O município conta com apenas 2012 habitantes, segundo Censo do IBGE de 2022. Está apenas 121 km de Belo Horizonte e faz limites com Morro do Pilar, São Sebastião do Rio Preto, Passabém, Santa Maria de Itabira, Itabira, Jaboticatubas e Santana do Riacho.
Sua história secular pode ser percebida nas construções coloniais rurais e urbanas e também do pacato e charmoso distrito de Cabeça de Boi, um dos melhores refúgios de Minas Gerais para quem busca sossego e tranquilidade.
Sua história secular pode ser percebida nas construções coloniais rurais e urbanas e também do pacato e charmoso distrito de Cabeça de Boi, um dos melhores refúgios de Minas Gerais para quem busca sossego e tranquilidade.
Além disso, a cidade de Itambé do Mato Dentro conta com belas e paradisíacas cachoeiras como a Cachoeira da Maçã, da Lúcia, da Vitória, da Serenata, do Intancado, dentre outras paradisíacas cachoeiras e belezas da da Serra do Cipó, as cavernas com pinturas rupestres de 8 a 12 mil anos, além de sua cultura e tradições seculares como a culinária a base de banana com melado, bem como a tradicional cozinha mineira, as festas folclóricas e religiosas.
Não são apenas as belezas naturais, cultura, história e gastronomia que tornou Itambé do Mato Dentro conhecida no mundo e sim por um homem que optou em viver em uma caverna na região.
Um homem que vivia em caverna?
Por incrível que possa parecer, tem quem opte por viver como um troglodita, um ser pré-histórico e eremita. Um homem com as características de um homem pré-histórico, troglodita e ermitão, viveu em uma caverna em Itambé do Mato Dentro MG.
Troglodita é em referência a um povo africano que habitava cavernas, mas atualmente, é um termo usado para descrever qualquer pessoa que viva em cavernas. Já o ser pré-histórico eram os homens que viviam antes do surgimento da escrita e um eremita, é um indivíduo que foge ao convívio social, que vive sozinho.
Dominguinhos da Pedra
Um homem que vivia em caverna?
Por incrível que possa parecer, tem quem opte por viver como um troglodita, um ser pré-histórico e eremita. Um homem com as características de um homem pré-histórico, troglodita e ermitão, viveu em uma caverna em Itambé do Mato Dentro MG.
Troglodita é em referência a um povo africano que habitava cavernas, mas atualmente, é um termo usado para descrever qualquer pessoa que viva em cavernas. Já o ser pré-histórico eram os homens que viviam antes do surgimento da escrita e um eremita, é um indivíduo que foge ao convívio social, que vive sozinho.
Dominguinhos da Pedra
Esse homem se chamava Domingos Albino Ferreira (07/01/1923) – em Dom Joaquim MG, registrado em Passabém MG – Faleceu em 28/01/2011 – em Itambé do Mato Dentro MG). Seu documento consta que nasceu no ano de 1924, mas ele afirmava que foi em 1923.
Filho de José Ferreira de Araújo e Maria Albina da Costa. O casal teve cinco filhos: Antônio, Maria, Antônia, Geraldo e Dominguinhos, que era o caçula.
Na sua juventude, Dominguinhos deixou sua cidade rumo a São Paulo, onde trabalhou como vendedor de pipoca e catava ferro-velho pra vender. Deixou São Paulo indo para o Mato Grosso, onde trabalhava como “balaeiro”. Fazia balaios para as carvoarias da região. No Mato Grosso ficou pouco tempo, voltando para Minas na final da década de 1960, para trabalhar em uma fazenda em Dom Joaquim MG, a 200 km de Belo Horizonte.
Foi nessa época que Dominguinhos mudou drasticamente de vida, deixando a cidade, sua vida e trabalho, para se isolar e viver em uma caverna. Tinha cerca de 37 anos quando fez essa opção. Perambulando pela Serra do Cipó, pernoitava em pedras, até encontrar uma caverna em um lugar chamado Rochas, na estrada entre Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo, a 10 km de Itambé do Mato Dentro MG. Dessa caverna fez seu lar e nela viveu por 42 anos, até sua morte, em 2011.
