradores e a ser o maior centro comercial e de mineração da região, sendo considerado o berço da formação do Triângulo Mineiro. (foto de Desemboque acima e abaixo de autoria de Luis Leite) 
          Seu declínio começou com com o fim do ouro na região com seus moradores abandonando a localidade em busca de oportunidades de vida e trabalho em outras regiões. Desse período, restaram um rico casario em estilo colonial, duas igrejas muito bem conservadas, a de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora do Desterro, além do cemitério. Durante os festivos juninos, a comunidade se reúne no distrito para festejos, carreada de bois e fogueira. 
          Já na cidade são vários atrativos, como a Basílica de Nossa Senhora do Patrocínio do Santíssimo Sacramento, o Museu Histórico Coralia Venites Maluf (na foto acima de Luis Leite), Colégio Allan Kardec, Museu Corina Novelino, Parque Náutico de Jaguara, Estação Ferroviária, monumentos, dentre outros.
          A cidade é arborizada, com belas praças, como a da foto acima do Luís Leite, a tradicional Praça do Rosário, palco da Festa do Reinado na cidade. Sacramento conta conta bons bares, restaurantes pitorescos, lanchonetes e charmosas pousadas. 

domingo, 22 de outubro de 2017

Conheça Governador Valadares

(Por Arnaldo Silva) Goval ou Gevê, como é carinhosamente chamada, localiza-se no vale do rio Doce, a leste da capital do estado, distando desta cerca de 320 km. Sua população em 2019 era de 279.885 habitantes. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,727, considerado como alto em relação ao estado. (na foto acima do Sérgio Mourão, A Ponte São Raimundo sobre o Rio Doce e ao fundo o Pico do Ibituruna em Governador Valadares)
          É uma das maiores e mais importantes cidades de Minas Gerais. Sua economia gira em torno da exploração de mica e pedras preciosas, indústrias diversas, comércio variado e agropecuária, além do turismo. Muito procurada por praticantes de voo livre, por ter na cidade o Pico do Ibituruna, considerado o melhor lugar do mundo para a prática desse esporte, já que possui as melhores condições térmicas para a prática desse esporte. (na foto abaixo de Sérgio Mourão/Encantos de Minas). Na cidade é realizado anualmente  campeonatos nacionais e internacionais dessa modalidade. 
          A cidade possui uma ótima e ampla rede hoteleira, além de variados restaurantes, bares e lanchonetes, tendo uma ótima estrutura para receber o turista que vem à cidade em busca de diversão, praticar esporte ou mesmo a negócios.
          O turismo é uma das maiores fontes de renda da cidade, que conta com belezas, principalmente o Rio Doce e o Pico do Ibituruna, que além de ser ideal para voos livres, escalar os 1.123 metros de altitude do pico, é uma pratica esportiva comum, além de proporcionar um lindo visual da cidade e região. (na foto acima de Sérgio Mourão/Encantos de Minas). É a maior identidade turística de Governador Valadares, de grande importância para a cidade, tanto que é que é hoje uma área de preservação ambiental. 
        Outro ponto interessante na cidade é a Ilha dos Araújos, (na foto acima do Sérgio Mourão). É um bairro residencial de alto padrão, arborizado, com opções para prática de esportes margeado pelo Rio Doce
          Outro atrativo á a Açucareira, uma antiga usina de cana-de-açúcar, desativada, (foto acima do Tadeu Gomes). Por sua importância para a economia e desenvolvimento do município, além de seu valor histórico, foi tombado como patrimônio histórico do município.  
          Outro atrativo, como foi mostrado na primeira foto e nesta agora acima de autoria de Sérgio Mourão, é a Ponte São Raimundo, a primeira ponte da cidade. Passar por esse ponte é ter uma visão privilegiada da extensão do Rio Doce, avistando ainda uma parte da cidade ao fundo.
          Além dos pontos turísticos citados, em Governador Valadares tem como atrativos o Mercado Municipal, o Museu da Cidade, a Praça da Estação, Praça Serra de Lima, GV Folia, carnaval fora de época que ocorre geralmente em abril, a Expoagro, a Brasil Gem Show, a maior feira de pedras e gemas da América Latina, além do rico artesanato local, em especial os feitos com pedras preciosas vendidos no Mercado Municipal, em feiras e eventos da cidade.

