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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A lenda da origem dos ipês

"Naqueles tempos, o inverno estava nos seus últimos dias e todas as árvores da floresta estavam começando a florescer. Somente os ipês continuavam sem flores. Os ipês, cada vez mais se entristeciam com aquela situação. Eles eram os únicos que não tinham nem flores, nem frutos. Então, os amarelos canários da terra, percebendo a tristeza dos ipês, resolveram fazer seus ninhos somente nos galhos de um dos ipês. E ninhais também foram feitos pelas araras vermelhas e azuis e os sanhaços em outro; as garças brancas em outro, as siaciras em outro, e num outro ipê menos imponente, foram os periquitos, jandaias, maritacas e papagaios. (Primeira foto de Wilson Fortunato, segunda de César Reis, terceira de Wilson Fortunato e quarta de Giselle Oliveira)
          Os ipês ficaram muito felizes e resolveram pedir à Providência Divina que lhes dessem flores, como forma de agradecimento aos canários da terra e a todos os outros pássaros da floresta, pela alegria que tinham levado a eles. (foto acima de Wilson Fortunato, ipê roxo florido, em Bom Despacho MG)
          No dia seguinte, dizem, sob o mais belo céu azul que aqueles sertões já conheceram, os ipês floresceram em várias cores. Cada um dos ipês se vestiu nas cores e matizes dos pássaros que os havia adotado. Quando tudo isso aconteceu, dizem, era agosto".  (foto acima de ipês rosas e abaixo, ipê branco,de Arnaldo Silva em Bom Despacho MG)        
          E assim, desde então, os ipês têm florescidos em agosto. Agora, a cada agosto, um vento frio sopra desde os sertões do Brasil: é a Providência Divina anunciando que ainda mais uma vez os ipês florescerão, cumprindo a aliança entre Deus e a Natureza. As cores dos ipês são, portanto, expressão de um milagre do amor de Deus pela natureza e pelos seres que vivem na Terra".
Autoria do texto desconhecida (se alguém souber a autoria nos informe para darmos os créditos)

