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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

As cidades do Vale do Jequitinhonha.

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Jequitinhonha está situado no nordeste do estado, sendo formado por 55 municípios, numa área de 50,143,249 km² de extensão, o que daria 14% do território do Estado de Minas Gerais. Uma das mais importantes cidades do Vale do Jequitinhonha é esta da foto acima, do Nacip Gomêz, Diamantina. Com c47.702 habitantes, a 1280 metros de altitude e distante 290 km de BH, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1999, carinhosamente chamada de "Capital do Vale do Jequitinhonha". (os dados populacionais, tem como referência o Censo do IBGE/2022).
- Capelinha
          Cidade com origens no início do século XIX, começou a ser povoada a partir da construção da Matriz de Nossa Senhora da Graça, em 1812. Conta atualmente com 39.623 habitantes e está a 427 km de Belo Horizonte. 
          Capelinha, na foto acima da Elvira Nascimento, é um dos polos de desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha, se destacando na região na educação com campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas. É ainda destaque regional na cultura, esportes e economia. O município inclusive é dotado de boa estrutura urbana, com um comércio variado, setor de serviços de bom nível, pequenas e médias indústrias e ainda conta com aeroporto e anel rodoviário.
          Além disso, se destaca na agricultura principalmente de café de qualidade, exportado para mercados dos Estados Unidos e Europa, além da monocultura de eucaliptos. A Multinacional Americana Aperam South América, mantém em Capelinha MG a maior plantação de eucaliptos do mundo.
          Diferente das demais cidades do Vale do Jequitinhonha, Capelinha é uma cidade de clima frio, com constantes geadas e inverno gelado. Isso porque a altitude do município varia de 900 a 1200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais alto, que é a Serra da Noruega, uma das maiores serras de Minas Gerais. Seu clima frio rendeu à cidade o apelido de “Suíça brasileira”, dado por um historiador suíço que visitou a cidade no século passado.
- Chapada do Norte 
          Chapada do Norte é uma charmosa e atraente cidade histórica do Vale do Jequitinhonha. São com 10.337 habitantes, a 522 km de Belo Horizonte, a 521 metros de altitude. 
          A cidade, na fotografia acima da Viih Soares, tem sua origem no século XVIII, com a descoberta de ouro na região. Logo no início formou-se um próspero povoado, com a chegada constante de gente em busca da riqueza do ouro. Com  a escassez do metal e com a abolição da escravidão, boa parte dos moradores deixaram o povoado em busca de outras oportunidades, ficando em sua maioria, parte dos escravos, passando a ser maioria entre os moradores. 
          Essa maioria ainda hoje está presente, com 91,2% de sua população, se declarando negra ou parda, segundo dados do IBGE. Chapada do Norte é a cidade de Minas Gerais com maior número de comunidades quilombolas. São ao todo 14 grupos. A cidade guarda relíquias da arquitetura colonial, a riqueza do folclore e da cultura negra, bem como o talento de seu povo para o artesanato, que é riquíssimo.
- Minas Novas
          Outra cidade de grande valor histórico para o Vale do Jequitinhonha é Minas Novas, na foto acima de Elpídio Justino de Andrade, considerada a "Mãe do Vale". Entre os séculos XVIII e XIX, foi o maior município em extensão territorial de Minas Gerais. De Minas Novas surgiu outros 65 novos municípios, antes seus distritos, que se emanciparam. Muitos desses municípios são hoje referências em Minas Gerais como Diamantina, Nanuque, Almenara, Teófilo Otoni, dentre outros. Foi fundada em 2 de outubro de 1720. Minas Novas está a 512 km da capital, contando hoje com 24.405 mil habitantes, estando a 514 metros de altitude. 
          Minas Novas ainda guarda relíquias da história colonial mineira, em suas igrejas, casarões e sobrados, inclusive, tendo sido construído na cidade o primeiro arranha-céu de Minas Gerais e do Brasil, na foto acima do Elpídio Justino de Andrade. É uma das mais importantes obras da arquitetura barroca mineira. 
          Além da história e sua arquitetura, a cidade se destaca no artesanato em cerâmica, uma das referências na região, além de preservar as tradições culturais e folclóricas centenárias como a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e a de São Benedito. Está em franco desenvolvimento, ocupando o 8º lugar no PIB do Jequitinhonha. 
Artesanato e belezas naturais
          No Vale do Jequitinhonha, vivem cerca de 1 milhão de mineiros, numa região que vem melhorando ao longo dos anos, embora ainda careça de muitas melhorias ainda para aumentar seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), se destaca não só em Minas, no mundo por seu valioso e rico artesanato em cerâmica, como os trabalhos na foto acima da artesã Lilia Xavier, de Campo Alegre, distrito de Turmalina, cidade com grande tradição cultural, religiosa e folclórica em Minas Gerais, celeiro de grandes talentos na arte da cerâmica. 
          Destaca também por suas belezas naturais impressionantes, como os afloramentos rochosos, tradicionais na região, que encantam e impressionam pela imponência, magnitude e beleza, como estes, na foto abaixo do Randal Renye, na região da Pedra do Cachorro, no distrito de Itapiru, em Rubim MG, distante 784 km de Belo Horizonte, a 243 metros de altitude, com cerca de 12 mil habitantes. 
          Boa parte das cidades da região do Jequitinhonha foram formadas aos pés desses afloramentos rochosos, como Santo Antônio do Jacinto. A cidade tem cerca de 12 mil habitantes, com 413 metros de altitude, distante 890 km de Belo Horizonte. 
- Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha
         O Vale do Jequitinhonha foi subdividido em três micros, tendo como base a altitude regional, sendo a parte de maior altitude, chamada de Alto Jequitinhonha, formada pelos municípios de Alvorada de Minas, Aricanduva, Capelinha, Carbonita, Coluna, Couto Magalhães de Minas, Datas, Diamantina, Felício dos Santos, Gouveia, Itamarandiba, Leme do prado, Minas Novas, Presidente Kubistschek, Rio Vermelho, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves, Serra Azul de Minas, Serro, Turmalina, Veredinha e a charmosa e bem cuidada cidade de Angelândia, conhecida internacionalmente pela qualidade de seu café. 
          Angelândia, na foto acima do Sérgio Mourão/Encantos de Minas, está a 800 metros de altitude, distante 400 km de Belo Horizonte e com 7.718 moradores. 
          O Alto Jequitinhonha é a parte do Vale do Jequitinhonha mais próximo à Capital, Belo Horizonte.
          Já o Médio Jequitinhonha, situado na parte intermediária da região é formado pelos municípios de Francisco Badaró, na foto acima do Ernani Calazans, uma charmosa cidade com 7.336 moradores, distante 723 km da Capital e a 445 metros de altitude. 
- Outras cidades do Jequitinhonha
          Tem ainda a cidade de Berilo, onde está a Usina Hidrelétrica de Irapé, cuja construção foi de grande importância para o desenvolvimento da região, além de Caraí, Comercinho, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, Medina, Padre Paraíso, Virgem da Lapa, Ponto dos Volantes, onde está o distrito de Santana do Araçuaí, famoso no Brasil e no mundo pela bonecas da Dona Izabel, a mais importante bonequeira de Minas. 
          Dona Isabel teve seu trabalho reconhecido e respeitado no mundo inteiro, com várias premiações, tanto em Minas Gerais, no Brasil e no exterior, pela UNESCO em 2004. Na foto abaixo, Dona Isabel, em foto feita pelo José Ronaldo, a partir de um outdoor colocado em frente à entrada de Santana do Araçuaí.
          Izabel Mendes da Cunha nasceu em 3 de agosto de 1924, na comunidade rural de Córrego Novo, falecendo no dia 30/10/2014, aos 90 anos, em Santana do Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. 
          Deixou um legado para a cultura, não só mineira, mas brasileira. Autodidata, herdou a arte da cerâmica de sua mãe, que fazia panelas de barro, mas sempre sentiu um toque especial para fazer bonecas, arte que se dedicou a partir de 1970, inspirando nas moringas de barro, modelando a tampa em forma de cabeça, com os rostos sempre em feições sérias, serenas e sóbrias.          
          Suas peças estão espalhadas pelo Brasil e em vários outros países do mundo, decorando casas, lojas e museus. Sua arte e visão contemporânea, dividia com todas, nunca guardou somente para si seus conhecimentos, ao contrário, ensinava. 
          Era exemplo de talento, abnegação e amor ao Jequitinhonha, fazendo até os dias de hoje discípulas de sua arte e técnica. Uma arte única, autêntica, que inspirou gerações de novas ceramistas na arte de trabalhar o barro do Vale do Jequitinhonha e valorizar a mulher do Vale, sua cultura, talento e capacidade. 
- Araçuaí
          Outra importante cidade da região é Araçuaí, na foto acima do Ernani Calazans. É uma das maiores, mais desenvolvidas e uma das maias antigas cidades da região, tendo sido fundada em 21 de setembro de 1871, contando hoje com 34.297habitantes, distante 678 km de BH e a 315 metros de altitude. 
- Pedra Azul
          Já o Baixo Jequitinhonha, está praticamente ao nível do mar, já que essa parte da região está na divisa com a Bahia, sendo formada pelo município de Pedra Azul, na foto acima do Thelmo Lins. A cidade é uma das mais belas cidades históricas de Minas Gerais, com sua rica e charmosa arquitetura eclética do início do século XX. Pedra Azul conta hoje com  24.410 habitantes, distante 720 km de Belo Horizonte a 718 metros de altitude.
- Jequitinhonha
          Faz parte ainda do Baixo Jequitinhonha as cidades de Almenara, Bandeira, Cachoeira do Pajeú, Divisópolis, Felisburgo, Jacinto, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Mata verde, Palmópolis, Rio do Prado, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio do Jacinto e Jequitinhonha, na foto abaixo do José Ronaldo.
          Jequitinhonha é uma das maiores cidades do Vale, contando hoje com 24.007 habitantes. Está a 744 km de Belo Horizonte e a 228 metros de altitude. 
          A Economia do município é voltada para a agropecuária, artesanato, comércio e prestação de serviços, além de ser um polo educacional com a presença do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Almenara (IFNMG) e universidades de destaque como a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Norte do Paraná (Unopar), Universidade de Almenara (Alfa), Universidade de Montes Claros (UNIMONTES), dentre outras.
O Rio Araçuaí
          Um dos grandes destaques da região do Baixo Jequitinhonha é o Rio Araçuaí com 315 km de extensão, banhando 19 cidades e abastecendo outras 23, desaguando no Rio Jequitinhonha, uma dos mais importantes rios de Minas Gerais e de grande importância para a economia do Vale do Jequitinhonha. Na foto acima do Randal Renye, o Rio Jequitinhonha em Almenara, cidade com cerca de 42 mil habitantes. 
- Almenara
          Almenara, na foto acima do Thelmo Lins, é uma das melhores e mais bem estruturadas cidades da região, distante 744 km distante da Capital e a 188 metros de altitude, tendo nas margens do Rio Jequitinhonha, a  Praia da Saudade, que já foi a maior praia fluvial de Minas Gerais. A cidade conta com 40.364 habitantes.
         O Rio Jequitinhonha nasce no Serro, atravessa toda a região, banhando várias cidades do Vale do Jequitinhonha, como Diamantina, Coronel Murta, Araçuaí, Jequitinhonha, Almenara, Itaobim, Itinga, dentre outras. São 1090 km de extensão, com suas águas encontrando-se com o Oceano Atlântico em Belmonte, na Bahia.
