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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Coronel Xavier Chaves: história, cultura e tradição secular

(Por Arnaldo Silva) Coronel Xavier Chaves está localizada na região do Campo das Vertentes, a 173 km de Belo Horizonte. Conta atualmente com 3500 habitantes, segundo o IBGE. 
          O município faz divisa com São João del-Rei, Ritápolis, Resende Costa, Prados, Tiradentes e Lagoa Dourada. (fotografia acima do Rodrigo Firmo/@praondevou)
Origem
          A cidade tem origem no século XIX, em um povoado formado na antiga Fazenda do Mosquito, formada no início do século XVIII. No século XIX, a Fazendo do Mosquito teve como proprietário o Coronel Francisco Rodrigues Xavier Chaves, bisneto de Antônia Rita de Jesus, irmã caçula de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. (fotografia acima de Fabrício Cândido)
          Coronel Xavier Chaves decidiu fazer um povoado em sua fazenda. Era muito culto e inteligente. Não apenas doou parte de suas terras, mas também foi quem fez o projeto urbanístico para ruas, praças, igreja e casario, tendo inicialmente construído 20 casas, para abrigar seus parentes, funcionários da fazenda e padres.
          Ao longo do século XIX, o povoado do Mosquito se desenvolveu com a chegada de novas famílias. Com isso, foi elevado a distrito em 1911 com o nome de São Francisco Xavier e subordinado a Prados MG.
De Canoas para Coroas
          Em 1943, por iniciativa dos moradores, o nome foi mudado para Coroas. (fotografia acima de Fabrício Cândido)
          Na verdade, o nome que a comunidade escolheu foi Canoas, nome de uma fazenda vizinha. Por um erro ortográfico na produção do edital de alteração do nome do distrito, saiu Coroas e não, Canoas.
          Como já estava publicado oficialmente em diário oficial, o nome Coroas permaneceu até a emancipação e elevação do distrito à cidade, em 30 de dezembro de 1962 e instalação oficial como cidade em 1º de março de 1963. No ano de sua emancipação, o nome Coroas foi alterado para Coronel Xavier Chaves, em homenagem ao seu fundador.
O que fazer em Coronel Xavier Chaves?
          A cidade é pequena, charmosa, pacata e seu povo muito cordial e hospitaleiro. Conta com uma boa estrutura para receber turistas como restaurantes, pousadas, hospedarias, bares, padarias e lanchonetes. (fotos acima de Rodrigo Firmo/@praondevou)
          É uma cidade com forte tradição cultural em especial na área musical, com banda de música tradicional e um rico e valioso artesanato feito por mãos habilidosas como bordados, arte em madeira e em pedras, tradição secular da cidade.
          Além disso, tem como pontos turísticos de destaque:
- A Igreja do Rosário
          Um dos maiores acervos históricos de Minas Gerais, e um símbolo da cultura e religiosidade da cidade é a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja de Pedras, como é popularmente chamada. (primeira e segunda fotos, do Marcelo Melo e terceira, da Sônia Fraga)

          Erguida em pedras típicas da região por volta de 1717, conta ainda em seu entorno com uma murada em pedras, jardins onde se encontram estátuas em pedras dois Rosários gigantes de pedras.
- A Matriz
          Outro destaque da cidade é a Matriz de Nossa Senhora da Conceição; O templo foi iniciado em 1916 e concluído em 1920. (fotos acima de Marcelo Melo)

- Engenho Boa Vista
          Coronel Xavier Chaves se destaca na região por seus alambiques, totalmente artesanais, desde o corte da cana, moenda e preparo da cachaça, em vários engenhos do município, em destaque para o Engenho Boa Vista do século XVIII, tendo pertencido ao padre Domingos da Silva Xavier, irmão mais velho de Tiradentes.
          Atualmente, o engenho é de propriedade de Rubens Resende Chaves, que adquiriu a propriedade há mais de 3 décadas e deu continuidade a tradição da produção de cana do Engenho Boa Vista da mesma maneira feita desde o ano de 1755.
          O Engenho Boa Vista, é o mais antigo em atividade no Brasil. É mais que isso, é um museu em pleno funcionamento e um ponto turístico obrigatório para quem deseja conhecer o processo tricentenário da produção da cachaça bem como uma parte da história do Brasil.
          Pra se ter ideia, a receita e processo de produção da cachaça no Engenho Boa Vista é o mesmo de 1755. Não mudou nada, receita de sete gerações. A cachaça não é envelhecida em tonéis de madeira, que segundo os produtores, o envelhecimento altera a cor, o cheiro e o sabor da bebida, por isso a cachaça que sai do alambique, tem a cor bem branca. Além disso, a cana plantada para a produção da cachaça é orgânica.
          Obedecendo as determinação sanitárias do MAPA, a cachaça não é descansada nos tradicionais tonéis de madeira e sim em tonéis de aço
          Além disso, a cidade tem ainda como atrativos Fazendas centenária, a Trilha do Carteiro, belíssimas paisagens rurais como essa acima, feita pelo Fabrício Cândido, da cabine de um trem de carga da Ferrovia do Aço que passa pelo município.
          Tem ainda um frondoso Jequitibá-branco (Cariniana Lecythidaceae Estrellensis), espécie de rara beleza, conhecida como "Rei da Floresta". A árvore tem vida-longa, em torno de 1 mil anos.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Centro histórico de Januária é tombado como Patrimônio Histórico

