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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Curimataí: a bucólica vila no maciço do Espinhaço

(Por Arnaldo Silva) Um lugar charmoso, bucólico, cênico, casario colonial preservado, sem muros, ruas de terra batida e grama. Nesse lugar predomina a amizade, a paz e o sossego. Seus moradores são simples, receptivos e hospitaleiros. Lugar que parece ter saído de um conto de fadas, pela beleza dos jardins, cursos d´água, flores e o estilo de vida simples de seu povo.
           Na pequena vila mineira vivem 600 pessoas, segundo Censo do IBGE. Somando com os moradores que vivem em chácaras, sítios e fazendas da vila, esse número aumenta muito, já que a comunidade tem na agricultura familiar e pecuária, a base de sua economia, além do turismo. (fotografia acima de Marcelo Santos)
          Sua origem é do século XVIII, com casarões e igrejas preservados desde essa época, há mais de três séculos. O povoado, fundado entre 1760 e 1770, no século XVIII, cresceu a partir do século XIX, tendo sido elevado a distrito em 1832. É um lugar único em Minas, porta de entrada para o Parque Nacional das Sempre-vivas.
          Foi também nessa época, entre 1760 e 1770, que foi erguida a pequena e charmosa Igreja de Nossa Senhora da Conceição, que fica em frente ao Córrego do Mocó, como podem ver nas fotos acima do Rodrigo Firmo/@praondevou.
          No centro da vila, na principal rua, um córrego de águas limpas e cristalina, segue seu rumo tranquilamente. Esse trecho foi aberto por escravos, para trazer água da nascente até as casas da vila e abastecer os moinhos. (nas fotos acima e abaixo do Rodrigo Firmo/@praondevou, o casario da vila)
          A vila bucólica abriga o Rio Curimataí, um dos mais importantes afluentes do Rio das Velhas, além de ser rodeado por belezas naturais como nascentes cursos d´água, matas nativas, flores, em especial, Sempre-vivas e águas termais.
          Além disso, um Curral de Contagem ou Curral de Pedras, é outra atração da vila. Construído por escravos no final século XVIII, possui um formato quadrado e aberturas para cancelas. Era usado como entidade alfandegária para se fazer a contagem de gado destinado à região. Essa construção foi a responsável pelo crescimento do distrito, bem como surgimento de novas casas em sua proximidade, preservadas até os dias de hoje.
Que lugar é esse?
          Estamos falando de Curimataí, que significa “rio de curumatãs, um peixe de escamas e carne saborosa, típico da região. É distrito da cidade de Buenópolis MG, cidade com origens no século XVIII, distante 272 km de Belo Horizonte. (primeira foto acima de Rodrigo Firmo e segunda, de Marcelo Santos)
          Curimataí já encantava desde séculos atrás, inclusive, deixou ótima impressão ao naturalista francês Saint-Hilarie, em visita à vila em 1817: “De todas as povoações por onde passei desde o começo da viagem pelo sertão, Curimatahy foi a única em que vi jardins, os vegetais aí plantados dão a essa localidade um ar de frescor que não possuem Contendas (hoje Brasília de Minas), Coração de Jesus, etc. Mas é preciso convir que os habitantes de Curimatahy são favorecidos no que respeita à água: pois que correm da montanha vários regatos, que deslizam em volta da povoação, entretem nela um pouco de umidade e fornecem os meios para fazer irrigações”
Buenópolis MG
          Localizada em um vale entre a Serra de Minas e a Serra do Cabral, no Centro Norte de Minas, no maciço rochoso da única do Brasil, a Cordilheira do Espinhaço, Buenópolis tem 9.150 habitantes, segundo Censo do IBGE de 2022 e faz limites territoriais com Augusto de Lima, Joaquim Felício, Diamantina, Bocaiuva e Lassance.
Onde ficar em Curimataí?
          Curimataí é um dos lugares que devia fazer parte do roteiro de todo amante da natureza e simplicidade. Na simplicidade da Vila, você encontra várias pousadas, muito bem estruturadas para receber os visitantes e turistas, além de 4 bares e 2 restaurantes. (nas fotos acima e abaixo do Marcelo Santos, apenas algumas cachoeiras de Curimataí)
          Como Curimataí está perto de Buenópolis, pode se fazer um bate volta. Em Buenópolis encontra-se hotéis, pousadas, bares e restaurantes ótimos. (nas fotos abaixo do Rodrigo Firmo/@praondevou, paisagens de Curimataí)
Como chegar a Curimataí
          Curimataí está a 40 km distante de Buenópolis, com acesso via BR-135.
          Saindo da cidade de Buenópolis, siga por 5 km na BR 135 no sentido Montes Claros, vire a direita e siga por 35 km de estrada de chão até o distrito.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Andrequicé: o início do Grande Sertão Veredas

