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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Minas se destaca na produção de azeite de abacate

(Por Arnaldo Silva) O abacate é uma fruta muito comum no Brasil. Está presente em praticamente todas as cidades e regiões brasileiras. Isso faz com que muita gente pense que a fruta é nativa do nosso país. Mas não é. Abacate é nativo da América Central e do México. A fruta está presente em vários pratos da nossa culinária e nos quintais, principalmente em Minas Gerais, que é um dos grandes produtores da fruta no Brasil. Ouro Verde, Quintal, Geada, Fortuna, Breda, Margarida e o avocado Haas e Fuerte são as variedades mais comuns no Brasil. 
          Azeite é a expressão portuguesa que usamos para a palavra, az zait, o óleo extraído do fruto da oliveira, az zaytona, no português, azeitona. As duas expressões tem origem no vocabulário árabe, do século XIII, embora a cultura do azeite seja milenar, presente inclusive, em versículos do Antigo e Novo Testamento, bíblicos. 
          A oliveira e o azeite sempre teveram importância na cultura mundial e é indispensável, na boa mesa. 
          A técnica de extrair óleo do fruto da oliveira e produzir azeite se modernizou e hoje, o termo "azeite" se tornou abrangente no mundo, já que, de outros frutos, são também extraídos, óleo. Entre esses frutos, está o abacate, que origina um azeite de altíssima qualidade e alto valor nutritivo.
          O azeite é extraído da melhor parte dos frutos, a polpa. Seja do dendê, da oliveira, do abacate, ou outro fruto. Já o óleo, é extraído das sementes, como exemplo, o óleo de girassol, de abóbora, de amêndoa, de soja, de milho, de colza, etc.
          O azeite de abacate, extraído da polpa do fruto,  é um dos mais nutritivos do mundo. As variedades Breda, Margarida e em especial o Haas produzem azeites de alto valor nutricional. Dessas variedades, o mais famoso é a variedade Haas, mas muito pouco conhecida entre os brasileiros. Chegou ao Brasil na década de 1970. 
          Essa espécie é largamente produzida na Califórnia, nos Estados Unidos. O avocado Haas foi introduzido no Brasil em 1975 e sua produção vem crescendo, tendo um incremento nos últimos anos, com a popularização da variedade no mundo, principalmente do azeite, considerado superior ao azeite de oliva. 
          O avocado das variedades Fuerte possui a casca lisa e verde, quando maduros, com formato alongado. Já o Haas é menor, de casca escura e rugosa. Quando maduro adquire uma cor escura, quase roxa. O avocado na variedade fuerte produz o fruto de fevereiro a maio. Já a temporada do avocado Haas vai de maio a outubro.
          A diferença do avocado para as outras variedades de abacates que conhecemos está na quantidade de calorias. São 10% de calorias menos que o abacate comum. Por ser originário da América Central e México, é chamado de avocado, que é abacate em espanhol. 
          O consumo dessa variedade de abacate na América Central, América do Norte e Europa vem crescendo muito principalmente entre os praticantes de esportes, antes e depois das práticas esportivas por favorecer a reposição de sais minerais. É consumido in natura, em pratos e principalmente como azeite.
          Isso porque essa espécie possui aminoácidos em sua composição, com substâncias em combinação, faz da espécie um potente antioxidante. Ajuda a balancear as taxas de colesterol, protege o coração, é um ótimo aliado no combate a doenças como o diabetes e alguns tipos de câncer e ainda possui 11 vitaminas e 14 minerais.
          Quem não pode ter em seu quintal um pé de avocado ou comprar o fruto sempre, pode fazer uso do azeite. Uma grande vantagem desse azeite, em relação ao tradicional, além do poder nutritivo é que pode ser aquecido a 200ºC.
Entre os benefícios do azeite avocado, podemos citar: 
1. Saúde da pele e do cabelo
2. Prevenção contra o câncer
3. Saúde cardiovascular e redução da pressão arterial
4. Saúde ocular
5. Redução de processos inflamatórios
6. Perda de peso
7. Absorção de nutrientes
8. Saúde oral
9. Controle da diabetes
10. Fortalecimento do sistema imunológico
11. Controle do colesterol
12. Proteção da próstata
13. Prevenção e tratamento de sinais de envelhecimento 
Onde é produzido o Azeite de Abacate no Brasil?
          Em Minas Gerais, na cidade de São Sebastião do Paraíso MG, no Sudoeste do Estado são produzidos o azeite de abacate das variedades Haas, Breda e Margarida. Também cosméticos feitos á base de abacate são produzidos no Estado pela empresa Flor do Abacate.
          A empresa surgiu da iniciativa do engenheiro agrônomo José Carlos Gonçalves, produtor de café e abacate nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A mais de três décadas de trabalho, maneja seis propriedades, em parceria com seu filho, Carlos Alberto Pinto Gonçalves. Cinco propriedades estão localizadas em Minas Gerais: São Sebastião do Paraíso, Jacuí, Cássia, São Tomás de Aquino e Ibiraci, no Sudoeste de Minas Gerais. Também no estado de São Paulo, no município de Cajuru. 
          Com muita dedicação, pesquisa e tecnologia, transformou-se no maior produtor brasileiro da variedade de abacate Breda.
Anualmente, são colhidas mais de 4 mil toneladas de abacates.
Em 2014, em parceria com a Epamig, realizou, experimentalmente, os primeiros litros do azeite de abacate.
          Depois disso, em contato com universidades, pesquisas com indústrias de maquinários, orientações e inspeções de órgãos regulatórios, iniciou a construção da indústria Flor do Abacate.
          Hoje, 5 anos mais tarde, deu-se início à produção do azeite de Abacate Paraíso Verde. O azeite é extraído em maquinários modernos, a frio, sem nenhum aditivo químico. É puríssimo e muito saboroso. A produção do azeite, coincide com a safra do abacate das nossas lavouras e estende-se durante todo o segundo semestre.
          Como já amplamente divulgado, o azeite de abacate é um alimento completo. Possui vitaminas, proteínas, ômegas que quando consumidos, são revertidos em benefícios ao nosso organismo.
          Além do azeite destinado à alimentação, uma parte dele é encaminhada à produção de cosméticos muito especiais que possuem, em sua formulação, uma dose generosa do mais puro azeite de abacate. Nada mais interessante do que usar na pele um rico alimento.
          A meta principal da Flor do Abacate é aproveitar o fruto em sua totalidade: polpa, caroço e casca. Para tanto, novos projetos e pesquisas estão sendo direcionados para a confecção de produtos surpreendentes.
          Quem quiser saber mais sobre o azeite e cosméticos, pode obter mais informações pelos telefones 35 3531-4034/35 9 9105-4684 ou pelo e-mail: paraisoverdeindustria@gmail.com
(Reportagem de Arnaldo Silva com colaboração de Carlos e Júnia, proprietários da Paraíso Verde, além de nos ter cedido as fotos)

quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Casa de Chica da Silva em Diamantina

(Por Arnaldo Silva) Em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, encontra-se um dos grandes acervos da nossa história. A casa em que viveu o Contratador de Diamantes, João Fernandes de Oliveira (Nasceu em Mariana em 1720 – Faleceu em Lisboa, em 1779), um dos homens mais ricos naquela época, com sua mulher, a ex escrava Francisca da Silva de Oliveira, ou simplesmente Chica da Silva (Nasceu em Milho Verde, distrito do Serro MG, em 1732 – Faleceu em 15 de fevereiro de 1796, aos 64 anos, sepultada na Igreja de São Francisco de Assis, em Diamantina MG).
          É um típico casarão da fidalguia do século 18 e um dos mais suntuosos casarões da região. Nesse casarão, o casal morou entre 1763 e 1771 quando o Contratador teve que partir para Portugal (morreu em 18 de março 1779 naquele país, sem nunca voltar para reencontrar Chica da Silva). A união dos dois nunca foi oficializada, já que naquela época as leis proibiam casamentos entre pessoas de origens raciais diferentes. (na foto acima, de Elvira Nascimento, a Casa de Chica da Silva, no fim da rua e abaixo, o interior da casa)
          Foram 15 anos vivendo juntos. Dessa união o casal teve 13 filhos que foram: Francisca de Paula (1755); João Fernandes (1756); Rita (1757); Joaquim (1759); Antônio Caetano (1761); Ana (1762); Helena (1763); Antônia (1764); Luísa (1765); Maria (1766); Quitéria Rita (1767); Mariana (1769); José Agostinho Fernandes (1770).
          Por não ser uma união permitida, filhos de brancos e escravas eram registrados sem o nome do pai, mas nesse caso, houve exceção. Todos os filhos de Chica da Silva com o Contratador foram batizados e registrados como filhos de João Fernandes de Oliveira. (na foto acima de Alexsandra Almeida, os fundos da casa de Chica da Silva e abaixo, um dos cômodos e mobiliário da casa)
            Chica da Silva faleceu 17 anos (1796) após a morte de João Fernandes. Sua influência na sociedade, mesmo com a partida de João Fernandes para Portugal (1771) e falecimento (1779)
, era tanta que foi sepultada no interior da Igreja de São Francisco de Assis em Diamantina, um privilégio quase que exclusivo de brancos ricos naquela época. (foto abaixo de Alexsandra Almeida)
          Hoje, o casarão em que viveu Chica da Silva virou um museu que conta a história da vida do casal e do casrão, sendo um dos mais visitados por turistas que vão à Diamantina. 