- Palmópolis
          Vamos conhecer um pouco mais de outras cidades do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. Vamos começar com Palmópolis, na foto abaixo de Randal Renye.
          Com 6.301 habitantes, está a 720 km distante da Capital, a 630 metros de altitude, no Baixo Jequitinhonha. Sua origem é do início do século XX, em 1910, quando originou-se o povoado que deu origem à cidade, emancipada em 1992. A cidade é charmosa, atraente, aconchegante e muito bonita. Seu povo é muito bom, gentil e hospitaleiro. Seus moradores vivem de um pequeno e variado comércio, da prestação de serviços, da agricultura e pecuária. 
- Felisburgo
          Outra bela cidade do Baixo Jequitinhonha é Felisburgo. A cidade está a 720 km de Belo Horizonte e a 599 metros de altitude, contado hoje com cerca de 6.489 habitantes. Com um pequeno e variado comércio, a cidade é pacata, charmosa, bem atraente, rodeada por muito verde, refrescada por uma bela lagoa.
          Seus moradores vivem da atividade pecuária leiteira e de corte, além da agricultura básica como feijão, milho e mandioca, além de produtos artesanais como doces e queijos. 
          Felisburgo, na foto acima enviada pelo José Ronaldo, surgiu em meados do século passado com o nome de Rubim de José Ferreira, que era a junção dos nomes dos ribeirões Rubim e José Ferreira. Com elevação do povoado a distrito e por fim cidade, em 1º de março de 1963, o nome passou a ser Felisburgo, sugerido por João Batista Lopes de Figueiredo, poeta e homem muito culto na região, que considerava o povo da localidade muito feliz, no caso "cidade feliz", na expressão latina, Felisburgo. Quem nasce em Felisburgo é felisburguense, povo muito feliz e hospitaleiro por natureza.
- Joaíma
          Outra atraente cidade do Baixo Jequitinhonha é esta na foto abaixo do Ramon Senna, Joaíma. 
          O município conta com 3.888 habitantes, distante 700 km da capital e está a uma altitude de 280 metros. A cidade é bem tranquila e atraente, contando com um comércio pequeno, mas variado, prestação de serviços e seu povo maravilhoso, hospitaleiro, onde boa parte vive das atividades agropecuárias e agricultura básica.   
- Datas 
          No Alto Jequitinhonha, a histórica cidade de Datas, com 5.465 habitantes, se destaca pela beleza de sua arquitetura colonial e sua magnífica igreja, datada de 1870, além do cultivo de morangos, belíssimas cachoeiras e paisagens deslumbrantes, com destaque para as pinturas rupestres da Lapa Pintada. (Foto acima do Elpídio Justino de Andrade)
- Couto de Magalhães de Minas  
          Couto de Magalhães de Minas, com 4.245 habitantes, na foto acima do Anderson Sá, no Alto Jequitinhonha, é outra cidade que se destaca por sua beleza, arquitetura e história. Na charmosa cidade histórica, com origem na exploração do ouro no século XVIII, vivem cerca de 5 mil pessoas.
O Vale do Jequitinhonha hoje
          O Vale do Jequitinhonha, por muitos anos foi considerado uma das regiões mais pobres do país, embora a situação tenha mudado bastante em relação ao século passado, ainda persiste na mente de quem não conhece o Vale do Jequitinhonha, como sendo o "vale da miséria". 
          As desigualdades na região, continuam, bem como índices de pobreza e desigualdades existem em todo o Brasil e não apenas em uma região específica.
          Hoje a região se mostra bem melhor que décadas atrás, caminhando para ser uma região rica e desenvolvida, graças as suas riquezas riquezas minerais, como o minério e o agronegócio. 
          A região vem se mostrando com grande potencial, por exemplo, para desenvolvimento de indústrias extrativas, facilitada ainda pela sua posição geográfica, próxima ao litoral baiano e capixaba, com acesso mais rápido a portos, por via terrestre e por ferrovias.

sábado, 21 de janeiro de 2017

O pioneirismo de Maria da Fé no plantio de oliveiras

(Por Arnaldo Silva) O clima frio e a altitude de Maria da Fé, no Sul de Minas Gerais são propícios para o cultivo de oliveiras que precisam de frio e altitude para se desenvolverem. Quem percebeu isso foi o engenheiro agrônomo Washington Alvarenga Viglioli, diretor da Fazenda Experimental de Maria da Fé (FEMF), que pertence a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), entre 1941 e 1961. 
          A estatal mineira foi criada na cidade em 1940 e ocupa um terreno de 109 hectares, doados por José Fabrício de Oliveira, tendo sido projetada inicialmente para ser uma das mais importantes unidades de pesquisa para melhoraria da qualidade da batata no Brasil. 
          Além do tubérculo, o diretor da fazenda buscou desenvolver pesquisas e registros sobre o cultivo da cenoura, tomate, frutos típicos da Mantiqueira e oliveiras, espécie até então inexistente no Brasil. Atualmente, é reconhecida como Fazenda Experimental pioneira em pesquisas em olivicultura e extração de azeite virgem extra brasileiro.
          Nos anos 1950, a Epamig importou várias espécies de mudas de oliveiras da Califórnia, nos Estados Unidos, para pesquisas e adaptação climática.(foto acima Epamig/Divulgação) Foram anos de estudos e pesquisas com mais de 150 espécies de oliveiras de todo o mundo, chegando ao número de 80 dessas espécies, por fim, em 2008, com décadas de estudos e aprimoramentos, chegaram a conclusão que as espécies mais indicadas para a região são as variedades Arbequina, Koroneiki, Arbosana sendo apresentada primeira variedade oliveira brasileira, que recebeu o nome de Maria de Fé.
