Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

Mostrando postagens com marcador Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Conquista: um cantinho da Itália em Minas

(Por Arnaldo Silva) Conquista, cidade com apenas 6.694 habitantes, segundo Censo do IBGE/2022, localiza-se no Triângulo Mineiro. A cidade tem fortes raízes na cultura italiana e portuguesa, graças a imigração desses povos nos séculos XIX e início do século XX. Conquista faz limites territoriais com Uberaba e Sacramento em Minas e Delta, Rifaina e Igarapava em São Paulo. Está a 486 km de Belo Horizonte.
          A presença da cultura portuguesa e italiana na cidade pode ser observada na organização, na força de trabalho, nas construções típicas da Itália e Portugal, na culinária e cultura. Os descendentes de italianos predominam em Conquista, por isso a cidade é conhecida como “um cantinho da Itália em Minas”. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade, o pórtico em estilo Greco-romano de Conquista MG)
Breve História
          Em século XIX, suas terras férteis e água em abundância atraíram exploradores vindos de outras regiões de Minas, de outros estados brasileiros e também, de portugueses e italianos e construção da estrada de ferro Mogiana. Um desses exploradores foi o português Manuel Bernardes Nazianzeno da Silveira, que recebeu terras que posteriormente, passou por vários donos, até chegar às mãos do coronel Francisco Meireles do Carmo em 1888. Na fazenda, o coronel criou um armazém, tendo como clientela os trabalhadores da estrada de ferro.
          
A ferrovia trouxe mais desenvolvimento à região. No entorno do armazém, um povoado foi se formando até se tornar distrito em 1892, subordinado ao município de Sacramento MG. Com o crescimento do distrito, em 1894, doutor Crispiano Tavares, baiano de Ilhéus, fez a planta, demarcação e traçados do distrito. No ano de 1911, é elevado à vila e em 10 de setembro de 1925, à cidade emancipada. (fotografia acima de Luís Leite)
A terra de Janete Clair
          Cidade pacata, tranquila, de gente hospitaleira e trabalhadora, é dotada de belezas naturais exuberantes, com rios e cachoeiras de águas limpas e cristalinas, casario bem preservado e colorido, praças bem cuidadas, ruas limpas e arborizadas e terra de gente ilustre. Foi em Conquista que nasceu Janete Clair (Conquista, 25/04/1925 – Rio de Janeiro, 16/11/1983), autora de várias telenovelas de sucesso entre os anos 1960 e 1970 como Irmãos Coragem, Selva de Pedra, Pecado Capital, O Astro, Pai Herói, dentre outras. (nas fotos acima de Elpídio Justino de Andrade, alguns casarões da cidade)
Berço do Espiritismo rural no Brasil
          Além disso, a cidade é o berço rural do espiritismo Kardecista no Brasil. Foi em Conquista, na época distrito de Sacramento, que o médium Mariano da Cunha, tratado como “Tio Sinhô Mariano”, fundou em 28 de agosto de 1900, na Fazenda Santa Maria, o Centro Espírita Fé e Amor, o primeiro centro espírita rural do Brasil. (na foto acima acima do Luís Leite, detalhes da Fazenda Santa Maria)
          Seu trabalho foi continuado pelo educador, político, jornalista e médium brasileiro, Eurípedes Barsanulfo. O médium Chico Xavier, que morava na vizinha Uberaba, disse várias vezes que a região é dotada de “boa energias” e grande elevação espiritual.
Economia
          Sua economia é formada por pequenos comércios, setor de prestação de serviços e agricultura, que é a principal atividade econômica do município. 
          O turismo é um dos segmentos que vem crescendo muito em Conquista, graças a sua localização e belezas naturais, que atraem amantes de esportes radicais e da própria natureza em si. A cidade conta com boa estrutura em hospedagens e uma diversificada e excelente gastronomia com pratos típicos mineiros, portugueses e italianos. (fotografia acima de Arnaldo Silva)
Pontos turísticos de Conquista
          Conquista é um município dotado de belezas naturais com rios e cachoeiras belíssimas como a Cachoeira da Santa Maria que possui duas quedas de cerca de 12 metros de altura cada uma.
          Não apenas isso. Conquista conta com uma ótima estrutura urbana e oferece uma boa qualidade de vida a seus moradores e ótimas estadias aos visitantes e turistas. Casario charmoso, bem cuidado, com arquitetura que lembra sua origem portuguesa, italiana e barroca mineira. (fotografia acima de Luís Leite)
          Na cidade temos belas e bem cuidadas praças e também o Cristo Redentor e sua bela cascata artificial, logo na entrada da cidade. (na foto acima de Luís Leite)
          Quem gosta de história, principalmente aprender sobre a origem da cidade, pode visitar o Museu Corina Novelino e o Museu Histórico Corália Venites Maluf.
          Tem ainda pontos urbanos interessantes da cidade de Sacramento, apenas 22 km de Conquista, como por exemplo a antiga Estação dos Bondes, o Colégio Allam Kardec, a Gruta dos Palhares, Rota do Mergulho e o Maritaca Expeditions, além do Porto Felício, às margens do Rio Grande e o prazer de conhecer e saborear os famosos queijos de Conquista e Sacramento MG. A produção queijeira dessas duas cidades são de primeira, premiados em concursos regionais, nacionais e internacionais. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          É a Matriz de Nossa Senhora de Lourdes e a praça em frente à igreja com belíssimos jardins, uma gruta com uma cascata de água corrente e uma fonte de água dedicada à Nossa Senhora de Lourdes. É o ponto turístico mais visitado da cidade. (fotografia acima de Juscelena Inácio e abaixo, do Elpídio Justino, o coreto com a fonte)
          Concluída em 1927, a Igreja é considerada uma das mais belas da Arquidiocese de Uberaba.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Terra de Gigantes de Uberaba é reconhecido pela Unesco

