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quinta-feira, 4 de maio de 2017

As cidades do Vale do Rio Doce

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Rio Doce é uma das maiores regiões de Minas Gerais. É formada por 102 municípios, onde vivem cerca de 1.7 milhão de mineiros, divididos em 7 microrregiões, tendo como sede os municípios de Aimorés, Guanhães, Governador Valadares, Ipatinga, Caratinga, Mantena e Peçanha.
          É uma das mais ricas e desenvolvidas regiões de Minas, destacando as indústrias, com boa parte sediadas no Vale do Aço, pecuária e agricultura, principalmente no cultivo do café, além de uma vasta e desenvolvida rede comercial, conta ainda com uma extensa malha rodoviária, ferroviária e aeroportos, nas suas principais cidades. (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade, a cidade de Cuparaque)
Conheça as microrregiões do Vale do Rio Doce
01 – A microrregião de Aimorés
          Aimorés, (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade) conta atualmente com cerca de 25.269 habitantes, segundo Censo do IBGE e está a 440 km de distância de Belo Horizonte. O município conta com acesso rodoviário e ferroviário com trem de carga e passageiros, com o Trem Vitória Minas, tendo estação na cidade. 
          A cidade está numa região montanhosa, banhada pelo Rio Doce e mesmo assim, seu clima é bem quente, (como pode ver na foto abaixo do Thelmo Lins). O mês mais quente do ano na cidade é fevereiro, com temperatura média de 27,9ºC e no mês mais frio, julho, a média é de 21,8º, segundo dados do Inmet.
          Com uma boa estrutura urbana, um comércio variado, prestação de serviço eficiente, uma agropecuária crescente e forte na região, além da indústria extrativista, alimentícia, de serraria e cerâmica, movimentam a economia do município.
          Aimorés tem como atrativos o Cine Teatro Terra, o Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, natural da cidade e também a Usina Hidrelétrica Eliezer Batista, ou simplesmente, Usina de Aimorés que conta com o Parque Botânico, aberto a visitação com várias atividades culturais e ecológicas, bem como suas belezas naturais como a Pedra Lorena (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), a Pedra da Fundança, a Pedra da Onça e a Pedra Bonita.
          Além de Aimorés, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Alvarenga, Conceição de Ipanema, Conselheiro Pena, Cuparaque, Goiabeira, Ipanema, Itueta, Mutum, Pocrane, Resplendor, Santa Rita do Itueto e Taparuba.
- Mutum
          Mutum conta hoje com cerca de 27.635 habitantes, segundo Censo do IBGE e a está distante 380 km de Belo Horizonte (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade). É uma cidade acolhedora, charmosa e com seu povo muito amável e hospitaleiro. A cidade é rodeada por belíssimos afloramentos rochosos em seu entorno, (como na foto abaixo do Elpídio Justino de Andrade)
          Seu nome tem origem numa ave abundante na região, o Mutum. A cidade tem origem no século XX, tendo sido emancipada em 19 de junho de 1912. Mutum tem forte tradição na agricultura e pecuária, com destaque para o cultivo de milho, feijão e principalmente o café..
02 - A microrregião de Guanhães
          Guanhães, (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), fica a 240 km de Belo Horizonte, situada no encontro da BR-120 com a BR-259, a cidade conta atualmente com 32.244 habitantes, segundo Censo do IBGE. É um importante corredor de acesso a vários municípios. Além disso, é um importante polo de prestação de serviços nas área de saúde, educação, comércio, dentre outros serviços, atendendo a mais de 30 municípios.
          Além de sua estrutura urbana e boa qualidade de vida, que oferece aos seus cidadãos, Guanhães conta como atrativos naturais o Parque Estadual da Serra do Candonga, a Lagoa Grande, dentre outras paisagens. Conta também com uma excelente culinária, inclusive com pratos típicos locais como a bananinha-frita, o doce luminária, além de outros pratos da nossa culinária e ainda festividades durante o ano como o aniversário da cidade, que foi fundada em 25 de outubro de 1875, a festa de São Miguel, padroeira da cidade e de Nossa Senhora Aparecida. 
          Além de Guanhães, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Braúnas, Carmésia, Coluna, Divinolândia de Minas, Dores de Guanhães, Gonzaga, Materlândia, Paulistas, Sabinópolis, Santa Efigênia de Minas, São João Evangelista,  Senhora do Porto e Virginópolis.
- Virginópolis