(Por Arnaldo Silva) Dia 11 de abril de 2024 torna-se uma data importante para a cidade de Januária, no Norte de Minas. É que nesse dia, foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico Cultural (Consep) o tombamento do Centro Histórico da cidade, localizada às margens do Rio São Francisco, anunciado na sede do IEPHA/MG. 
          O CONSEP é presidido atualmente pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveiras, tendo como secretária-executiva, Marília Palhares Machado, presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). (fotografias acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Para o reconhecimento da cidade como histórica, foram analisados o significado e importância do seu centro histórico, o porto da cidade, além dos processos históricos de influencia cultura do modo de viver dos ribeirinhos e toda sua população, desde suas origens, bem como a conservação e proteção da arquitetura urbana de seu centro histórico , além do elo de ligação dos ribeirinhos locais com o Rio São Francisco. (na foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a praia do Rio São Francisco)
          Januária está a 603 km de Belo Horizonte e faz limites territoriais com Chapada Gaúcha, São Francisco, Pedras de Maria da Cruz, Itacarambi, Bonito de Minas, Cônego Marinho e Cocos (BA). Atualmente, Januária conta com 65.150 habitantes, segundo o IBGE. 
          O tombamento é o reconhecimento da história da cidade, bem como suas construções seculares e referências culturais de grande valor histórico, cultural, econômica e social para o Estado de Minas Gerais desde a chegada dos colonizadores portugueses à região a partir de 1553, no século XVI.
          Foi nessa época que chegou à região, através do Rio São Francisco, expedições vindas da Bahia, a mando do governador-geral Duarte Costa. O objetivo das expedições era verificar a existência de ouro às margens do Rio São Francisco. (na fotografia acima de Thelmo Lins, rua do Centro Histórico de Januária)
          A partir dessa época, vários outros bandeirantes passaram pela região como Fernão Dias, Manoel de Borba Gato, Castelo Branco e Manoel Pires Maciel Parente, que fundou o povoado de Brejo do Amparo, berço da origem de Januária e do próprio Norte de Minas. Entre os séculos XVI e XVII, Januária passa de arraial, a freguesia, vila, distrito e por fim, à cidade emancipada 7 de outubro de 1860, tendo Brejo do Amparo como seu mais importante distrito.
          Januária foi um dos grandes centros de abastecimento econômico da região nos séculos XVII, XVIII e XIX, através da navegação comercial e de transporte de cargos pelo Rio São Francisco, além de ser um dos berços da cultura, folclore, tradições e culinária mineira, através dos povos do Cerrado e populações ribeirinhas. (na foto acima do Thelmo Lins, o artesanato local)
          Esses povos preservam uma rica e histórica cultura notadamente percebida no modo de viver e na culinária, além de preservarem lendas e folclore de origem, como a lenda do caboclo-d'água, o artesanato, as carrancas e a culinária típica do Cerrado com peixes de água doce e frutos do bioma Cerrado, como o pequi.
          Cinquenta e quatro construções presentes no Centro Histórico e Cais de Januária, em estilo colonial e eclética, em sua maioria seculares e históricas, foram classificadas como representativas de uma arquitetura em estilo colonial e eclético, além de outras em estilo arquitetônico regional próprio da região, presentes ao longo do Rio São Francisco.
          Entre essas construções, destaque para o antigo cais, a Igreja Matriz, Igreja de Nossa Senhor ado Rosário dos Pretos e a Capela de Santa Cruz, presentes na parte central da cidade. 
          Além disso, no município encontramos de belíssimas e impactantes paisagens como grutas, concentradas em maior parte no Parque Estadual do Vale do Peruaçu, praias de água doce, cachoeiras, pinturas rupestres em cavernas com milhares de anos e o único pântano que existe no estado como “Pantanal Mineiro”. (fotografia acima e abaixo de @thelmo Lins)
          É uma área natural e preservada, com fonte de água pura, que forma um imenso pântano com vegetação típica do Cerrado, além de pequenas porções de Mata Seca. É o Refúgio Estadual da Vidal Silvestre do Rio Pandeiros, afluente do Rio São Francisco. Nesse refúgio vivem várias espécies de peixes e animais silvestres. (nas fotos abaixo da Pingo Sales, o povo de Januária, sua cultura, folclore, artesanato e estilo de vida)
          O reconhecimento do Centro Histórico de Januária pelo Consep significa maior proteção ao patrimônio histórico para Minas Gerais, além de contribuir para a preservação da memória, elos culturais do povo ribeirinho, história e modo de viver dos povos que habitam as margens do Rio São Francisco, em especial de Januária MG. Além disso, tombamento é a certeza de maior proteção estrutural ao patrimônio histórico de Januária.