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Cinco cidades-fantasma em Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Outrora cheios de gente e ativos economicamente, esses povoados de rica tradição, cultura e história, deram lugar à monotonia da rotina e lembranças de um passado glorioso, que ficaram nas lembranças de alguns poucos que ainda permanecem nessas localidades.          
          Citaremos cinco: Biribiri (na foto acima de Elvira Nascimento), em Diamantina; Desemboque, o berço da colonização do Triângulo Mineiro, com 27 moradores; a Vila de Mato Grosso, no Serro, com alguns moradores residindo próximo à Vila, o Cemitério do Peixe em Conceição do Mato dentro, onde a maioria dos moradores estão no cemitério e a Matriz da Vila de Dores do Paraibuna, e o povoado em seu redor, inundado por águas em Santos Dumont MG (na foto abaixo do Fabrício Cândido).
          Não tem fantasmas, no sentido literal da palavra, nessas localidades. Eram localidades habitadas e de grande importância social e econômica no passado, mas aos poucos foram diminuindo de importância econômica e social e com isso, de moradores, até terem poucos ou mesmo, nenhum morador.
          Essas são as famosas "cidades-fantasmas" de Minas.
01 - Vila de Biribiri - Diamantina
          A charmosa Vila de Biribiri (na foto acima de Elvira Nascimento) fica em Diamantina MG, no Vale Jequitinhonha, a 298 km de Belo Horizonte. Foi construída em 1876 para ser moradia dos funcionários de uma fábrica de tecidos. 
           O lugar é um charme, com suas casas coloniais pintadas em azul e branco e até os dias de hoje, bem preservadas, bem como sua belíssima e singela igreja (na foto acima do Edison Zanatto). Tem ainda um gerador de energia elétrica próprio, pequeno comércio, bar com tira gosto e até uma pequena pousada, para receber viajantes. Nos áureos tempos do início da industrialização em Minas Gerais, Biribiri chegou a ter mais de mil moradores. 
          A economia e vida em Biribiri girava em torno da fábrica de tecidos. O arraial foi próspero até 1973, quando a fábrica fechou suas portas. Sem emprego e sem perspectivas de reabertura da fábrica, os moradores da vila foram deixando suas casas e migrando para outras cidades, em busca de trabalho e vida melhor. (fotografia acima e abaixo de Alexsandra Almeida)
          A vila foi tombada como patrimônio histórico, restaurada em sua originalidade e está muito bem preservada. É hoje uma das principais atrações turísticas de Diamantina. O visitante também pode conhecer as belezas naturais em seu entorno como as cachoeiras dos Cristais e do Sentinela.
02 - A Vila de Dores do Paraíbuna - Santos Dumont
          Distrito de Santos Dumont, Dores do Paraibuna era uma charmosa vila do século XIX, com uma belíssima igreja, datada de meados do século XIX e um singelo casario colonial em seu redor. (fotografia acima de Fabrício Cândido)
          Na década de 1990, uma nova vila com novo casario e igreja foi construída e seus moradores transferidos, já que o antigo distrito seria inundado pelas águas da Represa de Chapéu d´Uvas, para represar as águas do Rio Paraibuna. A nascente do Rio Paraibuna encontra-se a 50 km de distância. A represa Chapéu d´Uvas tem 12 km de extensão e 41 metros de profundidade. (foto acima de Alexandra Dias)
          Foi construída para ser mais uma fonte de água para abastecer e proteger Juiz de Fora de inundações causadas pelo Rio Paraibuna, além de possibilitar melhor aproveitamento das usinas hidrelétricas da Cemig na região. 
          Com o tempo e com a força das águas, o antigo casario colonial no entorno da igreja foi levado pelas águas. Em pé, restou apenas as estruturas de sua velha matriz, do século XIX (como podem ver na foto acima do Jefferson Formigoni/@jjefinhoformigoni)
          Na estiagem, quando as águas da represa ficam baixas, dá para ver a igreja ainda de pé, mas do casario que ficava em seu redor,  não existe mais que os lembre. Uma beleza histórica, numa região de grande importância cultural, arquitetônica econômica para Minas Gerais.
03 - Vila de Mato Grosso - Serro MG
