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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Araxá das águas radioativas, sulfurosas e da lama negra

(Por Arnaldo Silva) O município de Araxá, no Alto Paranaíba, distante 367 km de Belo Horizonte, tem cerca de 110 mil habitantes. Araxá é nome de origem indígena e significa “lugar onde se vê o sol primeiro”.
          Quando se fala em Araxá (na foto acima de Celso Flávio), vem logo à mente, Dona Beja, a bela cortesã que escandalizava a sociedade mineira no século 19. Seu nome era Ana Jacinta de São José, natural de Formiga e fez sua fama na cidade. Fama de cortesã e de mulher que lutava por seus objetivos e interesses, principalmente, lutava por Minas Gerais, estado que amava e se dedicava. Em Araxá o nome Dona Beja está presente em rótulos de cerveja, cachaça e em lojas comercias. Na cidade, tem o museu Dona Beja, com cerca de 300 peças e mobiliários do século XIX. A fonte de água radioativa, que fica no Parque do Barreiro, tem o nome da cortesã. Por sua beleza impressionante, as águas radioativas e sulfurosas, bem como a lama negra, ganharam fama no país inteiro de ser o motivo de tanta beleza da cortesã.
          A história e atrativos de Araxá vão bem além da vida de Dona Beja. (na foto acima, de Celso Flávio, casario da área central)
A cidade possui uma rica tradição culinária, principalmente na produção de doces e queijos artesanais, famosos, reconhecidos e premiados em Minas, no Brasil e até no exterior. A comida de boteco em Araxá é uma das melhores de Minas Gerais.
          Por estar próximo a uma das entradas do Parque Nacional da Serra da Canastra, o município é muito procurado por amantes da natureza que vem principalmente da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

          Algumas ruas e avenidas da cidade possuem jardins nos canteiros centrais. Na área central se destaca a Igreja de São Sebastião, datada de 1804, alguns casarões antigos, restaurantes, lanchonetes, museus e a Igreja de São Domingos. Em frente à Igreja, no alto de um morro, está o Parque do Cristo (na foto acima de Celso Flávio), tendo como destaque uma estátua do Cristo Redentor, de braços abertos, de 8 metros d altura. É um dos cartões postais da cidade e do alto do parque, pode-se ver toda a cidade.
          Além dos pontos turísticos citados acima, o Grande Hotel do Barreiro de Araxá é sem dúvida a mais imponente e importante construção de Araxá e de Minas Gerais. Projetada pelo arquiteto Luiz Signorelli em 1938 e inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas e o governador mineiro, Benedito Valadares, em 1944, o Grande Hotel reúne traços da arquitetura colonial com a imponência dos castelos europeus. 
          São 27 metros de altura, 9 pisos com boa parte de sua decoração interior, como mármores, móveis, lustres, vitrais, etc., vindos da Europa que decoram quartos e seus luxuosos e impressionantes bares, corredores e salões. A construção impressiona pela beleza e luxo dos salões e pelos jardins no entorno do Grande Hotel, que foram projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx. 
          Até 1946, funcionou como hotel e cassino. Com o fechamento dos cassinos no Brasil, por ordem do presidente Eurico Gaspar Dutra, o Grande Hotel do Barreiro passou a ter somente a função de hotel. Hoje é patrimônio tombado de Minas Gerais e administrado pela Rede Tauá de Hotéis.
          No entorno do Grande Hotel de Araxá estão as fontes medicinais de água radioativa que tem nome de Fonte Dona Beja (acima) e a Fonte Andrade Júnior (abaixo), de água sulfurosa. Ambas com livre acesso.
          Ao lado do Grande Hotel estão as Termas de Araxá, onde pode se tomar banhos de águas radiativas, sulfurosas e com a famosa lama negra com propriedades medicinais comprovadas. 
          Uma galeria suspensa (foto acima), toda decorada com pinturas que mostram pontos turísticos do Estado, liga as Termas ao Grande Hotel. Quem não é hóspede do Grande Hotel, pode entrar pela portaria das Termas. Lugar de beleza impressionante e um convite ao completo relaxamento com banhos medicinais e relaxantes. 
          O banho com água radioativa é indicado para tratamento contra o diabetes, estresse, infecções e melhora do sistema imunológico. Já o banho com água, sulfurosa indicado tratar problemas de pele, intoxicações, inflamações, diabetes, asma, colites e doenças reumáticas. O banho de lama negra elimina toxinas, purifica e oxigena a pele. Possuem nutrientes para o corpo, além de combater doenças como artrite, artrose, psoríases, problemas no sangue, envelhecimento precoce, manchas, rugas, etc. A lama negra é indicada também para combater problemas emocionais como o estresse e a ansiedade. 
          São oferecidos ainda massagens, acupuntura, sauna e duchas. Quem não quiser tomar banhos medicinais, pode relaxar e meditar na Mandala das Termas, um lugar que emana uma paz profunda.
          Por isso que Araxá é considerado o maior spa de águas sulfurosas e radioativas do Brasil. Uma das mais importantes cidades mineiras.
           Por suas águas medicinais, pelo seu Parque das Águas, por sua culinária, história, belezas naturais e tradições, Araxá merece estar no seu roteiro de viagens. 
          Visite Araxá. Conheça a terra de Dona Beja, a terras das águas medicinais. A terra dos doces e dos queijos. Venha se deliciar nas águas de Araxá. 

