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quarta-feira, 19 de abril de 2017

As cidades da Região Oeste de Minas

(Por Arnaldo Silva) A região do Oeste de Minas é formada por 44 municípios, divididos em cinco microrregiões com sedes nas cidades de Piumhi, Divinópolis, Formiga, Campo Belo e Oliveira, contando atualmente com cerca de 1.100.000 habitantes.
          É uma das regiões mais desenvolvidas e industrializadas de Minas Gerais e de grande potencial turístico, com IDH-M, (Índice de Desenvolvimento Humano) bem alto, com bom padrão de renda e setor de serviços de boa qualidade. 
          A região tem sua origem no século XVII, durante a busca de ouro pelas bandeiras, e conta com cidades históricas e de grande importância para Minas Gerais.          
          Pela tradição queijeira, além de serem portas de entrada o Parque Nacional da Serra da Canastra, Vargem Bonita e São Roque de Minas, se destacam. Vargem Bonita (na foto acima da Nilza Leonel) conta com cerca de 2.200 habitantes. É a primeira cidade banhada pelo Rio São Francisco e está aos pés da Serra da Canastra. O município dá acesso à portaria de entrada para a Cachoeira da Cascadanta.
          Já São Roque de Minas, cidade com pouco mais de 7 mil habitantes é a portaria principal do Parque Nacional da Canastra, com acesso direto para a nascente do Rio São Francisco. (São Roque de Minas, na foto acima do Arnaldo Silva, do alto da portaria da Canastra) 
          Cidade pacata, tranquila, aconchegante e acolhedora, conta com uma ampla rede hoteleira, com pousadas rurais charmosas, além de excelentes restaurantes com comidas típicas. 
Conheça um pouco de cada microrregião do Oeste Mineiro.
01 - A microrregião de Oliveira
          Conhecida como "Princesa do Oeste, Oliveira (na foto acima do Saulo Guglielmelli), conta hoje com cerca de 42 mil habitantes e está a 150 km de Belo Horizonte. Sua história começa nas primeiras décadas do  século XVIII, com a chegada de viajantes portugueses, que pousavam nas terras onde é hoje é cidade, vindos pelo Caminho de Goiás. Alguns ficaram, foi formando um arraial, que prosperou, foi elevado à freguesia, vila e por fim, cidade emancipada em 19 de setembro de 1861. Oliveira guarda relíquias arquitetônicas dos tempos do Brasil Colônia, e também da arquitetura eclética e neo-clássica dos séculos XIX e XX, além de algumas construções, com traços germânicos em sua arquitetura, já que na cidade está instalada a Kromberg & Schubert, uma multinacional alemã, que desenvolve produz sistemas complexo de fiação para a indústria automotiva.
          Destaque na cidade, além de seus belos casarões, praças e monumentos atraentes, a Catedral de Nossa Senhora de Oliveira, construída em estilo gótico e traços romanos e a antiga matriz do século XVIII. (Fotografia acima de André Saliya) E ainda  tem como atração seu carnaval, a Semana Santa, o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, uma festa muito bonita e tradicional na cidade, a estátua do Cristo Redentor a Casa da Cultura Carlos Chagas e outra belezas arquitetônicas e naturais do município.
         Conta uma ótima estrutura urbana, um variado comércio, indústrias de pequeno, médio e grande porte, e uma rede de prestação de serviços excelente, destacando seu pronto socorro, o maior da região. Além disso está numa região privilegiada, cortada pela BR-494, BR-369 e BR-381, cortada ainda pela ferrovia Barra do Paraopeba, antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, hoje sobre concessão da Ferrovia Centro Atlântica. A cidade conta também com um aeroporto, com terminal para embarque e desembarque, com pista de 1.180 metros de comprimento por 20 de largura, para aviões de pequeno e médio porte.
          Além de Oliveira, a microrregião é formada pelos municípios de Bom Sucesso, Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Ibituruna, Passa Tempo, Piracema, Santo Antônio do Amparo e São Francisco de Paula.
- Ibituruna  
           Ibituruna (na foto acima do Marcelo Melo), município hoje com 3 mil habitantes, distante 220 km de Belo Horizonte. A cidade é conhecida como "Berço da Pátria Mineira" por ter sido o primeiro povoado que Fernão Dias, o mais importante dos bandeirantes, fundou em nosso território. Ibituruna foi fundada por Fernão Dias em março de 1674, sendo essa data, considerada como da fundação da cidade. Antes de Ibituruna, foram fundadas, por outras bandeiras, os povoados que deram origem às cidades de: Matias Cardoso, no Norte de Minas, fundado em 1660, Ouro Branco, na Região Central, em 1664, Sabará, em 1665, São Romão, em 1668 e Ibituruna, em 1674, sendo o quinto povoamento a surgir em Minas Gerais e o primeiro que o bandeirante Fernão Dias fundou em nosso território. 
          Ibituruna é de grande importância para Minas por ter sido o berço da formação do Oeste Mineiro e um dos berços da formação do Estado de Minas Gerais, bem como uma das mais antigas povoações do Estado. 
          De Fernão Dias, a cidade guarda o marco da fundação do arraial, uma pedra que demarcava a sesmaria, muito visitada por quem vem à cidade, conhecer sua história, arquitetura e belezas que ainda tem como atrativos a Matriz de São Gonçalo do Amarante, datada de 1769; Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja de São Sebastião; a Praça Fernão Dias; a antiga Estação Ferroviária,  construída em 1887, dentro outros. Seu povo é hospitaleiro e muito acolhedor. 
- Passa Tempo
          Passa Tempo é uma charmosa joia histórica do Oeste Mineiro, (na foto acima de Saulo Guglielmelli), distante 145 km de Belo Horizonte, contando hoje com pouco mais de 8 mil habitantes. Sua origem é do século XIX, tendo sido elevado à cidade em 30 de Agosto de 1911. Cidade tipicamente mineira, guarda em sua rotina, o estilo mineiro de viver, bem como valoriza e preserva sua religiosidade e a típica culinária mineira.