          Graças a esse trabalho pioneiro, a Fazenda Experimental de Maria da Fé é reconhecida como a pioneira em pesquisas em olivicultura e extração de azeite virgem extra genuinamente brasileiro. Baseado no sucesso do cultivo das oliveiras na fazenda da Epamig em Maria da Fé, produtores rurais de várias cidades mineiras optaram pelo cultivo de oliveiras em suas propriedades.(fotos acima e abaixo de Eraldo Pereira - Ascom Epamig de Maria da Fé MG/Divulgação)
          A pioneira foi Maria da Fé MG, hoje, são cerca de 40 municípios que produzem azeites no Estado de Minas Gerais, se destacando as cidades de Delfim Moreira, Andradas, Baependi, Cristina, Aiuruoca, Alagoa, dentre outras. São azeites de alta qualidade, com reconhecimento e premiações tanto em nível nacional, quanto internacional, graças ao pioneirismo de Maria da Fé e a iniciativa do engenheiro Washington Alvarenga Viglioli, que acreditou no potencial da cidade e região da Mantiqueira no cultivo das oliveiras, desenvolveu estudos e viabilizou a prática do plantio. Sua iniciativa é reconhecida pelo município, sendo homenageado pela Câmara de Vereadores da cidade com o nome da rua que dá acesso á fazenda da Epamig. 
          Com o aprimoramento tecnológico do cultivo das oliveiras e qualidade do produto, que permite a competitividade tanto nacional, quando internacional, cada vez mais produtores rurais interessados em diversificar sua produção, começaram a investir no azeite, com orientação da Epamig, solidificando um projeto iniciado há 80 anos. (na foto acima, os azeites da Mantiqueira. Fotografia de Eraldo Pereira - Ascom Maria da Fé MG/Divulgação) 
          Os azeites da Mantiqueira se destacam pela baixa acidez, o que é importantíssimo para se ter um produto de qualidade. Quanto menor for acidez, maior é a pureza do e o valor nutricional do azeite. (Fotografia acima de Eraldo Pereira - Ascom Epamig de Maria da Fé MG/Divulgação)
          Hoje, o azeite produzido na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais, é referência em qualidade. Várias marcas estão se despontando no mercado nacional e ganhando mercado internacional, pela qualidade similar aos melhores azeites europeus, como os espanhóis, gregos, italianos e portugueses.

Campo experimental de Maria da Fé - Epamig
EPAMIG - INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Gerente: Alessandro Gonçalves Vicente 
Endereço: Rua Washington Alvarenga Viglioni, s/nº, Bairro Vargedo, Maria da Fé - MG. CEP: 37517-000. Caixa Postal: 28
Acesso: Belo Horizonte - Maria da Fé - Distância: 431 KM
Horário de Funcionamento: 07h às 11h 12h às 16h
Telefone: (35) 3662-1227(35) 3662-1227
E-mail: cemf@epamig.br 
Na foto acima de Rosane Vidinhas, um dos azeites produzidos em Maria da Fé 
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Pesquisas:
Fruticultura: Azeitona, Marmelo, Figo, Amora-preta, Pêssego, Nectarina, Ameixa, Maçã e Uva. Olivicultura: Melhoramento - caracterização de cultivares de oliveira, manejo filotécnico da oliveira, nutrição da oliveira, manejo das pragas e doenças da oliveira. Extração e avaliação de qualidade do azeite. Olericultura: batata
Serviços: Processamento de azeite virgem extra. O Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite, referência em pesquisas de produção de azeitona de mesa e extração de azeite extra virgem, é vinculado ao Campo Experimental de Maria da Fé MG.- Limeira - 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Rosca da Rainha: origem de uma receita mineira

(Por Arnaldo Silva) Receita do século XIX, tornou-se popular e conhecida, quando da visita, à Minas Gerais, do Imperador Dom Pedro II, sua esposa, Dona Tereza Cristina e comitiva imperial. Os membros da corte, vieram à Minas Gerais em 1881, e visitaram várias cidades e lugares interessantes da Região Central Mineira, como os santuários da Serra do Caraça e da Serra da Piedade.
          Foi na Serra da Piedade, que o casal imperial, experimentou, uma quitanda que muito lhes agradou, entre tantas quitandas mineiras que lhes foram oferecidas. Dona Tereza Cristina se encantou com o sabor de uma rosca, com massa adoçada com doce de leite e com cobertura feita com creme de manteiga. Essa rosca era feita nas fazendas em torno do Santuário da Serra da Piedade e muito apreciada na região na época e até os dias de hoje.
          Dona Tereza Cristina ficou encantada com o acolhimento e hospitalidade do povo da região, elogiou as quitandas e pratos típicos de Minas Gerais, que experimentou, em especial a rosca, que tanto gostou. 
          Na época, era chamada apenas de rosca. Com o elogio da Imperatriz, mudou de nome. Naqueles tempos, o povo não entendia muito o que era um imperador ou imperatriz, só sabiam que pertenciam à realeza e quem é da realeza, era rei, rainha e príncipe. Na imaginação popular, Dom Pedro II era rei e Dona Tereza Cristiana, rainha. Assim ficou, Rosca da Rainha, o nome da quitanda, em homenagem à Dona Tereza Cristina. Vamos à receita original:
Ingredientes para a massa
. 1 quilo de farinha de trigo + ou -
. 6 ovos caipira
. 350 gramas de doce de leite caseiro
. 1 copo americano de óleo
. 200 ml de água
. 200 ml de fermento natural (caso não queira fazer o fermento natural, da receita abaixo, pode usar 45 gramas de fermento biológico)
. 2 colheres de sopa de manteiga
Ingredientes para o fermento natural
. 200 ml de água
. 1 colher (café) de sal
. 1 colher (sopa) de açúcar
. 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
Ingredientes para o creme de manteiga
. 300 gramas de manteiga caseira em temperatura ambiente
. 2 colheres (sopa) de leite integral
. 350 gramas de açúcar
Modo de preparo do fermento natural
- Numa vasilha, coloque a água, o açúcar e o sal e mexa bastante até dissolverem bem. 