domingo, 8 de outubro de 2017

A cidade histórica de Conceição do Mato Dentro

(Por Arnaldo Silva) Na Região Central-Nordeste de Minas, Serra do Espinhaço, a 700 metros de altitude, distante 170 km de Belo Horizonte, sentido MG-010, passando por Lagoa Santa e Serra do Cipó, está a cidade histórica de Conceição do Mato Dentro. (fotografia acima de Nacip Gômez)
          Sua origem é do início do século XVIII, com a descoberta de ouro na região, surgiu um povoado, conhecido como Arraial da Conceição, elevado a Freguesia em 1724, com o nome de Conceição do Mato Dentro. Em 1750, a freguesia foi elevada à distrito e por fim, a cidade em 18 de março de 1842. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)

          São pouco mais de 23 mil habitantes que vivem numa bela cidade histórica, que faz divisa com os municípios do Serro, Gouveia, Dom Joaquim e Congonhas do Norte. (na foto acima e abaixo de Nacip Gômez, vista parcial de Conceição do Mato Dentro)
          Além da sede, em Conceição do Mato Dentro estão 10 distritos. Cidade charmosa, arquitetura colonial preservada, com um belíssimo casario, belos templos e rodeado por belezas naturais fantásticas, sendo considerada como a “Capital Mineira do Ecoturismo”. A cidade faz parte dos circuitos turísticos Estrada Real e Serra do Cipó, aos pés da Cordilheira do Espinhaço.(foto abaixo, de Nacip Gômez vista parcial da cidade)
          É a única cordilheira existente no Brasil. Tem seu início próximo a cidade histórica de Catas Altas MG, na Região Central e se estende continuadamente por cerca de 1000 km até o Sul da Bahia, abrangendo 53 municípios mineiros. Em toda sua extensão, percebe-se a presença dos biomas, Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.
          A Cordilheira do Espinhaço (na foto acima do Nacip Gômez, margeando a cidade) abriga 12 unidades de conservação protegendo e guardando belezas impressionantes como nascentes, lagos, matas nativas e rios que serpenteiam a serra com suas belezas e águas limpas, como o da foto abaixo do Tom Alves, o Rio Cipó.
          São três milhões de hectares que guarda riquezas minerais, naturais e uma riquíssima fauna e flora, principalmente na Serra do Cipó, onde é encontrado o maior número de espécies endêmicas da flora do Brasil. Por sua importância para Minas, o Brasil e o mundo, foram reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 27 de junho de2005, como reserva mundial da Biosfera. 
          O município, conhecida como a "Capital Mineira do Ecoturismo", explora ecoturismo e preserva muito bem suas belezas naturais. O destaque é a Cachoeira do Tabuleiro (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro), eleita por duas vezes consecutivas como a cachoeira mais bela do Brasil pelo Guia 4 Rodas, além de ter sido eleita em concurso realizado pelo Instituto Estrada Real, em 2012, como uma das “7 maravilhas da Estrada Real”. São 273 metros de queda livre, que formam um poço em tom vermelho escuro, por causa da cor das pedras da região. É a maior de Minas e a terceira maior cachoeira do Brasil.
          A Cachoeira do Tabuleiro é uma dos atrativos naturais de Conceição do Mato Dentro, mas têm muito outros atrativos como a Cachoeira Rabo de Cavalo, Poço do V, Cachoeira Congonhas. Cachoeira do Roncador de Cima e Prainha do Roncador, Cachoeira de São Miguel em Três Barras, Poço do Pari, Poço do Piraquara, Córrego do Baú (Lago das Ninfas), o Parque Municipal Salão de Pedras, Sítio Arqueológico Colina da Paz, Salão de Pedras, Mirante da Serra da Ferrugem Lago Azul ou Poço Azul, o Monte Cristal e ainda trilhas, mirantes e paisagens, que dependendo da época, proporcionam belezas radiantes quando as flores nativas estão floridas, como as Sempre-vivas e orquídeas nativas (na foto acima do Wilson Fortunato).
          Além de suas belezas naturais, na cidade de Conceição de Mato Dentro encontra-se diversos outros atrativos arquitetônicos do período colonial brasileiro do século XVIII, além de seus casarões históricos, tem a Igreja de Santana, (na foto acima do Raul Moura).
          Tem ainda como atrativos, o Santuário do Senhor Bom Jesus do Matozinhos (na foto acima do Nacip Gômez), a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Casa da Cultura, a Capela do Senhor dos Passos no pitoresco e charmoso distrito de Córregos, o Santuário do Bom Jesus do Matozinhos e a a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (na foto abaixo de Nacip Gômez)
          Conceição do Mato Dentro preserva sua historia e tradições religiosas e folclóricas como a Folia de Reis, o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, as comemorações da Semana Santa e Corpus Christi, a Festa e Novena de São Sebastião, o Jubileu do Bom Jesus do Matozinhos, além do Carnaval, Festas Juninas, Festival da Cachaça e comemorações do aniversário da cidade em dezembro.
          Seu povo é especial, hospitaleiro e recebem muito bem os visitantes. (foto acima de Arnaldo Silva) Na cidade encontram-se restaurantes simples, rústicos e charmosos, servindo o que existe de melhor da cozinha mineira, além de bons hotéis. Cidade de gente simples, povo pacato, ordeiro e muito atencioso. Por tudo isso, Conceição do Mato Dentro merece uma visita. Vale a pena!