          A cidade é calma, tranquila, pacata, seu povo muito acolhedor, além de ser uma cidade charmosa e atraente. (foto acima de Saulo Guglielmelli) Seu moradores vivem do pequeno comércio, da agricultura, pecuária de corte e leiteira, de indústrias familiares e do artesanato, destacando a confecção de tapetes arraiolos, que são vendidos para todo o Brasil e exportado, devido a qualidade e bom acabamento dos tapetes.  
          A cidade tem fortes ligações com os cavalos, desde o século XIX, com destaque para a fazenda colonial Campo Grande, do Coronel Gabriel Andrade, benfeitor da cidade. A fazenda é hoje uma das relíquias da arquitetura barroca mineira e um dos lugares mais visitados na região. (foto acima de Saulo Guiglielmelli)
          Além da Fazenda Campo Grande, Passa Tempo, tem como atrativos a Casa da Cultura, o Observatório Ufológico, o primeiro na América Latina, construída pelo Ufólogo Antônio Faleiro, seu carnaval, seu casario em estilo colonial, a Matriz da cidade com seu charmoso coreto e seu bem conservado casario, em seu entorno, bem como belas paisagens rurais, fazendas centenárias charmosas, cachoeiras e outras belezas. 
- São Francisco de Paula
          Cidade pacata, tranquila, charmosa, povo hospitaleiro, com cerca de 6.5007 mil habitantes, São Francisco de Paula (na foto acima do Aender Mendes) é uma das maiores produtoras de café do Brasil. São várias fazendas no município, cuja economia tem como base, principalmente a indústria cafeeira, destaque pela qualidade de seu café. A cidade organiza anualmente uma das mais importantes festas da região, a Festa do Café, com a presença de milhares de turistas e pessoas ligadas ao ramo do café, no Brasil. São Francisco de Paula se destaca ainda por suas tradições e vida típica das pequenas cidades mineiras, valorizando suas tradições culturais, religiosas e a gastronomia típica de Minas Gerais em seus restaurantes e pousadas pitorescas, além do município contar com belas paisagens, cachoeiras e montanhas, propícias para os amantes de esportes radicais.
02 - A microrregião de Campo Belo           
          Cidade bem cuidada, origem histórica, do século XIX, tendo sido emancipada em 28 de setembro de 1879, Campo Belo (na foto acima do Fernando Protásio) é uma das mais belas, charmosas e atraentes cidades da região. Suas igrejas são belas, seu casario charmoso e bem cuidado, praças arborizadas, como a Praça Cônego Ulisses, uma das mais belas de Minas Gerais, além do município contar com belas paisagens naturais. É a quinta maior cidade do Oeste de Minas, com uma população de 55 mil habitantes, atualmente Está situada no entroncamento entre duas rodovias federais (BR-354 e BR-369), estando a 30 km da Rodovia Fernão Dias e a 226 km de Belo Horizonte. 
          Campo Belo (na foto acima de Fernando Protásio) é uma cidade com ótima estrutura urbana, uma boa malha viária, possui um aeroporto, com pista de pouso asfaltada, com 1420 metros de comprimento, além de um excelente comércio, com lojas diversas, colégios, faculdades, bares, hotéis, pousadas, pizzarias, supermercados, etc., além de um ótimo setor de serviços, atividade agrícola, com destaque o cultivo de café, feijão e arroz, a pecuária e derivados do gado, como laticínio, carne, couro, além de um parque industrial variado, com a mineração de granitos, argilas e calcário, indústria cerâmica, de base e destaque para as indústrias têxteis, sendo a cidade um polo nesse ramo.
          Além de Campo Belo, a microrregião é formada pelos municípios de Aguanil, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Cristais, Perdões e Santana do Jacaré.
- Cristais
          Uma charmosa, atraente e aconchegante cidade, com origem no século XIX e ainda guardando, em sua arquitetura e paisagens, traços dos tempos do Brasil Colônia. Seu nome é tão atraente quanto a cidade, hoje com cerca de 13 mil habitantes. Estamos falando de Cristais, distante 255 km de Belo Horizonte. A origem do nome vem de um cristal de rocha (quartzo hialino), um mineral abundante na região, por isso o nome da cidade, Cristais. A cidade é bem estruturada, com um bom comércio, prestação de serviços de qualidade, além do charme de sua arquitetura e beleza de sua Matriz, dedicada à Nossa Senhora da Ajuda (na foto acima de Maurício Soares). 
          Na cidade, o cruzeiro do Morro da Boa Vista é um ótimo ponto para visitas, bem como as Montanhas dos Cristais, a Serra do Garimpo, a Pedra Misteriosa, caminhos reluzentes com restos da exploração de cristais, quando do auge na mineração, remanescentes do Quilombo do Ambrósio I e o Porto dos Mendes, que faz a travessia nas águas do Lago de Furnas até o município vizinho de Guapé.
- Perdões
          Cidade histórica, com origens no inicio século XVIII, um casario colonial, eclético e neoclássico, bem preservado e elegante, cidade charmosa, às margens da BR 381. Essa é Perdões, cidade com cerca de 22 mil habitantes, distante 211 km de Belo Horizonte. Além de seu belíssimo casario, bem preservado, destaque para sua Igreja Matriz (na foto acima de Rogério Salgado) e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada  de meados do século XVIII, seu comércio variado, sua cultura, pitorescas e charmosas pousadas e restaurantes, a Represa do Funil, praças e monumentos, dentre outras atrações. 
03 - A microrregião de Piumhi
          Piumhi, (na foto acima de Nilza Leonel) tem suas origens no século XVII, tendo origem em um pequeno arraial, que prosperou, foi elevado à Vila em 1841 e emancipada em 20 de julho de 1868. Conta hoje com cerca de 35.000 habitantes e está distante 300 km de Belo Horizonte. Conhecida popularmente como a "cidade carinho", é a porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Canastra, estando apenas 80 km da Serra da Canastra, berço da nascente do Rio São Francisco e a 25 km do município de Pimenta e do distrito de Santo Hilário (na foto abaixo da Nilza Leonel), cidade e distritos banhados pelo Lago de Furnas, uma das opções de lazer na região. Piumhi conta ainda com igrejas, um charmoso casario com traços coloniais, eclético e moderno, mirantes, a Serra da Pimenta, do Andaime e do Cromo, bem como as manifestações religiosas e folclóricas preservadas.