Conheça Rio Novo

(Por Arnaldo Silva) Em Minas Gerais encontramos verdadeiros tesouros. Cidades onde seus moradores se sentem parte integrada de sua arquitetura e em tudo que a cidade oferece. Cuidam e se orgulham da cidade onde vivem. Uma dessas cidades é Rio Novo, na Zona da Mata Mineira (na fotografia acima do Thelmo Lins). Com cerca de 8.500 habitantes, Rio Novo é uma típica e tradicional cidade do interior de Minas. Seu povo não foge à regra com o mais genuíno carisma da hospitalidade mineira.
          Rio Novo foi fundado em 13 de setembro1870 e faz divisa com os municípios de Tabuleiro, Guarani, Piau, Coronel Pacheco, Chácara, São João Nepomuceno e Descoberto. (acima foto de uma fotografia antiga de Rio Novo) É uma das sedes do Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco. Em Rio Novo está o terminal de passageiros e o pátio das aeronaves. Fica apenas 55 km de Juiz de Fora MG pela MG 353 e 297 km de Belo Horizonte, pela BR 040. 
          O que chama atenção na cidade é o cuidado de seus moradores para com seu patrimônio, principalmente na conservação de seu casario histórico, em estilo colonial e maior parte, no estilo eclético. A bela arquitetura das fachadas dos casarões e suas cores vivas encantam e impressionam os visitantes. (fotografia acima de Thelmo Lins) 
          O estilo eclético surgiu na Europa no fim do século XIX como transição da arquitetura predominante. Era a combinação de estilos diferentes como o clássico, barroco, medieval, renascentista e neoclássica, originando assim um novo estilo, tendo a França e Inglaterra, os maiores inspiradores para a difusão desse estilo pelo mundo. (na fotografia acima de Erick Almeida, vista parcial de Rio Novo MG. Imagem enviada por Mauro Célio/Prefeitura Municipal)
          Em Minas Gerais, esse estilo está presente em várias cidades, como Belo Horizonte. Rio Novo tem um rico acervo eclético, que lembra muito as pequenas cidades francesas do início do século passado, principalmente em sua principal praça. 
          A praça em questão é a Praça Prefeito Ronaldo Dutra Borges, o maior cartão de visitas da cidade. É uma verdadeira obra de arte! Uma das mais belas praças de Minas Gerais. A junção da beleza da praça com arquitetura eclética dos casarões impressiona. Difícil não admirar tamanha beleza. (fotografia acima e abaixo de Thelmo Lins)
          No município estão o Ribeirão Caranguejo e o Rio Novo, que dá nome à cidade, bem como cachoeiras, trilhas ótimas para cavalgadas e muita mata nativa de Mata Atlântica. A cachaça artesanal de Rio Novo é ótima, produzida em várias fazendas do município, que conta ainda com hotéis fazendas, proporcionando conforto e descanso para os hóspedes. Já na área urbana têm feiras de artesanatos, eventos religiosos e culturais durante o ano, principalmente no Carnaval. 
          A cidade promove um dos melhores carnavais da Zona da Mata, com desfile de escolas de samba e blocos caricatos. (a foto acima foi gentilmente enviada pelo Mauro Célio/Prefeitura de Rio Novo MG) Essa festa é tão importante na cidade, que o bloco do Zé Pereira, um dos mais antigos na região, é considerado Patrimônio Imaterial da cidade. (na fotografia abaixo, de autoria de Erick Almeida, vista parcial de Rio Novo, enviada por Mauro Célio/Prefeitura Municipal)
          Estar em Rio Novo é estar em um pouco de Minas. Cultura, tradição, história, beleza arquitetônica, paisagens, arte, artesanato, religiosidade, hospitalidade e principalmente, em uma cidade gostosa de viver e de visitar. A cidade é um encanto, um verdadeiro tesouro de Minas. 