          Com cerca de 10.334 habitantes, segundo Censo do IBGE, Virginópolis, está a 270 km de Belo Horizonte. A história da cidade começa em meados do século XIX, com o surgimento de um povoado, elevado a freguesia em 1871, tendo sido elevada à cidade em em 1923, com a data de seu aniversário celebrada  9 de março de 1924, ano da instalação do município. O nome da cidade é em homenagem à Virgem Maria, com a junção da palavra Virginis, do latim Virgo, com a palavra grega polis, que significa cidade. Se destaca na região por sua famosa Festa da Jabuticaba e a Capela de Nossa Senhora do Patrocínio (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), com mais de 500 degraus. 
03 - A microrregião de Governador Valadares
           A 320 km distante de Belo Horizonte, Governador Valadares (foto acima do Sérgio Mourão) conta atualmente com cerca de 257.171 habitantes, segundo Censo do IBGE. É a maior cidade da região, muito bem estruturada, com excelente infraestrutura urbana, contando com acesso fácil a rodovias, ferrovias, inclusive com trem de passageiros, o Trem Vitória Minas, que tem estação na cidade, e ainda, um aeroporto municipal. Possui uma excelente rede hoteleira e gastronômica, além de estrutura para eventos de grande porte, feiras, exposições e atividades culturais. 
          Além de seu comércio e indústria desenvolvidos, o turismo é outra fonte de renda do município, com destaque para o Pico do Ibituruna, considerado o melhor lugar do mundo para a prática de voo livre, por conter as melhores térmicas, propícias para a prática desse esporte. Do alto de seus 1.123 metros de altitude, a vista da região é maravilhosa, sendo o lugar, o principal cartão postal da cidade e famoso no mundo inteiro. 
          Além do Pico do Ibituruna, destaca na cidade a Ilha dos Araújos, a Ponte São Raimundo, a Açucareira, a Praça da Estação, a Praça Serra Lima, o Museu da Cidade, o Mercado Municipal, o Rio Doce, dentre outros atrativos. (foto abaixo de Sérgio Mourão, com destaque para o Pico do Ibituruna, ao fundo.)
          Além de Governador Valadares, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Alpercata, Campanário, Capitão Andrade, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Galileia, Governador Valadares, Itambacuri, Itanhomi, Jampruca, Marilac, Mathias Lobato, Nacip Raydan, Nova Módica, Pescador, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São José da Safira, São José do Divino, Sobrália, Tumiritinga e Virgolândia.
04 - A microrregião de Ipatinga
          É a Capital do Vale do Aço, atualmente com 227.731 habitantes, segundo Censo do IBGE, distante 210 km de Belo Horizonte. Ipatinga (na foto acima da Elvira Nascimento) é uma das mais ricas e desenvolvidas cidades do Brasil, tanto na área comercial, educacional e industrial.
          Seu parque industrial conta com empresas de pequeno, médio e grande porte, como a Usiminas, além de ter uma excelente estrutura urbana, uma malha viária de fácil acesso aos principais centro urbanos, aeroporto e ferrovia para transporte de cargas e também, de passageiros. 
          Ipatinga conta com uma bem organizada e bem estruturada rede hoteleira e gastronômica, além de uma estrutura de primeiro mundo para convenções, feiras, exposições e atividades artísticas e culturais de pequeno, médio e grande porte. 
          Ruas e avenidas espaçosas, áreas de lazer  como o Parque Ipanema (na foto acima da Elvira Nascimento), o Estádio de do Ipatingão, kartódromo, shoppings, cinemas, paisagens de Mata Atlântica, o Rio Doce, belas praças e jardins, além de seu povo ser hospitaleiro e acolhedor, faz da cidade, uma das melhores de Minas Gerais e do Brasil para se viver. 
          Além de Ipatinga, a microrregião é formada pelos municípios de Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Coronel Fabriciano, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Santana do Paraíso e Timóteo.
- Jaguaraçu
          Cidade pequena, com apenas 3.092 habitantes, pacata, acolhedora, atraente e muito charmosa, Jaguaraçu (na foto acima da Elvira Nascimento) está a 185 km de Belo Horizonte e a 60 km de Ipatinga. Emancipou-se em 12 de dezembro de 1953. Se destaca pela hospitalidade de seu povo e ainda pelos festas de Nossa Senhora do Rosário, em julho, a cavalgada de maio e encontro de bandas em julho, além da área de proteção ambiental e a Fazenda Paiol, que além de estar na Serra do Urubu, com uma linda vista da região, é a maior produtora de rapaduras do município e de forma artesanal, com engenho movido a água. Na fazenda são produzidos ainda doces e queijos.
06 - A microrregião de Caratinga
- Caratinga
          Com  87.360 habitantes, segundo Censo do IBGE, Caratinga (na foto acima da Elvira Nascimento) está distante 310 km de Belo Horizonte. Cidade desenvolvida, com um comércio e setor de serviços variado e eficiente, conta ainda com um parque indÚstria, com destaque para a indústria têxtil, de fabricação de produtos químicos, moveleira, alimentos e bebidas, dentre outros segmentos. 
          A cidade tem origem no século XIV, com a data de sua fundação em 24 de junho de 1848. Dos tempos coloniais, o município guarda ainda traços desse período em sua arquitetura, bem como dos estilos arquitetônico eclético e neo-clássico, predominantes no final do século XIX e início do século XX. Além de sua arquitetura, belas praças como a Praça Cesário Alvim e seu belíssimo e conservado conjunto arquitetônico, igrejas belíssimas como a Catedral de São João Batista, com seu coreto planejado por Oscar Niemeyer e o Santuário de Adoração Perpétua. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade)           
          A cidade conta com uma excelente estrutura urbana e para organização de eventos sociais, culturais e artísticos. Durante o ano são realizados vários eventos e festas religiosas, sociais e esportivas. Caratinga conta ainda com reservas ambientais e a bela Lagoa Silvana (na foto acima do Sérgio Mourão), lugar de lazer e diversão do caratinguense.        