(Por Arnaldo Silva) No dia 27/03/2024, em Paris, na França, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) concedeu o título de Geoparque a Uberaba MG, no Triângulo Mineiro. Com o reconhecimento internacional, o Geoparque Uberaba, com o nome de “Terra de Gigantes”, se torna o primeiro patrimônio geológico de Minas Gerais, reconhecido pela Unesco e o primeiro da Região Sudeste.
Geoparques no mundo e no Brasil
          São 195 geoparques, em 48 países, reconhecidos até o momento pela Unesco. No Brasil, agora com o Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes, são 6. O primeiro geoparque reconhecido no Brasil foi o Geoparque Araripe (CE), em 2006; seguido pelo Geoparque Seridó (RN), e Caminhos dos Cânions do Sul, do litoral de Torres (RS) até a Serra Catarinense, em 2022; e, em 2023, Caçapava do Sul e Quarta Colônia, ambos no Rio Grande do Sul.
As Minas Gerais patrimônio do mundo
          O Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes, integra agora a lista dos sítios de Minas Gerais reconhecidos como Patrimônios da Humanidade, juntando-se a Ouro Preto, na Região Central, que recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco em 1980; o conjunto da Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas MG, Região Central, reconhecido em 1985; o Centro Histórico de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, reconhecido em 1999; a Serra do Espinhaço, reconhecido pela Unesco como Reserva da Biosfera em 2005 e o Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, em 2016. (nas fotos acima de Luís Leite, o Parque dos Dinossauros em Peirópolis, distrito de Uberaba)
Que são geoparques?
          Geoparques são áreas geográficas, sem igual em outros lugares e unificadas, com grande relevância geológica internacional. Com o reconhecimento da Unesco, essas áreas denominas geoparques passam a ser gerenciadas com um conceito holístico de proteção, preservação, educação e desenvolvimento de forma sustentável, uma região e toda sua identidade.
Projeto iniciado em 2010
          Para fazer o inventário, uma equipe formada por pelos pesquisadores e cientistas Luiz Carlos Borges Ribeiro, Gyzah Amui Barros, Paula Cusinato, Gustavo Vaz Silva, Laís Lima Brandespim Gomes, Marcius Marques Mendes, Fabrício Aníbal Corradini, Josenilson Bernardo da Silva, Stela Mariana de Morais, Lúcia Cruvinel Lacerda e Maria Aparecida Basílio, que prepararam todo o dossiê para ser entregue a Unesco.
          O projeto foi idealizado e liderado pelo geólogo Luiz Carlos, foram 14 anos de trabalho, com muita dedicação e empenho, desde 2010. A partir de 2017, o estudo contou com a parceria da Prefeitura de Uberaba, a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), o Sebrae e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
          O Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes possui 4.540,51 km² de área, de acordo com inventário apresentado à Unesco. São 30 sítios paleontológicos, com achados de fósseis da era dos dinossauros, de grandes valores históricos e culturais, incluindo o Museu dos Dinossauros em Peirópolis, distrito de Uberaba MG, onde encontra-se fósseis do “Uberabatitan Ribeiroi” e várias coleções cientificas. (na foto acima do Duva Brunelli, o interior do Museu dos Dinossauros de Peirópolis)
Uberaba MG
          Conhecida internacionalmente como a Capital Mundial do Gado Zebu e a cidade que revelou ao mundo o médium espírita Chico Xavier (1910-2002), Uberaba se torna agora conhecida no mundo como a terra dos dinossauros, atraindo com isso turistas e estudiosos à cidade mineira.
          Uberaba é uma cidade que prioriza o seu crescimento econômico e científico, preservando sua história, seu patrimônio cultural e natural. Por esse motivo, projeta-se na cidade, a construção de 3 rotas turísticas referentes a “terra de gigantes”, com foco no patrimônio geológico, histórico e cultural de Uberaba, como exemplo, construções do século XIX e início do século XX, como antigas fábricas, igrejas e casarões coloniais, além de suas belezas naturais. (nas fotos acima de Luís Leite, algumas igrejas de Uberaba MG: Igreja de Santa Rita, Igreja das Dores, Igreja de São Domingos e a Catedral)
Orgulho para Minas
          Com o reconhecimento de Uberaba, como geoparque, pela Unesco, tornará Minas Gerais mais conhecida no mundo, atraindo com isso o aumento do turismo nacional e internacional, como consequência, maiores investimentos públicos na cidade e aquecimento da economia do município.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