- Acrescente a farinha de trigo, mas sem mexer. Apenas tampe a vasilha e deixe descansando por 10 horas. Após esse tempo, já poderá ser usado na massa. 
Modo de preparo da massa
-  Coloque no liquidificador os ovos, o doce de leite, a água e o óleo e bata bem. (como não tinha liquidificador no século XIX, era tudo batido na mão mesmo)
- Despeje que bateu no liquidificador numa vasilha, acrescente agora o fermento natural, misture bem, até que todos estejam bem incorporados.
- Vá acrescentando aos poucos a farinha de trigo, primeiramente, mexendo com uma colher. Quando começar a engrossar, comece a sovar com as mãos, colocando farinha, até a massa estar bem firme.
- Continue sovando, até que a massa esteja desgrudando de suas mãos. 
- Agora, cubra a massa com uma pano e deixe descansando por 1 hora. 
- Passado esse tempo, separe a massa em 6 partes iguais, passe um rolo de macarrão sobre eles. (se não tiver o rolo, use uma garrafa ou uma lata, bem limpos)
- Enrole com as mãos e faça tiras, como na foto abaixo.
- Pegue duas tiras da massa, pegue uma ponta de cada tira, aperte as pontas e comece a trança-las.
- Coloque as roscas trançadas em uma fôrma com óleo e farinha de trigo, como na foto abaixo.
- Cubra com um pano e deixe descansando por 1 hora.
- Após esse tempo, leve para assar em forno pré-aquecido a 200ºC e deixe assando até que fique dourada por uns 40 minutos ou até que fique dourada.
- Quando terminar de assar, com a rosca ainda quente, espalhe o creme de manteiga sobre a rosca.
Modo de preparo do creme de manteiga:
- Coloque na batedeira ou no liquidificador a manteiga, o leite e o açúcar e bata até virar um creme. (se quiser, pode colocar os ingredientes numa tigela e bater na mão mesmo, como antigamente)
- Depois que passar o creme nas rosca, se preferir, pode espalhar coco ralado por cima, misturado com um pouco de açúcar cristal. Essa rosca é uma delícia, sem igual.
(fotos acima de autoria de Wilson Braga de Aiuruoca MG)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Marmelópolis: a terra do frio, do pêssego e do marmelo

(Por Arnaldo Silva) Imagine você poder acordar de manhã bem cedinho e ver uma linda paisagem. Os dias de inverno são intensos e tremendamente gelados, em Marmelópolis, com temperaturas próximas de zero grau e muitas vezes, bem abaixo de zero. Vale a pena registrar as belas paisagens formadas pela geada, curtir o inverno na cidade, experimentar a sopa de marmelo e o calor das lareiras nas casas. Venha conferir essas belezas naturais na Serra da Mantiqueira. (Fotografia acima de Jair Antônio Oliveira)
          Cidade de clima ameno no verão e bastante frio no inverno, Marmelópolis é uma pequena cidade situada no Sul de Minas Gerais.(foto acima de Renato Ribeiro). Está distante 427 km de Belo Horizonte e sua altitude é de 1277 metros. Faz divisa com os municípios de Passa Quatro, Virgínia e Delfim Moreira. Suas Montanhas fazem parte da Serra da Mantiqueira, tem um rico potencial para o turismo que é pouco explorado. Com relevo montanhoso possui várias cachoeiras dentro dos limites do município e na divisa com outras cidades. Segundo o Censo IBGE/2022, a população é de 3.200 habitantes. Quem nasce nesta cidade é marmelopolense.
          Em dias de calor vale à pena se refrescar nas águas de uma cachoeira mesmo que sejam nas águas geladas da Serra da Mantiqueira como esta da (foto do Renato Ribeiro), a Cachoeira dos Padres. Além das cachoeiras, em Marmelópolis encontra várias trilhas em meio às matas preservadas e trilhas que levam ao Maciço do Pico dos Marins, Pico do Marinzinho, Pico do Itaguaré, Pedra Redonda, Pedra Montada entre outras. Venha aproveitar para visitar e desfrutar das belezas que cercam a cidade.
          O clima da cidade favorece a plantação de várias frutas que precisam do frio para hibernar como a pera, ameixa, cerejas e o marmelo (na foto acima de Jair Antônio Oliveira), que deu nome à cidade, considera a terra do marmelo. Vale á pena apreciar essa delícia da Mantiqueira.
          Vale à pena acordar um pouco mais cedo para observar esse espetáculo da natureza, principalmente entre junho e julho, quando acontece a florada das cerejeiras, como podem ver na foto acima do Renato Ribeiro.
          As paisagens ficam branquinhas, todas cobertas por geada (na foto acima de Renato Ribeiro, dia típico de inverno na Serra da Mantiqueira). A cidade é de uma beleza que encanta à todos que tem o prazer em conhecê-la. Venha conhecer e apreciar as belezas da cidade! Sejam bem vindos a Marmelópolis.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Serra da Saudade: a cidade menos populosa do Brasil

(Por Arnaldo Silva) Fundada em 1963, Serra da Saudade, fica no Centro-Oeste de Minas e faz divisa com Dores do Indaiá, São Gotardo, Quartel Geral e Estrela do Indaiá e está a 270 km da capital. 