Festa do Rosário de Chapada do Norte é bem imaterial de Minas

(Por Arnaldo Silva) A Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, foi oficializada como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais pelo Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Consep), no dia 11 de abril de 2024. O reconhecimento revalida a decisão de tornar a festa patrimônio imaterial do Estado, ocorrida em julho de 2013, há 11 anos. 
          Atualmente o CONSEP é presidido atualmente pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveiras, tendo como secretária-executiva, Marília Palhares Machado, presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). (foto acima e abaixo da Viih Soares/@soares.viih)
          O reconhecimento da Festa do Rosário de Chapada do Norte, pelo Consep, anunciado na sede do IEPHA/MG em Belo Horizonte, foi aprovado devido o seu grande valor histórico, religioso, gastronômico, musical e cultural para Minas Gerais, já que é uma festa com forte ascendência na cultura afro-brasileira e na história da resistência dessa populações ao longo dos 388 anos de escravidão no Brasil. 
A cidade que nasceu do ouro
          Chapada do Norte está a 522 km distante de BH e faz limites territoriais com José Gonçalves de Minas, Berilo, Francisco Badaró, Jenipapo de Minas, Novo Cruzeiro, Minas Novas e Leme do Prado (BA). Segundo o IBGE, o município conta com 10.337 habitantes. (fotografias acima de Viih Soares/@soares.viih1)
          A história de Chapada do Norte começa em 1728 com a descoberta de ouro às margens do Rio Capivari. Toneladas de ouro foram retirados da região com destino a corte portuguesa. Seu primeiro nome foi Arraial de Santa Cruz, sendo alterado para Santa Cruz da Chapada em 1850. Foi distrito de Araçuaí e de Minas Novas até ser elevada à cidade em 30 de dezembro de 1962.
          Cidade histórica, dotada de belezas arquitetônicas de grande valor, além de preservar a tradição das antigas vendas, botecos e mercearias, muitas delas, ativas na cidade desde o século XIX e XX. É a cidade mineira com maior número de antigas vendas, armazéns e mercearias tradicionais. 
Cidade com características únicas
          A Festa do Rosário está presente em todas as cidades mineiras, mas em Chapada do Norte é uma celebração, além de tradicional, também histórica. A formação da cidade se deu basicamente pela presença de quilombos na região, desde sua origem. A população negra teve enorme participação no crescimento, desenvolvimento social, cultural, linguístico, folclórico, religioso e gastronômico de Chapada do Norte. (fotografia acima e abaixo de Viih Soares/@soares.viih1)
          Segundo o IBGE, entre 74,29% e 95,28% de seus moradores se declaram negros ou pardos. É o maior percentual, por cidade, de população negra do Brasil, além de ter a maior concentração de comunidades quilombolas por município. São 14 comunidades quilombolas ao todo, no município. Além disso, a maioria de sua população, 2/3, vive na zona rural e não na área urbana, como é comum hoje no país.
Tradição bicentenária
          A cidade destaca ainda sua riqueza cultural e preservação das raízes e tradições negras do século XVIII e XIX, como exemplo, sua arquitetura colonial e a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, presente na cidade desde 1822, por intermédio da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Libertos e Cativos, fundada ainda nos primórdio da cidade, no início do século XVIII. (na foto acima da Viih Soares/@soares.viih1, rainha e rei da festa)
          Tradicionalmente, a Festa do Rosário dos Pretos é realizada todos os anos na segunda semana do mês de outubro. Nesses dias de festa, a maioria dos moradores do município se mobiliza em louvor à Nossa Senhora do Rosário, preservando com isso a oralidade, religiosidade, gastronomia, tradições, vestimentas e musicalidade, presentes, respeitadas e valorizadas desde sua origem, em 1728. (foto acima e abaixo da Viih Soares/@soares.viih1)
          Não só isso, a festa atrai visitantes das cidades vizinhas e de várias outras regiões mineiras e de outros estados brasileiros, que vem à cidade vivenciar e presenciar um estilo de vida, cultura, musicalidade e tradição, enraizada na vida dos moradores de Chapada do Norte há mais de 300 anos.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A beleza histórica e natural de Congonhas do Norte