O Marco Zero de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Carneirinho está a 823 km de Belo Horizonte e a 728 km de Brasília. O município conta com 9.442 habitantes, segundo Censo do IBGE em 2022. Faz limites territoriais com os municípios de Itajá em Goiás, Limeira do Oeste, Mesópolis, Santa Albertina, Populina e Santa Rita d`Oeste em São Paulo e Aparecida do Taboado e Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, além de Iturama em Minas Gerais. Carneirinho é o único município mineiro faz limite territorial com o Mato Grosso do Sul.
          Carneirinho é um município jovem, tendo sido emancipado em 27 de abril de 1992. É formado pela sede e pelos distritos de Estrela da Barra, São Sebastião do Pontal e Fátima do Pontal, além das vilas rurais de Gracilândia e Aparecida do Paranaíba, o popular, Barbosa.
          O município encontra-se em uma localização privilegiada entre os rios Grande, Paranaíba e rio Paraná, além de estar ligada a Iturama MG e Paranaíba MS pela BR-497 e ligação com Limeira d´Oeste SP, através de estradas municipais. Além disso, pequenos portos hidroviários ligam o distrito de Estrela da Barra à Santa Albertina/SP e Fátima do Pontal ao município de Santa Clara d´Oeste/SP. (foto acima de Duva Brunelli)
          Como cidade mineira do interior, as belezas naturais e as festas religiosas são destaque. (Fotos acima do Elpídio Justino de Andrade e abaixo de Duva Brunelli)
          Em Carneirinho, além da beleza naturais dos rios Grande, Paranaíba e Paraná, o Aquário Municipal, a Paróquia São João Batista, grupos folclóricos como de Catira e Folias de Reis, o Carnaval de Rua, a Primavera Country, o Baile de Aleluia, a Expocar, a Quermesse da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, o Museu da Cultura e História Professor Honório de Souza Carneiro, bem como o Grandes Lagos Resort & Parque Aquáticos, são seus principais atrativos. 
O Marco Zero
Imagem fonte: mapio.net
          Além desses atrativos, sem dúvida alguma, o Marco Zero de Minas é o principal atrativo do município, localizado no distrito de Fátima do Pontal.
          O Marco Zero, em forma triangular com o nome dos 3 estados de divisa, foi posto no exato ponto da divisa de Minas Gerais com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para ser mais preciso, este marco está na exata pontinha da ponta do “nariz” de Minas.
          É no Marco Zero que podemos presenciar o encontro do Rio Grande, Rio Paranaíba e Rio Paraná, como podem conferir na imagem acima, um espetáculo de beleza fascinante, além de nos permitir contemplar o começo territorial de Minas Gerais, como vemos no mapa nosso Estado. (na foto acima, o Elpídio Justino no Marco Zero)
          Marco Zero é o nome que se dá ao local de fundação de uma cidade ou o começo de uma região, no caso do marco zero em Carneirinho MG, marca o início territorial de Minas Gerais.
          O acesso ao Marco Zero não é fácil. É feito basicamente por barco. Por terra o melhor caminho é por São Paulo. Por estar em uma propriedade particular, requer autorização expressa do proprietário e o visitante deve estar ciente que geralmente não aceitam a entrada de pessoa estranhas. Peça autorização antes.
          Estando em Carneirinho ou qualquer cidade da divisa, tanto em SP, quanto no MS, pode requerer serviços e informações de donos de embarcações ou mesmo, na secretaria de Cultura de Carneirinho sobre o pontal e a história de Carneirinho e região. 

sábado, 1 de outubro de 2022

Patos de Minas: agronegócio, estrutura e turismo

(Por Arnaldo Silva) Patos de Minas é uma das mais importantes cidades mineiras. Município de solo riquíssimo e fértil, conta com uma a agricultura bastante diversificada, com culturas variadas como do café, cana-de-açúcar, mandioca, tomate mesa, feijão, maracujá, sorgo, soja, eucalipto e principalmente milho, além do município ser um dos destaques nacionais na pecuária leiteira.
          Segundo o IBGE, Patos de Minas é a segunda maior bacia leiteira do Brasil e a maior de Minas Gerais, produzindo uma média de 200 milhões de litros de leite por ano. Em cidades das regiões Norte de Minas, Noroeste e Alto Paranaíba, concentram reservas de gás natural a serem exploradas no futuro. Em Patos de Minas já foram identificados poços de gás natural. (na foto acima de @dronemoc, vista parcial de Patos de Minas)
          Patos de Minas faz parte do Planalto Central, no Cerrado Mineiro, na Região do Alto Paranaíba. Faz divisa com Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Presidente Olegário, Serra do Salitre, Tiros e Varjão de Minas.
          O município, distante 415 km da capital, conta atualmente com cerca de 155 mil habitantes. É formado, pelos distritos de Santana dos Patos (na foto acima de Maurício Soares), Chumbo, Bom Sucesso de Patos , Major Porto, Pindaíbas, Pilar e Alagoas.
Origem
          Patos de Minas tem origens em 1828, no século XIX, com a formação de um povoado em torno de uma capela dedicada a Santo Antônio, nas proximidades de uma lagoa. Denominado inicialmente de Santo Antônio da Beira do Rio Paranaíba, foi elevado a distrito em 1842, subordinado a Patrocínio MG. Tornou-se vila independente em 1866, instalada dois anos depois, em 1868, data oficial da fundação do município.
          Nessa época, teve o nome simplificado para Santo Antônio dos Patos. Por fim, elevado a cidade emancipada em 24 de maio de 1892 com o nome reduzido para simplesmente, Patos. O nome é devido a grande quantidade de patos nativos que habitavam as lagoas da região.
          Por existir no Brasil, na Paraíba, uma cidade com o nome de Patos, desde 1788, portanto, mais antiga que a cidade mineira, a cidade mineira recebeu o acréscimo de “de Minas”, apenas para diferenciar as duas cidades, passando a se chamar Patos de Minas.
Colonos gaúchos
            Na década de 1970, o desenvolvimento de Patos de Minas teve a contribuição de agricultores gaúchos, que vieram para a região e formaram colônias. Vieram para trabalhar nas terras férteis e ainda pouco explorados do Cerrado do Alto Paranaíba. (fotografia acima de Marcos Pieroni)
          Por terem origens em gerações de agricultores alemães e italianos, experiências e conhecimentos na lida com a terra, os colonos gaúchos contribuíram em muito para a diversificação e desenvolvimento e diversificação da agricultura e pecuária da cidade.
Estrutura urbana e o agronegócio
          Cidade com excelente estrutura urbana, desenvolvida e atraente, oferece boa qualidade de vida a seus moradores. Conta com um setor de prestação de serviços diversificado e eficiente, diversos segmentos comerciais e industriais, com destaque para a indústria de leite e derivados, carne suína e derivados, sementes, adubos e defensivos agrícolas e alimentos enlatados.
          Patos de Minas está na 20° posição no ranking do último Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Seu IDHM é de 0,765, estando entre os 20 melhores municípios mineiros para se viver. (na foto acima de @dronemoc, a Rodoviária da cidade)
          Por sua forte influência na agricultura e ser um polo do agronegócio, a cidade sedia um Centro Integrado de Abastecimento (Ceasa Regional) que atende 25 municípios do Alto Paranaíba e Noroeste de Minas além de exportar alimentos para vários países.
          Além de ser a maior bacia leiteira de Minas Gerais e uma das maiores do Brasil, Patos de Minas se destaca no país pela produção de milho desde a década de 1950. A partir de 1958, a cidade passou a organizar a tradicional Festa Nacional do Milho, evento de grande importância para o calendário do agronegócio no Brasil.
Dia do Milho 
          O milho é tão importante e tradicional em Patos de Minas que a cidade foi elevada a Capital Nacional do Milho, oficialmente, através de decreto presidencial. O Dia Nacional do Milho no Brasil é 24 de maio, por decreto-lei, devido ser esse dia, o aniversário de Patos de Minas.
O que fazer em Patos de Minas?
          Um dos destaques da cidade é sem dúvida a Festa Nacional do Milho que atrai milhares de turistas à cidade. Realizada anualmente entre maio e junho, a festa conta com shows, desfiles, festivais gastronômicos, feiras de gado e máquinas, além claro, do milho e tudo que é produzido a base desse cereal. Mas a cidade tem mais que isso a oferecer. (na foto acima do Thiago José da Silva, vista noturna de Patos de Minas)
          Patos de Minas faz parte do Circuito Turístico Tropeiros de Minas onde o turista pode conhecer e apreciar o estilo de vida tropeiro pela zona rural dos munícipios do circuito, bem como conhecer fazendas centenárias e tradicionais, além da típica gastronomia mineira do interior.
          Além disso, a cidade tem como atrativos um rico e variado artesanato, festas culturais, religiosas e folclóricas durante o ano, o Central Shopping, o Centro de Convenções e Eventos, o Parque do Mocambo, a Lagoa Grande, o Teatro Municipal, o Mercado Municipal, o Parque de Exposições, o Clube Caiçaras, a Igreja do Rosário, o Conservatório Municipal, o Estádio Zama Maciel, o Memorial Casa da Cultura do Milho, a belíssima Catedral de Santo Antônio (em destaque, acima na foto do @dronemoc) 
          Além disso, Patos de Minas conta com ótima rede hoteleira e gastronômica bem estruturadas, principalmente para o turismo de negócios além de padarias, lanchonetes, sorveterias e bares em vários estilos, belas praças e locais públicos e privados para eventos e festividades.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Romaria de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja

(Por Arnaldo Silva) Água Suja, Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e por fim, Romaria, é um dos maiores destinos religiosos de Minas Gerais. A fé em Nossa Senhora da Abadia movimenta a pequena cidade do Triângulo Mineiro, bem como toda região, no mês de agosto, quando acontece a festa em louvor à assunção de Maria ao céu, segundo a crença Católica. (na fotografia abaixo do Carlos Magno Foureaux, o Santuário de N. S. da Abadia de Água Suja)
A cidade
          A cidade de Romaria fica no Triângulo Mineiro e conta atualmente com pouco mais de 3.500 habitantes. O município está a 490 km de Belo Horizonte, a 163 km de Araxá, a 87 km de Araguari e a 86 km de Uberlândia. Faz divisa com Estrela do Sul, Iraí de Minas e Monte Carmelo.
         Sua economia tem como base a agricultura, como do café e soja, a pecuária de corte e leiteira, a agricultura familiar, pequenas indústrias e o turismo religioso. A cidade conta com uma boa estrutura urbana, com acesso fácil às grandes cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, bem como um comércio variado, pousadas e restaurantes com culinária típica e um setor de serviços de bom nível. (na fotografia acima de Jorge Nelson, a Igreja de Nossa Senhora da Abadia)
O povoado de Água Suja
          A povoação do que é hoje a cidade de Romaria teve início a partir de 1867, no século XIX, com a descoberta de jazidas de diamantes no leito de um córrego, de águas barrentas, por isso chamado de Água Suja, afluente do Rio Bagagem.
          Com a descobertas de diamante no córrego de Água Suja, garimpeiros de Estrela do Sul, que trabalhavam na extração do mineral nessa cidade, se mudaram para o local para explorar as novas jazidas.
         Às margens desse córrego, foi formando um povoado que passou a ser conhecido pelo nome Água Suja, em alusão ao nome do córrego.
Elevação à cidade emancipada
          Em 19/07/1872, a vila de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja foi elevada a distrito, subordinado a Monte Carmelo. O distrito passou a ser um local de fé, peregrinação e romaria à Nossa Senhora da Abadia, passando a se chamar, a partir de 17/12/1938, de Romaria.
          Em 30 de dezembro de 1962, o distrito de Romaria é elevado por lei à cidade emancipada, instalado em 1 de março de 1963, mantendo o nome de Romaria. O aniversário e festejos de emancipação do município é comemorado em 1 de março.
A padroeira
          Nossa Senhora da Abadia, é padroeira da cidade e também, padroeira da Arquidiocese de Uberaba, na qual Romaria MG está subordinada
          A cidade é bem tranquila, pacata e seu povo simples, trabalhador, hospitaleiro e acolhedor. A cidade tem origem na devoção à Nossa Senhora da Abadia.
          A devoção à santa católica está presente em Minas Gerais, principalmente nas cidades do Triângulo Mineiro, Patos de Minas, no Alto Paranaíba e Martinho Campos e Iguatama, no Centro Oeste Mineiro, além do Mato Grosso do sul, Tocantins, São Paulo e Goiás, onde a tradição, presente desde os tempos do Império, se expandiu para Minas Gerais e São Paulo. (na fotografia acima do Deocleciano Mundim, dia de peregrinação no Santuário da Abadia em Romaria MG)
A origem do nome Nossa Senhora da Abadia
          É uma das várias denominações dadas ao longo da cristandade à Maria, mãe de Jesus. A devoção à Nossa Senhora da Abadia é milenar.
          Tem origem em Portugal, no século IX. A denominação tem origem na abadia do Mosteiro de Bouro, na região de portuguesa de Braga, no ano de 883.
          Uma abadia é uma comunidade de religiosos que tem como superior, um abade. Nesta abadia em Portugal a imagem de Mãe de Jesus era guardada e venerada, por isso o nome, Nossa Senhora da Abadia.
          A partir da imagem existente no Mosteiro de Bouro, a fé em Nossa Senhora da Abadia se expandiu por Portugal, surgindo templos e imagens da santa, semelhantes à original, da abadia.
          Na imagem, Nossa Senhora está em pé, vestida com túnica, ornada com flores, uma coroa de rainha na cabeça, segurando o Menino Jesus coroado, em seu colo e um cetro de rainha, com sua mão direita. É a simbologia do mistério da Assunção da Mãe de Jesus ao céu, que se deu, segundo a tradição da Igreja Católica, no dia 15 de agosto. (na fotografia acima do Jorge Nelson, fieis em oração no Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja em Romaria MG)
A origem da devoção em Minas Gerais
          Os garimpeiros que vieram de Estrela do Sul, tinham forte devoção à Nossa Senhora da Abadia, introduzido no Brasil pelos portugueses, durante o período imperial.
          Para agradecerem ou fazerem pedidos à santa, o santuário mais próximo na região era em Muquém, distrito de Niquelândia, em Goiás. A distância dificultava a peregrinação à ermida de Muquém, mesmo assim, os devotos de Nossa Senhora da Abadia participavam da romaria anual ao local.
Construção da capela
          Com o crescimento do povoado e a longa distância percorrida até Goiás para louvar à Nossa Senhora da Abadia, os moradores de Água Suja decidiram construir uma capela dedicada à santa de sua devoção.
          Conseguiram a autorização de Dom Joaquim Gonçalves, bispo de Goiás e em 1870, deram início a construção do pequeno templo com o altar tendo ao centro, a imagem de Nossa Senhora da Abadia, que veio de Portugal de navio pelas mãos de Custódia da Costa Guimarães, viajante português.
          Após desembarcar no porto do Rio de Janeiro, o viajante seguiu com a imagem no lombo de cavalos até Barra do Piraí/RJ, seguindo a viagem por trem. Onde não passava trem, fazia-se baldeação em carro de bois, até chegar seu destino, no Triângulo Mineiro. A chegada da imagem da santa à Água Suja, foi recebida com enorme entusiasmo pelos moradores locais, em seguida, consagrada e colocada no altar-mor da capela.
          Com o passar do tempo e crescimento do povoado, a pequena capela deu lugar a outra maior, mas mesmo assim, ainda pequena para o crescente número de fiéis, que a cada ano aumentava, em milhares.
Um novo santuário
          Isso porque peregrinos da região do Triângulo Mineiro e São Paulo, que iam à Muquém em Goiás pagar ou fazerem promessas, passaram a fazer romaria para Água Suja. Com o aumento da peregrinação, o local passou a ser chamado pelos peregrinos de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja em alusão ao nome do vilarejo. Eram tantos, que o santuário já não comportava a presença de tanta gente. (na fotografia acima do Jorge Nelson, o interior do Santuário de N. S. da Abadia de Água Suja em Romaria MG)
          O enorme crescimento do número de romeiros motivou o então vigário de Água Suja, Padre Eustáquio Van Lishout (natural de Aarle-Rixtel/Holanda em 3/11/1890 – falecido em Belo Horizonte em 30/08/1943 e beatificado em 15/06/2006) a construir um novo santuário, maior, mais espaçoso e em condições de atender o crescente número de romeiros. O novo templo foi iniciado em 1926 e concluído totalmente em 1975. (na foto acima do Carlos Magno Foureaux, foto da foto do Padre Eustáquio durante as obras da Igreja da Abadia)
          A grandiosa e imponente igreja idealizada pelo Padre Eustáquio foi erguida usando a pedra Tapiocanga, tradicional na região do Triângulo Mineiro, muito usada em construções e esculturas, devido sua facilidade em ser esculpida. 
          Esse tipo de pedra tem a coloração vermelha natural, devido à alta concentração de ferro em sua composição mineral. O Interior do santuário é revestido, mas no seu exterior, não. É a pedra em sua cor natural. Não tem pintura.
A Festa de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja
 