terça-feira, 2 de julho de 2019

Se encante com Minas Gerais!

(Por Arnaldo Silva) Cultura, culinária, tradição, história, religiosidade, paisagens deslumbrantes e o povo mineiro em especial, fazem de Minas Gerais, um estado único no Brasil, com cidades acolhedoras, aconchegantes, ricas em cultura, tradição e belezas arquitetônicas.
          Começando pela charmosa e atraente cidade histórica de Catas Altas (na foto acima de Dener Ribeiro/@denercr), a 110 km de Belo Horizonte. Além de estar aos pés da Cordilheira do Espinhaço, tem em seu território, o Santuário do Caraça. A cidade se destaca ainda na produção de vinhos, desde o século XIX, em especial o vinho de jabuticaba. Cidade com um valioso patrimônio histórico e uma riquíssima culinária, típica mineira,  com receitas preservadas desde o século  XVIII.
          Como todos sabem, visita em Minas vai logo pra cozinha, a melhor parte da casa, então, vamos começar a matéria cozinha. Mineiro não economiza na comida, de jeito nenhum! É a nossa "marca". Nossa principal característica é tratar bem as visitas, oferecendo uma mesa farta. Você pode ir em 10 casas por dia de um mineiro, com certeza, não sairá de de nenhuma das casas, sem tomar um cafezinho e comer pelo menos uns biscoitos ou bolinhos de chuva. (fotografia acima de Marselha Rufino e abaixo, de Arnaldo Silva)
          E não adianta recusar. É desfeita das grandes recusar um doce, um cafezinho, uma quitanda ou um prato especial de nossa culinária. E tem pra todos os gostos e idades. A culinária de Minas conquista o mais exigente paladar. Basta experimentar, que irá se apaixonar. 
          Saindo da cozinha, nossas belezas naturais são impressionantes, como esta paisagem cênica acima, do Guilherme Augusto/@mikethor, em Andradas, no Sul de Minas. E também nossa espetacular arquitetura, principalmente em nossas cidades históricas, como Diamantina abaixo, na foto do Giselle Oliveira.
          Tanto nossas paisagens, quanto a arquitetura de nossas cidades são únicas, magníficas e esplêndidas! Em Minas está o maior acervo arquitetônico do Brasil, e o mais importante também. São cidades históricas e com muitas histórias pra contar, desde o período Colonial, Barroco, Imperial Brasileiro, passando pelos primórdios do século XX. Por toda Minas Gerais, você encontra história e cultura em nossas 853 cidades. 
          A cidade histórica mais famosa, é sem dúvidas, Ouro Preto, cidade Patrimônio Mundial desde 1980. (foto acima de @viniciusbarnabe) Temos também Diamantina, que também é Patrimônio Mundial desde 1999, bem como o Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial, em 1985. Temos Mariana, a primeira Capital de Minas Gerais, a cidade do Serro, Diamantina, Tiradentes, São João Del Rei, Prados, Sabará, Santana dos Montes, Pitangui, Catas Altas, Santa Bárbara, Caeté, Barão de Cocais, Santa Luzia, Conceição do Mato Dentro e outras dezenas de cidades mineiras que se destacam pela arquitetura barroca, eternizadas nos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e pelas pinturas emocionantes e impressionantes do Mestre Ataíde.
          Pra quem quer apenas relaxar, curtir a natureza, em Minas não falta lugar. Veja essa imagem acima do César Reis, feita em Santa Bárbara do Tugúrio, no Campo das Vertentes. Não é impressionante? E as cachoeiras? São milhares. Gosta de práticas meditativas? Conheça as cidades sagradas de Minas, segundo os místicos e esotéricos, são sete cidades e todas no Sul de Minas que são: São Tomé das Letras, Aiuruoca, São Lourenço, Pouso Alto, Itanhandu, Maria da Fé, Carmo de Minas e Conceição do Rio Verde. São cidades tranquilas, rodeadas por vasta natureza e ideais para meditação e contemplação. 