sábado, 7 de outubro de 2017

Cidade de Raposos e a Matriz de Nossa Senhora da Conceição

(Por Arnaldo Silva) Mesmo estando apenas 30 km de Belo Horizonte, uma mas maiores capitais do Brasil, Raposos é uma pequena cidade, com menos de 20 mil habitantes, com características típicas das cidades do interior. A cidade é charmosa, atraente, com belezas naturais incríveis, além de muita história para contar. Põe história nisso. É uma das primeiras povoações de Minas Gerais. O início de seu povoamento começou  em 18 de fevereiro de 1690, com o descobrimento de minas de ouro na região do Sabarabuçu.
          Raposos guarda relíquias dessa época, com sua Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, erguida no lugar de uma pequena capela de pau-a-pique construída no final do século XVII. Com a chegada constante de novos moradores, devido a descoberta de ouro nas redondezas, a pequena capela estava pequena para tanta gente, havendo assim a necessidade de construir um novo templo, maior e mais espaçoso. (foto acima e abaixo de Thelmo Lins)
          A capela foi demolida, no início do século XVIII e erguida outra em seu lugar, a atual igreja, que se manteve preservada em sua arquitetura ao longo dos séculos. A nova igreja contrasta com a riqueza das igrejas erguidas no auge do Ciclo do Ouro. Sua arquitetura é simples, sem muitos detalhes trabalhados em sua fachada e com ornamentação interna singela, com poucos adornos. 
             A simplicidade e singeleza permanece até os dias de hoje, sendo esse um dos atrativos da igreja. Foi erguida sobre uma colina e por isso se destaca imponente na paisagem urbana de Raposos, podendo ser vista ao longe, por quem passa pela cidade. (foto acima e de Andreia Gomes e abaixo e Thelmo Lins)
A Matriz de Nossa Senhora da Conceição
          Em 1954 passou uma uma restauração e finalmente, em 2018, nova restauração com pinturas novas, preservando suas características originais. Foi erguida no início do século XVIII no estilo Chão e passando pelo estilo Joanino (esses dois estilos foram os primeiros a surgirem na Colônia, sendo os precursores do estilo Barroco Mineiro). 
          Posteriormente, o templo recebeu detalhes da arquitetura Barroca e talhas interiores no estilo Rococó, nas primeiras décadas do século XIX, quando foi feita uma necessária reforma externa e interna no templo. Não há registros da data precisa da construção da nova igreja que substituiu a antiga. A única certeza é que foi nos primeiros anos do século XVIII, por volta de 1704. O fato concreto é que é uma das mais antigas igrejas de Minas Gerais.
Por que não é a primaz de Minas?
          A primeira igreja erguida no Estado, ainda de pé, foi a de Nossa Senhora da Conceição, em Matias Cardoso, no Norte de Minas. A segunda, foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Brejo do Amparo, distrito de Januária, no Norte de Minas e a terceira, a de Nossa Senhora do Rosário, na Quinta do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, na Grande Belo Horizonte. 