          Além de Caratinga, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Bom Jesus do Galho, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Imbé de Minas, Inhapim, Ipaba, Piedade de Caratinga, Pingo-d'Água, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, São Domingos das Dores, São João do Oriente, São Sebastião do Anta, Tarumirim, Ubaporanga e Vargem Alegre.
- Bom Jesus do Galho
          Com cerca de 14.500 habitantes, Bom Jesus do Galho, (na foto acima da Elvira Nascimento), está a 300 km de Belo Horizonte. A cidade é tranquila, acolhedora e seu povo hospitaleiro. A base de sua economia é a indústria extrativista, o comércio, a prestação de serviços e a agricultura e pecuária. 
          Tem como atrativos a estátua do Cristo da Paz, o seu artesanato, grupos teatrais, o carnaval, as festividades da Semana Santa e a Festa do Jubileu do Senhor do Bom Jesus, além de belas paisagens, com cachoeiras, lagoas ótimas para banhos, além do município fazer parte  do complexo do Parque Estadual do Rio Doce. 
- Pingo D´Água
          Com 4.700 habitantes, Pingo D´Água (na foto acima da Elvira Nascimento) está a 289 km distante de Belo Horizonte. O município faz parte do complexo do Parque Estadual do Rio Doce, maior reserva ambiental de Mata Atlântica do Estado, sendo um dos últimos remanescentes deste bioma em Minas Gerais. A cidade é bem tranquila, aconchegante, seu povo hospitaleiro e muito acolhedor. Com boa estrutura urbana, a base da economia de Pingo D´Água é a agricultura, pecuária, o comércio, prestação de serviço e indústria de transformação, destacando a extração de eucaliptos, que abastece as siderúrgicas da região. 
- Tarumirim
          Tarumirim (na foto acima de Zano Moreira) conta atualmente com pouco mais de 14 mil habitantes e está a 291 km distante de Belo Horizonte. Seu nome é de origem indígena e significa "céu pequeno". Seu povo é muito religioso, sendo São Sebastião, o seu padroeiro. A cidade é tranquila, seus moradores são alegres, gentis, acolhedores e muito hospitaleiros. A base econômica do município é seu comércio, a prestação de serviços e principalmente a agricultura e a pecuária de corte e de leite, além de se destacar na produção de cachaça, com vários alambiques artesanais na cidade,  bem como na produção de doces, queijos e outros produtos artesanais. 
07 - A microrregião de Peçanha
          Distante 310 km de Belo Horizonte, Peçanha, conta atualmente com cerca de 17.500 habitantes. Sua origem é do século XIX, originando do arraial de Santo Antônio do Peçanha, tendo sido elevada à cidade em 13 de setembro de 1881, com o nome de Suaçuí e por fim, passou a se chamar Peçanha, a partir de 1911. Nas terras peçanhenses nasce o Rio Suaçuí Pequeno, além de ser cortado pelo Rio Suaçuí. (Foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          A cidade é charmosa, com um povo muito acolhedor e hospitaleiro, além de contar com o Parque Municipal Mãe D´Água belas e bem cuidadas praças e construções atraentes. A economia da cidade tem como base a agropecuária com destaque para o cultivo de feijão, amendoim, arroz, mandioca, milho, batata-doce, café, cana de açúcar e na produção de leite, bem como dos queijos artesanais. O variado comércio, contando ainda com um laticínio que produz queijos, manteiga, requeijão, parmesão e leite, já que a cidade tem forte produção leiteira.
          No turismo, Peçanha  tem como atrativos seu rico folclore com grupos de Marujada, Caboclos, Bonecos Gigantes, Banda de Música, Lira Paroquial Treze de Junho que se apresentam na época da festa do padroeira da cidade, Santo Antônio, em junho. Tem ainda o carnaval, um dos mais famosos da região, tendo sido considerado, em 2012, como o segundo melhor carnaval do interior mineiro, atrás apenas de Diamantina.
          Como atrativos naturais, o município conta ainda com o Parque Municipal Mãe D´Água. Além de Peçanha, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Água Boa, Cantagalo, Frei Lagonegro, José Raydan, Peçanha, Santa Maria do Suaçuí, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí e São Sebastião do Maranhão
- Água Boa
          Distante 359 km de Belo Horizonte, Água Boa (na foto acima do Sérgio Mourão) foi emancipada em 12 de dezembro de 1953 e conta, segundo Censo do IBGE, com 12.589. Cidade calma, tranquila, povo simples, cuja base econômica é seu comércio bem variado, a agricultura e pecuária, com excelente produção queijeira, além da produção artesanal de rapadura, muito famosa na região. Conta atualmente com cerca de 14 mil habitantes.
          Seu nome tem origem na época dos tropeiros que pousavam no local e encontravam sempre minas de água, sendo uma, considerada uma nascente de água boa, que não era salobra e nem barrenta, virando assim ponto de referência para os tropeiros que paravam para descanso. Com o passar do tempo do lugar ficou conhecido como "Parada da Água Boa", originando assim o nome da cidade.
- Santa Maria do Suaçuí
          Fundada em 16 de março de 1924, Santa Maria do Suaçuí (na foto acima do Sérgio Mourão) está a 360 km distante de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 12.778 habitantes, segundo Censo do IBGE. A cidade é tranquila, pacata e seus moradores hospitaleiros e acolhedores. A economia da cidade tem como base um pequeno e variado comércio, a agricultura e pecuária.
07 - A microrregião de Mantena
          Mantena (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade) foi emancipada em 13 de junho de 1943. Distante 460 km de Belo Horizonte,  conta atualmente com 26.535 habitantes, segundo Censo do IBGE. A cidade tem conta com uma excelente estrutura urbana e viária, com um comércio  e serviços públicos e sociais eficientes, atividade pecuária e agrícola que exercem grande papel na economia do município. Destaque também para a atividade industrial do município que conta com empresas na área têxtil e mineradoras, que exploram e exportam granito para todo o mundo.
          Além de Mantena, a microrregião é formada pelos municípios de Central de Minas, Itabirinha, Mantena, Mendes Pimentel, Nova Belém, São Félix de Minas e São João do Manteninha.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Conheça Lambari das águas e do Catupiry