sábado, 21 de outubro de 2017

Conheça Bichinho, o pitoresco distrito de Prados MG

(Por Arnaldo Silva) Bichinho é um pitoresco distrito da cidade de Prados, no Campo das Vertentes, apenas 7 km de Tiradentes e a 185 km de Belo Horizonte. Sua origem é do século XVIII, com o início da atividade mineradora em Minas Gerais.
          Teve como morador ilustre o Inconfidente Vitoriano Veloso, que deu nome oficial ao distrito, embora todos chamam o vilarejo pelo nome original, Bichinho. (fotografia acima de César Reis)
           Um dos destaques de Bichinho é a Igreja de Nossa Senhora da Penha e seu cruzeiro, o cartão postal do distrito. A construção da igreja foi idealizada por Manoel Victor de Jesus no século 18. A obra levou 40 anos para ser construída, entregue em 1771. (na foto acima, de autoria de César Reis, o altar da Igreja de Nossa Senhora da Penha e abaixo, de Rogério Salgado, vista das torres da Matriz)
          Posteriormente, em 1873, a igreja passou por reedificação. Em estilo barroco, tem sua ornamentação e pinturas preservadas até os dias de hoje. A grandiosa obra é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ipham).
          Quem visita Bichinho (na foto acima de César Reis) percebe de cara que o lugar é tranquilo e seus moradores são muito receptivos. A charmosa vila é pitoresca, acolhedora e bem cuidada. Sua arquitetura e clima, lembra as antigas aldeias portuguesas e vilarejos da Velha Europa. Até mesmo a beleza e simplicidade, vista pela estrada, encanta, como esta paisagem abaixo, do César Reis, no caminho entre Tiradentes a Prados.
          Bichinho se destaca por seu rico artesanato, pelo talento de seus artesãos, sua culinária típica e por seu casario antigo, construído em sequência, com janelas e portas coloridas, decoradas com lindas peças do artesanato local, muito bem trabalhadas, já que muitas casas são também ateliês dos artistas locais. 
          O artesanato em madeira é uma das características de Bichinho. Os artesão fazem escultura e painéis em madeira, bem como móveis em estilo colonial. Além da arte em madeira, são feitos ainda adornos forjados em ferro, colchas de crochê e fuxico e outras peças artesanais que encantam os visitantes. (foto acima de Saulo Guglielmelli)
          A qualidade do artesanato dos artesãos de Bichinhos impressiona os visitantes, sendo esse um dos motivos do crescimento da exportação do artesanato de Bichinho para outros estados.
A Casa Torta
          Em 2016, o casal de atores Renato Maia e Lu Gatelli, criou a Casa Torta (na foto acima de César Reis). A inusitada arquitetura, que é literalmente uma casa torta, é hoje um dos pontos mais visitados do distrito e mais fotografado também. Tem espaço para crianças brincarem e ainda local para se tomar café. Trata-se de um espaço cultural onde acontecem oficinas de arte, apresentações teatrais, gastronômicas e musicais.  A Casa Torta fica na rua São Bento, (31) 9 8718-8444
Museu do Automóvel
          Para os amantes de carros antigos, o distrito conta com o Museu do Automóvel (na foto acima de Saulo Guglielmelli). Foi inaugurado em 2006, pelo colecionador de carros Rodrigo Cerqueira, que desde 1976 começou a adquirir e restaurar carros antigos. Quem vem a Bichinho não pode deixar de visitar o museu que fica  no Sítio Pau D'angu - Estrada Real Tiradentes / Bichinho (a cerca de 5km de Tiradentes)
Horário de Funcionamento: Quarta a Domingo das 9h às 18h - Contato: (32) 3799-8033.
Oficina de Agosto
          Desde os anos 80,  funciona em Bichinho o ateliê Oficina de Agosto, criado por Toti e sua irmã Sonia Vitaliano. O objetivo do ateliê é o de reunir artesãos da  região, recuperar e preservar a arte mineira. Este ateliê é bastante respeitado, devido a alta qualidade de suas peças e pinturas, reaproveitando materiais de demolição, madeira, ferro, lata, plástico e tecidos de algodão. (o charme e estilo londrino de Bichinho, na fotografia acima e abaixo de César Reis)
          Na Vila, o visitante encontra restaurantes, pousadas e lanchonetes. Além disso, o distrito possui três tradicionais alambiques. Suas lojas e ateliês funcionam todos os dias, com horários de abertura e encerramento variando de acordo com cada ateliê. 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Araxá das águas radioativas, sulfurosas e da lama negra