          A cidade se destaca no Brasil por um fato curioso: tem apenas 833 habitantes. Isso mesmo. É o menor município brasileiro número de habitantes no Brasil. De acordo com um dados do IBGE, no último Censo Demográfico, Serra da Saudade tinha em 2010, 815 habitantes. No atual, aumento em 18 habitantes, passando a ter 833 habitantes, segundo o Censo Demográfico do IBGE divulgado em julho de 2023. (fotografia acima de Sueli Santos)
Como é viver na menor cidade do Brasil?
          O município tem 335 quilômetros quadrados de extensão territorial, o mesmo tamanho de Belo Horizonte, a capital mineira. O perímetro urbano tem apenas 990 metros de uma ponta a outra, sendo desnecessário o uso de carro ou moto nas poucas ruas da cidade.
          Serra da Saudade é tranquila, com índices de violência quase zero, são pouquíssimas ocorrências policiais. O último homicídio registrado na cidade foi em 1967. Pequenos furtos e confusões são raras na cidade. Quando acontecem são em média de 1 a 2 por ano.
          Na cidade há um Destacamento Policial mas tem pouco trabalho. Os policiais se empenham em identificar pessoas e carros de fora. Por prevenção, são abordados de forma educada para saber o motivo da visita.
          As casas não tem muros, ficam rente às calçadas e portas janelas ficam geralmente abertas, mesmo que o morador não esteja em casa. Em noites de calor, é comum os moradores dormirem de janelas abertas. Os carros "dormem" nas 5 ruas da cidade. Todos os moradores se conhecem. (foto acima de Sueli Santos). 
          Essa tranquilidade é motivo de orgulho para os moradores, que consideram sua cidade, um pedacinho do céu. A economia da cidade gira em torno de atividades agropecuárias, pequenos comércios e da Prefeitura, que é a maior empregadora do município. 
          Em Serra da Saudade (foto acima de Maurício Soares) há um pequeno posto de saúde, com atendimento e distribuição de remédios à população e uma agência dos Correios, onde funciona um posto de atendimento do Bradesco, uma Casa Lotérica e uma padaria. 
         A cidade conta com o Centro Municipal de Educação Menino Jesus (CEMEI) que atende crianças de 0 a 6 anos e com a Escola Luís Machado Pinto, de ensino fundamental, que atende alunos de 6 a 14 anos. Nesta escola funciona ainda o EJA, Educação de Jovens e Adultos.
          Além disso, os estudantes que vivem na zona rural contam com transporte gratuito fornecido pela Prefeitura, além de contarem com atendimento médico, odontológico e psicológico.
         Em Serra da Saudade não tem posto de gasolina e nem farmácia. Caso precisem, os moradores vão às cidades vizinhas. Posto de gasolina, por exemplo, mais próximo fica em Estrela do Indaiá, a 15 km de distância. Em casos de saúde mais urgentes, a Prefeitura encaminha os pacientes para as cidades com mais estrutura. 
          Os moradores tem à sua disposição academia ao ar livre e de ginástica e pilates, praças e ruas limpas e tranquilas, bem como internet gratuita fornecida pela prefeitura.
          Não é por menos que os moradores de Serra da Saudade, chamam sua cidade de "pedacinho do céu".  

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Brrrrr, que frio!!! 16 cidades de frio intenso em Minas

(Por Arnaldo Silva) Frio não é apenas no Sul do país não. Minas Gerais tem frio, e como tem! Nosso Estado é muito grande e algumas cidades se destacam pelo intenso frio, muitas vezes, bem abaixo de zero grau. (na foto acima de Douglas Coltri em Bueno Brandão MG) São centenas de cidades que podemos dizer "congela até os ossos" no inverno. Como por exemplo citamos Diamantina, Bom Repouso, Poços de Caldas, Ouro Preto, Delfim Moreira, Bom Jardim de Minas, Itajubá, Conceição dos Ouros, Serro, Barbacena, Tiradentes, Mariana, Sapucaí-Mirim, Passa Quatro, Alto Caparaó, Bom Jardim de Minas, Senador Amaral, Paraisópolis, Pouso Alto, Cristina, etc.
          Não tem como postar todas, seria um post enorme e cansativo já que são mais de 200 cidades bem frias no inverno, por isso listamos apenas 15 charmosas, tranquilas e geladas cidades mineiras. (foto acima de William Siqueira, em Maria da Fé MG, as geadas permitem fazer bonecos de gelo)
01 - Maria da Fé
          Maria da Fé é a terra das cerejeiras, do azeite de oliva e do frio. É a mais fria do Estado. No inverno os termômetros oscilam entre 5 e 8 graus ABAIXO de zero. (Fotografia acima de Rinaldo Almeida)
           É sem dúvida a cidade mais fria de Minas Gerais. O inverno (foto acima de William Siqueira/Epamig) é rigoroso e constantemente as temperaturas ficam abaixo de zero nos meses de junho e julho. São pouco mais de 15 mil moradores em Maria da Fé. A sede do município está a 1 258 metros de altitude, localizado  em plena Serra da Mantiqueira, bem próximo à estância paulista de Campos do Jordão e às mineiras do chamado Circuito das Águas. 
          Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1976 a menor temperatura registrada em Maria da Fé (foto acima de Leonardo Bueno, povoado rural de Maria da Fé MG) foi de -8,4 °C em 21 de julho de 1981, e a maior atingiu 34,4 °C em 19 de janeiro de 2015. 
02 - Marmelópolis
          No inverno a verde paisagem da terra do marmelo dá lugar ao branco das geadas. Frio intenso, abaixo de zero grau no ápice do inverno, fazem da cidade uma das mais frias do Estado. Com menos de 3 ml habitantes, Marmelópolis no Sul de Minas (foto acima de Jair Antônio Oliveira) lembra muito as pequenas vilas Portuguesas no inverno. A cidade se destaca ainda pela rica culinária, principalmente na produção licores, queijos e de doces, em especial, o doce de marmelo que deu origem ao nome da cidade e pratos a base de truta.