(Por Arnaldo Silva) O requeijão Catupiry, hoje um ingrediente muito comum no Brasil, indispensável nas receitas de pizzas, quibes, lasanhas, pastéis, coxinhas e outros pratos, nasceu em Minas Gerais. Está presente na vida dos mineiros há mais de 100 anos. (foto acima de Joseane Astério)
          Foi em Lambari, (foto acima da entrada de Luiz Carlos Billscar´s), que surgiu o Catupiry, receita criada em 1911 pelo casal de imigrantes italianos, Mário e Isaíra Silvestrini, que viviam na charmosa estância hidromineral de Lambari , no Sul de Minas, município com um cerca de 22 mil habitantes. O tipo de requeijão, criado pelo casal, foi denominado por eles por catupiry. Não há informação exata sobre o significado do nome catupiry. Acredita-se que tenha origem na palavra indígena Tupi-guarani katupyryb que significa “excelente” ou “muito bom”.
          No mesmo ano, o casal começou a produzir seu requeijão, fundando uma pequena fábrica, a Laticínios Catupiry, na cidade de Lambari, com produção artesanal do requeijão. (foto acima de Joseane Astério, vista parcial da cidade) O sucesso da receita familiar se popularizou tanto que a produção cresceu, bem como a empresa, fazendo com que o requeijão se se torna hoje um dos principais ingredientes culinários, usado em receitas de todo o mundo. A fábrica foi transferida de Lambari para São Paulo em 1949, onde existe até os dias de hoje.           
          Mesmo o catupiry sendo uma marca, o nome é associado ao requeijão em qualquer lugar do mundo e também, no nome dos pratos preparados, como exemplo coxinha de frango com catupiry, quibe com catupiry, pizza com catupiry, etc. (foto acima de Lafaiete Prince, da Delícias da Roça de Lambari MG) São poucas receitas que conseguem essa união impressionante, entre marca, produto e consumidor. O nome é tão forte que qualquer requeijão cremoso hoje é chamado de catupiry, mesmo que não seja o requeijão original e tradicional da marca Catupiry. Você também pode aprender a fazer requeijão cremoso em sua casa. Veja a receita:
Ingredientes
. 4 colheres de sopa de maisena
. 3 colheres de sopa de manteiga em temperatura ambiente
. 2 xícaras de chá de leite
. ½ xícara de chá de muçarela ralada
. ½ xícara de chá de parmesão ralado
. ½ caixa de creme de leite
Utensílios: 2 fôrmas tipo bolo inglês ou mesmo duas vasilhas pequenas. A receita renderá dois requeijões.
Modo de preparo
- Coloque numa panela o leite, a manteiga e a maisena e leve ao fogo. Acrescente os queijos ralados e cozinhe até virar um mingau.
- Despeje o mingau numa batedeira e bata até amornar. 
- Coloque o creme de leite e bata por mais 5 minutos.
- Forre a fôrma, vasilha ou panela e despeje o requeijão.
- Tampe e leve à geladeira por 6 horas. 
Em Belo Horizonte, nasceu a coxinha de frango com catupiry
          Requeijão combina muito bem com biscoitos e salgados. Como recheio de coxinha é maravilhoso.
          O catupiry é invenção mineira de Lambari no Sul de Minas, e rechear coxinha de frango com catupiry é invenção belo-horizontina. Foi na década de 1970 que a ideia surgiu pela criatividade da empresária e cozinheira Thereza Cistina Martins de Oliveira, da tradicional lanchonete Doce Docê, que funcionava no bairro Funcionários em Belo Horizonte. 
          Coxinha de frango em Belo Horizonte tinha que ter catupiry, uma combinação perfeita que caiu no gosto dos belo-horizontinos e também de todos os mineiros.
          Lambari do catupiry é uma das mais importantes cidades turísticas de Minas Gerais, famosa por suas águas medicinais, considerada uma das melhores estâncias hidrominerais do mundo. São 4 parques que concentram 6 fontes de águas minerais diferentes, jorrando em 22 bicas d´água. (na foto acima de Joseane Astério, vista parcial da cidade) É em Lambari que está a maior vazão de água mineral gasosa atualmente no mundo, tendo suas águas medicinais e curativas, eleitas a 3ª melhor do mundo em avaliação internacional feita em 2015. 
           A cidade é pequena, mas com ótimas opções para a prática de esportes aquáticos e radicais, pelas trilhas e matas do município, além de sossego e descanso oferecidos pelos parques e praças charmosas da cidade.(na foto acima de Joseane Astério, detalhes da fachada do prédio do Cassino) Lambari conta com ótimas pousadas, hotéis e uma boa rede de restaurantes, além de um variado comércio local.  
          Além das belezas da cidade e sua charmosa arquitetura, em Lambari está a maior Bougainvillea do mundo. medindo mais de 18 metros. Crescimento incomum para uma espécie que geralmente não chega a metade desse tamanho, na fase adulta. (na ao lado de Joseane Astério)
          Além da Bouganinvillea, em Lambari o visitante tem como opções turísticas o Palácio do Cassino do Lago;
Farol do Lago;
Parque das Águas;
Parque Wenceslau Braz; Lago Guanabara; Duchas e Cascata; Parque Estadual Nova Baden (reserva ambiental natural e museu, 4 km da cidade); Mata Municipal (reserva da mata Atlântica); Rampa de asa delta na Serra das Águas; Cruzeiro; Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde; belas cachoeiras como a do Roncador; Sete Quedas; Cachoeira Serra das Águas, ou "Cachoeira do Mudinho" e a do João Gonçalves.
          