          A Matriz de Raposos poderia ser considerada a mais antiga de Minas, mas pelo fato de ter sido construída após a demolição de uma capela, conta-se como data de sua construção, não a da antiga capela demolida e sim a nova, já no início do século XVIII. (na foto acima de Andréia Gomes e abaixo de Thelmo Lins, o interior da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição)
          A Matriz de Raposos é bem simples e modesta para as construções de sua época, mas é uma obra única, romântica, se destaca na paisagem da cidade, tendo o suave movimento das águas do Rio das Velhas podendo ser ouvido no alto de seu adro, além de possibilitar uma linda vista de seu entorno.
Outros atrativos de Raposos
          Além da Matriz e do Rio das Velhas, Raposos oferece como atrativos:
- Estação de Trem de Raposos: Inaugurada em 1891, servia de parada de embarque e desembarque de passageiros do trem de passageiros da linha Central do Brasil Rio/Belo Horizonte. Durante sua atividade, recebeu, em 1931, a visita do Príncipe de Gales e do Príncipe George, tempos depois, reis da Inglaterra, com os nomes de de Rei Eduardo VIII e Rei George VI, respectivamente.(foto acima de Thelmo Lins)
- O Poço Azul ou Poço das Pedras: às margens do Rio das Velhas, local muito frequentado por banhistas, principalmente em dias quentes de verão; 
- A Mina de Morro Velho: descoberta em 1814 e explorada pelos ingleses a partir de 1834. É  atualmente a mina mais profunda do mundo, com 2500 metros de profundidade e 4 mil metros de extensão; 
- A Ponte Dom Pedro II: fazendo parte da Estrada de Ferro Dom Pedro II com a sigla E.F.D.PII, a primeira linha férrea construída no Brasil, com os trilhos sendo assentados em 1869 e finalizada em 1891. (foto acima de Andréia Gomes) Com a Proclamação da República em 1889, foi alterado para Estrada de Ferro Central do Brasil. A Ponte Dom Pedro II, veio da Inglaterra e foi construída sobre o Rio das Velhas, com 300 metros de cumprimento. Fica a 1 km da estação Honório Bicalho e preserva ainda a sigla original de seu primeiro nome, E.F.D.PII;
- A Serra do Gandarela: uma das mais importantes áreas verdes de Minas Gerais, transformada em Parque Nacional em 13/11/2014. (foto acima de Andréia Gomes) Está situada no coração do Quadrilátero Ferrífero com uma área de 31.270,82 hectares, abrangendo os municípios de Raposos, Rio Acima, Nova Lima, Caeté, Santa Bárbara, Itabirito, Ouro Preto e Mariana, guarda relíquias da nossa fauna e flora com vegetação formada por fragmentos contínuos de Mata Atlântica, Cerrado e Campos Rupestres e ainda com nascentes, córregos e rios que alimentam as bacias do Rio das Velhas e do Rio Doce. Lugar de rara beleza, uma ótima opção para os amantes do ecoturismo.
          A cidade (na foto acima do Thelmo Lins) conta ainda com bons restaurantes, pousadas, hotéis, além de possibilitar passeios pela história e sua natureza em redor.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Queijo com goiabada e a origem do nome Romeu e Julieta