(Por Arnaldo Silva) Andrequicé é distrito da cidade de Três Marias. A cidade está a 272 km distante de BH e a 32 km distante de Andrequicé. Por sua origem e história ligada a tropeiros, boiadeiros e vaqueiros, Três Marias é considerada a “porta do sertão mineiro”. 
          A vila conta hoje com cerca de 400 casas e 2 mil moradores. Lugar muito agradável e muito simples, recebe muito bem os visitantes. (nas fotos acima do Rodrigo Firmo/@praondevou, a vila de Andrequicé)
Origem do nome
          O nome tem origem no capim-andrequicé (Leersia hexandra), planta herbácea da família das gramíneas. É nativa do Brasil, predomina em terrenos alagados e é muito comum em Minas Gerais, principalmente na região Central, onde está Três Marias. Ocorre também nos estados do Ceará, São Paulo, Paraná e Mato Grosso, onde é mais conhecido por grama-boiadeira.
Origem da vila
          Andrequicé tem sua origem no século XVIII como ponto de parada de tropeiros que vinham de Goiás com destino a região de Diamantina, durante o Ciclo do Ouro.
          Com a presença dos tropeiros, um pequeno arraial foi surgindo. Por volta de 1725 foi construída no lugar uma capela dedicada a Nossa Senhora das Mercês. Segundo a tradição oral, a história da capela começa com a morte súbita de José Pereira da Rocha, natural de Diamantina MG, na região do atual distrito. O diamantinense foi sepultado no que é hoje Andrequicé.
          Mais tarde, seu irmão, padre Pedro Pereira da Rocha, mandou que se construísse uma capela no local, em homenagem a seu irmão. Com a construção da capela em homenagem a seu pai, seus filhos que viviam em Diamantina, se mudaram para região para ficarem perto do lugar em que de sepultado de seu pai. A presença da família, que atuava na criação de gado e cultivo de grandes plantações, foi de grande importância para o crescimento do então arraial. (na foto foto acima do Rodrigo Firmo/@praondevou, a atual Matriz das Mercês de Andrequicé)
Lugar acolhedor e de gente simples
          A vila colonial de Andrequicé é um lugar bucólico, calmo, tranquilo, rodeado por belezas naturais, casario simples e com traços coloniais tradicionais, ruas com calçadas gramadas, floridas e arborizadas. (fotos acima de Rodrigo Firmo/@praondevou)
          Seu povo é de uma simplicidade comovente. São acolhedores e muito hospitaleiros, tributos consideradas as principais tradições da vila. (fotos acima de Eduardo Gomes, a Cachoeira do Riachão e entorno)
          Andrequicé é uma das joias mais significativas do estilo de ser e viver do sertanejo mineiro. (fotos acima de Rodrigo Firmo/@praondevou)
          Na vila, a cultura e tradições seculares são preservadas desde sua origem, como por exemplo, a tradicional culinária mineira, principalmente as delícias caseiras feitas pelas quitandeiras da vila, a produção de mel e cultivo de ervas, a riqueza do artesanato local, a arte de bordar das talentosas bordadeiras da vila, as tradicionais benzedeiras que preservam a tradição, se mantendo na ativa até os dias de hoje e grupos de Folia de Reis e Pastorinhas, preservando uma tradição religiosa e folclórica secular da vila.
Guimarães Rosa e Manuelzão
  (à esquerda, Manuelzão e à direita, Guimarães Rosa -foto: D.A Press/Divulgação e Joao Martins/O Cruzeiro/EM/D.A Press)
        Andrequicé é uma parte significativa dessa história, que despertou até o interesse do escritor Guimarães Rosa, (Cordisburgo, 27 de junho de 1908 – Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1967) poeta, diplomata, novelista, romancista, contista e médico brasileiro, autor de O Grande Sertão Veredas, Manuelzão e Miguelim, dentre outros livros.
          O grande escritor mineiro, considerado por muitos o maior escritor brasileiro do século XX, conheceu Andrequicé em 1952. Na região, visitou várias fazendas e em uma dessas fazendas, a Fazenda Sirga, conheceu Manuelzão, chefe de tropas de vaqueiros.
          Manuelzão foi o capataz da viagem de Guimarães Rosa pelo serão mineiro em 1952. Dessa viagem pelo sertão das Gerais, surgiu o clássico livro O Grande Sertão Veredas.
          A história e liderança de Manuelzão, presenciada por Guimarães Rosa durante os 240 km a cavalo pelo sertão mineiro em 1952, conhecido como “A boiada”, cativou Guimarães Rosa.
          Uma admiração tão grande ao ponto de se tornarem amigos e Manuelzão ser a inspiração de um dos personagens protagonistas do romance O Grande Sertão Veredas e também do livro Manuelzão e Miguelim.
          A presença de Guimarães Rosa em Andrequicé imortalizou a pequena vila, tornando-a conhecida em toda Minas Gerais e Brasil. Seus livros se tornaram filmes e minisséries. Sua passagem pela vila ficou imortalizada nas lembranças dos lugares onde o escritor passou, como a igreja e a casa em que dormiu em 1952.
          Foi em Andrequicé que teve início o romance O Grande Sertão Veredas. O livro aborda temas intrigantes para época, a República Velha, que se estendeu de 1889 a 1930.
          Temas cheios de conceitos, preconceitos e dogmas para a época, como a seca e a pobreza, amor e guerra centralizada na história entre os jagunços Riobaldo e Diadorim, além de abordar assuntos como a origem do homem, do bem e do mal, de Deus e do diabo, e de questionar certezas e crenças, tanto do protagonista do romance, como do próprio leitor, feita em uma narrativa poética e simples, com boa parte da narrativa, reproduzindo o modo de falar do sertanejo mineiro.
O Museu Manuelzão
          Com o sucesso do livro, que mais tarde se transformou em filme e minissérie, a casa em que vivia Manuelzão se tornou um dos pontos mais visitados da região. Em vida, Manuelzão recebia os visitantes, proseava muito, tomava pinga e tirava fotos com os visitantes. (foto acima de Rodrigo Firmo da casa de Manuelzão)
          Manuelzão nasceu em Dom Silvério MG, na Zona da Mata no dia 6 de junho de 1904 e morreu em 5 de maio de 1997 em Andrequicé. A casa de Manuelzão em Andrequicé é hoje o Museu Manuelzão, localizada na Praça Estória de Amor, nº 01.
          A casa foi adquirida em 2001 para ser transformada em museu, pela Associação Comunitária de Andrequicé junto à família de Manoel Nardi e em 2003, pela acervo doméstico pela Prefeitura Municipal, dando continuidade ao Museu Manuelzão.
          O objetivo com a criação do museu foi o de preservar a história de Manoel Nardi. Os bens culturais presentes no museu ,como hábitos, costumes do dia a dia de um vaqueiro do sertão de Minas Gerais, foram também adquiridos junto à família. No museu, encontra-se ainda registro das homenagens à Manuelzão, bem como sua participação em programas televisivos, entrevistas e reportagens para jornais e revistas de todo o país.
          Em vida, Manuelzão era muito alegre, reconhecido e respeitado por todos. Era uma pessoa muito boa e muito simples. Recebia todos os visitantes em sua casa com muita disposição e alegria, em companhia de sua esposa. 
          Recebia presentes dos visitantes e era muito gentil com todos, como podem ver na foto acima, o meu amigo Gilberto Coimbra de Bom Despacho MG, junto a Manuelzão, com uma garrafa de cachaça, ao lado de sua esposa, Dona Di em 1993.
          Manuelzão gostava de servir cachaça para seus e amigos e visitantes e serviu ao Gilberto uma dose de sua cachaça preferida na cuia, que segundo lhe garantiu Manuelzão, era a mesma cuia que Guimarães Rosa bebia pinga.
          Além disso, era um talentoso contador de “causos”. Suas histórias encantavam a todos. Ninguém saia de lá sem uma boa prosa e escutar um “causo”.
          Manuelzão é hoje símbolo de Andrequicé e da região. É parte da rica história de Três Marias, tornando a cidade uma das referências culturais de Minas Gerais.
A Semana Cultural Festa de Manuelzão
          Todos os anos, entre junho e julho, acontece a Semana Cultural Festa de Manuelzão. O evento foi criado no início deste século com o objetivo de celebrar a musicalidade do sertão rosiano.
          A Festa de Manuelzão conta com programações culturais diversas, como documentários, teatro, histórias, culinária, danças folclóricas, rodas de leitura, rodeios, shows com artistas regionais e nacionais, desfiles de carro de bois, cavalgada, etc.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