          Até 1966, o nome era Vila de Mato Grosso. Posteriormente, foi alterado  para Vila Deputado Augusto Clementino. Mesmo com mudança de nome, a vila continua sendo chamado popularmente de Vila de Mato Grosso. (na foto acima de Thelmo Lins)
          É distrito de Serro MG, no Centro-Nordeste de Minas e fica cerca de 18 km de distância da sede. Sua história começou por volta de 1714, com a chegada de bandeirantes, além de viajantes de outras localidades que vinham à região, por acreditarem que que na Serra da Carola, milagres aconteciam por intercessão de Nossa Senhora das Dores. Até os dias de hoje, é difícil encontrar alguém que não tenha relatos de graças conseguidas por intercessão de Nossa Senhora das Dores.
          A crença e relatos de milagres sempre atraiu peregrinos para o local. Para atender os fiéis, foi construída uma pequena vila com capela e casas bem pequenas, para os devotos ficarem durante o período de peregrinação. Isso porque a serra fica num morro e idas e vindas era muito cansativo para os fiéis, por isso a construção de uma vila, com casas e capela. 
         São cerca de 100 casas muito simples. Muitas delas com apenas um cômodo, paredes caiadas e bancos de madeira entre as pequenas ruas da vila. (foto acima de Thelmo Lins)
          Completando a arquitetura do lugar, a Capela de São Sebastião, padroeiro do distrito e de Nossa Senhora das Dores, construídas em estilo barroco, dão um charme característico das vilas mineiras. Nessas igrejas são realizadas a festa de Nossa Senhora do Rosário, o jubileu e festa de Nossa Senhora das Dores. Embora construídas pelos fiéis, o local pertence a Igreja Católica.
          Nas casinhas não mora ninguém, mas tem moradores nas redondezas próximas. São apenas usadas pelos fieis no mês do jubileu, na 2ª e 3ª semanas de julho, na Festa de São Sebastião em abril e de Nossa Senhora das Dores em setembro. (fotografia acima de Thelmo Lins)
          Por isso que Mato Grosso é conhecida por Vila Fantasma. Só é habitada da nos dias de festas religiosas. Fora dos dias de jubileu, os visitantes podem visitar a vila e conhecer a paz, tranquilidade, charme e a beleza do lugar. Na cidade do Serro, tem guias local que oferecem passeios à Vila Fantasma de Mato Grosso. 
04 - Vila Cemitério do Peixe
          Este pequeno lugarejo, com apenas 7 moradores, é banhado pelo Rio Paraúna. É subordinado ao município de Conceição do Mato Dentro MG, na região Centro-Nordeste de Minas, distante 170 km de Belo Horizonte. A vila Cemitério do Peixe é formada por uma única igreja, dedicada a São Miguel Arcanjo e um cemitério, que deu nome ao lugar. São cerca de 200 casas em estilo colonial caiadas com janelas e portas pintadas em azul, cheias de simplicidade e mistério. (foto acima de Tom Alves/@tomalves.fotografia)
          Em frente a Igreja de São Miguel Arcanjo (na foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas) está o cemitério e há uma placa com os dizeres “Ó tu que vens a este cemitério, medita um pouco nesta campa fria: eu fui na vida o que tu és agora, eu sou agora o que serás um dia”. Por essas palavras e por ser um lugar praticamente desabitado, o lugarejo ganhou a fama de "cidade-fantasma"
          Segundo a história popular, por volta de 1860, um rico fazendeiro da região conhecido por Canequinha, doou parte de suas terras à Igreja Católica para que fosse construída uma capela e um cemitério em sua fazenda. Mandou construir ainda algumas casas em torno da capela e do cemitério, para moradia dos padres e fiéis. (na foto acima do Marcelo Santos, estrada para a Vila do Cemitério do Peixe, sob a névoa)
         Por ironia do destino, Canequinha foi enterrado no cemitério que mandou construir. É o primeiro túmulo na entrada do cemitério, com data de sepultamento em 1941. No túmulo há uma placa escrita: "Fundador". (fotografia acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Já o nome peixe, segundo a história popular, vem de um escravo apelidado de "Peixe", que teria sido sepultado no cemitério bem antes do Canequinha. Como o escravo era muito estimado por seu senhor, o local passou a ser chamado de Cemitério do Peixe e o nome se popularizou. 
05 - Vila de Desemboque - Sacramento
 