(Por Arnaldo Silva) Já teve curiosidade em saber porque deram o nome de Romeu e Julieta à mais popular sobremesa mineira? Desde quando foi criada, há mais de 200 anos, sempre chamamos de Queijo com Goiabada, mas a nossa sobremesa saiu das fronteiras de Minas, se expandindo para todo o Brasil e caiu no gosto do mundo todo.
          Até mudou de nome e ficou mais romântica para os olhos do mundo. A combinação mineira "Queijo com Goiabada" era chamada de Romeu e Julieta, desde o final do século XIX e se tornando mais popular, na medida que passou a ser conhecida, no início do século XX. (foto acima de Arnaldo Silva)
          Não se sabe exatamente quem  deu nome de Romeu e Julieta à iguaria mineira, nem quando e muito menos onde foi, mas com certeza, o nome foi inspirado na famosa tragédia Romeu e Julieta, escrita entre 1591 e 1595, por William Shakespeare. 
          Somente a partir da década de 1960, que a popular sobremesa mineira teve seu nome, Romeu e Julieta, popularizado no Brasil. 
          O responsável pela popularização do nome foi o cartunista Maurício de Souza, criador dos quadrinhos "Turma da Mônica".
          A goiabada Cica, na época, lançou no mercado uma goiabada, sugerindo em suas peças publicitárias, que a combinação de goiabada com queijo, seria a combinação perfeita.
          Na embalagem, os personagens do cartunista, Cebolinha e Mônica, representavam Romeu e Julieta, da trama de Willian Shakespeare. Um casal que combinava em tudo. O par perfeito. Todos conhecem um pouco dessa história da literatura mundial. (foto acima de Marino Júnior)
          Como os personagem dos quadrinhos de Maurício de Souza, eram muito populares (e são até os dias de hoje), o nome se popularizou rapidamente.
          Com a popularização do nome, a tradicional combinação mineira, "Queijo com Goiabada", passou a ser para o Brasil e mundo, "Romeu e Julieta", a sobremesa perfeita, o par perfeito da mesa mineira.
          Mesmo com popularização da sobremesa como Romeu e Julieta, nas cozinhas de Minas e encontros familiares, o nome "Queijo com Goiabada" é mais comum. Nas festas sociais e nos outros estados brasileiros, o mais popular é Romeu e Julieta, para a nossa sobremesa.

domingo, 1 de outubro de 2017

A lenda da Serra da Mantiqueira

(Por Arnaldo Silva) A Serra da Mantiqueira é um dos mais importantes atrativos naturais de Minas Gerais e emoldura as cidades da região Sul de Minas, sendo em muitas delas, fonte de turismo, procuradas pelos amantes de aventuras e esportes radicais e por suas águas medicinais, paisagens paradisíacas, cachoeiras impressionantes e pelas histórias de cada cidade que estão aos pés da Mantiqueira.
          O nome é muito interessante, bem como a lenda que envolve a Mantiqueira.
          Antes da chegada dos colonizadores na região, o lugar era habitado por índios. Segundo a lenda uma linda índia Tupy, de uma das tribos que viviam na Serra, que ninguém sabe o nome, se apaixonou pelo sol, tendo como alegria, banhar-se em sua luz. 
          O Sol, encantou-se com a beleza da índia e também enamorou-se por ela, passando dias e noites brilhando no céu só para ficar pertinho de sua linda amada. Alegria do sol irradiava luz e também calor, já que não permitia que a noite serenasse e com isso, os campos começaram a incendiar e os lamaçais começavam a ferver.
          A Lua, não gostou nem um pouco desse amor e começou a ficar com ciúmes e por ter perdido a atenção do Sol. Procurou Tupã, relatou o ocorrido e este ergueu um paredão tão grande ao ponto de esconder sua namorada do Sol.
          A pobre índia sem poder ver seu amor, começou a chorar e chorar muito, derramando rios de lágrimas de tristeza por não poder ver seu amor. Essas lágrimas formavam nascentes, cujas águas  desciam da serra. 
          São centenas de nascentes que brotam da Serra da Mantiqueira, e pela lenda, são as lágrimas da bela índia por não poder ter mais o amor do Sol.
(imagem ilustrativa de Jerez Costa em Baependi MG)