(Por Arnaldo Silva) Cidade pacata, pequena, charmosa, atraente e histórica, Congonhas do Norte conta com cerca de 5 mil habitantes. Localizada nos entornos da Serra do Espinhaço, o município faz parte da Estrada Real. Distante 244 km da Capital, faz divisa com Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas, Santana de Pirapama, Santana do Riacho, Gouveia, Presidente Juscelino e Presidente Kubitschek.
          Emancipada em 30 de março de 1962, Congonhas do Norte tem suas origens no início do século XVIII, entre 1711 e 1715, no início da descoberta de ouro em Minas Gerais. (fotografia acima de Rodrigo Firmo/@praondevou, a Praça da Matriz de Sant´Ana)
          Em uma serra com predominância de um abundante arbusto nativo e medicinal, conhecido por Congonhas, foram encontrados cristais e pedras preciosas, como o ouro, pelas bandeiras de Fernão Dias Paes Leme e Borba Gato. Com a descoberta de ouro na região, começou a extração do mineral.
          Nas proximidades do garimpo, na parte de cima de uma serra denominada de Serra da Lapa, foi se formando um pequeno arraial, com o nome de Congonhas de Cima da Serra da Lapa, alusivo a planta nativa da região, encontrada em grande quantidade nas margens dos rios e serras da região.
          O pequeno povoado foi elevado a distrito, deixando de ser subordinado a São Francisco de Assis de Paraúnas para pertencer a Conceição do Mato Dentro, permanecendo subordinado a esse município até sua emancipação, em 30 de março de 1962. A cidade adotou o nome de Congonhas do Norte, por estar na parte norte do Espinhaço e para diferenciar de outra cidade homônima, Congonhas do Campo, hoje simplesmente, Congonhas, cidade histórica a 88 km de Belo Horizonte, na Região Central.
Turismo e tradições
          Além de ser uma cidade histórica, Congonhas do Norte se destaca no turismo graças as suas belezas naturais e cachoeiras formadas pelos Rio das Pedras e Congonhas, como as cachoeiras da Bagagem, da Fumaça, do Jacu, do Poção, da Quebra Cangalha, do Maurício, do Bicame (na foto acima do Tom Alves/@tomalvesfotografia), além Barragem do Levi, de trilhas, matas nativas, paisagens rupestres em cavernas como a do Água Debaixo do Chão, da Imbaúba, do Lombé, do Medrado, do Morcego, do Tatu, dos Índios e do Lacerda, sem contar todo o cenário cênico da Serra do Espinhaço.
          A cidade é bem tranquila, seu casario colonial e templos históricos são simples e bem preservados com destaque para a Matriz de Santana, construída no início do século XVIII, tombada pelo IEPHA/MG, em março de 1985 e IPHAN em 2010, além de seu povo ser gentil e muito hospitaleiro. (fotografia acima de Rodrigo Firmo/@praondevou)
          Congonhas do Norte valoriza e preserva suas tradições familiares, folclóricas e culturais como a Carruagem que consiste em desfile de carros de bois, a Banda Música Lira Santana, a marujada e suas tradições religiosas como a Festa do Divino Espirito Santo e Aniversário da cidade em março, a Festa de Sant´Ana em julho e a Festa de Nossa Senhora do Rosário em setembro.
Tradição na gastronomia mineira
          Congonhas do Norte, por ter origens no século XVIII num pequeno arraial. Por fazer parte da Estrada Real, era caminho de tropas que iam e vinham pelos rincões mineiros trazendo e levando mercadorias para abastecer o comércio local e das redondezas, em lombos de burros, mulas e em carros de bois. Era o tempo das tropas e o arraial servia de pouso, alimentação e descanso dos tropeiros.
          Com a presença constante de tropeiros na região, o modo e estilo de vida e principalmente sua culinária, passaram a ser incorporadas à comunidade local inclusive na prática do cozimento dos alimentos preparados pelas tropas. (na foto acima do Gabriel Junio, o altar da Matriz de Sant´Ana)
          Congonhas do Norte se destaca na gastronomia mineira, devido a tradição e preservação da cozinha tradicional tropeira. 
O Feijão Ferrado
          Um dos pratos mais comuns entre os tropeiros da região, presente até os dias de hoje como tradição da cidade é o Feijão Ferrado. Por ser um prato rápido e de fácil preparo, era o preferido dos tropeiros que não tinham muito tempo para paradas. Esse prato tem como base a farinha, o feijão, o toucinho e a banha do porco. Era feito em um fogão improvisado no chão, com um caldeirão de ferro fundido pendurado em haste de ferro.
          Surgiu no começo do século XVIII, antes mesmo do tradicional Feijão Tropeiro que conhecemos existir e se popularizar. Com base no Feijão Ferrado, o Feijão Tropeiro se tornou o prato preferido dos tropeiros já que tinha sustança como carne de porco, linguiça, ovo frito, tudo junto e misturado. 
          Com a preferência pelo Tropeiro tradicional o Feijão Ferrado se tornou uma opção de comida rápida e mesmo com a opção maior pelo Feijão Tropeiro, a receita tropeira do Feijão Ferrado foi preservada em Congonhas do Norte da mesma forma que há 300 anos atrás. 
          O Feijão Ferrado é um dos pratos tropeiros responsáveis pela identidade gastronômica de Congonhas do Norte, tradição secular na cidade, além de um dos símbolos da história dos tropeiros em Minas Gerais. (na foto abaixo do Edson Borges, o feijão ferrado)
          Visite Congonhas do Norte. A cidade é pequena, charmosa, sossegada e bem estruturada para receber turistas com hotéis e pousadas tradicionais, uma boa estrutura urbana com um comércio pequeno mas variado, gente boa em todos os cantos e restaurantes diversos, com a legitima e autêntica cozinha mineira e tropeira!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Cidade mais rica do Brasil é mineira