          Lambari é uma cidade tipicamente mineira, portanto, as tradições da nossa culinária típica estão presentes na cidade, bem como as tradições religiosas em eventos que acontecem durante o ano. Destaca-se na cidade o Carnaval;  o Inverno Gastronômico no final de Julho; as Congadas (na foto acima de Joseane Astério), na primeira quinzena de maio; os festejos de Corpus Christi; a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Saúde em agosto; as comemorações de aniversário da cidade em 16 de setembro, o Moto Fest, encontro de Motociclistas, na terceira semana de outubro e os tradicionais eventos de fim de ano. 
          O acesso mais fácil a Lambari (foto acima de Luiz Carlos Billscar´s) é pela BR-460 que liga o município a BR-381 (Fernão Dias). O município faz divisa com Cambuquira, Campanha, São Gonçalo do Sapucaí, Heliodora, Natércia, Jesuânia e está a 339 km de distância de Belo Horizonte e a 280 km de São Paulo e 330 km do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Aprenda a preparar queijo recheado com goiabada

Ingredientes
. 10 litros de leite
. 7 ml de coalho
. 300 gramas de goiabada
. 3 colheres de sopa de sal

Modo de preparo:
-  Coloque o leite numa vasilha que comporte os 10 litros de leite,  misture o coalho e deixe descansando por 45 minutos.. 
-  Quando o leite coalhar corte a massa em quadrados.
- Mexa bem para separar o soro do leite da massa que se formou e depois deixe descansando por 5 minutos. 
- Depois desse tempo, escorra a massa e acrescente o sal.
- Em fôrma para queijos despeje um pouco de massa por baixo e no meio coloque algum que forme um furo no meio. Pode ser um copo.É nesse furo no meio que colocará a goiabada.
- Preencha o restante da fôrma com a massa do queijo e retire o objeto que usou para fazer o furo, preencha com goiabada e cubra com mais massa de queijo.
- Prense o queijo com as mãos até sair o excesso de soro.

- Deixe descansando por 12 horas. Após esse tempo, vire o queijo e deixe descansando mais 12 horas. Após esse tempo, sirva à vontade.
- Rende um queijo de mais ou menos 1 quilo.
Por Arnaldo Silva, com fotografia de Marília Marquez Lino