          A tradicional festa, realizada há mais de 150 anos, tem início no dia 6 de agosto e se estende até o dia 15. Nesse período, a cidade se mobiliza para organizar os festejos, preparando a igreja, para receber os fiéis, com decoração, barracas com produtos religiosos e culinária típica. (na fotografia acima do Deocleciano Mundim, fiéis concentrados em frente ao santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, em Romaria MG)
         As Congadas e Folia de Reis são também tradição na cidade, bem como a Cavalhada de São Benedito, que acontece em junho.
          Todos os anos, dezenas de milhares de fiéis comparecem à Romaria MG para celebrar, agradecer, pedir ou mesmo, participar da tradicional festa. Os romeiros vêm a pé, a cavalo, de bicicleta, carro, em carros de bois e de ônibus, de várias cidades mineiras e inclusive, de outros estados.
          É a maior festa católica do Triângulo Mineiro e uma das mais importantes de Minas Gerais. Durante os dias de festa, estima-se uma média de 40 a 50 mil peregrinos presentes, com esse número chegando a quadruplicar no último dia da festa, 15 de agosto. (na fotografia abaixo de Jorge Nelson, a entrada da cidade de Romaria)
          A Festa de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja em Romaria MG, é uma das maiores demonstrações da fé e religiosidade mineira. Uma tradição que nasceu no coração dos fiéis e se solidificou pela fé, coragem, persistência e gratidão, ao longo de mais de 150 anos.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O Museu dos Dinossauros em Peirópolis