(Por Arnaldo Silva) O maior Produtor Interno Bruto (PIB) que é a soma das riquezas total de uma cidade, estado e país foi divulgado no dia 15 de dezembro de 2023, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), feito em 2021, aponta a cidade de Catas Altas, a 120 km de Belo Horizonte, na Região Central, como o município de maior PIB do país, ou seja, a cidade mais rica do Brasil.
 
          Fundada em 1703, é uma das mais belas, acolhedoras e atrativas cidades históricas de Minas Gerais. Além do Santuário do Caraça, suas paisagens naturais, com enormes e impactantes paredões, Catas Altas se destaca em Minas pela sua rica culinária e pela produção de vinhos de uva e principalmente de jabuticaba, desde meados do século XIX. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          A cidade é tão charmosa, que já serviu de cenário para produções da televisão como “Se eu fechasse os olhos agora”, minissérie da Rede Globo, filmada na cidade histórica.
          Com apenas 5.500 habitantes, com média de 22,80 habitantes por km², a base da economia de Catas Altas é a extração de minério e o turismo, nessa ordem. Segundo o IBGE, O PIB acumulado de Catas Altas por pessoa, é de R$920.833,97. Catas Altas tem se destaca no Estado como o maior município extrativista de Minas Gerais.
          Não só isso, além de destaque em Minas Gerais, Catas Altas, segundo o IBGE, ocupa a 1° colocação no ranking dentre as cidades de maiores PIB´s per capita do Brasil, somando R$5.032.358.00.
          A segunda cidade mais rica de Minas Gerais, é São Gonçalo do Rio Abaixo, com 12 mil habitantes, que tem o PIB de R$7.603,851,00, com o PIB anual, per capita de R$684.168,71. (fotografia acima de Shakal Carlos)
          Esse valor todo, não significa que é dividido entre seus moradores, mas serve como base de cálculo. O PIB mensal e anual são divididos pelo número de habitantes de cada cidade. Ou seja, quanto maior o PIB e menor o número de habitantes, maior seria o percentual “teoricamente” para cada habitante.
          As riquezas produzidas na cidade são administradas pelo Poder Público, que usa essas riquezas nas melhores das condições de vida dos moradores em investimentos em saneamento básico, saúde, educação, moradia, esportes, lazer, etc.
Veja a lista dos 5 maiores PIB´s de Minas Gerais
1º) Catas Altas: R$ 920.833,97 - PIB: R$ 5.032.358.000 - Base da economia: Extração mineral
2º) São Gonçalo do Rio Abaixo: R$ 684.168,71 - PIB: R$ 7.603.851.000 - Base da economia: Extração mineira
3º) Itatiaiuçu: R$ 610.779,65 - PIB: R$ 6.934.792.000 - Base da Economia: Extração mineral
4º) Conceição do Mato Dentro: R$ 519.040,92 - PIB: R$ 9.051.036.000 - Base da economia: Extração mineral
5º) Jeceaba: R$ 407.353,20 - PIB: R$ 1.953.259.000 - Base da economia: Indústria da transformação

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Tiradentes no ranking dos melhores roteiros turísticos do mundo