sábado, 29 de abril de 2017

A Basílica de N. Senhora do Pilar em São João Del Rei

(Por Arnaldo Silva) A Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, mais conhecida como Igreja do Pilar, é um dos mais atraentes charmosos e belos templos de São João Del Rei e da arte colonial brasileira. Com uma riquíssima ornamentação interna e suas talhas douradas e pinturas em estilo Rococó, encanta e impressiona os visitantes pela riqueza de seus detalhes.
          Na Matriz tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), está instalada ainda a sede da Diocese de São João Del Rei, uma das mais importantes cidades históricas de Minas Gerais, distante 190 km de Belo Horizonte, na região do Campo das Vertentes, com via BR-040, pegando a BR-383. (foto acima de Elvira Nascimento)
          Sua construção teve início em 1721, pela Irmandade do Santíssimo Sacramento. Foi concluída em 1750 em estilo arquitetônico típico das igrejas mineiras do século XVIII, com nave única, separando-a da capela-mor por um arco, teto em abóbada rebaixada, altares nas laterais e coro sobre a entrada. A Basílica do Pilar, erguida em alvenaria e pedra teve sua fachada desenhada por Francisco de Lima Cerqueira. (fotografia acima de Matheus Freitas/@m.ffotografia)
          Devido ao crescimento da cidade e aumento do número de fiéis, houve necessidade de ampliar o espaço do templo para acomodar os fiéis que aumentavam. Com esse objetivo, no início do século XIX, a igreja passou por uma reforma, começando por sua fachada, com a construção de um adro, pavimentado em pedra, escadaria de acesso, pilastras em pedras e por fim, tempos depois, cercada por grade de ferro. Ainda no século XIX foram feitas reformas no forro interno, no assoalho, na sacristia, ampliação do espaço interno e construção de um cemitério novo. Com as reformas, a Igreja só foi concluída em 1863. (fotografia acima de Wilson Paulo Braz)
          Devido ao longo tempo entre o início de sua construção em 1721 até a conclusão final de sua obra e reformas em 1863, a Basílica do Pilar (foto acima de Matheus Freitas/@m.fffotografia) recebeu traços arquitetônicos de épocas diferentes, podendo ser notado em sua arquitetura e talhas, traços do estilo chão e Joanino, que predominou no início do século XVIII, antes do desenvolvimento da identidade arquitetônica mineira, o Barroco, passando por traços do Rococó e finalmente, os traços do estilo neoclássico,  que passou a ter influência em nossa arquitetura a partir de meados do século XIX.  (foto abaixo de Marcelo Santos)
          Um dos destaques da Basílica do Pilar  é sua decoração interna. É impressionante sua riqueza, detalhes e brilho das talhas douradas que mesmo com as reformas feitas, foi preservada das influências neoclássicas da fachada. Em seu interior, principalmente, seu altar, predomina o estilo Barroco Joanino e Rococó de sua origem, destacando o altar-mor e duas grandes telas, representando a Última Ceia de Jesus e Jesus na Casa de Simão, que vieram de Portugal em 1732, compõem o cenário o altar da Basílica.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

O charme e o glamour da Vesperata de Diamantina

(Por Arnaldo Silva) A Vesperata é um evento único em Minas Gerais e um dos mais importantes eventos musicais do país. Sua origem é do século XIX, onde os músicos tocavam seus instrumentos das sacadas dos casarões para as pessoas que passavam nas ruas da cidade histórica, no período das vésperas, uma parte da Liturgia das Horas, também chamada de Ofício Divino. Vésperas é a tradicional oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica, celebrado à tarde, entre 15 e 18 horas. (foto abaixo de Elvira Nascimento)
          A tradição da Vesperata ressurgiu a partir de 1998, quando a cidade ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. O formato do evento, que antes era religioso e a tarde, passou a abranger a cultura popular e valorizando a vocação musical da cidade, com apresentação de músicas de qualidade, para todos os gostos e idades, à noite.
Onde acontece?
          O evento acontece na Rua da Quitanda com músicas tocadas pela Banda Mirim Prefeito Antônio de Carvalho Cruz e Banda do 3º Batalhão da PMMG. Nas sacadas dos casarões ficam os músicos e sobre tablados, cercados pelo público (como podem ver na foto acima de Elvira Nascimento), ficam os maestros, que revezam na regência. Na rua, são colocadas mesas e cadeiras para o o público que curte e canta as canções, tendo ainda a oportunidade de experimentar a culinária tipicamente mineira diamantinense, preparada pelos chef´s locais e os vinhos finos produzidos em Diamantina. 
Reconhecimento do MTur
          O ministério do Turismo reconheceu a Vesperata como importante produto turístico-cultural do Brasil, premiando o evento com o Troféu Roteiros do Brasil, por promover a Sustentabilidade Cultural no Município. (foto acima e abaixo de Elvira Nascimento)
Programação
          A Vesperata é um evento único, emocionante, ímpar e sem igual. Por isso atrai todos os anos milhares de turistas à Diamantina. É imperdível e emocionante!
          Veja a programação da Vesperata em 2024

quinta-feira, 27 de abril de 2017

1985: o ano que nevou em Minas Gerais!