Filho de José Ferreira de Araújo e Maria Albina da Costa. O casal teve cinco filhos: Antônio, Maria, Antônia, Geraldo e Dominguinhos, que era o caçula.
Na sua juventude, Dominguinhos deixou sua cidade rumo a São Paulo, onde trabalhou como vendedor de pipoca e catava ferro-velho pra vender. Deixou São Paulo indo para o Mato Grosso, onde trabalhava como “balaeiro”. Fazia balaios para as carvoarias da região. No Mato Grosso ficou pouco tempo, voltando para Minas na final da década de 1960, para trabalhar em uma fazenda em Dom Joaquim MG, a 200 km de Belo Horizonte.
Foi nessa época que Dominguinhos mudou drasticamente de vida, deixando a cidade, sua vida e trabalho, para se isolar e viver em uma caverna. Tinha cerca de 37 anos quando fez essa opção. Perambulando pela Serra do Cipó, pernoitava em pedras, até encontrar uma caverna em um lugar chamado Rochas, na estrada entre Morro do Pilar e Santo Antônio do Rio Abaixo, a 10 km de Itambé do Mato Dentro MG. Dessa caverna fez seu lar e nela viveu por 42 anos, até sua morte, em 2011.
Dominguinhos falando com a imprensa. Foto: Sérgio Mourão/@encantosdeminas
Era conhecido na região como “Maluco Beleza” por seu jeito peculiar e diferente, mas se tornou nacionalmente conhecido como “o Homem de Itambé”, após ser tema de um documentário produzido pela Rede Record. Sua história passou a ser tema de filmes e reportagens de revistas, jornais nacionais e outras emissoras de TV do Brasil e do exterior, como da BBC de Londres. Com o destaque na imprensa nacional e internacional, Dominguinhos passou a ser conhecido como “o último homem a viver em cavernas no mundo”, por não existir, em pleno século XX e XXI, relatos de alguém vivendo isolado em caverna no planeta.Sua opção de vida, seus costumes, seu jeito de ser, pensar, viver e agir despertava curiosidades, não apenas nas pessoas que o visitavam, mas também a historiadores, antropólogos e sociólogos, justamente por suas características que se assemelhavam aos hábitos e comportamentos dos homens pré-históricos.
Mas por quê viver em uma caverna?
O que leva uma pessoa abandonar o conforto de um lar, a segurança de uma família, o convívio com amigos para viver isolado em uma caverna? No caso de Dominguinhos, foi desilusão amorosa.
Quando trabalhava em uma fazenda em Dom Joaquim MG, se apaixonou perdidamente pela filha do patrão, um rico fazendeiro da região. Seus cortejos e demonstrações de amor foram ignorados pela moça.
Sentindo-se rejeitado e não correspondido em seu amor, optou não ter mais contato com mulheres. Como sinal de revolta, decidiu se isolar do mundo, peregrinando pela Serra do Cipó, tendo as pedras como travesseiros e a lua como cobertor, até encontrar uma caverna em Itambé do Mato Dentro MG e nela fixar moradia até o fim de sua vida.
A vida em caverna
O fato de uma pessoa viver em uma caverna, deixava muita gente curiosa em saber como era viver isolado da civilização, sem infraestrutura e conforto algum. Como se alimentava, como enfrentava o frio, como convivia com répteis, onças, lobos, jaguatiricas? O que comia? Como arrumava comida? Como via a realidade politica e social do país e região? Quem procurou conhecer Dominguinhos tentava entender e buscar respostas dele mesmo sobre essas perguntas.
Como era Dominguinhos?
Quando trabalhava em uma fazenda em Dom Joaquim MG, se apaixonou perdidamente pela filha do patrão, um rico fazendeiro da região. Seus cortejos e demonstrações de amor foram ignorados pela moça.