(Por Arnaldo Silva) Cidade mineira conhecida internacionalmente, com mais de 300 anos, fundada em 1718, preservada e riquíssima em sua cultura, gastronomia, tradições e arquitetura e história colonial.
          Recentemente entrou para o ranking dos melhores roteiros turísticos do mundo, entre 25 escolhidas pela plataforma TripAdivsor. Foi a única cidade brasileira a entrar para essa seletíssima lista. (fotografia acima de César Reis)
          São mais de 3 séculos de história e ao longo desse tempo todo, personagens anônimos e famosos circularam por suas ruas, becos e ruelas com calçamentos em pés de moleque, viveram em seus casarões coloniais, frequentaram suas igrejas históricas, suas tabernas, trilhas tropeiras e participaram de eventos de relevância histórica para o Brasil como a Inconfidência mineira.
          Essa cidade é Tiradentes, hoje com cerca de 7.774 habitantes, segundo Censo do IBGE, situada no Campo das Vertentes, distante 190 km de Belo Horizonte.
          Cidade com ótima estrutura urbana, excelentes pousadas e hotéis, artesanato variado e requintado, festas e festivais gastronômicos e culturais em seu calendário anual.
          A cidade conta com vários bens históricos tombados e bens imateriais reconhecidos, além de belezas naturais espetaculares e a própria beleza da cidade. Todo ano, a cidade recebe entre 250 mil a 300 mil turistas, vindos de todo o Brasil e do mundo.
O roteiro Walkin Tour Becos de Tiradentes
          Conhecida como “Pérola de Minas, a cidade entrou para o seleto ranking dos melhores roteiros do mundo da TripAdvisor, com o roteiro Walking Tour Becos de Tiradentes, classificado como excelente por mais de 600 usuários da plataforma e por isso, qualificado como 5 estrelas. (fotografia acima de César Reis)
          Por sua alta qualificação e pontuação entre os usuários da plataforma, Tiradentes ficou entre os 25 melhores roteiros turísticos do mundo no quesito Traveller´s Choice Best of the Best 2023. Traduzindo para o português: “Melhor dos melhores na escolha do viajante”.
          Ou seja, entre os milhares de usuários TripAdvisor que participaram da votação e escolha, a cidade de Tiradentes está entre as melhores das melhores, através do seu roteiro Walking Tour Becos de Tiradentes que ficou em 1° lugar na categoria “Melhores experiências gerais” no Brasil e em 4° da América do Sul.
           O Walking Tour Becos de Tiradentes é um passeio histórico-cultural-ecológico de 2h30 a pé pelas paisagens, ruas e becos urbanos de Tiradentes. Em 2h30 minutos de caminhada, o turista andará pelos becos e ruas da cidade, conhecerá bosques, igrejas, casarões e a história da cidade. (na foto acima do César Reis, canal no Bosque Mãe D´Água, construído por escravos. A água cai no Chafariz São José e serviu para abastecer a cidade)
Roteiros de peso no ranking
          O roteiro tiradentino premiado entre os melhores roteiros turísticos do mundo foi o único do Brasil entre os 25 escolhidos pela plataforma, que contou com roteiros internacionais de peso entre os 25 eleitos, como a excursão ao Taj Mahal, em Nova Déli, na Índia, o Walking Tour em Florença, na Itália, a excursão ao subterrâneo do Coliseu, em Roma e a visita guiada do museu do Louvre, em Paris, na França. (foto acima de César Reis)
Outros roteiros
          Esse não é o único roteiro turístico de Tiradentes. Tem o “Minas Gerais do Ouro e Barroco”, para os turistas que desejam conhecer os patrimônios históricos da cidade. Tem ainda o roteiro “Desvendando os segredos e riquezas da Estrada Real” e “Mineiridade – Nossa história”. (foto acima de Matheus Freitas/@m.ffotografia)
          Pra quem quer conhecer a riqueza da culinária mineira, Tiradentes é a cidade ideal. Na cidade o turista pode desfrutar da típica cozinha mineira, bem como conhecer as delícias da culinária de Tiradentes. O roteiro ideal para quem quer conhecer a culinária local é a Rota do Queijo. 
          Para quem ama a natureza, tem roteiro também. É a Rota das Águas Verdes, tendo do Rio Elvas, córregos, lagos, poços e cachoeiras. Pra quem gosta de esportes mais radicais, o roteiro é a Rota das Estações com trilhas de bike em grupos pelas belezas naturais da cidade, como por exemplo, a Serra de São José.
          Seja bem-vindo a Tiradentes!

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Itapecerica: cidade histórica e berço do Centro-Oeste Mineiro