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

2 cidades mineiras entre as mais hospitaleiras do país

(Por Arnaldo Silva) A cidade mineira de São João Del Rei, no Campo das Vertentes, é a cidade mais hospitaleira do Brasil, segundo a plataforma de compartilhamento de hospedagens e lares Airbnb.
          O ranking conta com 10 destinos mais hospitaleiros do país, feito com base em levantamento nas classificações cinco estrelas pelos usuários da plataforma. 
          Além de São João Del Rei, Piumhi, cidade da região Oeste de Minas Gerais, ficou em quinto lugar. O ranking conta ainda com duas cidades catarinenses, duas gaúchas, duas fluminenses, uma paulista e uma capixaba.
São João Del Rei MG
          São João Del Rei (na foto acima Lucas Carvalho/@elclucas), além de sua rica história, do colorido de sua arquitetura, de sua saborosa culinária, sempre foi uma cidade aconchegante, onde seu povo é sempre gentil e especial e se orgulha da cidade, bem como tem prazer em receber bem os visitantes.
          Ser eleita a cidade mais hospitaleira do Brasil não surpreendeu. Nos últimos anos, a cidade vem registrando aumentos nas chegadas de hóspedes, sendo um dos motivos desse aumento, a receptividade e hospitalidade do são-joanense.
Piumhi MG 
          Além de São João Del Rei, em primeiro lugar, a cidade mineira de Piumhi, no Oeste de Minas (na foto acima de Wilson Fortunato) foi a quinta mais votada. O município é um dos legítimos produtores do Queijo Canastra, se destacando também na produção de café, milho, feijão e leite, além de estar na região da Serra da Canastra, com toda sua beleza. 
          Cidade calma, com boa qualidade de vida, povo alegre, cidade bem cuidada e um povo muito hospitaleiro. Tanto é que Piumhi é chamada de "Cidade Carinho". Com certeza, estar entre as 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil é mais que merecido. 
Ranking das 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil
1 - São João Del Rei (MG)
2 - Penha (SC)
3 - Teresópolis (RJ)
4 - Bento Gonçalves (RS)
5 - Piumhi (MG)

6 - Florianópolis (SC)
7 - Resende (RJ)
8 - Vitória (ES)
9 - São José dos Campos (SP)
10 - Caxias do Sul (RS)
Airbnb faz essa eleição todos os anos. Essa, onde estão as duas cidades mineiras, são da eleição de 2017. Todos os anos são 10 cidades diferentes, eleitas pelos seguidores da plataforma.

domingo, 24 de setembro de 2017

Lajedão: o tesouro de Minas em Matias Cardoso

(Por Arnaldo Silva) A mais antiga cidade mineira, onde foi erguida a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a primeira igreja construída em Minas Gerais, Matias Cardoso, no Norte de Minas, distante 693 km de Belo Horizonte é também banhada pelo Rio São Francisco e cheia de belezas naturais. Belezas estas encontradas nos Parques Estaduais Lagoa do Cajueiro, Verde Grande, a Reserva Biológica do Jaíba e a APA Lajedão, criada em 1988. (fotografia acima de Manoel Freitas)
          Ocupando uma área de 12 mil hectares, o Lajedão impressiona pelas formações rochosas, mesmo com o cenário totalmente inóspito e árido do sertão, o local abriga uma rica fauna e flora. São 31 espécies de anfíbios, 47 espécies de répteis, 196 de aves e 73 espécies de mamíferos, catalogados, além do Lajedão ser o único ecossistema exclusivamente brasileiro. (fotografia acima de Manoel Freitas)
          Os contornos e esculturas rochosas naturais do Lajedão são únicas, não tem igual no mundo, bem como a riqueza e beleza da flora nativa, que nasce entre a dureza das rochas. (fotografia acima de Manoel Freitas)
A cidade de Matias Cardoso
          Matias Cardoso conta com cerca de 12 mil moradores. A cidade é pacata, seu povo acolhedor e hospitaleiro. Seu nome é em homenagem ao bandeirante Matias Cardoso, que se estabeleceu na região na segunda metade do século XVII. 
          A cidade (na foto acima de Manoel Freitas) preserva em sua arquitetura, um pouco dos primórdios de Minas Gerais, expressado na sua matriz, dedicada a Nossa Senhora da Conceição. A igreja é a trisavó de Minas, o primeiro templo religioso erguido no Estado e uma das joias da história de Minas Gerais. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Rejuvenesça nas águas medicinais de Caxambu