(Por Arnaldo Silva) Sim, já nevou em Minas. Foi em 10 de junho de 1985, quando as temperaturas chegaram a 15 graus negativos e em 1988 com 6 graus negativos, na Região do Parque Nacional do Itatiaia entre Itamonte, Sul de Minas, e Resende, no Rio de Janeiro.
          Embora a grande imprensa, na época, noticiasse neve no Rio de Janeiro, ignorando Minas, nevou na divisa dos dois estados, basicamente nos municípios de Itamonte MG e Resende/RJ. Nevou em Minas e no Rio de Janeiro, ao mesmo tempo, na região do Itatiaia, pertencente aos dois estados. 
          Pelas fotos abaixo, feitas por fotógrafos das duas cidades e visitantes, na época, as legendas mostram os locais do Parque do Itatiaia, que podem ser identificados, pertencentes aos municípios localizados em Itamonte/MG e Resende/RJ, com neve. 
          Fenômenos naturais não fazem escolha por divisas territoriais e nem tem preferência por acontecer nesta ou naquela cidade, neste ou naquele estado ou país. 
          Pra quem não sabe, 60% do Parque Nacional do Itatiaia está em Minas Gerais, concentrados nos municípios de Alagoa, Itamonte e Bocaina de Minas. Os outros 40 %, no Rio de Janeiro, nos municípios de Itatiaia e Resende. A altitude na região varia de 600 a 2.791 metros, sendo o ponto culminante, o Pico das Agulhas Negras, marco da divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro.       
          Foi uma festa só tanta neve e tanto frio. Segundo os meteorologista, nesse dia, 10/06/85, as temperaturas oscilaram entre 8 e 15 graus negativos, sendo seu ápice na madrugada desse dia, por volta das 3 da manhã, alcançando o pico de -15º C, diminuindo gradativamente, ao longo do dia. 
          Quando souberam que estava nevando no Itatiaia,  quem estava nas redondezas subiu para o Parque, para ver de perto o fenômeno e brincar com a neve, além de fotografar e registrar esse momento raro para os mineiros. 
- No Youtube, podem ser encontrados vídeos da época, com reportagens sobre a neve na região, principalmente, feitos pelos telejornais das emissoras de TV, na época.
- Acima, notícia de neve no Itatiaia, no inverno de 1985.
- Neve no ano de 1985 - Parque Nacional do Itatiaia. Copyright ©: Benedito Augusto Alves (Seu Benedito, ourives); Acervo: Jorge Lus Nogueira
- Neve no ano de 1985 - Parque Nacional do Itatiaia. Copyright ©: Benedito Augusto Alves (Seu Benedito, ourives); Acervo: Jorge Lus Nogueira
- Itamonte - Sul de Minas - 10 de junho de 1985 - 15 graus negativos
- Neve no Parque Nacional do Itatiaia no ano de 1985. Copyright © - Márcia Jardim
- Neve no Parque Nacional do Itatiaia no ano de 1985. Copyright © - Márcia Jardim
- Neve no Parque Nacional do Itatiaia no ano de 1985. Copyright © - Márcia Jardim
- Neve no ano de 1985 - Parque Nacional do Itatiaia. Copyright ©: Benedito Augusto Alves (Seu Benedito, ourives); Acervo: Jorge Lus Nogueira
- Neve no ano de 1985 - Parque Nacional do Itatiaia.Copyright ©: Benedito Augusto Alves (Seu Benedito, ourives); Acervo: Jorge Lus Nogueira
- Neve no ano de 1985 - Parque Nacional do Itatiaia. Copyright ©: Benedito Augusto Alves (Seu Benedito, ourives); Acervo: Jorge Lus Nogueira
- Abrigo Rebouças, coberto pela neve no ano de 1985 - Parque Nacional do Itatiaia. Copyright ©: Benedito Augusto Alves (Seu Benedito, ourives); Acervo: Jorge Lus Nogueira
          Mesmo com 15 graus negativos, ao saberem da notícia de que estava nevando em Itamonte MG e em Resente/RJ, centenas de pessoas foram para o Parque do Itatiaia ver a neve pela primeira vez. Foi um espetáculo! 
          Quem presenciou esse fenômeno em Minas Gerais e divisa com o Rio de Janeiro, não economizou nas brincadeiras e nas fotos. 
- Neve no Parque Nacional do Itatiaia no ano de 1985. Copyright © - Márcia Jardim
- Neve de 1985, próximo ao Hotel Alsene. Ao fundo torres de Furnas. Na foto: Vicente Zaccari. Foto: Gabriel Fichter Zaccari
          Nevou em Minas Gerais, em Itamonte MG e também no Rio de Janeiro, na cidade de Resende/RJ, em 10 de junho de 1985. Isso é fato, concreto, real, fotografado e testemunhado.
Fotos gentilmente cedidas para publicação na Conheça Minas pelo José Paulo, morador de Itamonte MG, com concordância dos detentores dos direitos patrimoniais das imagens.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Pitangui:Sétima Vila do ouro de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) 1715 marca o surgimento da Sétima Vila do Ouro de Minas Gerais, com a chegada da bandeira de Bartolomeu Bueno da Siqueira em Pitangui, no início do Ciclo do Ouro, para explorar as minas da região. 
          Elevada a cidade em 1855, Pitangui, distante 125 km de Belo Horizonte, na Região Centro Oeste do Estado, guarda relíquias e história dos tempos do Brasil Colônia, fazendo parte da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais e Circuito Verde – Trilha dos Bandeirantes. (fotografia acima de Vicente Oliveira)
          Pitangui tem cerca de 27.685 moradores, segundo o IBGE. O município faz divisa com Conceição do Pará, Pompéu, Papagaios, Onça do Pitangui, Maravilhas, Leandro Ferreira e Martinho Campos.
Considerada a "Mãe" do Centro Oeste Mineiro, foi a primeira cidade da região e a sétima Vila do Ouro de Minas Gerais. Berço de outros de 42 novos municípios, que eram seus distritos, transformando-se em cidades ao longo dos mais de 300 anos da historia de Pitangui.
Pitangui na história de Minas 
          A cidade tem um rico acervo histórico e arquitetônico preservados, que conta a história do Brasil Colônia. Ao longo de seus mais de 300 anos de história, Pitangui esteve presente nos principais acontecimentos do Brasil, seja na política, na cultura, nas artes, na educação e na televisão, cedendo notáveis talentos, que muito contribuíram para Minas Gerais e o Brasil como Domingos Rodrigues Prado, que liderou a primeira revolta na colônia contra os abusos na cobrança do quinto entre 1713 e 1720. (fotografia acima de Vicente Oliveira)
          O Padre Belchior Pereira de Oliveira que como confidente e conselheiro de Dom Pedro I, teve grande participação na Independência do Brasil. Gustavo Capanema, que foi ministro da Educação de 1934 até 1945, sendo o mais longevo ministro no cargo da história da República, dentre outras personalidades. (na foto abaixo de Eliane Torino, a Capela de Nossa Senhora do Carmo e São José)
Maria Tangará e Dona Joaquina do Pompéu
            Além de políticos influentes tanto no Império, quanto na República, em Pitangui se destacou duas das mais importantes matriarcas mineiras do século XVIII e XIX. Dona Maria Felisberta da Silva, a Maria Tangará e Dona Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco, a Dona Joaquina do Pompéu. 
          Duas mulheres de grande notoriedade, riqueza e poder que deixaram um pouco de suas histórias na cidade. Dotadas de personalidades fortes, liderança e enorme poder econômico, influenciaram em muito a sociedade mineira naquela época, principalmente Dona Joaquina, que teve sua vida e fama enraizada em Nossa Senhora da Conceição de Pompéu, distrito de Pitangui na época, hoje cidade de Pompéu. 
O casarão de Tangará     
         