          Mas você gosta de curtir as flores e caminhar por campos de girassóis aqui tem. Seja no Triângulo Mineiro, no Sul de Minas, Zona da Mata, no Norte de Minas, ou na Região Central, encontrará belíssima plantações de girassóis. Temos também plantações de lavandas. Isso mesmo, lavandas em Minas. Em São Bento Abade, no Sul de Minas (na foto acima de Estúdio Quinas de Varginha MG), vizinha a São Tomé das Letras. Se gosta da beleza das cerejeiras, aqui tem também. Em Maria da Fé e outras cidades do Sul de Minas.
          Lugares para relaxar, aliviar as tensões, que as grandes cidades provocam, você encontra em Minas. Aqui tem o que você precisa, por exemplo, esse lugar ai (da foto acima, do Jefferson Souza), em Santo Hilário, distrito de Pimenta, no Oeste de Minas, uma das cidades banhadas pelo imenso Lago de Furnas. 
          Vir à Minas Gerais não é uma simples viagem. É vivenciar a plenitude da natureza, sentir a energia dos minerais que emanam de nossas terras e a energia boa que vem das montanhas mineiras. Só encontra aqui.
          Tem muita gente que vai à Capadócia, na Turquia, voar de balão. Nem precisa, aqui em Minas tem. Em São Lourenço, no Sul do Estado (na foto acima de Gislene Ras), voar em balão é uma aventura imperdível. Tem balonismo na Serra da Moeda, em Tiradentes, São Roque de Minas, Sete Lagoas e outras cidades mineiras. Se deseja uma aventura mais radical, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, está o melhor lugar do mundo para praticar voo livre. Voar de parapente na Serra da Moeda, pertinho de BH, é uma aventura e tanto. Tem ainda a Serra do Cipó, lugar perfeito para os amantes do trekking, canoagem e rapel.
          E nossas águas medicinais? Em todas as regiões tem. Em Felício dos Santos, no Vale do Jequitinhonha, tem águas quentes, de alto poder medicinal. As águas de Montezuma, no Norte de Minas, são famosas por suas propriedades medicinais, sem contar as águas sulfurosas e radioativas de Araxá, cidade considerada o maior spa de águas medicinais do país. Se for ao Sul de Minas vai se deliciar com as melhores águas medicinais do mundo. Lambari, (na foto acima de Luiz Carlos), Caxambu, Poços de Caldas, Caldas, Passa Quatro, São Lourenço, Baependi e tantas outras. As águas mineiras são destinos perfeitos para quem quer conforto, bem estar e saúde. 
          Eu particularmente gosto de fazendas e de lugares tranquilos. Veja essa imagem acima. É do Marcelo Santos, no Vale Encantado em Alto Caparaó MG, Zona da Mata. Faz jus ao nome.  É de encantar mesmo. 
          Pra quem ama a vida rural, fazendas que recebem visitantes em Minas, é o que não falta, principalmente as fazendas construídas no auge do Ciclo do Café. (na foto acima, de Themo Lins, a Fazenda Palestina, em Itapecerica, no Oeste de Minas) 
          No Sul de Minas, Região Central e Zona da Mata estão concentradas as grandes fazendas Minas, muitas delas recebem visitantes, como a Fazenda Santa Clara (na foto acima do André Duarte), em Santa Rita de Jacutinga e outras que viraram pousadas, como em Santana dos Montes, na Região Central. Por todo o Estado encontrará, fazendas, pousadas e hotéis fazendas e belos casarões coloniais (como este da foto abaixo, do Sérgio Mourão, da Fazenda da Vagem, em Nova Era, Vale do Aço. Na fazenda hoje funcionada um Centro Cultural).
          Não para descrever tudo que o Estado oferece em algumas palavras. Em cada região, em cada cidade mineira, tem um pouco de Minas, porque, como diz Guimarães Rosa: "Minas são muitas". Venha conhecer Minas Gerais! 