(Por Arnaldo Silva) Caxambu, no Sul de Minas, é uma das mais importantes estâncias hidrominerais do Estado, conhecida também por "Cidade das Águas", está distante 384 km da Capital, fazendo divisas com os municípios de Baependi, Pouso Alto, Soledade de Minas, e Conceição do Rio Verde. 
          Suas águas ficaram famosas a partir de 1868, quando a Princesa Isabel esteve no local para tratar de sua infertilidade. As águas fizeram bem à Princesa que teve filhos após o tratamento com as águas medicinais de Caxambu. Tal fato repercutiu na Côrte e atraiu atenção de todo o país para a cidade. A partir de então, grande número de visitantes começaram a chegar a Caxambu, em busca de suas águas medicinais, na intenção de buscar cura para enfermidades. (fotografia acima de Marcelo Santos)
          Em Caxambu estão 12 fontes de águas carbogasosas com diferentes composições químicas, concentradas no Parque das Águas Dr. Lisandro Carneiro Guimarães (na foto acima do Thelmo Lins). É a maior concentração de águas carbogasosas do planeta. O alto poder medicinal, diurético e desintoxicante dessas águas, atraem turistas o ano todo, vindos de todo o Brasil e de outros países.
          Além das águas medicinais e a beleza do Parque das Águas,  o turista encontrará uma cidade com várias atrações como teleférico (na foto acima de Thelmo Lins), belas igrejas, museu, mirante. 
          Pode-se ainda fazer passeios a cavalo, de charrete e passeios de bicicleta por trilhas ecológicas. A cidade tem belas paisagens naturais, com cachoeiras e montanhas lindas, além de uma rica arquitetura urbana, que vai do colonial, clássico, neorromântico e eclética. (foto acima de Thelmo Lins)
          A principal atração do Parque das Águas de Caxambu é o Balneário Hidroterápico (na foto acima de @viniciusbarnabe) onde são oferecidos banhos e duchas com águas medicinais, saunas, massagens terapêuticas e tratamentos estéticos Sua construção é datada do início do século XX, projetado pelo arquiteto Alfredo Burnier. A edificação foi construída no estilo neoclássico, ornamentado com vitrais franceses, com pisos vindos da Inglaterra e azulejos vindos de Portugal. (foto abaixo de Thelmo Lins)
          A culinária de Caxambu é rica e saborosa destacando os produtos locais como o doce de leite, ambrosia, geleias, broa de fubá, brevidades, queijos e os principais pratos da culinária mineira. (foto abaixo de Thelmo Lins)
Caso queira mais informações sobre o Parque das Águas, contate a Secretaria de Turismo e Cultura de Caxambu: Tel.: +55 (35) 3341-7378 - E-mail: turismoecultura@caxambu.mg.gov.br