(Por Arnaldo Silva) O município de Araxá, no Alto Paranaíba, distante 367 km de Belo Horizonte, tem cerca de 110 mil habitantes. Araxá é nome de origem indígena e significa “lugar onde se vê o sol primeiro”.
          Quando se fala em Araxá (na foto acima de Celso Flávio), vem logo à mente, Dona Beja, a bela cortesã que escandalizava a sociedade mineira no século 19. Seu nome era Ana Jacinta de São José, natural de Formiga e fez sua fama na cidade. Fama de cortesã e de mulher que lutava por seus objetivos e interesses, principalmente, lutava por Minas Gerais, estado que amava e se dedicava. Em Araxá o nome Dona Beja está presente em rótulos de cerveja, cachaça e em lojas comercias. Na cidade, tem o museu Dona Beja, com cerca de 300 peças e mobiliários do século XIX. A fonte de água radioativa, que fica no Parque do Barreiro, tem o nome da cortesã. Por sua beleza impressionante, as águas radioativas e sulfurosas, bem como a lama negra, ganharam fama no país inteiro de ser o motivo de tanta beleza da cortesã.
          A história e atrativos de Araxá vão bem além da vida de Dona Beja. (na foto acima, de Celso Flávio, casario da área central)
A cidade possui uma rica tradição culinária, principalmente na produção de doces e queijos artesanais, famosos, reconhecidos e premiados em Minas, no Brasil e até no exterior. A comida de boteco em Araxá é uma das melhores de Minas Gerais.
          Por estar próximo a uma das entradas do Parque Nacional da Serra da Canastra, o município é muito procurado por amantes da natureza que vem principalmente da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

          Algumas ruas e avenidas da cidade possuem jardins nos canteiros centrais. Na área central se destaca a Igreja de São Sebastião, datada de 1804, alguns casarões antigos, restaurantes, lanchonetes, museus e a Igreja de São Domingos. Em frente à Igreja, no alto de um morro, está o Parque do Cristo (na foto acima de Celso Flávio), tendo como destaque uma estátua do Cristo Redentor, de braços abertos, de 8 metros d altura. É um dos cartões postais da cidade e do alto do parque, pode-se ver toda a cidade.
          Além dos pontos turísticos citados acima, o Grande Hotel do Barreiro de Araxá é sem dúvida a mais imponente e importante construção de Araxá e de Minas Gerais. Projetada pelo arquiteto Luiz Signorelli em 1938 e inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas e o governador mineiro, Benedito Valadares, em 1944, o Grande Hotel reúne traços da arquitetura colonial com a imponência dos castelos europeus. 
          São 27 metros de altura, 9 pisos com boa parte de sua decoração interior, como mármores, móveis, lustres, vitrais, etc., vindos da Europa que decoram quartos e seus luxuosos e impressionantes bares, corredores e salões. A construção impressiona pela beleza e luxo dos salões e pelos jardins no entorno do Grande Hotel, que foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx. 
          Até 1946, funcionou como hotel e cassino. Com o fechamento dos cassinos no Brasil, por ordem do presidente Eurico Gaspar Dutra, o Grande Hotel do Barreiro passou a ter somente a função de hotel. Hoje é patrimônio tombado de Minas Gerais e administrado pela Rede Tauá de Hotéis.
          No entorno do Grande Hotel de Araxá estão as fontes medicinais de água radioativa que tem nome de Fonte Dona Beja (acima) e a Fonte Andrade Júnior (abaixo), de água sulfurosa. Ambas com livre acesso.
          Ao lado do Grande Hotel estão as Termas de Araxá, onde pode se tomar banhos de águas radiativas, sulfurosas e com a famosa lama negra com propriedades medicinais comprovadas. 
          Uma galeria suspensa (foto acima), toda decorada com pinturas que mostram pontos turísticos do Estado, liga as Termas ao Grande Hotel. Quem não é hóspede do Grande Hotel, pode entrar pela portaria das Termas. Lugar de beleza impressionante e um convite ao completo relaxamento com banhos medicinais e relaxantes. 
          O banho com água radioativa é indicado para tratamento contra o diabetes, estresse, infecções e melhora do sistema imunológico. Já o banho com água, sulfurosa indicado tratar problemas de pele, intoxicações, inflamações, diabetes, asma, colites e doenças reumáticas. O banho de lama negra elimina toxinas, purifica e oxigena a pele. Possuem nutrientes para o corpo, além de combater doenças como artrite, artrose, psoríases, problemas no sangue, envelhecimento precoce, manchas, rugas, etc. A lama negra é indicada também para combater problemas emocionais como o estresse e a ansiedade. 
          São oferecidos ainda massagens, acupuntura, sauna e duchas. Quem não quiser tomar banhos medicinais, pode relaxar e meditar na Mandala das Termas, um lugar que emana uma paz profunda.
          Por isso que Araxá é considerado o maior spa de águas sulfurosas e radioativas do Brasil. Uma das mais importantes cidades mineiras.
           Por suas águas medicinais, pelo seu Parque das Águas, por sua culinária, história, belezas naturais e tradições, Araxá merece estar no seu roteiro de viagens. 
          Visite Araxá. Conheça a terra de Dona Beja, a terras das águas medicinais. A terra dos doces e dos queijos. Venha se deliciar nas águas de Araxá. 

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