(Por Arnaldo Silva) Distrito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Peirópolis, está localizado às margens da rodovia BR-262, a 20 km do centro da cidade. 
          No início do século XX, o distrito se destacava pela produção de calcário, o que trouxe várias pessoas para a região. Na época, o Triângulo Mineiro era ligado por trilhos pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, que chegou a Uberaba em 1889. Com a estrada de ferro, foi criada uma pequena estação em Cambará, entre Conquista MG e Uberaba, inaugurada em 1924.
          Entre as pessoas que foram atraídas pelo calcário, estava Frederico Peiró, um imigrante espanhol que chegou ao local em 1911, montando em seguida duas fábricas de cal virgem. A atividade de Peiró se tornou conhecida, abrindo novos mercados e tornando a região de Cambará muito conhecida, graças ao fácil acesso e escoamento da produção pelos trilhos da Mogiana. (fotografia acima e abaixo de Luís Leite)
          Com a popularidade da produção de cal virgem e do espanhol, o nome do povoado passou a ser associado ao de Frederico Peiró, popularmente chamado de cidade do Peiró ou Peirópolis (polis= cidade). Assim, a estação de Cambará, bem como o distrito, foi oficialmente chamado de Peirópolis.
          Com a desativação da linha férrea em 1976, o calcário continuou sendo extraído na região, não sendo hoje a atividade de destaque do distrito. Peirópolis se destaca hoje pelo turismo.
          Com as escavações na região para a retirada do calcário e retificações de obras da Companhia Mogiana, a partir da década de 1940, foram sendo encontrados fósseis de animais pré-históricos. (fotografia acima de Luís Leite)
          A descoberta atraiu para a região paleontólogos, como o gaúcho Llewellyn Ivor Price (1905-1980), considerado o pai da paleontologia brasileira Ivor Price chegou em Peirópolis em 1947, ficando até 1974. 
          O paleontólogo e seus assistentes fizeram fizeram escavações entre 1949 e 1961, encontrando e recuperando centenas de ossos fossilizados do período Cretáceo Superior (100 a 65 milhões de anos atrás), principalmente de titanossauros. (foto abaixo de Cris Ferreira/@paisagenscsf)
          O paleontólogo viveu em Peirópolis até 1974. Ao longo desse tempo foi formando um rico acervo de fósseis que hoje integra a coleção do Museu de Ciências da Terra do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no Rio de Janeiro.
          Em 1991, a antiga estação de trem foi restaurada e em seu entorno foi instalado um Complexo Científico Cultural com nome o Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, popularmente chamado de Museus dos Dinossauros de Peirópolis. (fotografia acima e abaixo de Luís Leite)
          No museu há um laboratório de preparação de fósseis e um museu paleontológico que conta com fósseis e painéis com cenários com a história dos animais e vegetais que habitaram a região de Uberaba há milhões de anos. Tem ainda um parque com réplicas de dinossauros e algumas residências que foram construídas em seu entorno para os pesquisadores.
          No Museu dos Dinossauros, além de fósseis e história dos dinossauros, tem como destaque:
- O esqueleto fossilizado do crocodilomorfo do Cretáceo Superior Uberabasuchus terrificus – descoberto na região no ano 2000 e um dos mais completos do tipo já encontrado no mundo – exposto no museu ao lado de uma réplica do animal. (fotografia acima de Luís Leite)
- O Uberabasuchus terrificus - pertence a uma família de crocodilomorfos denominada Peirosauridae em homenagem a Peirópolis. Estima-se que ele media aproximadamente 2,5 metros de comprimento e pesava cerca de 300 kg.
- O Uberabatitan ribeiroi -  encontrado em 2004, na Serra do Galga entre Uberaba e Uberlândia, durante escavações para duplicação da BR-050.
Localização e horários de funcionamento
          
Horário de visitação: terça a sexta das 08h às 17h e sábado, domingo e feriados das 08h às 18h.No período de janeiro (férias) o Museu também está aberto às segundas-feiras.
          Em Peirópolis, o visitante encontra pousadas, restaurantes e lanchonetes.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Os girassóis do Triângulo Mineiro

(Por Arnaldo Silva) Dificilmente alguém não para admirar os girassóis floridos no Triângulo Mineiro. Os girassóis fascinam, simplesmente fascinam por sua beleza. A planta tem origem no México, na América Central. Sua  florada começa no fim do verão e se estende até agosto. A florada dura em média, 45 dias. Nessa época do ano, é comum pessoas que passam pela BR 050 e BR 452, no Triângulo Mineiro, entre Uberaba e Uberlândia, pararem para registrar e se fotografar em meio aos milhares de girassóis que chegam até metros de altura.
          Em Uberaba,  os campos de girassóis pertencem à empresa Alta Genétics na Rodovia BR 050, KM 164 podendo ser visitados entre abril e maio, durante a Expozebu. No período da Expozebu (geralmente entre abril e maio) quem quiser pode andar entre os campos de girassóis. Fora desse período, somente da BR mesmo já que as plantações ficam às margens da rodovia. As vezes a empresa alterna o cultivo, plantando outra cultura, por isso, informe-se antes. (Foto acima e abaixo de Cris Ferreira/@paisagenscsf)
          Além de Uberaba e Uberlândia, em Santa Juliana, Araguari, Estrela do Sul e outras cidades na mesma região, existem várias fazendas com plantio de girassóis. Não só no Triângulo Mineiro, mas em várias regiões de Minas Gerais, os girassóis podem ser contemplados, como em Florestal na Região de Belo Horizonte, Patos de Minas e Araxá no Alto Paranaíba, Caxambu, Ouro Fino, Conceição das Alagoas, Pedralva, São Pedro da União, Cruzília e Areado no Sul de Minas e Catuji e Manga no Norte de Minas, dentre outras cidades. 
Utilização
          Dos seus frutos, popularmente chamados sementes, é extraído o óleo de girassol que é comestível. A produção mundial ultrapassa 20 milhões de toneladas anuais de grão. (foto acima de Cris Ferreira/@paisagenscsf)
          A semente também é usada na alimentação de pássaros em cativeiro além de ser uma das mais utilizadas na alimentação viva.
A sua flor é comercializada como flor de corte. Existem dois grupos de variedades importantes: uniflor com haste única e uma flor terminal; multiflor com flores menores que com ramos desde a base que são mais utilizadas na confecção de bouquet.
          A semente do girassol tem sido utilizada no Brasil na produção de biodiesel.
          Tem sido também uma boa alternativa para alimentação de gado, em substituição a outros grãos.
          As suas folhas podem inibir o crescimento de plantas daninhas através do fenômeno alelopatia.
          Antes de visitar as cidades para conhecer as plantações, verifique, junto às prefeituras ou sindicatos rurais dessas cidades, se está na época da florada, e ainda, se foi plantado. Muito produtores, podem optar por plantar outras lavouras, ao invés de girassóis, dependendo da época e do mercado. 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Frutal: a capital mineira do abacaxi