(Por Arnaldo Silva) Itapecerica é uma acolhedora e charmosa cidade histórica mineira. Situado na Região Oeste de Minas, o município conta com cerca de 22 mil habitantes está a 180 km de Belo Horizonte, nos limites entre os municípios de Camacho, Carmo da Mata, Cláudio, Formiga, Pedra do Indaiá, São Francisco de Paula e São Sebastião do Oeste. O acesso para o município é pela MG-164 e MG-260.
          Cidade tranquila, povo hospitaleiro e trabalhador, conta com uma boa estrutura urbana, um bom setor de prestação de serviços, comércio variado, inclusive com lojas de artesanato, pousadas e hotéis aconchegantes e restaurantes com pratos típicos. (fotos acima de Jad Vilela)
          Sua economia tem como base a pequena e média indústria, em especial, a calçadista, seguindo pela setor, o segundo setor que mais gera empregos na cidade, a agropecuária, o comércio local e o turismo.
Origem
          A história de Itapecerica começa a partir de 1696, no século XVII, quando chega à região do Vale do Itapecerica o bandeirante Lourenço Castanho de Taques, em busca de metais preciosos. Várias bandeiras e garimpeiros começaram a chegar ao território mineiro de ponta a ponta no final do século XVII. (foto acima de Wilson Fortunato)
          A bandeira de Lourenço Castanho de Taques, deixou a região da Vila de São José, atual Tiradentes MG, rumo a Capitania de Goiás, com o mesmo objetivo. Entre caminhos abertos por indígenas, chamados de picadas ou abrindo outras picadas na mata e muita caminhada, paravam no que é hoje o Centro-Oeste mineiro, para descanso. 
          Em um desses lugares de parada de bandeirantes e garimpeiros, originou-se Itapecerica, quando outro bandeirante, Feliciano Cardoso de Camargo, resolveu fixar-se nesta região, já que encontraram minas de ouro nas redondezas de Tiradentes e São João Del Rei.
          De ponto de parada de bandeirantes, tropeiros e garimpeiros no início do século XVIII, tornou-se arraial em 1744 com o nome de São Bento. Em 20 de novembro 1789 o arraial foi elevado a vila pelo Visconde de Barbacena, governador de Minas Gerais nesta época. Essa data é reconhecida como o dia e ano da fundação da cidade.
          Em 4 de outubro de 1862 a vila é elevada a município com o nome de São Bento do Tamanduá, mas no mesmo ano, o nome é mudado para Itapecerica, nome Tupi-guarani que significa “Pedra Lisa e Escorregadia”.
Berço cultural do Centro-Oeste Mineiro
          Itapecerica é uma das mais belas e uma das mais bem preservadas cidades históricas de Minas Gerais.
          Em suas ruas, fazendas centenárias, igrejas e casarões, estão um pouco da história de Minas, bem como a cultura, religiosidade e gastronomia mineira, presentes no Festival de Inverno e Festival da Gastronomia Rural, dois eventos de grande importância na região. (na foto acima de Mardem Mendonça, o Festival de Gastronomia Rural de 2023)
          Tem ainda a Feira de Artesanato João Faísca, realizada aos sábados na Praça do Coreto e as festas religiosas e folclóricas como o Reinado e Folia de Reis, evidenciando o valor que a cidade dá à tradição, religiosidade, cultura e artesanato local. (na foto acima a Praça do Coreto. Arquivo Prefeitura Municipal/@divulgação)
          Além disso, tem as apresentações da Lyra Santa Cecília, fundada em 1908.
          Logo nas duas entradas da cidade, pela MG-260 e MG 164, percebe-se porque Itapecerica é considerada o berço cultural do Centro-Oeste de Minas.
          Na entrada BR-494, antes da entrada para MG-260 está Gonçalves Ferreira. Embora hoje com poucos moradores, o pequeno povoado faz parte da história da cidade. Nesse povoado estão as ruínas da estação ferroviária e a da Capela de Nossa Senhora das Mercês.
A Aldeia Pataxó Muã Mimatxi
          Já entrando na MG-260, no distrito de Lamounier, nas proximidades da cidade está a Aldeia Indígena Pataxó Muã Mimatxi, na Fazenda Modelo, numa área de reserva demarcada em 2006. Vivem na aldeia Pataxó, cerca de 60 indígenas originários do Sul da Bahia.
          
Na comunidade, os Pataxós Muã Mimatxi preservam sua ancestralidade, pintando o corpo com pigmentos que eles próprios fazem, dançam, tocam instrumentos musicais, revivem suas festas típicas e mantêm seus costumes. Vivem da agricultura de subsistência e do artesanato. (na foto acima, ladeado por indígenas Pataxós, o prefeito de Itapecerica, Wirley Rodrigues Reis)
          Visitar a aldeia é conhecer a cultura e história dos povos indígenas na região, bem como seus usos e costumes, em especial o artesanato que é riquíssimo.
Entrando na cidade
          
Após a Aldeia dos Pataxós Muã Mimatxi, vê-se o letreiro “Eu Amo Itapecerica””. Pronto, já está na cidade, agora é andar pelas ruas históricas e conhecer Itapecerica por dentro bem como a vocação secular de seu povo na arte da cutelaria, marcenaria, além dos mestres cervejeiros, das famosas quitandeiras, artesãos e luthiers que fabricam instrumentos musicais de corda e acordeons. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          Quem vem pela MG-164 tem como primeira opção conhecer a primeira igreja da cidade, a Igreja de São Francisco da Ordem Terceira de Santo Antônio. Iniciada em 1790, no século XVIII, foi concluída em 1801, já no século XIX. (fotografia acima de Jad Vilela)
          A igreja em estilo barroco e ornamentação em estilo rococó, tem como principal atração a imagem do Senhor Morto, esculpida em Portugal, totalmente em madeira. 
Arquitetura colonial urbana
          