          A cidade é charmosa, atraente, seu povo acolhedor e hospitaleiro, tanto é que foi eleita, em 2017, uma das 10 cidades mais hospitaleiras do Brasil, ficando em quinto lugar, segundo votação feita com os usuário da plataforma Airbnb. A base de sua economia é a pecuária de corte, de leite e agricultura, com destaque para o cultivo de milho, feijão, gado de corte e café, sendo o município, o quinto maior produtor de café do Estado, além de grande exportador de café.  Seu comércio é variado, contando a cidade com uma boa infraestrutura urbana e prestação de serviços eficientes. 
           O município faz parte da região queijeira da Canastra e vem vem se destacando nos últimos anos pela pela qualidade de seus queijos, com destaque para o Queijo Dinho (na foto acima, enviada pelo Igor Messias, a queijaria do Queijos Dinho em Piumhi), premiado no Brasil e recentemente com medalha de bronze no último Mondial du Fromage, concurso internacional de queijos, que acontece a cada 2 anos em Paris - França, o último foi em 2019.      
          A microrregião de Piumhi é formada pelos municípios de Bambuí, Córrego Danta, Doresópolis, Iguatama, Medeiros,  São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita.
- Iguatama
          Iguatama (na foto acima de Maurício Soares) conta hoje com cerca de 8 mil habitantes e está a 258 km de Belo Horizonte. Cidade tranquila, pacata, seu povo muito acolhedor e bem organizada. O município é rico em lagoas, nascentes e tem o privilégio de ser cortado pelo Rio São Francisco, por isso a origem indígena do nome da cidade, Iguatama, sugerido pelo farmacêutico Albertino Ferreira de Oliveira. Iguatama significa "lugar onde o rio se abre em curvas", ou "enseada de minha terra" ou ainda "lugar onde o rio se abre em lagamar", em alusão às curvas do Rio São Francisco, que serpenteia as terras iguatamenses.
          Além do Rio São Francisco, suas belezas naturais e paisagens de Cerrado, em Iguatama, chama atenção a Igreja de Nossa Senhora da Abadia, a Estação Ferroviária, no bairro de Garças de Minas (foto acima do Aender Mendes) e seu belo casario urbano e rural, em estilo colonial e eclético.
- Bambui
Bambuí, (na foto do Dener Ribeiro), tem sua origem no século XVIII, tendo sido emancipada em 10 de julho de 1886. Ainda guarda traços da arquitetura colonial do século XIX  e eclética do século XX, em seu casario e construções. Conta com cerca de 25 mil habitantes e está distante 270 km da Capital. Em seu território, está um dos principais acessos para o Parque Nacional da Serra da Canastra, estando Bambuí, inserida também na Região da Queijeira da Canastra. O acesso à cidade se dá pela MG-050, BR-354 e BR-262. 
          Bambuí possui uma boa estrutura urbana, um comércio variado e prestação de serviços de boa qualidade como escolas, tanto de ensino médio, fundamental e superior, tendo na cidade um campus do Instituto Federal de Minas Gerais, com vários cursos. Festas religiosas e folclóricas, como as Congadas e Folias de Reis estão presentes na cidade, bem como o carnaval, os festejos de aniversário da cidade em 10 de julho, e sua rica culinária, com destaque para as quitandas e queijo Canastra. 
04 - A microrregião Divinópolis:
          Distante 120 km de Belo Horizonte, cortada pelo Rio Pará e Rio Itapecerica, Divinópolis (na foto acima de Jad Vilela) é uma das maiores e mais ricas cidades do interior de  Minas Gerais. Conta com um comércio bem variado, com lojas de pequeno, médio e grande porte, shoppings, bares, pizzarias, museu, teatro, cinema, hotéis e pousadas de qualidade, uma variada rede gastronômica, além de ter uma excelente estrutura urbana, com aeroporto, linhas rodoviárias para várias cidades do país, linha férrea e acesso fácil para BR-381, BR 354 e BR-262. Conta hoje com cerca de 241 mil habitantes, sendo atualmente a cidade mais populosa da região. A cidade conta com escolas públicas e particulares em todos os níveis com ótima qualidade de ensino, bem como um parque industrial variado, com destaque para siderurgia, metalurgia, indústria alimentícia, da confecção, dentre outros ramos. 
          Além de Divinópolis, a microrregião é formada pelos municípios de Carmo do Cajuru, Cláudio, Conceição do Pará, Igaratinga, Itaúna, Nova Serrana, Perdigão, Santo Antônio do Monte, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste.
- Nova Serrana 
          Desde a década de 1990, Nova Serrana (na foto acima de @newdronens) vem crescendo de forma meteórica e fenomenal. Nos anos 1970, era uma das menores cidades da região, hoje, 2020, segundo o IBGE, tem 105.520 habitantes, sendo uma das mais populosas do Estado, com tendências, a crescimento alto e constante. Esse crescimento é devido ao seu parque industrial, em especial, a indústria de calçados, que atrai mão de obra de todo o Estado e do Brasil, para o município. A cidade é atualmente o terceiro maior polo calçadista do Brasil, considerada a Capital do Calçado Esportivo. É uma cidade tipicamente industrial, inovadora e com bom desenvolvimento tecnológico. 
          Contando com uma ótima estrutura urbana, cortada pela BR-262, com excelentes condições para o turismo de negócios, a cidade conta também com uma variada rede de bares, boates, lanchonetes, pizzaria, churrascaria, shopping e uma boa rede hoteleira e gastronômica, além de atrativos, como a Serra da Capelinha (na foto acima de @newdronens), a Igreja Matriz e sua bela praça, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Praça Jardins do Lago, além de eventos religiosos, como a Festa do padroeiro São Sebastião e a Festa do Reinado. Conta também com outros eventos, como o aniversário da cidade, a Feira do Calçado e da Moda, a Festa do Peão, a Festa do Migrante, a Febrac - Feira de Máquinas e Componentes para Calçados, dentre outros. 