(Por Arnaldo Silva) A cidade é grande produtora de abacaxi, cana, grãos, além de ser um dos polos em educação do estado. A produção de abacaxi em Frutal faz da cidade a maior produtora da fruta em Minas. 
          A produção de abacaxi em Frutal está concentrada em seu mais importante distrito, Aparecida de Minas, que segundo o Sebrae, é responsável pela produção de 80% da fruta no Estado. Somando com Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, Berilo no Vale do Jequitinhonha e Itamarandiba, no Norte de Minas, também grande produtoras de abacaxi, fazem do Estado de Minas Gerais, o terceiro maior produtor de abacaxi do Brasil.
          O nome Frutal é derivado de sua história devido ao tempo de sua fundação, ter riachos cheios de jabuticabas (frutas). Daí a origem de seu nome "Frutal". Sua população, segundo o último Senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 58.588 habitantes, considerada uma cidade média pequena. Foi fundada em 4 de outubro de 1887. (foto acima e abaixo da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, de Giselle Oliveira)
Aparecida de Minas
Frutal tem cerca de 200 produtores de abacaxi, sendo 160 desses produtores, residentes em Aparecida de Minas, distrito de Frutal, situada a 13 km da Rodovia BR-153 no acesso A-900, entre as cidades de Frutal e Fronteira, no estado de Minas Gerais. A atividade econômica do distrito é rural, destacando a produção de abacaxi e cana de açúcar. O distrito é tão importante, que a Feira Regional do Agronegócio do Abacaxi, acontece no distrito, geralmente no mês de novembro.
          Um local de povo hospitaleiro, solidário e trabalhador, sendo maioria Católicos, buscam preservar as festas e tradições religiosas cristãs como as danças folclóricas, festas tradicionais como a Festa de “Santos Reis” ( Folia de Reis), Congada, Catira e a tradicional Festa de São João. As festas religiosas são em torna da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, que dá nome ao distrito.
          Tem também outras festas tradicionais no distrito como a Festa do Peão Boiadeiro e a famosa Festa Junina, realizada pela escola local e pela Igreja Católica, com direito a casamento caipira, quadrilha, pipoca, quentão, etc.
          Em todos os eventos do distrito, religiosos ou não, a culinária mineira está presente e é uma das atrações das festas onde os moradores locais e visitantes podem saborear o que temos de melhor em Minas como tutu-de-feijão, canjica de (milho), pé-de-moleque (amendoim), quentão, pamonha de mandioca, pamonha de milho verde, entre outras que sempre estão presentes nas festas e danças.
          O artesanato também é muito valorizado pela comunidade que  incentiva a preservação da tradição do artesanato local. Artesanato de Crochê, balaio ou jacá (feito de taboca), peneira (de cambaúva), tapetes e colchas de retalhos. Colchas de lã de carneiro e outras variedades de obras de grande beleza e qualidade.
          É uma das poucas localidades em Minas Gerais que podemos encontrar benzedeiras praticando esse tradicional ofício. As benzedeiras locais são valorizadas e respeitada. Benzem adultos e crianças contra todo tipo de mal. 
          Uma das características do povo de Aparecida de Minas, por serem muito supersticiosos, é preservar as simpatias. Conhecem todas, desde as que curam doenças, que afastam coisas ruins, ou que ajudam a emagrecer, etc. Tradicional também e muito praticada por seus moradores é a Medicina Popular. Seus moradores gostam de cultivar ervas medicinais em seus quintais, que ajudam na cura de doenças. Uma tradição muito valorizada por todos.
          Aparecida de Minas é um distrito bastante desenvolvido, oferece uma boa qualidade de vida a seus moradores, com ruas asfaltadas, escolas, postos de saúde, telefonia digital, supermercados, farmácias, padarias, lanchonetes, água de qualidade e belezas naturais em volta, já que Aparecida de Minas é banhada pelo Rio Grande, com vários cursos d´água, que fazem das terras do distrito, que já são muito férteis e de ótima qualidade, super valorizadas.
          Uma das características do povo de Aparecida de Minas é que são formados por famílias e que gostam do lugar em que vivem e cuidam bem da charmosa Vila, que está sempre limpo, arborizado, com seu povo sempre acolhedor e amigo que recebem todos bem. Por ser um local pequeno, de famílias, a amizade entre famílias vem de longa data e a confiança também.
Benefícios do abacaxi
          É uma fruta rica em minerais, como o potássio, Zinco, Magnésio, Fósforo, Cálcio, Cobre, Ferro e Sódio. Rica também em Vitaminas A, B e C que ajudam muito a aumentar a imunidade. Por isso é uma das mais nutritivas frutas existentes. (foto acima e abaixo de Luis Leite)
          A fruta ajuda no combate a má digestão, prevenção de resfriados, tosse e gripes. Fortalece os ossos, protege contra a degeneração muscular, previne artrite e artrose e dores nas articulações. É ainda uma grande aliada no combate a doenças de pele, como eczemas, acnes, psoríase e acnes.