O Caxambu, Padre Pinto e a Família Alcântara

(Por Arnaldo Silva) É distrito do município de Rio Piracicaba, no Médio Piracicaba, distante 127 km de Belo Horizonte. O distrito conta com cerca de 1500 moradores e está a 5 km da BR-381, a 14 km do centro de Rio Piracicaba. O distrito conta com uma boa estrutura urbana com um pequeno comércio, escola, Unidade Básica de Saúde e outros benefícios.
          É um lugar simples, pacato, sossegado, com povo acolhedor e bastante hospitaleiro, que se orgulha de sua comunidade, de preservar suas festas e tradições seculares, além de darem muito valor à memória de seus antepassados, principalmente os de origem africana. O distrito tem raízes históricas no tempo da Mineração e Escravidão. (fotografia acima do Duva Brunelli)
          Durante o ano ocorrem eventos populares, folclóricos e religiosos em Padre Pinto, com destaque para a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a tradicional Congada e a escola dos Reis e Rainhas Congo, além da Rainha e o Rei Festeiro. É um das mais fortes e rica tradições mineiras. Tanto reis, rainhas e festeiros são escolhidos pela comunidade a cada ano, preservando com isso tradição tricentenária do Reinado de Nossa Senhora do Rosário em Minas Gerais.
          Além disso, no mês de maio, acontece a tradicional Festa do Boi Fogueira, uma tradicional festa folclórica com danças e cantigas de roda, concursos de marchas, a Cavalgada de Caxambu de Padre Pinto a Piracicaba MG tradicionalmente entre maio e junho, muita música e comidas típicas durante esses eventos.
De Caxambu para Padre Pinto
          Seu nome de origem era Caxambu, passando a se chamar Padre pinto, em homenagem ao padre Manoel Fernandes Pinto Coelho, a partir de 8 de agosto de 1927. Mesmo alterando o nome, Caxambu é o nome mais popular, devido existir no distrito a Comunidade Quilombola Caxambu.
Uma típica vila mineira
          Uma charmosa vila, com um casario antigo em estilo colonial, eclético e moderno, povo simples, acolhedor e de fé. Além de igreja católica, construída em 1911, em Padre Pinto existem duas igrejas evangélicas. Seus moradores vivem da agricultura familiar e pequenos comércios. (foto acima de Duva Brunelli)
          Sua antiga usina elétrica é hoje patrimônio tombado de Rio Piracicaba. Além disso, Padre Pinto é um dos distritos de grande importância cultural para a cidade por sua história e tradições populares, oriundas do tempo da Escravidão no Brasil.
          Por sua origem africana, a comunidade Caxambu, em Padre Pinto é área reconhecida pela Fundação Palmares como comunidade Quilombola. O Quilombo de Caxambu, que significa, na língua africana que para alguns historiadores a junção dos vocábulos cacha (tambor) e mumbu (música). Mas há outros historiadores que afirmaram que seu significado seria a junção dos vocábulos de caa (mato), xa (ver), umbu riacho, sendo então mato que vê o riacho.
A família Alcântara de Caxambu
          É em Caxambu (Padre Pinto) que vive a Família Alcântara, que forma o coral Família Alcântara. Fundado há mais de meio século, o coral já está na quarta geração da família.
          A Família Alcântara, bem como todos que vivem no Quilombo, é formada por descendentes de escravos trazidos de Angola, por volta de 1760 para trabalharem nas fazendas da região.
          A história da Família Alcântara, bem como o coral é conhecida e reconhecida em Minas, no Brasil e também no mundo. O coral tem discos gravados, já fizeram várias apresentações em várias cidades e festivais e também em programas de TVs, entre eles do programa de Jô Soares, na Rede Globo, além de terem sido tema de documentário produzido e exibido pela TV Rede Minas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