- Itaúna
          Além de fazer parte do Oeste de Minas, Itaúna (na foto acima do Clésio Moreira), compõe o chamado colar metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte, estando ainda inserida no quadrado minerador de Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero. Está apenas 76 km da capital e conta hoje com cerca de 93 mil habitantes. Sua origem é do século XVIII e antes de se emancipar, foi distrito de Sabará: 1711, Pitangui: 1715, Pará de Minas: 1848, de Pitangui novamente: 1850, mais uma vez de Pará de Minas: 1858, outra vez de Pitangui: 1872, novamente de Pará de Minas: 1874, até sua emancipação, em 6 de setembro de 1901. 
          Sua economia é alicerçada na indústria metalúrgica, siderúrgica, mineração, fundição, tecelagem, dentre outros ramos, além do setor de serviços e comércio, variados e eficientes. A cidade se destaca ainda por sua excelente estrutura urbana e qualidade de vida, bem como seu ensino público e privado de alto nível e qualidade, principalmente o ensino superior.  
05 - A microrregião de Formiga 
          Considerada o "Portal do Mar de Minas, com parte da Represa de Furnas a 20 km do Centro da cidade, Formiga (na foto acima do Jefferson Souza) conta atualmente com cerca de 68 mil habitantes e está a 196 km de Belo Horizonte. Sua origem é das primeiras décadas do século XVII, sendo 16 de março de 1839, a data em que o arraial, surgido no século anterior, foi elevado à Vila e cidade, sendo esta a data oficial de sua fundação. 
          A cidade guarda ainda em sua arquitetura, traços do período colonial brasileiro, principalmente na Praça da Matriz (na foto acima do Arnaldo Silva), com seus belíssimos e bem preservados casarões. Sua Igreja, dedicada a São Vicente Ferrer, foi recentemente eleita entre as 20 mais belas de Minas, pelo Portal Conheça Minas, ficando na sexta posição. 
           Formiga conta com uma ótima estrutura urbana, um comércio muito bom, além de setor de serviços excelentes, sendo a cidade polo regional de saúde, além de uma ótima rede hoteleira, gastronômica e turística. Além da Matriz, datada do século XVIII, conta como atração o órgão de tubos da Igreja de São Vicente Ferrer (na foto acima do Arnaldo Silva), do início do século XX, o Museu Municipal, a Cristo Redentor, o Parque Municipal Dr. Leopoldo Corrêa, o Horto Florestal, o Centro de Artesanato, o Rio Formiga, cachoeiras, lagoas, dentre outras atrações. 
          Além de Formiga, a microrregião é formada pelos municípios de Arcos, Camacho, Córrego Fundo, Itapecerica, Pains, Pedra do Indaiá e Pimenta.
- Itapecerica
          Cidade histórica mineira, com origem no início do século XVIII com a chegada de bandeirantes em busca de ouro na região. Formaram um arraial, chamado de Arraial de São Bento, que cresceu e foi elevado à vila em 20 de novembro de 1789, data que se comemora o aniversário de Itapecerica (na foto acima, a Matriz de São Bento, de autoria de Maurício Soares). A cidade conta hoje com cerca de 22 mil moradores e está a 180 km distante de Belo Horizonte. Sua economia tem como base a agricultura, a pecuária leiteira e de corte, a indústria de calçados, extração mineral de grafite, o comércio variado, o setor de serviços e o turismo. Cidade tranquila, charmosa, que preserva construções da época do período colonial e com grande potencial turístico. 
          Como atrações arquitetônicas, além da Matriz de São Bento, datada de 1912, destaque para a Igreja de São Francisco, datada de 1801(na foto acima do Jad Vilela), a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1819, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, datada por volta de 1862, além de várias praças e vários casarões do período colonial e do início do século XX, construídos no estilo eclético. (foto abaixo de Wilson Fortunato)
          Além do Carnaval, que é uma festa muito popular na cidade, dois eventos atraem milhares de turistas à Itapecerica. Um em junho e outro em julho. O primeiro evento é o Festival Gastronômico, em junho, que reúne os mais deliciosos pratos da culinária mineira e local. Já o segundo, é o Festival de Inverno, que acontece em julho, em frente a Igreja Matriz, com apresentação de diversos eventos culturais e artísticos. Destaca ainda na cidade as tradições religiosas mineiras, manifestadas por seu povo nas celebrações da Semana Santa, na encenação das sete dores de Maria, que é o Setenário de Nossa Senhora das Dores e a Festa de Nossa Senhora do Rosário, presente na cidade desde 1818.  
- Pimenta 
          Cidade turística, banhada pelo Lago de Furnas, Pimenta (na foto acima de Aender Mendes) conta com cerca de 9 mil habitantes, distante 218 km de Belo Horizonte. Cidade pequena, atraente, acolhedora e muito bem organizada e estruturada, com sua economia baseada em pequenos comércios, empresas familiares, setor de serviços, agricultura e pecuária. O município conta com hotéis e pousadas aconchegantes, bons restaurantes, tranquilidade e belezas naturais e pitorescas, como no distrito de Santo Hilário.
          Santo Hilário, (na foto acima do Pedro Beraldo) é uma pequena vila, com cerca de 150 moradores, margeada pelo Lago de Furnas. É um dos lugares mais visitados em Minas por amantes da natureza, do sossego, das trilhas, cachoeiras ou simplesmente pelo que querem curtir o charme do casario, a simplicidade do povo da vila, o aconchego das pousadas locais, fazer passeios de barcos pela represa ou mesmo, experimentar a culinária mineira e local, com destaque para pratos feitos com peixes de água doce. 

terça-feira, 18 de abril de 2017

As águas medicinais da cachoeira do Curiango

A cachoeira do Curiango é uma das mais visitadas na região. A água é limpa, puríssima e possui propriedades medicinais, sendo esse um dos motivos der ser tão procurada por banhistas.