          O povoamento de Desemboque, distrito de Sacramento no Triângulo Mineiro começou em 1766, com a chegada de bandeirantes em busca de ouro na região e em Goiás. (fotografia acima de Luís Leite)
          Na época, o arraial prosperou a ponto de ter quase 2 mil moradores. Era o centro de lazer da região pois tinha até cassino, além de ser um importante centro comercial e de mineração do Triângulo Mineiro. (na foto acima do Luís Leite, os fundos da Igreja de Nossa Senhora do Desterro e abaixo, um dos velhos casarões da Vila)
          Com a escassez do ouro, a partir de 1871, os moradores foram fechando seus comércios e se mudando para outras regiões mais prósperas, deixando para trás suas casas.
          A vila outrora povoada, ficou deserta. Restou a história de um passado glorioso e relíquias arquitetônicas daqueles tempos como as igrejas de Nossa Senhora do Rosário, construída em 1854 pela Irmandade de Nossa Senhora dos Rosário dos Homens Negros e Pardos. (na foto acima do Luís Leite). Esta igreja é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG, em 1984.
          E ainda a Igreja de Nossa Senhora do Desterro, construída pelos homens brancos, entre 1743 e 1754 (na foto acima de Luís Leite). Foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG), em 1984. 
          Um detalhe da igreja é o cemitério em seu redor. Naquela época, era comum cemitérios nos fundos das igrejas, com bancos e a frente livre para os fiéis. Em Desemboque não, as sepulturas contornam a Igreja do Desterro. Para entrar na igreja, os fiéis tem que obrigatoriamente passar pelas sepulturas. A igreja e o cemitério são protegidos por uma pequena murada de pedras. 
          Uma vez no ano, seus moradores se reúnem no período da festa junina para carreada de bois e queima da fogueira. (foto acima e abaixo de Luís Leite)
          Nessa época, as lembranças da antiga Vila movimentada de tempos atrás, se torna presente, já que no dia da queima da fogueira e carreada de bois, a vila fica repleta de pessoas, que vem de toda região, para prestigiar a festa.
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terça-feira, 18 de julho de 2017