Sentindo-se rejeitado e não correspondido em seu amor, optou não ter mais contato com mulheres. Como sinal de revolta, decidiu se isolar do mundo, peregrinando pela Serra do Cipó, tendo as pedras como travesseiros e a lua como cobertor, até encontrar uma caverna em Itambé do Mato Dentro MG e nela fixar moradia até o fim de sua vida.
A vida em caverna
O fato de uma pessoa viver em uma caverna, deixava muita gente curiosa em saber como era viver isolado da civilização, sem infraestrutura e conforto algum. Como se alimentava, como enfrentava o frio, como convivia com répteis, onças, lobos, jaguatiricas? O que comia? Como arrumava comida? Como via a realidade politica e social do país e região? Quem procurou conhecer Dominguinhos tentava entender e buscar respostas dele mesmo sobre essas perguntas.
Como era Dominguinhos?
Era muito tranquilo, de feições leves, olhar sereno, inteligente e sábio. De fala mansa e jeito dócil, pronunciava as palavras erroneamente, mas todos entendiam. Dominguinhos não sabia ler e nem escrever. Era analfabeto.
De olhar sereno, era muito educado e sempre gentil com todos. Respondia perguntas com muita inteligência, mas gostava de perguntar mais que responder. Não era calado, gostava de falar e muito.
Embora tinha uma visão muito confusa da realidade social do país, confundia as épocas, misturando fatos dos anos 50 e 60 com fatos atuais. Falava mais do passado, do que presente, mas sempre ouvia assuntos de política, de quem era o presidente do país, governador, prefeitos, das pessoas que o visitava em sua caverna. Não ouvia rádio e não via televisão. Sabia do que falavam para ele.
Tinha noção de justiça social e do trato da coisa pública, não gostava de corrupção e injustiça. Sua compreensão de amor ao próximo era exemplar. Quando era indagado sobre Deus, com plena convicção se declarava ateu. Não tinha crença religiosa alguma. Era um homem bem simples e firme em suas crenças, opiniões e posições.
Como vivia Dominguinhos?
De olhar sereno, era muito educado e sempre gentil com todos. Respondia perguntas com muita inteligência, mas gostava de perguntar mais que responder. Não era calado, gostava de falar e muito.
Embora tinha uma visão muito confusa da realidade social do país, confundia as épocas, misturando fatos dos anos 50 e 60 com fatos atuais. Falava mais do passado, do que presente, mas sempre ouvia assuntos de política, de quem era o presidente do país, governador, prefeitos, das pessoas que o visitava em sua caverna. Não ouvia rádio e não via televisão. Sabia do que falavam para ele.
Tinha noção de justiça social e do trato da coisa pública, não gostava de corrupção e injustiça. Sua compreensão de amor ao próximo era exemplar. Quando era indagado sobre Deus, com plena convicção se declarava ateu. Não tinha crença religiosa alguma. Era um homem bem simples e firme em suas crenças, opiniões e posições.
Como vivia Dominguinhos?
A vida em uma caverna não é nada fácil. Conservador, Dominguinhos tinha hábitos bastante peculiares. Tinha firmeza em suas convicções, como por exemplo a crença de que tomar banho faz à saúde. Diante dessa crença, raramente tomava banho e quando tomava, não usava sabonete e nem creme dental quando escovava os dentes. Se alimentava de arroz, feijão, ovos, frutas e legumes. Raramente comia carne. Seus alimentos ficavam pendurados no teto da caverna para que animais não os comece. Quando suas unhas cresciam, as cortava usando um facão.
Usava roupas surradas, andava descalço, era magro, rosto pontiagudo e pequeno, barba e cabelos longos. Era visto sempre cantando para os visitantes, mesmo sem saber cantar, acompanhado de um velho violão que tocava, mesmo que tinha uma, duas ou três cordas. E ainda não sabia tocar violão, mas tentava sempre ser gentil e agradável às pessoas que o visitava.
Docilidade, gentileza e simplicidade, eram suas características. Gostava de agradar quem o visitava. A hospitalidade era uma de suas principais características. Sua alegria, simplicidade e coração puro, era o melhor que ele tinha a oferecer.