domingo, 8 de abril de 2018

10 refrescantes cachoeiras do Triângulo Mineiro

(Por Arnaldo Silva) A Região do Triângulo Mineiro é dotada de rara beleza. Paisagens, rios e cachoeiras de tirar o fôlego, muitas dessas ideais para sossego e passeio em família e outras, para quem gosta de agitação e esportes radicais. Todas as cidades do Triângulo Mineiro tem cachoeiras, lagoas, paisagens e cursos d´água, mas vamos destacar aqui apenas 10, nas fotos do Eudes Cerrado, nosso colaborador de Uberlândia MG, (na foto acima a Cachoeira das Irmãs em Araguari MG)
01 Complexo do Azulinho em Sacramento
            Azulinho é um complexo formado por 4 cachoeiras e poços favoráveis a banhos. Fica próximo a portaria da Serra da Canastra, entrada por Sacramento MG. O entorno do complexo é formado por paisagens de mata nativa, bem preservados. 
          É um lugar onde o visitante poderá aproveitar as belezas da natureza, descansar e curtir ás águas do local. Mas o visitante tem que ficar atento às surpresas da natureza. Entre janeiro e fevereiro costuma acontecer trombas d´águas. Fique atentos a tempos chuvosos, melhor não arriscar.
02 - Cachoeira do Sucupira em Uberlândia
          A Cachoeira do Sucupira está localizada a 17 km do centro de Uberlândia, na zona rural, sentido Leste, entre as rodovias BR- 050 e BR- 452. Possui queda d´água de 15,00 metros e com um paredão de 25 a 30 metros de largura. Suas águas são claras e sem poluição, servindo como ponto turístico e local de lazer para a população de Uberlândia. A 600 metros depois da Cachoeira do Sucupira, tem a famosa Cachoeira dos Namorados. Você pode ir à pé até a cachoeira e se sentirá recompensado. Tem 21 metros de queda que forma um poço com água convidativa a um bom banho, principalmente depois de uma caminhada.
03 - Cachoeira das Irmãs em Araguari
          A Cachoeira das Irmãs, também chamada de Cachoeira das Freiras, fica em Araguari, no Triângulo Mineiro e distante 36 km da vizinha Uberlândia. É de fácil acesso e uma das cachoeiras mais famosas da região. O local pertence ao Instituto Savério Pestanha onde se localiza o Conventos de Freiras de Araguari. Dai o nome da cachoeira. A cachoeira é formada pelas águas do ribeirão Bom Jardim que despencam de 42 metros de altura em grande volume, formando um poço em redor. Araguari é um município privilegiado por belas paisagem, principalmente lindas cachoeiras.
04 - Cachoeira da Fumaça em Nova Ponte
          A cachoeira do Rio Claro, popularmente chamada de Cachoeira da Fumaça, fica em Nova Ponte a 60 km do centro de Uberlândia-MG e 72 km de Uberaba-MG no Triângulo Mineiro. São 43 metros de altura e é considerada a maior vazão de águas do Triângulo Mineiro.
05 - Nascentes Gerais em Sacramento
          É uma das mais belas cachoeiras do Triângulo Mineiro, bastante procurada por turistas. São 83 metros de queda que formam cerca de 28 piscinas naturais no entorno. O local possui próximo uma boa estrutura com chalés, restaurante e lanchonete e um ótimo café da manhã, deixa os visitantes mais encantados ainda com o lugar.
06 - Cachoeira Mandaguari em Indianópolis
          Fica em Indianópolis MG, Distante 51 km de Uberlândia, a Cachoeira do Mandaguari tem 25 metros de queda, que forma um lindo poço. O local é de difícil acesso e exige um bom preparo físico de quem quer desfrutar dessa beleza.
07 - Cachoeira do Rio Bonito em Tupaciguara
          São 90 metros de queda que impressiona quem frequenta o local. É uma das mais altas do Triângulo Mineiro. Fica a 80 km do Centro de Uberlândia. Para se chegar a parte alta é mais fácil, na parte baixa é mais difícil, principalmente em dias de chuva. Para chegar até o local, pegue como referência o trevo de Tupaciguara. De lá, pegue a rodovia para Araguari que fica a uns 8 km dessa cidade. A cachoeira fica próxima a rodovia. É fácil de achar o lugar.
08 - Cachoeira da Ponte Alta em Uberaba
          Essa cachoeira é de grande porte, encanta e atrai gente de toda a região. É muito procurada por escoteiros, ciclistas, amantes da natureza e para a prática de esportes radicais como o rapel. 
09 -  Cachoeira dos Costas em Tupaciguara
          Essa cachoeira fica em Tupaciguara, a 89 km de Uberlândia e uma das mais belas da região. É muito procurada para fazer trilhas, passeios e banhos. Devido a seus 125 metros de queda livre, praticantes de rapel são vistos constantemente em atividades, na cachoeira, sendo considerada uma das melhores cachoeiras de Minas para a prática dessa modalidade.
10 - Cachoeira do Mirandinha e do Mirandão 
          Em Indianópolis MG a 45 km de Uberlândia, próximo a Patrocínio, pela BR-365 você encontra duas fantásticas cachoeiras, pertinho da Usina Hidrelétrica de Miranda. A do Mirandinha e a do Mirandão, conhecida também por Cachoeira dos Macacos. A Cachoeira do Mirandinha, da foto acima, tem 25 metros de queda e é de fácil acesso. 
          Já a do Mirandão ou Macacos na foto acima, é maior, tem 70 metros de queda e impressiona. O acesso é fácil e é uma ótima dica para os amantes do ecoturismo e praticantes de rapel.
Reportagem de Arnaldo Silva com fotografias de Eudes Cerrado

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Facebook

Postagens populares

Seguidores