A cachoeira fica em Itacambira MG, no Norte de Minas (na foto abaixo de Sérgio Mourão). Situada a uma altitude de 1.048 m, Itacambira é uma charmosa e aconchegante cidade com cerca de 6 mil habitantes.
O município faz divisa com Grão Mogol, Juramento, Guaraciama, Bocaiuva, Botumirim e Francisco Sá. Foi fundado em 1962, tem um total de A Cachoeira do Curiango faz parte de uma RPPN (reserva Particular do Patrimônio Natural) um tipo de Unidade de Conservação). Fica em.Itacambira no Norte de Minas ,cidade que está a 105 km de Montes Claros, pegando a MG 308. De Itacambira até a Cachoeira do Curiango, são 14 km. Na cidade encontra-se informações fáceis de como chegar, já que é um ponto muito conhecido e visitado.
A cachoeira pode ser visitadas todos os dias do ano, mas melhor mesmo no período chuvoso, entre dezembro e março, onde as águas estão em maior volume.
 O acesso à Cachoeira é gratuito. Da cidade até a cachoeira melhor ir num carro adequado (4x4). Até chegar a uma porteira, o caminho terá que ser a pé mas que valerá a pena. O lugar em volta é muito bonito.
As fotografias desta postagem são de autoria de Marcelo Santos

sexta-feira, 14 de abril de 2017

As cidades da Região Central Mineira

(Por Arnaldo Silva) Contando atualmente com cerca de 450 mil habitantes, a Região Central Mineira, é formada por 30 cidades, divididas em 3 Microrregiões com sede nas cidades de Bom Despacho, Curvelo e Três Marias. 
          Região com foco na agricultura, pecuária de corte e leiteira, no turismo ecológico e religioso, além de contar com indústrias de pequeno, médio e grande portes, em segmentos industriais diversos, além de artesanato, comércio variado com lojas de todos os segmentos, de pequeno, médio e grande porte em suas cidades. (na foto acima do Edson Borges, a cidade de Sete Lagoas)
As microrregiões da Região Central Mineira 
01 - A microrregião de Bom Despacho
          Com cerca de 52 mil habitantes, à margem da BR-262, com acesso para a MG-164 e BR-040 e distante 150 km de Belo Horizonte, está a cidade de Bom Despacho, (foto acima de Hugo César Pizelli)) Com origens no século XVIII, preserva desse tempo a tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário, presente na cidade desde o século XIX. Bom Despacho foi emancipada em 1º de junho de 1912. A cidade é acolhedora, charmosa e atraente. 
          Conta com ótima estrutura urbana, com boa rede hoteleira e gastronômica, rede educacional com ensino fundamental, médio e superior de qualidade, além de um comércio variado, um setor de serviços de boa qualidade, além de ser uma cidade relativamente tranquila, sendo sede do 7º Batalhão da Polícia Militar, da 50ª Companhia da PMMG, uma guarnição de Corpo de Bombeiros e uma delegacia regional da Polícia Civil. (foto acima e abaixo de Arnaldo Silva)
          A base da economia é a agricultura, a pecuária de corte e leiteira, bem como os derivados do leite, produzidos nos laticínios da cidade. Conta ainda com indústria siderúrgica, de plástico, extração vegetal de eucalipto, monocultura de cana-de-açúcar e soja, fábricas de calçados, tinta, móveis, pedras preciosas, indústrias de ração animal, e outras empresas, familiares, de ramos diversos.
          Além de Bom Despacho, a microrregião é formada pelos municípios de Araújos, Bom Despacho, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Japaraíba, Lagoa da Prata, Leandro Ferreira, Luz, Martinho Campos, Moema, Quartel Geral e Serra da Saudade.
A cidade de Dores do Indaiá
          Dores do Indaiá (na foto acima de Sueli Santos, no dia da Festa do Reinado) conta cerca de 14 mil habitantes e está distante 255 km de Belo Horizonte e a 90 km de Bom Despacho. Dores do Indaiá tem origem num pequeno arraial, fundado no final do século XVIII, que passou a freguesia, vila e por fim, emancipada em 8 de outubro de 1885. A cidade é pacata, tranquila, seu povo muito atencioso e acolhedor e ainda guarda em seu casario, prédios públicos, praças e igrejas, detalhes da arquitetura do período colonial e também do estilo eclético do século XIX e XX. Seus moradores preservam com muita fé suas tradições religiosas, como o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, a Festa de Nossa Senhora das Dores, São Benedito e Santa Efigênia.
A cidade de Lagoa da Prata
          Com cerca de 53 mil habitantes, Lagoa da Prata (na foto acima do Arnaldo Silva, na Matriz de São Borromeu), está a 200 km distante de Belo Horizonte. Cidade bonita, acolhedora, com ótima estrutura urbana, turística e desenvolvida. Conta com vários segmentos comerciais e industriais, atividades agropecuárias, bons hotéis e restaurantes, belas praças e sua lagoa com sua praia, um dos atrativos da cidade. (na foto abaixo do André Laine)
          Além de sua bela praia e lagoa, a Vila Colonial de Martins Guimarães é um atrativo imperdível, além do Rio São Francisco, lugares para caminhada, prática de rapel, canoagem, cavalgadas e aeromodelismo.
A cidade de Moema
          Moema, (na foto acima do Arnaldo Silva) conta atualmente com cerca de 8 mil habitantes e está a 170 km de Belo Horizonte. A cidade é charmosa, atraente e seu povo hospitaleiro e muito acolhedor. Destaque para a Matriz de São Pedro e o Santuário de São Sebastião, seu casario colonial e eclético, suas belas praças, sua culinária típica, seus queijos e quitandas. O comércio é variado, com destaque para a Pioneira, um dos mais tradicionais laticínios da região, produzindo queijos de qualidade. 