Cidades de Minas celebram a tradição do carro de bois

(Arnaldo Silva) Por toda Minas Gerais, desfile com carro de bois vem virando tradição. A importância do carro de bois para a vida mineira vem de séculos. É mais que simples peças de madeira, com duas rodas, puxado por juntas de bois. É tradição, é saudade, é saudosismo.
Mesmo com a modernidade, ainda hoje o carro de bois está presente na vida do povo mineiro transportando alimentos, ajudando o homem do campo em sua lida na roça, principalmente nos pequenos vilarejos do interior. (foto  acima de Wagner Indaiá em Matutina MG e abaixo em Engenho do Ribeiro, distrito de Bom Despacho MG)
Pesado, desajeitado e barulhento, por séculos garantiu o sustento de muitas famílias, transportando as riquezas da roça para a cidade e vice versa.(foto abaixo de Wilson Fortunato em Formiga MG)
O amor ao carro de bois nunca acabará. Está na identidade do povo mineiro, passada de geração para geração. E a nova geração, curte com alegria a beleza e encanto do velho carro de bois. Para o carreiro, o “choro” do carro de bois é a mais bela melodia que já ouviu. É algo que emociona e essa emoção sempre foi retratada em versos, prosas e em modas de violas, cantadas por grandes artistas da música sertaneja.
Por isso as centenas de festas e desfiles de carros de bois pelas cidades, distritos e povoados de toda Minas Gerais. É para preservar a tradição do carro de bois, mas também, matar saudades dos tempos de carreiro. (na foto acima, de Wilson Fortunato, carro de bois em Formiga MG e abaixo em Leandro Ferreira MG)
Essas festas espalhada pelos rincões mineiros movimentam a economia local e atraem turistas. Para os que participam dos desfiles com seus bois e carros, é mais que um evento econômico. É a preservação da memória de seus pais, avós e bisavós que trabalhavam com carros de bois. Desse trabalho tiravam o sustento de suas famílias e ajudavam no crescimento de suas cidades. Nos primórdios das cidades de hoje, o carro de bois se fez presente, sendo mola propulsora do crescimento, num tempo que não existiam carros, nem caminhões e nem linha férrea, tudo era transportado em carro de bois. Para chegar até as cidades, por exemplo, querosene, lamparinas, açúcar, roupas, sapatos, tudo mesmo, vinham no carro de bois.
Nas 12 regiões geográficas de Minas, em praticamente todas as cidades, acontecem as carreadas, junto com atividades culturais regionais. Um evento emocionante, mostrando a força e riqueza de nossas tradições. (na foto abaixo de Ézio Donizete, carreada em Macuco de Minas, distrito de Itumirim MG)
As carreadas de bois mais famosas de Minas são presenciadas em Formiga, Abaeté, Piedade das Gerais, Bom Despacho, Desemboque, distrito de Sacramento, Campos Altos, Unaí, São Tiago, Ibertioga, Alterosa, Andrelândia, Caldas, Bueno Brandão, São Gotardo, Jacuí, Leopoldina, Entre Rios de Minas, dentre outras tantas. (na foto abaixo de Wilson Fortunato, concentração de carreiros em Formiga MG)
A Festa do Carro de Bois em Minas é tradição que cresce a cada ano e valorizada porque o carro de bois está no sangue dos mineiros, tanto quanto o queijo.

sábado, 24 de junho de 2017

Conheça a Pedra da Boca

(Por Arnaldo Silva) Quem passa pela MGT-418, perto de Pedro Versiane, distrito de Teófilo Otoni MG, na região do Vale do Mucuri, na divisa com Ataleia MG, se impressiona com a impactante beleza de um Insilberg conhecido por Pedra da Boca. O enorme maciço rochoso é um afloramento monolítico em forma de cúpula, com 1005 metros de altura em seu cume, lembra uma baleia. 
          Uma fenda frontal, aberta a milhares de anos, lembra uma boca, por isso o nome. Tem formato de uma grande baleia, sendo que a fenda frontal em formato de uma boca deu origem ao nome da pedra. Possui 970 m de altura. 
          Não é apenas a beleza da Pedra da Boca que impressiona e atrai turistas para o local, mas também a aventura de escalar a montanha, por isso, cada dia mais percebe-se a presença de amantes de esportes radicais na região. Chegar ao topo, é chegar ao ápice, a da região nos quase mil metros de altura da Pedra da Boca é impressionante.
          No Vale do Mucuri e Vale do Rio Doce, são comuns esses tipos de afloramentos monolíticos, formando paisagens belíssimas nessas regiões. São afloramentos, que segundo a geologia, é uma exposição de uma rocha na superfície da Terra, que se formam ao longo de milhões de anos por erosão do solo e em alguns casos, por ação do homem, por exemplo, na abertura de estradas ou exploração de pedreiras, mas em sua maioria, são fenômenos naturais.
          Esses afloramentos monolíticos são muito importantes e estudados pela geologia com análises sobre sua idade, composições mineralógicas e químicas, além de poderem fazer mapas geológicos dos tipos de afloramentos existentes nessas regiões, sua extensão, dentre outros estudos. (As fotografias dessa edição são de autoria de Dinho Santos, enviadas pela Cibelle Viana)