A tradicional vila de Lourenço Velho

(Por Arnaldo Silva) Lourenço Velho é distrito de Itajubá MG, Sul de Minas. O povoado com origens no início no século XX foi elevado a essa categoria em 27/11/1948. Tem esse nome devido o rio homônimo que passa por entre o distrito. Faz limite territorial com Maria da Fé ao norte, com o distrito de Pintos Negreiros de Maria da Fé MG ao nordeste e Barra, distrito de Delfim Moreira ao sudeste. De Itajubá a Lourenço Velho são 18 km, por estrada de terra, a partir da MGC-383, rodovia que liga Itajubá a Maria da Fé.
          A sede do distrito é o bairro de Rio Manso. Por esse motivo, Lourenço Velho é mais conhecido por Rio Manso. Além desse bairro, o distrito de Lourenço Velho é formado ainda pelos bairros de Cachoeira Grande, Cachoeirinha, Ambrósios, Sabará, Peões, Goiabal, Peroba e Porto Velho. Ao todo, são cerca de 1250 moradores em todo o distrito de Lourenço Velho. (Fotos acima de Vinícius Montgomery)
           O maior e mais tradicional bairro de Lourenço Velho, ão José do Rio Manso ou simplesmente Rio Manso, tem origens na década de 1930. É formado por um charmoso casario, ruas pavimentadas, igreja, cemitério, pracinha, escola, cartório de registro civil, uma Unidade Básica de Saúde, pousada,
botecos e vendas. (fotografia acima de Vinícius Montgomery)
          No bairro do Rio Manso há ainda um cemitério administrado pela Igreja de São José, um cartório de registro civil e uma Unidade Básica de Saúde. Além disso, a 3 km de Rio Manso está o casarão da Fazenda da Figueira, construído há mais de 250 anos. É a mais antiga construção de Itajubá. A fazenda fica a 3 km de Rio Manso. Nas proximidades da Fazenda da Figueira estão as ruínas de outra fazenda que pertenceu aos avós do cientista Vital Brazil. 
Lugar tranquilo e bem estruturado
          Lugar tranquilo, casario charmoso, rodeado por belezas naturais de Mata Atlântica é também dotado de boa estrutura, atendendo bem aos moradores de todos os bairros do distrito. Conta com escola de ensino fundamental, linha de ônibus até Itajubá, farmácia, posto de saúde, pequeno comércio com bares, mercearias e vendas de necessidades básicas que atende bem aos moradores de todo o distrito. Demais necessidades como hospitais, escolas de ensino médio, os moradores se deslocam até Itajubá. (fotografia acima de Vinícius Montgomery)
          Lourenço Velho é um distrito de grande extensão territorial. A distância entre os bairros da sede, que é o bairro Rio Manso é muito grande. Isso dificulta um pouco o contato entre todos os moradores de Lourenço Velho. (fotografia acima de Vinícius Montgomery)
Por ser um distrito rural, a base de sua economia é a pecuária leiteira, de corte, agricultura familiar e monocultura, como o cultivo da banana.
Grande potencial turístico
          As belezas naturais da Mantiqueira, bem como a simpatia e hospitalidade de seus moradores, vem atraindo cada vez mais visitantes para a região. Lourenço Velho vem se tornando um importante e crescente ponto turístico regional devido sua proximidade com vários córregos, nascentes, ribeirões, rios, corredeiras e cachoeiras. (fotografia acima e abaixo de Vinícius Montgomery)
          Além disso, Lourenço Velho conta com um relevo bastante acidentado que vai de 858 metros a 1893 metros de altitude, acima do nível do mar. 
          Com diferentes altitudes, encontra-se no distrito, picos que oferecem ampla vista para os vales e chapadões da Serra da Mantiqueira, como exemplo a Pedra de Santa Rita, entre os bairros de Rio Manso e Peroba, com altitude de 1893 metros, a maior de Itajubá, além do bairro Rio Manso que está a 930 m de altitude e o bairro Peroba, a 1265 metros de altitude acima do nível do mar. A menor altitude do distrito é na foz do Ribeirão Sabará, com 858 metros.
          Seu grande potencial para o turismo vem sendo descoberto aos poucos. Desde o ano 2000, acontece em Lourenço Velho a Festa da Banana. Em Lourenço Velho, a Usina Hidrelétrica Luiz Dias, fundada em 1914 e mantida pela CEMIG é um dos seus atrativos. A usina abastece com energia elétrica o distrito e conta com uma exuberante área verde em seu redor. (fotografia acima e abaixo de Vinícius Montegomery)
          No bairro Cachoeirinha as águas do Córrego Peroba formam uma piscina natural ideal para banhos. Além disso, corredeiras do Rio Manso e Porto velho, bem como as cachoeiras Grande e Pilões, são outros atrativos naturais de Lourenço Velho.
          Como todo distrito e vilas mineiras, a vida social de seus moradores é em torno de sua fé e religiosidade e suas manifestações de fé, através das festas religiosas. 
Além disso, em Lourenço Velho tem a tradicional Festa da Banana, tem a Festa de São José e a apresentação de Catira do Rio Manso e outras manifestações culturais. 