            Outro destaque na cidade é a sua tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário e a Festa do Cavalo. Festas que mobilizam toda a cidade e atraem centenas de visitantes para participarem da festa, bem como o Parque Doce Vida, no centro da cidade (na foto acima do Arnaldo Silva), o Rio São Francisco que corta o município, e ainda com várias lagoas como a Lagoa Grande, Lagoa Mariana, Lagoa das Piranhas, Lagoa dos Peixes, Lagoa Criminosa, Lagoa Mariana e a Lagoa Comprida.
02 - A microrregião de Curvelo
Curvelo (na foto acima de Sérgio Mourão, em destaque para a Basílica de São Geraldo) conta atualmente com cerca de 81 mil habitantes e está a 168 km de Belo Horizonte. Foi fundada em 16 de março de 1720 e emancipada em 13 de outubro de 1831. 
          Conta com um comércio muito diversificado, com bons hotéis, pousadas e restaurante, uma excelente estrutura urbana, com atividades econômicas variadas, com destaque para o setor de serviços, lojas de pequeno, médio e grande porte, pequenas e médias indústrias, bem como o turismo, já que Curvelo é um centro de peregrinação religiosa, estando na cidade a única basílica no mundo, dedicada a São Geraldo. Conta ainda conta com belas praças, monumentos, Centro Cultural, dentre outros atrativos. 
          A microrregião de Curvelo é formada ainda pelos municípios de Augusto de Lima, Buenópolis, Corinto, Felixlândia, Inimutaba, Joaquim Felício, Monjolos, Morro da Garça, Presidente Juscelino e Santo Hipólito. 
A cidade de Presidente Juscelino
          A 40 km distante de Curvelo e a 211 de Belo Horizonte, está Presidente Juscelino (na foto acima de Giselle Oliveira, a Paróquia de São Sebastião). Cidade com pouco mais de 4.600 habitantes, com sua economia voltada para a agricultura e pecuária, além de comércio e pequenas empresas familiares. Presidente Juscelino é uma cidade tranquila, pacata, charmosa, atraente e seu povo muito acolhedor. Não é a mesma cidade de Presidente Kubitschek. São cidades diferentes, distantes 80 km uma da outra.A Cidade de Felixlândia
          Distante 180 km de Belo Horizonte, Felixlândia (na foto acima da Lee Camargo), conta atualmente com cerca de 16 mil habitantes, com sua economia tendo como base a agricultura, pecuária, extração de pedra ardósia, monocultura da cana de açúcar e eucalipto, além de um comércio variado. A cidade é muito bem cuidada e turística, com destaque para o turismo religioso, com a Festa de Pietá de Michelangelo e Jubileu de Nossa Senhora da Piedade e pela beleza do Lago de Três Marias, que banha a cidade, com destaque para o distrito de São José do Buriti, o balneário Lago dos Cisnes, além da beleza proporcionada pelo lago da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo. Conta com uma boa rede de hotéis, pousadas e restaurantes, charmosos, pitorescos e aconchegantes.
03 - A microrregião de Três Marias
          Três Marias, conhecida como o "Doce Mar de Minas", conta com cerca de 32 mil habitantes e tem como destaque o Lago da Usina de Três Marias e suas belas praias e paisagens naturais e proporcionadas pelo lago. (na foto acima do Raul Moura). Está a 270 km distante de Belo Horizonte. A cidade tem boa estrutura urbana, principalmente para receber turistas, com ótimos hotéis, pousadas, bares, churrascarias, sorveterias, pizzarias e restaurantes com destaque para os pratos preparados com peixes de água doce.
          Três Marias tem como uma de suas vizinhas, a arborizada, acolhedora, charmosa e atraente Morada Nova de Minas, município com pouco mais de 9 mil habitantes, banhado pelo Rio São Francisco e sendo também banhado pela Represa de Três Marias, com acesso para a duas cidades por estrada e por balsa, sobre as águas da represa. (na foto acima de Stela Dayrell Moura)
          Além de Três Marias, a microrregião é formada pelos municípios de Abaeté, Biquinhas, Cedro do Abaeté, Morada Nova de Minas, Paineiras e Pompéu. 
A cidade de Abaeté
          Abaete (na foto acima do Wilson Fortunato) conta cerca de 23 mil moradores e está a 220 km da Capital. Conta com belas praças, um charmoso casario, com boa estrutura urbana, além de ser uma cidade acolhedora. É cortada pelo Rio Marmelada e ainda, banhada pela Represa de Três Marias, um dos atrativos turísticos da cidade. Sua economia tem como base a fruticultura, pecuária leiteira e de corte, indústrias frigoríficas, confecções, laticínios e outros segmentos industriais, bem como um variado comércio e setor de serviços eficientes. A cidade se destaca no cenário nacional por organizar um dos melhores carnavais do Brasil, que atrai turistas de todo o país, com a cidade oferecendo boas condições para receber os visitantes com uma boa rede hoteleira e gastronômica. 
A cidade de Pompéu
          Pompéu (na foto acima do Arnaldo Silva, a Praça da Matriz de Nossa Senhora da Conceição), conta com cerca de 32 mil habitantes e está a 168 km de Belo Horizonte. Cidade muito bem estruturada, com uma economia forte, com base na agropecuária, sendo a cidade uma das maiores bacias leiteiras da região, além da indústria de álcool combustível, moveleira, mineração de ardósia, monocultura de eucalipto e cana-de-açúcar, um comércio muito variado e um bom setor de serviços. 
          A cidade tem história, desde o século XVIII, em destaque para a matriarca Dona Joaquina do Pompéu. A história da matriarca, bem como da cidade, são contadas no Museu e Centro Cultural, sediado num casarão colonial, além do Rio São Francisco, Rio Pará, Rio Peixe, Rio Pardo, Rio Paraopeba, Lagoa das Represas de Três Marias e da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo. Esses recursos hídricos permitem a pesca esportivas e proporcionam pratos deliciosos a base de peixes de água doce.  
          Além disso, no município tem belas fazendas rurais e seu carnaval, um dos melhores e mais bem conceituados do país, que atrai todos os anos para a cidade que tem boa estrutura em hotéis, pousadas e restaurantes para receber os turistas. 