Recusava toda tentativa de ressocialização, até que a comunidade entendeu que era a vida que ele optou em viver e nessa vida, sentia-se feliz.
Doença e aposentadoria
Com o passar do tempo, a idade foi chegando e com a idade, as doenças. Com a ajuda da comunidade, conseguiu se aposentar e contou com a ajuda de uma pessoa, que exerceu o papel de seu procurador, recebendo por ele sua aposentadoria e lhe ajudando no que precisava, principalmente na questão de saúde.
Dominguinhos afirmava ter diabetes desde a época que trabalhou para o fazendeiro em Dom Joaquim MG. Nos seus últimos anos de vida, dizia estar com câncer.
Muito doente, foi internado no Hospital Carlos Chagas em Itabira MG, onde veio a falecer.
Lendário, icônico e emblemático
Seu modo de vida e personalidade, transformou Dominguinhos da Pedra em uma lenda da Serra do Cipó. Mais que isso, se tornou um personagem icônico e emblemático de Minas Gerais em vida e após sua morte.
Homenagem a Dominguinhos
Docilidade, gentileza e simplicidade, eram suas características. Gostava de agradar quem o visitava. A hospitalidade era uma de suas principais características. Sua alegria, simplicidade e coração puro, era o melhor que ele tinha a oferecer.
Recusava toda tentativa de ressocialização, até que a comunidade entendeu que era a vida que ele optou em viver e nessa vida, sentia-se feliz.
Doença e aposentadoria
Com o passar do tempo, a idade foi chegando e com a idade, as doenças. Com a ajuda da comunidade, conseguiu se aposentar e contou com a ajuda de uma pessoa, que exerceu o papel de seu procurador, recebendo por ele sua aposentadoria e lhe ajudando no que precisava, principalmente na questão de saúde.
Dominguinhos afirmava ter diabetes desde a época que trabalhou para o fazendeiro em Dom Joaquim MG. Nos seus últimos anos de vida, dizia estar com câncer.
Muito doente, foi internado no Hospital Carlos Chagas em Itabira MG, onde veio a falecer.
Lendário, icônico e emblemático
Seu modo de vida e personalidade, transformou Dominguinhos da Pedra em uma lenda da Serra do Cipó. Mais que isso, se tornou um personagem icônico e emblemático de Minas Gerais em vida e após sua morte.
Homenagem a Dominguinhos
Após sua morte e entendendo que Dominguinhos da Pedra faz parte da história de Itambé do Mato Dentro e da Serra do Cipó, bem como para manter viva sua memória, a Prefeitura Municipal de Itambé do Mato Dentro, através da Secretaria de Cultura, encomendou uma estátua em tamanho natural do eremita.
A obra foi feita pela escultora Rosilândia Patrícia e instalada no local próximo à caverna em que Dominguinhos da Pedra vivia. Feita em concreto armado e ferragens e 3,5 metros de altura, com a base, o monumento retrata Dominguinhos da Pedra com seu inseparável violão de duas cordas.
O lugar é hoje um dos atrativos do município, bem como a história de Dominguinhos da Pedra. A estátua foi instalada próxima a caverna em que Dominguinhos da Pedra viveu por 42 anos em Rochas, a 10 km do município.
Hoje, a estátua, bem como a caverna em que viveu o ermitão, é um dos lugares mais visitados e fotografados da cidade e da Serra do Cipó.
A obra foi feita pela escultora Rosilândia Patrícia e instalada no local próximo à caverna em que Dominguinhos da Pedra vivia. Feita em concreto armado e ferragens e 3,5 metros de altura, com a base, o monumento retrata Dominguinhos da Pedra com seu inseparável violão de duas cordas.
O lugar é hoje um dos atrativos do município, bem como a história de Dominguinhos da Pedra. A estátua foi instalada próxima a caverna em que Dominguinhos da Pedra viveu por 42 anos em Rochas, a 10 km do município.
Hoje, a estátua, bem como a caverna em que viveu o ermitão, é um dos lugares mais visitados e fotografados da cidade e da Serra do Cipó.
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