terça-feira, 27 de agosto de 2024

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte VIII

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais possui 1.816 distritos, sendo 853 cidades, que são as sedes municipais e mais centenas de povoados, vilas e subdistritos. Cada um mais charmoso, pitoresco e lindo que outro. Preparamos uma série com 8 reportagens com distritos 10 distritos mineiros em cada uma. Essa é a quinta parte das 8 reportagens sobre distritos. Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 - Dr. Lund
          É um pequeno e atraente distrito do município de Pedro Leopoldo, distante 46 km de Belo Horizonte. Pedro Leopoldo faz parte dos roteiros turísticos Caminhos da História à Pré-história e Caminhos da Luz, roteiro ligado à história do médium Chico Xavier, natural de Pedro Leopoldo. Para chegar ao distrito basta pegar o trevo no final da LMG 800, próximo ao aeroporto de Confins e seguir por 15 km. Partindo de Pedro Leopoldo, pegue a rua Dr. Rocha, paralela a linha de trem e siga até o distrito. (na foto acima do Robson Gondin, detalhes do casario no estilo colonial e inglês da Vila)
          O distrito de Dr. Lund tem esse nome em homenagem a Peter Wilhelm Lund (Copenhague, 14 de junho de 1801 – Lagoa Santa, 25 de maio de 1880), um dos naturalistas e arqueólogos dinamarqueses mais notáveis do século XIX, e é considerado o pai da paleontologia e arqueologia no Brasil. Foi Lund que descobriu a Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado atualmente nas Américas. Mais precisamente, Luzia foi encontrada na região de Pedro Leopoldo MG, entre a Lapa Vermelha e na gruta do Sumidouro.
          Dr. Lund é uma charmosa, atraente e bem estruturada vila. Suas ruas são limpas e arborizadas. Praças, passeios e canteiros centrais bem cuidados e arborizados. Seu povo é muito hospitaleiro e muito amável. Tem como destaque arquitetônico a Igreja de São João Batista, construída no ano de 1909. O entorno da Igreja é formado por um belo conjunto arquitetônico colonial português e da arquitetura inglesa. (fotos acima do Robson Gondin, a linha férrea e uma pracinha do distrito)
          Além da Igreja, o distrito como atrativos o seu portal, a praça principal, a Estação Ferroviária, tombado como patrimônio de Pedro Leopoldo por sua importância histórica e um casario em estilo colonial, típico das tradicionais vilas mineiras. (na foto acima do Robson Gondin, a charmosa igreja da Vila)
02 - Alto Maranhão
          Alto Maranhão tem sua origem no século XVIII em 1718, ano da concessão da sesmaria que deu origem ao distrito. (foto acima: Instituto Estrada Real/institutoestrareal.com.br - Divulgação)
          É uma atraente e charmosa vila colonial mineira, distrito da cidade histórica de Congonhas MG, distante 88 km de Belo Horizonte. Além de seu charmoso casario e a simpatia do seu povo, em Alto Maranhão se destaca a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, uma construção histórica iniciada em 1718, de grande valor para Minas Gerais. Sua fachada em cores azul e branco, tem acabamento simples, característico da época. Em seu interior, entalhes e pinturas numa riqueza de detalhes que impressiona.
          No forro da capela-mor estão pintados 13 invocações, cada uma formando um capítulo de um grande livro, simbolizando a Rosa Mística, a Porta do Céu, a Estrela da Manhã, o Espelho de Justiça, o Vaso Espiritual, Sede da Sabedoria, Causa de Nossa Alegria, o Vaso Honorífico, o Vaso Insigne de Devoção, a Torre de Davi, a Torre de Marfim e Casa de Ouro. Completando o altar da capela-mor, estão as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das Dores. Alto Maranhão é uma volta ao passado.
          Além da rica história  da Vila Colonial de Alto Maranhão, tem ainda as ruínas do presídio, que ficou na ativa entre os séculos XVIII e XIX. Foi construído no início do século XVII, durante a Guerra dos Emboabas (1707-1709), antes mesmo da criação da sesmaria, do início da construção da igreja e formação do povoado, a partir de 1718. (Fotografia acima de Vinícius Barnabé)
          Distante 6 km de Congonhas, para quem vem de Paraty, a cadeia está situada na Estrada Real e por apresentar todas as características originais das cadeias do século XVIII, é um dos lugares mais procurados por turistas.
03 - Macuco de Minas 
          Macuco de Minas é um distrito de Itumirim, na Região do Campo das Vertentes (na foto acima de Ézio Donizete). O nome que faz referência ao um pássaro caracterizado por seus ovos na cor azul-turquesa, o Macuco. É um povoado relativamente grande, com cerca de 3 mil moradores que vivem da agropecuária e pequenos comércios. O charmoso distrito se destaca na região por organizar umas das maiores e mais belas festas do Carro de Bois, além das festas juninas e a tradicional festa de São Sebastião do Macuco.
04 - 10 - Vai e Volta e Pega Bem
          