O cenário paradisíaco da Cachoeira do Telésforo

(Por Arnaldo Silva) A Cachoeira do Telésforo fica em Conselheiro Mata, distrito de Diamantina. Entre Diamantina e Conselheiro Mata, são 49 km de distância. Do centro de Conselheiro Mata até a cachoeira, são 17 km por terra. (foto acima de Marcelo Santos)
          Paisagem cênica e cinematográfica, é uma das mais lindas cachoeiras de Minas. Sua beleza é tanta que foi cenário de algumas cenas da novela Global "A Padroeira". (foto acima de César Rocha)
          As águas da Cachoeira do Telésforo vem do Rio Pardo Grande. Tanto a cachoeira, como sua paisagem no entorno, são de tirar completamente o fôlego. (foto acima do Igor Messias)
          Além da cachoeira, a praia formada pelas belas areias branquíssimas do rio Pardo Grande é outro atrativo. A areia é branquinha e bem fina, resultante da ação natural.
          Em torno da cachoeira, em meio as praias de areia, existem poços e pequenas lagoas, separados por camadas de areia, como podem ver na foto acima do Igor Messias. Parecem piscinas naturais, mas não são.
          É o resultado deixado pelo garimpo desenfreado no século XIX e XX na região. Esses poços formados pela garimpagem, que hoje cessou no local, acabou sendo incorporados à paisagem cênica da Cachoeira do Telésforo.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte IV

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais possui 1.816 distritos, 853 cidades e centenas vilas e vilarejos. Cada um mais encantador, charmoso, pitoresco e lindo que outro. Essa é a quarta parte da série de 8 reportagens com 10 distritos mineiros em cada uma. Vocês vão conhecer nessa quarta parte, 10 pitorescos distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 - Glaura
          Glaura, também chamado de Casa Branca, é um dos mais antigos, charmosos e atraentes distritos de Ouro Preto, tendo sua origem no auge do Ciclo do Ouro, no século XVIII. Seu casario preserva os traços originais dos tempos do Brasil Colônia, com destaque para a Igreja Matriz de Santo Antônio datada de 1751 e o chafariz de Dom Rodrigo de 1782. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          Seus moradores, são simples, gentis, hospitaleiros e preservam com carinho suas tradições, principalmente religiosas, representadas na Festa de Santo Antônio e de Nossa Senhora do Rosário, com destaque para a dança das fitas, procissão, retretas e apresentação de bandas de músicas dos distritos vizinhos. Seus moradores vivem de pequenos comércios e da agricultura familiar, produção de doces e vinho de jabuticaba. 
02 - Sobradinho
          Distante 15 km de São Tomé das Letras, no Sul de Minas, Sobradinho é uma vila pacata com cerca de 150 moradores. Lugar atraente, com natureza exuberante, ideal para descansar, relaxar e renovar as energias. É parada obrigatória para quem vem à mística cidade das pedras. Bem no centro, na Praça da Matriz, é possível encontrar guias de turismo. Ter os serviços de um guia é recomendado, já que Sobradinho é rodeada por cascatas, cachoeiras, grutas, paisagens incríveis e poços com águas cristalinas. Com a orientação de um guia, pode-se aproveitar melhor e conhecer bem as belezas de Sobradinho. Destaque para a Gruta do Sobradinho, a Gruta do Labirinto, o Poço das Esmeraldas e o Poço Azul, as cachoeiras da Lua, da Chuva e do Sobradinho, dentre outras belezas naturais. (fotografia acima de Felipe Brazão - @fbimangensaerea)
03 - São José do Mato Dentro
          São José do Mato Dentro é um atraente e aconchegante distrito de Ouro Fino, no Sul de Minas. (foto acima de Guilherme Augusto - In Memoriam). O local é agradável, bem cuidado, envolto a paisagens exuberantes e com um casario charmoso e bem cuidado. Seus moradores vivem das atividades agropecuárias, de pequenos comércios, artesanato e produtos caseiros. A religiosidade está presente entre seus moradores, destacando a tradicional Festa de São José, que mobiliza a comunidade e atrai visitantes de toda a região para participarem da festa religiosa.  
04 - Santa Cruz de Monte Alverne
          Rodeado por serras e belíssimas paisagens naturais de Mata Atlântica, está Santa Cruz de Monte Alverne ou simplesmente Monte Alverne, distrito de Miradouro, cidade da Zona da Mata Mineira. Monte Alverne fica a 28 km de Miradouro. Um povoado simples, de gente humilde, hospitaleira, que vive da agricultura, pequenos comércios e um variado artesanato com destaque para terços feitos à mão, santos de barro, lenços, etc. 
          Seu casario é simples, alguns com traços coloniais e outros tradicionais, com destaque para sua igreja Matriz, dedicada a São Francisco, bem aos pés da Serra do Brigadeiro. 
          A vida social na vila, como é comum no interior mineiro, gira em torno das festividades religiosas. A Folia de Reis é uma das mais tradicionais festas mineiras, presente no distrito. Outro evento religioso de grande importância é a festa de São Francisco de Monte Alverne, um evento religioso de grande destaque na região. 
          Além de orações, missa, procissão e reza do terço, o evento conta ainda com barraquinhas, comidas típicas mineiras, exposição do artesanato local, shows com artistas locais e regionais
05 - Pedra da Cruz
          Andradas, no Sul de Minas, é uma das mais tradicionais e importantes cidades de Minas Gerais. Rodeada por belas montanhas e paisagens deslumbrantes, de suas terras saem um dos melhores cafés do Brasil, além de plantação de uvas das vinícolas locais, já que Andradas é também conhecida como a Terra do Vinho em Minas e agora, plantação de oliveiras, se destacando em nível nacional e internacional na produção de azeite de qualidade. 
          Seus povoados e distritos rurais são charmosos, pitorescos, aconchegantes e lindos, como o da foto acima, do Guilherme Augusto - In Memoriam, o povoado de Pedra da Cruz. Além deste, conta ainda com dezenas de povoados, vilas e distritos espalhados pelas montanhas do município, com belezas de encantar os olhos.