É no centro da cidade que estão os principais casarões, chafariz, coreto, igrejas, escolas, hotéis e restaurantes da cidade. Ao andar pelas ruas e praças da cidade, perceberá um zelo enorme de seus moradores para com o seu patrimônio.
          Cidade limpa, casario preservado e muito bem cuidado, praças bem cuidadas, monumentos e prédios públicos belíssimos e muito bem conservados. (fotografia acima de Jad Vilela)
          A Praça do Coreto é o ponto inicial para conhecer um pouco da história de Itapecerica. É nessa praça que acontece os principais eventos sociais, culturais e religiosos da cidade como carnaval, festivais e outras festas tradicionais. (foto acima do Festival de Gastronomia Rural de 2022- Arquivo Prefeitura Municipal)
          É uma praça muito bem cuidada, bem preservada, com jardins bem cuidados, bancos, fontes luminosas e toda a beleza do centro da cidade em seu entorno.
           Saindo da Praça do Coreto, na subida da Rua Cônego Cesário, temos um belíssimo chafariz e belos casarões coloniais muito bem conservados nas proximidades. (fotografia acima de Jad Vilela)
          A imponente e belíssima Matriz de São Bento, iniciada em 1825 e concluída em 1912, é outro ponto obrigatório para se conhecer, principalmente em seu interior com belíssimas talhas e entalhes em estilo rococó em seus altares e pinturas. (fotografia acima Prodlik Imagens - Prefeitura Municipal/Divulgação)
          No altar-mor, está a imagem em madeira de São Bento esculpida em Portugal entre 1750 e 1755. Na praça da Matriz, também chamada de Praça São Bento, arborizada, aprazível e bem cuidada, pode se conhecer a Biblioteca Municipal e outros casarões coloniais.
          Na rua em frente a Matriz, tem a Igreja de Nossa Senhora das Mercês ou Igrejinha das Mercês, como é chamada. Foi construída no século XIX, embora não tenha data precisa de sua construção. Seu estilo segue os padrões do início do século XIX, bem como suas talhas e ornamentações internas. Em seu altar-mor encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Bom Parto. (foto acima arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação)
          Saindo da Praça São Bento, no sentido Praça do Coreto, encontramos a Rua Juscelino Kubitschek. Nesta rua e em suas proximidades, está o belo prédio histórico da Câmara de Vereadores e outros belos sobrados, casarões coloniais. 
          Nas proximidades desta rua encontramos uma pequena e bela praça e à sua frente, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, com seu altar em estilo rococó, com talhas em madeira bem trabalhadas. (fotografia acima de Wilson Fortunato)
          Esta igreja é datada de 1819, mas sofreu drásticas modificações em sua fachada no início do século XX, perdendo com isso seu estilo barroco original, embora seu interior tenha sido preservado de modificações drásticas. As festas do Reinado acontece na praça em frente a igreja.
          Em frente a Câmara Municipal temos a Praça Alexandre Szundy e outras belas construções nas proximidades, como por exemplo o Casarão do Elpídio Couto, conhecido como Casarão da Mita, onde atualmente funciona uma loja. É um imponente casarão em dois pavimentos. Foi construído entre 1910 e 1915. (fotografia acima de Wilson Fortunato)
          Andando pelas ruas da cidade encontrará outras casas, casarões e sobrados coloniais, bem como pequenas capelas, como a Capela do Passo de Santa Rita, próximo a Rua Cônego Domiciano, o Casarão da Cooperativa, construído em 1905, a Praça Melo Vianna, hoje Praça Dom José Medeiros Leite, construída em 1936, dentre outros atrativos históricos como a sede da Prefeitura (na foto acima arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação e na foto abaixo do Elpídio Justino de Andrade, o prédio da Câmara Municipal)
Fazendas centenárias e belezas naturais
          Para os amantes da natureza, em Itapecerica nasce o rio Itapecerica. Nasce no Morro do Calado, com o nome de Rio Vermelho. Descendo o relevo montanhoso do município, recebe as águas dos rios Gama e Santo Antônio. Em seu trecho por Itapecerica, encontramos cascatas e cachoeiras como a Pouso Alegre e Olga que formam poços propícios para banhos.
          
Nas proximidades do Rio Itapecerica encontra-se fazendas coloniais e hotéis fazendas como como a Pousada Caixa D´Água, a Fazenda Capetinga e Fazenda Palestina ( na fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
          Além disso, em Itapecerica tem o Mirante da Pedra, com vista de 360 graus para vales e serras da região. Á noite, é possível ver as luzes das cidades vizinhas. Tanto à noite como durante o dia, a vista é maravilhosa.
          Itapecerica faz parte da história, cultura, religiosidade e gastronomia mineira. (foto acima arquivo Prefeitura Municipal/Divulgação, Festa do Reinado de N. S. do Rosário)
          Vale a pena conhecer, vale a pena visitar Itapecerica.

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