Vai e Volta e Pega Bem são dois tradicionais distritos de Tarumirim, no Vale do Rio Doce que além de Vai e volta, tem os distritos de Dom Carloto, Taruaçu de Minas, Beija Flor, Café-mirim, Vai Volta, Bananal de Baixo, Bananal de Cima, São Vicente, Santa Rita. O topônimo Tarumirim significa "céu pequeno". Provavelmente o nome seja uma formação híbrida da palavra Krenak taru "céu" e o sufixo diminutivo tupi "pequeno". A palavra céu em tupi é ybáka. (na foto acima de Zano Moreira a Praça da Matriz de Vai e Volta)
05 - Acurui
          Acuruí é um belíssimo distrito, cheio de história com construções antigas do período colonial, um artesanato riquíssimo e belezas naturais incríveis. Pertence à cidade de Itabirito, uma das mais antigas e importantes cidades mineiras, destacando hoje pela metalurgia e mineração, distante 60 km de Belo Horizonte. De Itabirito a Acuruí são 25 km. (foto acima e abaixo de Thelmo Lins)
          Sua origem data do final do século XVII, com a chegada na região de bandeirantes, em busca de ouro. Por seus caminhos e ruas do povoado o visitante encontrará construções antigas, do período colonial e relíquias de nossa história. Os moradores do povoado tem vocação muito forte para o artesanato, que é também um dos atrativos do local.
06 - Jerusalém 
          
Jerusalém é um distrito de Inhapim, no Vale do Rio Doce. Foi criado pela lei municipal nº 330, de 9 de dezembro de 1994. O povoado tem aproximadamente 600 habitantes, onde seus moradores vivem da agropecuária, pequenos comércios, principalmente dos produtos artesanais locais. No topo do povoado está a igreja, ponto de encontro principal de seus moradores. (fotografia acima de Odilon Euzébio)
07 - Pedrão
          Pedrão é um bucólico e pacato distrito da cidade de Pedralva, no Sul de Minas. Está próximo da famosa Pedra do Pedrão que é um imenso e maciço rochoso com 300 metros de extensão e 1464 metros de altitude, que enfeita a paisagem do Sul de Minas e de Itajubá, São José do Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Pouso Alegre e Maria da Fé, principalmente a de Pedralva. É um local preservado, com predominância de várias espécies da fauna e flora local e por isso muito frequentado por amantes da amantes da natureza e praticantes de voo livre. (foto acima de Rinaldo Santos Almeida)
08 - Lobo Leite
          Lobo Leite é um distrito  de Congonhas, cidade histórica mineira distante 88 km de Belo Horizonte. Um dos seus marcos é a Igreja de Nossa Senhora da Soledade, totalmente restaurada em 2009. Essa igreja tem um grande significado histórico para a comunidade de Lobo Leite. Seu casario é charmoso, estilo colonial e a estrada de ferro dá mais charme e nostalgia ao distrito. (na foto acima e Vinícius Barnabé/@viniciusbarnabe, a antiga estação de passageiros e ao fundo, a Matriz e parte do casario da vila)
09 - Córrego do Ouro 

          Com cerca de 4 mil habitantes, Córrego do Ouro é distrito da cidade de Campos Gerais, no Sul de Minas. Sua origem é do século XVIII, tendo surgido por volta de 1740, com a descoberta de ouro em um córrego na região, daí a origem do nome da Vila. O povoado formou-se em torno da uma capela dedicada à Nossa Senhora do Rosário, chamando-se Arraial de Nossa Senhora do Rosário do Córrego do Ouro, passando a ser apenas Córrego do Ouro a partir de 1923. (fotografia acima de William Cândido)
          Charmosa, bem cuidada, acolhedora e bonita, com um casario eclético e colonial bem preservados, Córrego do Ouro possui uma boa estrutura para seus moradores e visitantes, com ruas, praças e casario muito bem cuidados. Desde suas origens, além da mineração, o distrito se destaca na agropecuária, com destaque para o cultivo do café, cana-de-açúcar, gado leiteiro e de corte e produção artesanal de queijos e doces, além de contar com outras atividades comerciais.
10 - Tebas
          Tebas significa valente e destemido. É o nome de um importante distrito histórico de Minas Gerais, subordinado a Leopoldina MG, Zona da Mata, distante 12 km de Leopoldina, com acesso pela BR-116 e BR-267. A pequena vila colonial conta com pouco mais de 2 mil habitantes. (fotografia acima: GMVR92/Wikimédia Commons)
          A origem do nome do distrito de Tebas não tem nada a ver com antiga Tebas, capital do reino egípcio durante o Império Novo (1500 a. C – 1070 a. C), atual cidade de Luxor e menos ainda com a antiga Tebas, na Grécia antiga, fundada por Cadmo.
          Seu primeiro nome foi Santo Antônio do Monte Alegre. O nome foi mudado para Santo Antônio de Tebas e por fim para apenas, Tebas. Em 11 de novembro de 1880, o povoado formado na primeira metade do século XIX cresceu e prosperou e foi elevado distrito pela Lei Provincial nº 2675 em 30 de novembro de 1880. 
           Em 25 de outubro de 1881, foi criada a paróquia de Santo Antônio de Tebas, pela Lei n° 2.848, elevando o distrito a Freguesia e por fim, o distrito passa-se a chamar Santo Antônio de Tebas .pela lei nº 3113, de 1882 e por fim, teve o nome encurtado para Tebas..
          Ao que tudo indica, o nome do distrito foi em homenagem a um dos desbravadores da região, Manoel Joaquim Thebas, que teria vivido na região na primeira metade do século XIX. Foi Thebas quem doou uma parte de sua fazenda para a construção da igreja e formação do povoado que deu origem ao distrito.
          Hoje, além de ser um dos mais tradicionais e históricos distritos de Leopoldina, Tebas preserva suas tradições culturais, folclóricas e históricas. Conta também com boa estrutura, setor de serviços e comércio, variado e muito bom. Seu povo é trabalhador, simples e hospitaleiro e a vila, charmosa e atraente, com seu casario  no tradicional estilo colonial, é um convite para uma visita, principalmente a Igreja de Santo Antônio de Tebas.
          A região recebeu no início do século XX, dezenas de famílias de imigrantes italianos. Instalados na Colônia Agrícola da Constança em Boa Sorte, próximo a Tebas, os italianos deram enormes contribuições para cultura, folclore, arquitetura, música e gastronomia.
          Descentes dos italianos que vieram para a região ainda vivem em Boa Sorte em Leopoldina. Com o objetivo de divulgar a história da imigração italiana foi criado o “Caminho do Imigrante” com início na Igreja de Santo Antônio de Pádua (Igrejinha do Onça), seguindo a estrada até Boa Sorte, até o distrito de Tebas.
          Além disso, tem ainda a Festa do Imigrante Italiano, que acontece na sede, Leopoldina, geralmente no mês de maio de cada ano. A Festa do Imigrante conta com bandas e artistas que cantam e tocam músicas italianas, grupos de danças com trajes típicos, sem contar a culinária típica italiana, vinhos e muita alegria nos dias de festa. Durante a Festa do Imigrante, vários restaurantes da cidade participam com pratos típicos da cozinha italiana.