          Um dos patrimônios de Pitangui é o casarão onde Maria Tangará viveu, construído nos primeiros anos do século XIX. (foto acima de Nicodemos Rosa) Um imponente e luxuoso sobrado com três andares. Construído por seu marido, Inácio Joaquim da Cunha para ser o Paço Governamental da Província de Minas Gerais, acabou virando residência do casal.
          O casarão foi sede do Fórum, do Externado Municipal, do Colégio Padre João Porto, da Casa da Intendência e em 1930 transformado em Grupo Escolar Benedito Valadares. Atualmente funciona no casarão a Escola Estadual José Valadares. 
Uma volta aos tempos do Brasil antigo
          Conhecer Pitangui é fazer uma volta ao tempo e na história do Brasil Colônia, do Império e da República. Em Pitangui, pode-se conhecer os traços arquitetônicos que marcaram a arquitetura brasileira nos três últimos séculos, como construções do século 18, dos primórdios da chegada dos bandeirantes no século XVIII, com os suntuosos sobrados do século 19, na época do Império e as construções ecléticas do início do século 20, nos tempos da República. (fotografia acima de Nicodemos Rosa)
          Esses traços podem ser percebidos em capelas, igrejas, destacando a Igreja de São Francisco de Assis, datada de 1850 em estilo Barroco  e de Nossa Senhora do Pilar, em estilo neogótico, datada de 1920, além de fazendas centenárias e construções dos séculos XVIII e XIX, presentes no município, como pode ver na foto abaixo do Nicodemos Rosa.
          Destaca-se nessas construções e merece vista a quem visitar Pitangui, o Instituto Histórico de Pitangui, prédio histórico, com mobília dos tempos coloniais, guardando peças sacras dos séculos 18, 19 e 20, livros e arquivos judiciais da sede e de outras 42 cidades do Centro Oeste Mineiro, antes distritos de Pitangui, fotografias dos séculos 19 e 20, relíquias indígenas, peças dos tempos da Escravidão, máquinas tipográficas, dentre outras peças. O local é uma verdadeira sala de aula sobre nossa história. 
No município, encontra um pequeno trecho da Estrada Real, aberta no século 18, que ligava a Vila até Paracatu, seguindo até Goiás Velho. 
Outros atrativos
          Além de sua história, sua arquitetura colonial e eclética, Pitangui tem outros atrativos turísticos urbanos e rurais como por exemplo o Cristo Redentor, junto à capela da Serra da Cruz do Monte que proporciona uma vista muito bonita das redondezas. Atrativos naturais como a mina d´água da Gameleira, as Matas do Céu, da Rocinha e da Pedreira, o Rio São João e o Rio Pará (na foto acima de Nicodemos Rosa), afluente do Rio São Francisco, são atrativos além de sua arquitetura histórica. 
          Pitangui oferece bons restaurantes, lanchonetes e bares a seus visitantes, bem como hotéis e pousadas que cabem em todos os bolsos, incluindo hotéis fazendas, com casarões históricos como a Fazenda Ponte Alta, na foto acima do Nicodemos Rosa.

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