Dicas de turismo em 6 cidades frias do Sul de Minas

(Por Arnaldo Silva) Embora o inverno começa oficialmente em junho, o frio sempre chega antes em Minas. Em maio as temperaturas já começam a cair no Estado. E nessa época do ano, uma região de Minas chama a atenção, justamente pelo frio. (na foto acima do do @sitiodocanion, um dia de frio de intenso frio, abaixo e zero grau, em Monte Belo, povoado de Itamonte MG)
          É o Sul de Minas, principalmente nas cidades da Serra da Mantiqueira onde as temperaturas caem tanto que geadas são comuns, em temperaturas abaixo de 0 grau. (na foto acima de John Brandão/fotografo_aventureiro, o Pico dos Marins, que divide Minas e São Paulo, na entrada entre Dilfim Moreira MG e Marmelópolis MG)
          Algumas cidades da região da Mantiqueira são especiais, famosas pelo frio, gastronomia, vinhos, cervejas, chocolates e opções de lazer variadas. (foto acima de Ricardo Cozzo)
Vamos conhecer algumas cidades frias do Sul de Minas?

01- Monte Verde

          Monte Verde (na foto acima de Wellington Diniz) distrito de Camanducaia MG, é uma dos destinos turísticos de Minas que mais cresce no Brasil. Está a 1600 metros de altitude, rodeado por montanhas e paisagens deslumbrantes. Tem uma ótima estrutura para receber o turista, com hotéis, pousadas e restaurantes de qualidade. A arquitetura de Monte Verde tem origem na Letônia, Leste Europeu sendo um dos atrativos do local, juntamente com o frio, que atrai para a cidade casais que gostam de curtir momentos especiais a dois, já que o distrito tem opções para todos os gostos, desde os mais caseiros até os que gostam de esportes radicais. Monte Verde está a 166 km de São Paulo, a 140 de Campos do Jordão e a 488 km de Belo Horizonte. 
02 - Gonçalves
          A 80 km de Monte Verde está a cidade de Gonçalves, conhecida por pérola da Mantiqueira (na foto acima de Marcelo Botosso). Lugar tranquilo, rodeado por paisagens deslumbrantes, cachoeiras, corredeiras do Rio Capivari, matas nativas, propícias para fazer trilhas e passeios em 4x4. No município encontra-se pousadas e restaurantes aconchegantes e um rico artesanato em madeira, tecido, argila, palhas que podem ser encontrados nas lojas da cidade.       
03 - Passa Quatro
          Passa Quatro (na foto acima, de Paulo Santos) tem uma temperatura média mínima de 8ºC e máxima de 13ºC no inverno, segundo o Inmet. No inverno mais rigoroso, pode chegar a 0º C ou até menos que isso. A cidade é charmosa, aconchegante, com uma bela arquitetura urbana, igrejas charmosas, boa rede hoteleira e restaurantes com comidas típicas. No município encontra-se belezas naturais e históricas esplêndidas com matas nativas com trilhas ótimas para caminhadas ou mesmo fazer trilhas de bike, a cavalo e de jeep. Pelo caminho, encontra-se cachoeiras e impressionantes montanhas.
          Outro atrativo imperdível de Passa Quatro é o passeio de Maria Fumaça, nos fins de semana e feriados, pelas paisagens da Serra da Mantiqueira com duas paradas para que os turistas possam conhecer a história da cidade, ver fotos e adquirir o artesanato local, bem como experimentar sua culinária típica. (a foto acima de Anderson Veloso, mostra a Maria Fumaça na Estação de Passa Quatro). Durante o passeio de trem, o turista terá a oportunidade de conhecer o Túnel da Mantiqueira inaugurado por Dom Pedro II em 1881, tendo sido palco de sangrenta batalha na guerra travada entre mineiros e paulistas, durante a chamada "Revolução Constitucionalista de 1932".
04 - Machado
          Machado é considerada pelo  Inmet como uma das mais frias do Sul de Minas. Está a 381 km de Belo Horizonte. (foto acima de Carias Frascoli) A média no inverno varia de 9,4ºC a no máximo 14,3ºC. Em 9 de junho de 1985 foi registrado no município, sua menor temperatura, -1,4ºC . 
          A cidade aconchegante, conta com uma boa rede hoteleira e gastronômica, preserva tradições religiosas e folclóricas. É uma das maiores produtoras de café de Minas e conta também com várias atrações como o monumento do Cristo e o Lago Artificial, conhecido por prainha, inaugurado em 1981, a Casa da Cultura, além de abrigar o Instituto Federal de Minas Gerais.        
          Quem visitar Machado no mês de agosto poderá conhecer a Festa de São Benedito, com mais de um século de existência é uma das mais antigas e tradicionais festas religiosas, cultural e folclórica de Minas Gerais. A festa é realizada durante 12 dias do mês de agosto.   Indo à cidade, não deixe de experimentar também o famoso Pastel de Fubá  uma das principais iguarias do município. O pastel de fubá é encontrado em vários pontos da cidade e no popular Mercado Municipal. A culinária de Machado é ótima e diversificada. A cidade possui pesqueiros, pizzarias, comida oriental e comida tradicional de Minas. 
05 - Caldas
          Caldas é uma das cidades mais antigas de Minas Gerais. É conhecida nacionalmente pela sua culinária, principalmente quitandas diversas. Todos os anos a cidade promove a Festa do Biscoito que atrai turistas de toda a região e de vários estados do Brasil nos dias de festa, que acontece todos os fins de semana do mês de julho de cada ano, em Pocinhos do Rio Verde, distrito de Caldas. A cidade é também uma das pioneiras na produção de vinhos em Minas, sediando um Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a estação enológica e vinícola da estatal. (na foto abaixo, do Erasmo Pereira, a Estação Experimental da Epamig em Caldas MG)
          O município possui belas paisagens, cachoeiras, montanhas, grutas, cavernas, formações rochosas e água medicinal, que fica no distrito de Pocinhos do Rio Verde.  A Pedra Branca e a Pedra do Coração suas duas paisagens lindas de Caldas que merecem ser visitadas. Na Pedra do Coração tem a capelinha de Santa Bárbara, singela e bem simples.  
06 - Maria da Fé
          É a cidade mais fria de Minas segundo o Inmet. A média mínima no inverno é 5,4ºC e máxima de 10,1ºC. A menor temperatura registrada no município, segundo o Inmet, foi em 21 de julho de 1981 quando os termômetros marcaram -8,4ºC. Nos últimos invernos as temperaturas estão sempre próximas do 0 grau ou abaixo. (foto acima de Cássia Almeida)
          Maria da Fé é a pioneira na produção de azeites na Serra a Mantiqueira. Através da Epamig, que mantém tem sua fazenda experimental na cidade, foi a responsável por introduzir as oliveiras na cidade e na região da Mantiqueira (na foto acima do Erasmo Pereira/Epamig). São azeites de alta qualidade, reconhecidos internacionalmente. A fazenda da Epamig é aberta a visitação.
          Um atrativo para os turistas no inverno são as cerejeiras que foram plantas após a desativação da linha férrea na cidade. As cerejeiras seguem o trajeto da linha. (na foto acima de Rinaldo Almeida) O entorno da cidade o visitante se depara com paisagens de tirar o fôlego. O Pico da Bandeira (não é o de Alto Caparaó MG) é um dos mais visitados, bem como a Pedra do Pedrão. 
          A igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes é um espetáculo. Vale a pena uma visita. (na foto acima de Gislene Ras) No mês de julho acontece na cidade o Festival de Inverno com produtos culinárias locais como o azeite, shows e bebidas e comidas quentes, já que o inverno é muito rigoroso.
Mais cidades
          Toda a região Sul de Minas é fria no inverno. Praticamente em todas as cidades da região acontece geadas no inverno com termômetros próximos de 0 grau ou abaixo como em Poços de Caldas, Sapucaí-Mirim, Carvalhos, Paraisópolis, Brasópolis, Cambui, Alagoa, Bueno Brandão, Baependi, Virgínia, Aiuruoca, São Bento Abade, Extrema (na foto acima de Joseane Astério) entre tantas outras cidades, que além do frio, tem muitas belezas naturais e ótimas culinárias tipicamente mineiras.

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