Queijo maturado com alecrim e eucalipto

(Por Arnaldo Silva) Que mineiro entende de queijo isso todos sabem há séculos, mas cada dia uma surpresa, graças ao dom natural do nosso povo para a culinária. No pequeno município de Alagoa, no Sul de Minas, um queijo de casca marrom, com miolo na cor amarelo claro e massa firme, faz sucesso. É o queijo defumado na fumaça.
          É produzido na Fazenda Bela Vista, onde é produzidos queijos de alta qualidade e sabor, sendo três queijos da fazenda premiados recentemente no concurso Mondial du Fromage em Tours, França com uma medalha de ouro e duas de bronze.
          O queijo é feito com leite cru integral, fermento lácteo, coalho líquido e sal. É defumado artesanalmente em tambores na própria fazenda, sendo um dos mais vendidos pelo seu sabor diferenciado. Segundo a produtora Thaylane Guedes "é a fumaça do fogo que dá o aroma de fumaça e também o tom marrom na coloração do queijo".
            A produtora destaca ainda que não é usado corante algum para dar a cor marrom no queijo. Somente fumaça das folhas e galhos do eucalipto e alecrim. 
          O queijo maturado na fumaça é um queijo para comer a qualquer hora do dia, mas umas das formas mais deliciosas de saboreá-lo é na churrasqueira, onde a casca do queijo dá uma “tostadinha” e por dentro ele derrete.
          O sabor é espetacular só provando para saber! 
Por Arnaldo Silva, com informações e fotos de Thaylane Guedes/@fazendabelavistaalagoamg

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Os impressionantes Cânions de Furnas

(Por Arnaldo Silva) Trinta e quatro cidades das regiões Oeste, Sul e Sudoeste de Minas Gerais são banhados pelo imenso Lago de Furnas, a maior extensão de águas de Minas Gerais e um dos maiores lagos artificiais do mundo com 5,4 mil de km2, o que equivale à metade do litoral brasileiro. 
          Por isso que o Lago de Furnas é conhecido como “Mar de Minas". Construída na década de 1960, a represa mudou a vida e história das cidades que tiveram suas terras inundadas. Em alguns casos, quase que cidades inteiras foram submersas pelas águas, sendo reconstruídas em outras áreas, como as cidades de Guapé e Capitólio (na foto abaixo de Júlio de Freitas/@julio_defreitas).
          Quando o nível da represa abaixa, as torres da antiga igreja matriz de Capitólio, que foi submersa, aparecem. Embora boa parte das terras férteis da região esteja debaixo d´água, a represa criou novas oportunidades de crescimento paras os municípios, favorecidos pelo turismo que desde a criação do Lago, vem crescendo ano a ano. Para muitas cidades banhadas pelo Lago de Furnas, o turismo é a maior fonte de renda. (fotografia acima de Lucília Miranda)
          Quando chegam as férias ou algum feriado prolongado, o que vem a mente é uma viagem a algum lugar paradisíaco, com toda infraestrutura necessária, com excelente gastronomia e hospedagem, além de paisagens de tirar o fôlego. Tem um lugar assim e não é em outro país. É no Brasil, em Minas Gerais. (foto acima de Marcelo Santos)
          Esse lugar é Capitólio, município banhado pelas águas do Lago de Furnas. Fica na região Oeste de Minas, a 288 km de Belo Horizonte e 450 km de São Paulo, via Rodovia dos Bandeirantes ou 480 km, via BR 050. (foto acima de autoria de Douglas Arouca)
          Suas paisagens são espetaculares, atraindo todos os dias, centenas de turistas à região. (fotografia acima de Douglas Arouca) Além da beleza do Lago de Furnas, cachoeiras, nascentes e lagoas de águas limpas e cristalinas, as trilhas são outros atrativos da região.
          A gastronomia local é outro atrativo imperdível oferecendo pratos típicos, principalmente os preparados com peixes de água doce como na foto acima, enviada pela Aline Marques do Cantinho de Minas - Chalés, Bar e Restaurante em São João Batista do Glória.
          A cidade oferece ótimas opções de passeios de barcos, chalanas, lanchas, além de possuírem excelentes hotéis e pousadas. O visitante tem à sua disposição diversos atrativos e opções, desde esportes radicais, a práticas meditativas em meio a uma vasta natureza. É só escolher. (fotografia acima de Marcelo Santos)
Os Cânions
          Capitólio é carinhosamente chamada de “Rainha dos Lagos” de Minas. A beleza que as águas de Furnas proporcionaram à paisagem local é impressionante. Destaque para os cânions, em São José da Barra, município que faz divisa com Capitólio, de onde saem as lanchas e escunas levando turistas para o local. (fotografia acima de Guilherme Augusto/@mikethor)
          As enormes fendas na rocha foram esculpidas pela natureza há milhões de anos, graças, principalmente pela ação da força erosiva dos rios. A beleza da arte da natureza levou milhões de anos e hoje podemos desfrutar dessas maravilhas naturais. 
          As águas de Furnas deram mais beleza aos cânions. A profundidade da água é de 30 metros. Os paredões tem altura em torno de 20 metros e proporcionam belezas impressionantes, com cascatas que forma poços de águas cristalinas, além de praias com areia branquíssima. Em torno dos cânions, paisagens de matas nativas são atrativos excepcionais. (fotografia acima de Jefferson Souza e abaixo de Marcelo Santos)
          É indescritível a emoção e alegria de estar entre as fendas dos cânions, podendo contemplar e vivenciar tanta beleza natural. É uma energia, uma paz, uma alegria na alma que é difícil de explicar. 