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte VII

(Por Arnaldo Silva) Mais de 20 milhões de mineiros vivem em 853 cidades, 1816 distritos e centenas de vilas e vilarejos de Minas Gerais. Minas Gerais possui 1.816 distritos, sendo 853 cidades, que são as sedes municipais e mais centenas de povoados, vilas e subdistritos. Cada um mais charmoso, pitoresco e lindo que outro. Preparamos uma série com 8 reportagens com distritos 10 distritos mineiros em cada uma. Essa é a quinta parte das 8 reportagens sobre distritos.  Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos distritos que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 - Água Limpa
          As margens da MG-350, banhado pelas águas de um frondoso rio, em Delfim Moreira, nos limites entre os municípios de Wenceslau Braz e Itajubá, no Sul de Minas, está Água Limpa, um charmoso e pitoresco bairro rural, pertencente ao município de Delfim Moreira. (foto acima de Geraldo Gomes)
          A vida na pacata vila é bem tranquila, silêncio quebrado apenas pelo barulho das águas do Rio Santo Antônio, dos pássaros e de alguns carros que passam pela rodovia. Seus moradores vivem da agricultura e a vida social em Água Limpa gira em torno das festividades religiosas dedicadas ao Divino Espírito Santo e nas festividades juninas em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio.
02 - Santo Antônio do Norte
          Santo Antônio do Norte, antiga Tapera, é uma pacata e charmosa vila colonial de Conceição do Mato Dentro, na Região Central. Sua origem data da primeira metade do século XVIII, com a descobetra de outro no leito do Rio Santo Antônio e afluentes. (fotografia acima de Nacip Gomêz)
          Com a decadência do Ciclo do Ouro, os moradores da vila buscaram novas fontes de rendas e começaram a fabricar tecidos, colchas, lençóis, toalhas com desenhos coloridos e chapéus de algodão. Esses produtos eram de qualidade e tinha boa aceitação e começaram a serem vendidos na região e até no Rio de Janeiro.
           A vila se tornou distrito em 8/06/1858, com o nome de Tapera. Em 17/12/1938, o nome distrito é mudado para Santo Antônio do Norte. No distrito são cerca de 300 moradias onde vivem cerca de 800 pessoas.
          Por sua importância histórica e cultural, o núcleo histórico de Santo Antônio do Norte foi tombado pelo Prefeitura Municipal de Conceição do Mato Dentro MG. Santo Antônio do Norte faz parte da Estrada Real e é um dos pontos turísticos mais procurados de Conceição do Mato Dentro MG, por sua história colonial, por suas belezas naturais e pelo turismo religioso.(na foto acima de Nacip Gomêz, a Capela de Sant´Ana)
          Lugar tranquilo, de gente hospitaleira, acolhedora e simples, Santo Antônio do Norte conta com uma boa estrutura, duas igrejas, a de Santo Antônio, datada de 1745 e a capela de Sant´Ana, posto de saúde familiar, duas pousadas, vendinhas e botecos, além de eventos, como cavalgadas, Banda de Música, Encontro dos Taperenses Ausentes (ETAs),          
03 – Engenho do Ribeiro
          O Engenho do Ribeiro é um distrito da cidade de Bom Despacho no Centro Oeste de Minas. O nome tem origem na família Ribeiro, no século XIX, que adquiriu terras onde está hoje o a vila. Na fazenda dos Ribeiros eram produzidos leite, queijo, milho, arroz, feijão, café, doces, rapadura, açúcar e existia um engenho, para a produção de cachaça, muito famosa. Quem quisesse comprar cachaça na região, era só ir no Engenho do Ribeiro A fazenda se tornou famosa na região e com isso, pessoas começaram a chegar para trabalhar na fazenda ou mesmo adquirir seus produtos para serem revendidos. Com o passar do tempo, casas e mais pessoas foram surgindo, dando origem a um povoado e posteriormente, em 1948, foi reconhecido como distrito, com o nome popular com que o local era chamado, Engenho do Ribeiro.
          Hoje, o Engenho do Ribeiro tem cerca de 1.500 habitantes, que vivem de pequenos comércios, do artesanato, da produção de doces caseiros tendo como destaque os doces da Dona Judite, queijos, requeijão feitos pela Dona Esmeralda e cachaça, além da agropecuária, principalmente leiteira. 
          Outro destaque no distrito é a fabricação de moveis em madeira maciça como mesas, cadeiras, janelas e portas em fábricas instaladas no distrito. Destaque ainda para a Festa de Santa Rosa de Lima, que acontece geralmente em setembro, com desfile de carros de bois, uma das mais antigas tradições do Centro Oeste Mineiro.
04 – Pedra Menina