03 - Delfim Moreira
          Com pouco menos de 10 mil habitantes, Delfim Moreira, no Sul de Minas, é uma das cidades de maior potencial turístico da região, por sua história, fazendas de marmelo, produção de azeites, queijos, produtos orgânicos, sua beleza singular, com paisagens impressionantes, arquitetura que vai do Barroco mineiro, colonial, eclético ao estilo austríaco. A cidade (foto acima de Geraldo Gomes), é um charme, bem no alto da Mantiqueira, a 1200 metros de altitude. 
Quem gosta arquitetura diferenciada, cidade bem cuidada e fria, mas fria mesmo, Delfim Moreira é o seu lugar. Neste último inverno, os termômetros marcaram -7,2 graus na zona rural, próximo a rios e lagos. Congelou tudo, como podem ver na foto acima do Mateus Ribeiro. A paisagem verde, ficou branquinha, com intensa geada.
04 - Bueno Brandão
          Bueno Brandão, no Sul de Minas, é uma cidade de grande potencial turístico ecológico, por suas belezas naturais incríveis, além de sua culinária, fazendas de vinho, licores e cachaças, chocolateria, queijos e outros produtos. (foto acima do Douglas Coltri) está localizado na Serra da Mantiqueira, com altitudes que variam de 1200, na cidade, até 1600 metros, em seu ponto mais alto e conta com pouco mais de 12 mil moradores. É uma das cidades mais frias de Minas, com temperatura mínima nos dias mais frios do inverno abaixo de zero. 
05 - Alto Caparaó
          Com menos de 6 mil habitantes, Alto Caparaó, na Zona da Mata, se destaca por seu café, premiadíssimo tanto no Brasil quanto no mundo e por ser a porta de entrada para o Parque Nacional do Caparaó. A cidade é pequena, charmosa, atraente, com ótima culinária e dezenas de pousadas no município, com turistas chegando todos os dias para subir até o Pico da Bandeira (na foto acima vista do topo do pico, de autoria de Sairo Guedes), o ponto mais alto de Minas Gerais com 2892 metros de altitude. O inverno costuma ser rigoroso em Alto Caparaó e cidades vizinhas, próximo do 0ºC. No topo do Pico da Bandeira, nos dias de frio intenso, a temperatura já registrou -14,5ºC. Totalmente congelante. No inverno ocorrem geadas na Serra do Caparaó com temperaturas próximos de 0º C.
06 - Serro           
           Vivem no Serro Região Central, a 230 km de Belo horizonte, 22 mil pessoas. (foto acima do Tiago Geisler) É uma das mais belas e antigas cidades históricas de Minas, tendo sido a primeira cidade histórica mineira tombada pelo IPHAN, bem como a receita artesanal seu queijo, um dos melhores do mundo, tombado como Patrimônio Imaterial do Brasil. 
          Seu nome inicial era Vila do Príncipe do Serro do Frio. Tiraram o frio do nome mas o frio continua lá, firme e forte, congelando tudo, com temperaturas que variam entre 0 a 10ºC no inverno. Além do frio, do queijo, da arquitetura, o Serro é rodeado por serras, morros, com rios e cachoeiras, além de contar com distritos pitorescos e charmosos como Milho Verde, São Gonçalo das Pedras, Capivari, dentre outros. 
07 - Monte Verde
          O charmoso distrito da cidade de Camanducaia, no Sul de Minas, com cerca de 6 mil habitantes, atrai turistas não só pelo chocolate, cerveja artesanal, arquitetura, belezas naturais e hospitalidade de seu povo, mas pelo frio intenso, que é sem dúvida alguma, uma das principais atrações de desse cantinho da Europa em Minas. (foto acima e abaixo de Ricardo Cozzo)
          Temperaturas congelantes, que lembra o inverno Europeu é um convite ao romantismo e alegria. Quem gosta do isolamento nas montanhas e estar num local todo cercado por vasta natureza, Monte Verde é o lugar ideal. O distrito tem ótima estrutura para receber turistas com vários restaurantes, pousadas e hotéis, dos mais simples, aos mais sofisticados.
08 - Lavras Novas
          Romantismo e clima bem frio é uma das atrações de Lavras Novas (na foto acima de Sônia Fraga), um dos mais badalados distritos de Ouro Preto MG, distante 19 km da sede. Vivem em Lavras Novas cerca de 1.500 pessoas, número este que sextuplica em dias festivos e feriados, já que Lavras Novas é umas das principais rotas turísticas de Minas Gerais.  
          Além do intenso frio de inverno, cachoeiras, cascatas, lagos, trilhas, pousadas e restaurantes aconchegantes e sofisticados, o visitante tem a oportunidade de vivenciar o cotidiano da vida do distrito e sua história de origem colonial, do século XVIII e suas relíquias guardadas ao longo de 300 anos de existência como seu  casario colonial, sua matriz, de Nossa Senhora dos Prazeres, joia do Barroco Mineiro e outras belezas arquitetônicas, além do rico e tradicional artesanato local. Os animais, vacas, bois, cavalos, vagueiam livremente pela vila, sendo uma de suas principais características. 
09 - Barbacena
          Barbacena é uma das mais antigas, mais desenvolvidas e maiores cidades de Minas Gerais, com cerca de 140 mil habitantes atualmente. (fotografia acima de Wagner Rocha)
          É um grande produtor de frutas e de flores, principalmente rosas. É um dos principais centros de ensino de Minas Gerais, contando ainda com indústrias e um comércio diversificado, uma ótima rede hoteleira e gastronômica. O inverno barbacenense é rigoroso, com média anual de 18ºC. A menor temperatura registrada no município foi em junho de 1979, com os termômetros marcando 0,3ºC, com temperaturas sempre próximas a esse índice nos dias mais frios de inverno. 