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Os espetáculos naturais do Vale do Peruaçu

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Peruaçu é uma unidade de conservação com 56.448,32 hectares, criado em 1999 com o objetivo de proteger uma dos maiores tesouros naturais do mundo. Está localizado a aproximadamente 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de de Minas. (foto acima de Eduardo Gomes, estalactites)
          Formado há milhões de anos, quando o Norte de Minas, Noroeste do Estado e parte da Região Central Mineira, estavam submersos por águas de um mar, é considerado um dos mais tesouros naturais do mundo. A ação da natureza privilegiou Minas Gerais com um com um vale formado por imensos paredões, matas nativas, fauna variada e 140 cavernas impressionantes.  A que mais impressiona é a Gruta do Janelão com 4,7 quilômetros de extensão e altura de 100 metros. No Janelão se encontra o maior estalactite do mundo atualmente, com 28 metros de comprimento. 
          Por todo o Vale do Peruaçu existem mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres em paredões, com destaque para o "Santuário", um paredão com mais de 3 mil desenhos rústicos, com aproximadamente 12 mil anos. (fotografia acima de Tom Alves/tomalves.com.br)
         Por sua importância natural para não só para o Brasil, mas para o mundo, o Vale do Peruaçu é um dos candidatos a Patrimônio Natural da Humanidade e visa a obtenção dessa certificação pela Unesco.
          Todo o entorno do Vale é rodeado por uma exuberante vegetação nativa abrigando uma diversidade enorme de nossa fauna como cachorro-vinagre, tamanduá, veado, anta, onça-pintada, diversas espécies de pássaros e outros animais. (foto acima de Eduardo Gomes, mostra as pinturas rupestres nos paredões do Vale) 
VISITAÇÃO PÚBLICA
          Além das pinturas rupestres, no Vale tem mais atrativos como a Trilha do Rezar, Lapa Bonita, Lapa do Rezar e a Dolina dos Macacos. (na fotografia acima de Manoel Freitas)  Esse tesouro natural é aberto à visitação pública e com entrada gratuita. Mas pessoas ou grupos só podem circular por dentro do Vale acompanhadas por um guia especializado e autorizado pela administração. 
          Para fazer esse serviço de acompanhamento, o guia cobra um valor por pessoa ou por grupo de pessoas. O preço varia de acordo com as trilhas a serem percorridas.  Quem quiser visitar o Vale do Peruaçu, terá que agendar a visita entrando em contato com o ICMBio em Januária, pelo telefone (38) 3623-1038, ou pelo e-mail cavernas.peruacu@icmbio.gov.br (fotografia acima de Eduardo Gomes)
          As cidades de Januária e Itacarambi (na foto acima, de Manoel Freitas, pôr do sol no Rio São Francisco visto de Itacarambi), tem ótima estrutura para receber os visitantes, com pousadas e hotéis muito bons que oferecem um atendimento personalizado, já que tem apoio do Sebrae que ministra cursos de capacitação para donos e guias, com o objetivo de facilitar o atendimento dos turistas. 

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