          A 36 km do centro de Rio Vermelho, município a 325 km de Belo Horizonte, na Região Central, está Pedra Menina, um charmoso e atraente povoado. (foto acima de Rodrigo Leal) Lugar acolhedor, de gente hospitaleira, uma rica culinária e belezas naturais incríveis com belas cachoeiras, grutas, poços com águas cristalinas. Além da beleza da Serra do Espinhaço, tem o "Muro dos Escravos". 
          Em Pedra Menina, além das belezas naturais, seu casario charmoso e seu povo maravilhoso, tem a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, lugar de fé, peregrinação e religiosidade do povo. A fé move o coração das pessoas, bem como o turismo no distrito, que é bem estruturado para receber visitantes com hotel, pousadas e restaurantes.
05 – Chapada 
          Chapada é distrito de Moema, na região Centro Oeste de Minas. (na foto acima, de Arnaldo Silva, a Praça da Matriz do Distrito). No distrito vivem cerca de 800 habitantes. A Chapada tem igreja, ruas asfaltadas, pequeno comércio, antigas vendas e botecos pitorescos, com seu casario em estilo colonial, escola e uma história antiga, conhecida por todos os moradores do distrito e região, que é a “A luz da Chapada”. Trata-se, de uma luz que aparece de vez em quando no local, que já assustou muita gente. O fenômeno sobrenatural já assustou muita gente ao longo de décadas e até hoje provoca medo em alguns e intriga a mente do povo. 
06 – Betânia
          É distrito da de Pedra do Indaiá, no Oeste de Minas, distante 174 km de BH. Em Betânia vivem cerca de 700 pessoas. Está situado no KM 145 a MG-050, entre Divinópolis e Formiga MG.
          É uma pequena vila, que tem como base econômica a extração de pedras que são trabalhadas para serem usadas em calçamento, mistura em concreto e outros usos. Por esse motivo, a vila é pavimentada e conta com uma boa estrutura, poluição zero e um povo muito hospitaleiro e gentil. (fotografia de Maurício Soares)
07 - Porto Alegre 
          Porto Alegre é distrito de Moeda MG, Vale do Paraopeba, distante 60 km de BH. Tem origem no início do século XVIII, quando chegou à região, as bandeiras lideradas por Fernão Dias Paes Leme. Aportaram em um pequeno arraial onde viviam algumas poucas pessoas que trabalhavam na agricultura, já que em sua origem, desde o final do século XVII, o Vale do Paraopeba era uma região de produção de alimentos, devido à qualidade de suas terras. Eram pessoas simples, muito alegres e receptivas.          
          O pequeno vilarejo ficava no encontro das águas do Ribeirão da Barra com o Rio Paraopeba. Esse encontro de águas formava um porto era usado ancorar embarcações que fazia a travessia do rio, levando e trazendo alimentos, além de pessoas. Por isso o nome dado ao lugar, Porto Alegre. (fotos acima de Evaldo Itor Fernandes)
          Seu crescimento foi devagar, em torno da igreja do seu padroeiro, o Senhor Bom Jesus. Inclusive, a Igreja do Senhor Bom Jesus de Porto Alegre é um dos seus principais atrativos, bem como a beleza e o charme do seu casario colonial, suas belezas naturais e belas cachoeiras, além claro, da alegria de seu povo, que faz jus ao nome do lugar.
08 – Serra dos Gonçalves
          Serra dos Gonçalves pertence ao município de Espírito Santo do Dourado, no Sul de Minas. Sua origem é de uma numerosa família, que foi crescendo com com a formação de novas famílias e transformando o local num pitoresco, charmoso e pacato povoado. (foto de Valéria Corrêa)
09 - Azurita
          Distrito da cidade de Mateus Leme MG, o distrito está a 65 km distante de Belo Horizonte e apenas 5 km do centro de Mateus Leme. O povoado surgiu no início no início do século XX, tendo se desenvolvido rapidamente devido a estação ferroviária, instalada no povoado. Foi elevado à distrito em 31 de dezembro de 1943. (foto acima e abaixo de Mateus Leme Recordações)
          Azurita conta com pouco mais de 4 mil moradores e tem como destaque a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Matriz de São Sebastião, o prédio da Estação Ferroviária, datado de 1911, além de fazendas centenárias, festas folclóricas e gastronomia típica.
10 - Capivari
          O pacato e tranquilo distrito de Capivari, pertence ao Serro MG, Região Central é um dos lugares abençoados pela natureza. O casario é simples, em estilo colonial, a culinária local é excelente e bem mineira. Seu povo muito hospitaleiro, simples, gentis e muito atenciosos para com os visitantes. (fotos acima de Rodrigo Firmo/@praondevou)
          Pelas estradas de terra do distrito passam turistas a caminho da Cachoeira do Tempo Perdido, uma das atrações da região e para o Parque do Pico do Itambé.

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