06 - Bichinho
          Vitoriano Veloso, também conhecido como Bichinho (na foto acima de Kiko Neto), é distrito da cidade histórica de Prados MG, Campo das Vertentes, sendo parte da Estrada Real. Fica a 9 km distante da sede. Sua origem é do século 18 e o distrito guarda relíquias da história colonial brasileira como casarões e igrejas, preservadas, como a Igreja de Nossa Senhora da Penha, de 1771. Destaque também em Bichinho é o artesanato de móveis, telas, bordados, crochês, tapetes, esculturas e adornos famosos e presentes nas principais lojas de artesanato do Brasil .
07 - Franceses e Cafundó
          São dois distritos da pacata cidade de Carvalhos, no Sul de Minas. Franceses (foto acima Mônica Rodrigues) é um pitoresco e charmoso distrito, típico de nosso interior, com coreto, igreja, praça, casario simples, em estilo colonial e uma rica tradição culinária. Sua origem data do século XVIII, com a chegada de franceses à região em busca de ouro. Os franceses se foram, ficou a origem a história de suas presenças na região.
          Já Cafundó (foto acima), se destaca pelas belas cachoeiras e lindas paisagens.  No Cafundó, é produzida a famosa Cachaça Cafundó, a base de frutas como amora, abacaxi, laranja, maracujá, jabuticaba, mel, etc. Se alguém te mandar tomar no Cafundó, pode ir. A cachaça é boa, a comida é ótima e tem ainda no local uma pitoresca pousada, com pesque pague. 
08 - Amarantina
          Amarantina é um distrito de Ouro Preto, tendo sua origem no início do século XVIII.Fica situado na rodovia dos Inconfidentes, entre a sede do município (23 km) e Belo Horizonte (67 km). (foto acima da Igreja de São Gonçalo, de autoria de Vinícius Barnabé) Um dos mais tradicionais distritos ouro-pretanos, Amarantina guarda relíquias da história e barroco mineiro bem como preservas as tradições folclóricas mineiras como a Festa de São Gonçalo e as Cavalhadas, que atraem visitantes de toda a região.
09 - Roças Novas
          O pacato distrito de Roças Novas (na foto acima do Leonardo Távora), pertencente a Caeté na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se destaca pela beleza do seu casario colonial, pelas paisagens impressionantes em seu redor e hospitalidade de seu povo. Roças Novas é uma viagem no tempo. Fazendas centenárias, casarões e sobrados bem preservados que contam um pouco da historia do período Colonial da região, sua rica culinária mineira típica, além de seu povo simples, tipicamente mineiros e muito hospitaleiros. 
10 – Monsenhor Horta
          Monsenhor Horta é uma charmosa, pacata e atraente vila colonial do século XVIII, onde vivem cerca de 1800 pessoas. É distrito pertencente à cidade de Mariana, a 120 KM de Belo Horizonte. A vila colonial fica a 16 km da sede, Mariana. Monsenhor Horta é composto ainda pelos subdistritos de Paracatu de Baixo, Paracatu de cima e Ponte do Gama.
Origem do distrito
          Sua origem data do início do século XVIII, na época da descoberta de ouro em Minas Gerais. A descoberta, fez surgir inúmeros povoados e arraiais nas proximidades das minas, rios e ribeirões, recém-descobertos. A maioria desses arraiais são hoje importantes distritos coloniais e boa parte, são cidades históricas formadas entre o fim do século XVII e séculos XVIII e XIX. Entre esses distritos está Monsenhor Horta, formado às margens do Ribeirão do Carmo. (fotos acima de Rodrigo Firmo/@praondevou
          Seu povoador foi Salvador Fernandes e como era normal na época, uma capela foi erguida em honra a Nossa Senhora de Loreto. Com o aumento da presença de tropeiros, mineradores e garimpeiros, o povoado cresceu em torno da capela, recebendo posteriormente o nome de São Caetano do Rio Carmo, a pedido da Irmandade de São Caetano. No ano de 1730, inicia-se a construção de uma nova igreja, dedicada a São Caetano. O novo templo se tornou a matriz do povoado e foi concluída, 12 anos depois de seu início, em 1842.
          Por sua riqueza arquitetônica e artista, a Matriz de São Caetano foi tombada pelo IPHAN em 25 de junho de 1953. Em 2010, o núcleo histórico de Monsenhor Horta foi tombado como Patrimônio de Mariana, devido sua importância histórica como um dos mais importantes arraiais da Rota do Ouro.
          No dia 8 de abril de 1836, o povoado de São Caetano do Rio Carmo é elevado a distrito através da lei provincial nº 50, com o nome de São Caetano. Em 1943, adotou o nome de Monsenhor Horta, oficializado através do decreto-lei estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943.
Origem do nome
          O nome é em homenagem a José Silvério Horta (Mariana, 20 de junho de 1859 — Mariana, 30 de março de 1933), um padre muito querido e respeitado durante seu sacerdócio. O religioso era visto como um sacerdote de grandes virtudes e modelo de santidade.           Por sua vida em santidade e por lhe ser atribuído vários milagres e curas, no dia e ano de seu falecimento, deu-se início no Vaticano seu processo de beatificação.
Uma das mais antigas bandas em atividade no Brasil
          Além do charme e boa conservação de suas construções seculares, composto por residências coloniais, a Matriz de São Caetano, a estação ferroviária e a antiga Capela de Nosso Senhor dos Passos, em Monsenhor Horta se destaca a Sociedade Musical São Caetano, localizada à rua Santo Antônio, nº 35. (na foto acima da Ane Souz, a Casa da Banda)
          Fundada em 7 de abril de 1836 é a quarta mais antiga do Brasil e a terceira mais antiga de Minas Gerais e a primeira banda a ser fundada na Região dos Inconfidentes.
          A secular Banda de São Caetano é uma das principais atrações da tradicional Festa do Vinho de Monsenhor Horta, que geralmente no mês de julho, o mês mais frio do inverno na região. A festa é uma das mais importantes da região com muito vinho, culinária típica, pratos e bebidas feitas a base da bebida, shows com artistas locais e regionais e muita alegria.

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