10 - Diamantina
          No Vale do Jequitinhonha, Diamantina se destaca no cenário mundial por ser Patrimônio Cultural da Humanidade, por sua história e arquitetura colonial preservadas. (foto acima de Giselle Oliveira) São cerca de 50 mil moradores na cidade de JK, de Chica da Silva, da Vesperata, das serestas da cultura, dos tapetes arraiolos, do artesanato, dos vinhos, do azeite e de Minas Gerais. Diamantina é uma das cidades mais altas de Minas, com 1280 metros de altitude. O que poucos sabem, é que é uma das mais frias também. A mínima registrada no município foi em 31 de julho de 1972, quando os termômetros chegaram a 2,8ºC, com sensação térmica de -3 graus. Nos dias rigorosos de inverno, a temperatura fica entre 3 a 10 graus.
11 - Aiuruoca
          Com poucos mais de 6 mil habitantes, Aiuruoca, no Sul de Minas, é uma das mais antigas cidades da região. (foto acima de Marlon Arantes) Sua história começa no século XVIII, com a chegada de bandeirantes em busca de ouro e imigrantes, principalmente dinamarqueses, que vieram para a região no século passado. Se destaca por suas mais de 80 cachoeiras, ares místicos, casario colonial e eclético bem preservado, sua culinária variada, destacando os queijos, cachaça e doces, além de fazenda de azeite e paisagens exuberantes. Isso sem falar do frio que é de congelar, com temperaturas abaixo de zero nos dias mais frios do inverno. 
12 - Alagoa
          Alagoa (ai acima, na foto do Sérgio Mourão, coberta pela névoa) fica no Sul de Minas. Com menos de 3 mil moradores, é uma pacata, tranquila, tranquila e aconchegante cidade, com ares típicos das tradicionais cidades mineiras do interior. Nas Terras Altas da Mantiqueira, a cidade se destaca por suas belezas naturais, sua culinária, seu singelo casario e por seu frio. A temperatura média no inverno fica entre 0ºC a 10ºC, sendo registrados temperaturas abaixo de 0ºC. Para os amantes do frio, tranquilidae e uma vida simples, Alagoa é o lugar, ainda mais acompanhado por azeites e vinhos da região e claro, os queijos. Alagoa é conhecida nacionalmente como a "Terra do Queijo Parmesão", herança deixada pelos imigrantes italianos na cidade desde o início do século XX. Os queijos de Alagoa, tanto o parmesão, quanto os queijos mineiros, são únicos, graças ao clima, manejo do gado e pastagem da Serra da Mantiqueira.
13 - Carvalhos
          Com menos de 5 mil habitantes, Carvalho é uma charmosa, pitoresca e pacata cidade do Sul de Minas, na Serra da Mantiqueira. O inverno é bastante rigoroso em Carvalhos, no Sul de Minas, (na foto acima de Dalton Maciel) podendo chegar a 0 grau ou menos. É um dos municípios mineiros abençoados por natureza exuberante, com dezenas de cachoeiras, 400 km de trilhas e destacando o Pico do Muquém, com 1800 metros de altitude. Tem ainda os Picos do Calambau e Três Irmãos e Quilombo. A serra da Aparecida e do Grão Mogol completam a paisagem de Carvalhos, uma charmosa e atraente cidade do Sul de Minas.
14 - Gonçalves
          Com menos de 5 mil habitantes, Gonçalves é uma charmosa cidade do Sul de Minas, destacando por suas belezas naturais, pousadas requintadas nas montanhas de Minas (na foto acima de Marcelo Botosso), seu artesanato e sua culinária típica, o que faz da cidade ser um dos municípios que mais crescem no turismo na região. É linda, aconchegante, tranquila e oferece uma ótima qualidade de vida a seus moradores. E claro, no inverno é fria mesmo. Quem passar inverno lá, irá se deleitar com geadas e frio próximos ao 0º C e as vezes bem abaixo de zero.
15 - Itamonte          
          Nevou em Minas Gerais no ano de 1985 e foi em Itamonte, no alto do Parque do Itatiaia, situado no município na divisa com o Rio de Janeiro. A temperatura naquele ano chegou a -15º C. De lá pra cá não nevou mais, mas as temperaturas são sempre baixíssimas no inverno, muitas das vezes, abaixo de zero. (Foto acima de Paulo Santos) Vivem em Itamonte cerca de 16 mil pessoas numa cidade com ótima qualidade de vida, uma charmoso e pitoresco casario e belezas naturais que chamam a atenção como a Pedra do Sino de Itatiaia com 2.670 metros, localizada no Parque Nacional de Itatiaia, e a Pedra do Picu com 2.151 metros, além de várias cachoeiras, dentre elas, as cachoeiras da Fragária, do Escorrega, da Conquista e da Usina dos Braga. Como já nevou na região, nem precisa dizer que seu inverno é bem rigoroso, com temperaturas entre menos 0°C e 10°C na zona urbana, com ocorrências de fortes geadas na zona rural.
16 - Bom Repouso
          Com cerca de 12 mil habitantes, Bom Repouso, no Sul de Minas (foto acima de Jussan Lima) se destaca como um dos grandes produtores de frutas de Minas, bem como pelo turismo religioso, encontrando-se na cidade o Santuário de Nossa Senhora das Graças, com a segunda maior imagem da santa no Brasil, com 20 metros de altura. Sua altitude, com 1371 metros e o frio, favorecem o cultivo do morango e outras frutas silvestres, além do seu inverno rigoroso, que muda completamente da região. Fica tudo branco, congelado pelas constantes geadas que iniciam em maio e estendem-se até julho.  

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