sábado, 2 de setembro de 2017

As 60 cidades mais altas de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais é um Estado montanhoso, com "mares de morros ondulados", com dezenas de municípios acima de 1000 metros de altitude. Monte Verde é a localidade urbana mais alta de Minas Gerais com 1550 metros de altitude e a segunda localidade mais alta do Brasil, perdendo apenas para Campos do Jordão, em São Paulo, que está a 1628 metros de altitude, a mais alta do Brasil.
          Como Monte Verde não é cidade e sim distrito, Senador Amaral, no Sul de Minas, é o município mais alto de Minas Gerais e o terceiro do Brasil, com 1505 metros de altitude. (na foto acima do de Jair Antônio Oliveira, a cidade de Marmelópolis MG) 
          Altitude seria a distância vertical em metros de um ponto em relação ao nível do mar. Vale acrescentar que a altitude das cidades é calculada pela altimetria e não pela altura de picos, morros ou montanhas existentes nos municípios. (na foto acima de Ane Souz, a cidade de Ouro Preto MG)
          Portanto, não é porque em um município exista uma montanha com o topo com 1,5, 2, mil metros ou mais, que essa seja a altitude do município. O cálculo é pela altimetria vertical das cidades em relação ao nível do mar e não pela altura de serras, morros ou montanhas. A lista é apenas de municípios mineiros e não entra na lista, os distritos. (na foto acima a cidade de Senador Amaral MG. Foto arquivo Secretaria Municipal de Cultura e Turismo). 
Os municípios mineiros acima de 1000 m de altitude são:
01 - Senador Amaral - MG – 1.505 m (mais alta de Minas)
02 - Bom Repouso – MG – 1.371 m
03 - Gonçalves – MG - 1.350 m
04 - Diamantina MG - 1.280 m

05 - Marmelópolis - MG - 1.277 m
06 - Maria da Fé – MG – 1.258 m
07 - Nova Resende MG - 1.252 m
09 - Datas MG - 1.240 m
10 - Munhoz – MG - 1.235 m
11 - São Tomé das Letras MG - 1.227 m
12 - Serra do Salitre MG - 1.220 m
13 - Bocaina de Minas - MG - 1.210 m
14 - Bueno Brandão – MG - 1.204 m
15 - Delfim Moreira – MG - 1.200 m
16 - Ipuiuna - MG - 1.201 m
17 - Poços de Caldas - MG - 1.196 m
18 - Ouro Preto - MG - 1.179 m
19 - Santa Rita de Caldas - MG - 1.162 m
20 - Barbacena - MG - 1.160 m
21 - Liberdade - MG - 1.152 m
23 - 
Presidente Kubitschek - MG - 1.150 m
23 - Luminárias MG - 1141 m
24 - Caldas e Resende Costa - MG - 1.140 m 
25 - Pratinha - MG - 1.138 m
26 - Alagoa - MG - 1.132 m
27 - Santa Rita do Ibitipoca MG - 1.131 m
28 - Ressaquinha MG - 1.129 m
29 - Toledo MG - 1.128 m
30 - Bom Jardim de Minas - 1119 m
31 - Gouveia - MG - 1.113 m
32 - Santana do Garambéu - MG - 1.105 m 
33 - Muzambinho, Rio Paranaíba, Ouro Branco, São Gotardo e São Tiago - MG - 1.100 m
34 - Carvalhos e Tapira 1.092 m
35 - Ibiraci - MG - 1.085 m
36 - Lagoa Dourada - MG - 1.080 m

37 - Campestre MG - 1077 m
38 - Carmo do Paranaíba MG - 1.061
39 - Matutina e Carrancas -MG - 1.060 m
40 - Carandaí MG - 1.057
41  - Antônio Carlos MG - 1058 m
42 - Conceição das Pedras, Campos Altos, Arantina MG - 1.050 m
43 - Itacambira-MG -1.048 m
44 - Ibertioga MG - 1.045 m
45 - Santa Rosa da Serra e Araponga - MG - 1.040 m
46 - Consolação  - MG - 1.035 m
47 - Tiros - MG - 1.032 m
48 - Congonhas do Norte 1.029 m 
49 - Desterro de Entre Rios MG - 1.028 m
50 - Tocos do Moji MG - 1.027 m
51 - Ritápolis MG - 1.029 m
52 - Cristina - MG - 1.025 m
53 - Cristais MG - 1.018 m
54 - Camanducaia MG - 1.015 m
55 - Araguari MG - 1.013 m
56 - Cruzília MG - 1.010 m
57 - Serranos MG - 1.009 m
58 - Itamogi MG - 1.006 m
59 - Wenceslau Braz - MG - 1.005 m
60 - Andrelândia, Minduri, Perdizes - MG - 1.000 m 

(As informações de altitudes acima são oficiais do Governo de Minas com dados obtidos através  do IBGE e Prefeituras locais)

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