Entre seus principais acervos está a Praça Minas Gerais, formada por casario colonial em seu entorno, a Igreja de São Francisco de Assis, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, o prédio da antiga Cadeia e Câmara da Cidade e ao centro, o Pelourinho, símbolo maior da dominação portuguesa e subjugação de escravizados. (na foto, o Pelourinho de Mariana e a Igreja de São Francisco de Assis. Foto: Elvira Nascimento)
Origem dos pelourinhos
Pelourinho tem origem na Idade Média. Trata-se de uma coluna de madeira ou de pedra, com suporte para correntes onde criminosos e escravizados que eram amarrados e açoitados em público. A prática medieval foi introduzida no Brasil pelos portugueses exatamente para impor castigos e humilhações públicas a inimigos da dominação de Portugal na colônia, escravizados e criminosos. Durante o Ciclo do Ouro e do Café, pelourinhos passaram a ser instalados em praças, vilarejos e fazendas, entre os séculos XVIII e XVIII, devido ao grande número de escravizados que em trazidos para Minas Gerais. A maioria dos pelourinhos construídos nessa época foram destruídos com o fim da escravidão. (Nas fotos de Leandro Leal, o pelourinho no Centro Histórico de Catas Altas) Projetado e construído por José Moreira Matos, o pelourinho de Mariana foi uma exceção à parte, em relação aos que existiam. Isso porque não foi construído para fins de castigos e sim como monumento cívico para simbolizar a presença e marco da dominação de Portugal. Foi projetado para exaltar a Coroa Portuguesa e da Justiça.
Pelourinho tem origem na Idade Média. Trata-se de uma coluna de madeira ou de pedra, com suporte para correntes onde criminosos e escravizados que eram amarrados e açoitados em público. A prática medieval foi introduzida no Brasil pelos portugueses exatamente para impor castigos e humilhações públicas a inimigos da dominação de Portugal na colônia, escravizados e criminosos. Durante o Ciclo do Ouro e do Café, pelourinhos passaram a ser instalados em praças, vilarejos e fazendas, entre os séculos XVIII e XVIII, devido ao grande número de escravizados que em trazidos para Minas Gerais. A maioria dos pelourinhos construídos nessa época foram destruídos com o fim da escravidão. (Nas fotos de Leandro Leal, o pelourinho no Centro Histórico de Catas Altas)
Em algumas cidades históricas mineiras, os pelourinhos foram preservados com o objetivo de se lembrar do vergonhoso período da Escravidão no Brasil, como em Catas Altas, na Região Central, onde o antigo pelourinho permanece na Praça Monsenhor Mendes, na foto acima, do Leandro Leal. Os pelourinhos simbolizam os tempos sombrios e dos horrores praticados nesse período pelos colonizadores e escravocratas.
O Largo da Sé
Na segunda metade do século XVIII, Mariana era uma das mais importantes cidades da Colônia. A presença do poder da Coroa Portuguesa na cidade concentrava-se no Largo da Sé, atualmente, Praça Cláudio Manoel da Costa, poeta, Inconfidente e natural da cidade. Largo era como se chamavam à época, os espaços públicos destinados a passagem de pedestres, comércio de tropeiros, espaço cívico para manifestações e eventos, além de ser o local onde eram lidos os editais públicos e anunciados as novas ordens e notícias da Coroa Portuguesa. Hoje o nome Largo é raramente usado. Foi substituído por praça. (na foto acima da Jane Bicalho, o casario do Largo da Sé)
O conjunto arquitetônico do Largo da Sé foi formado a partir de 1747 e projetado por José Fernandes Alpoim. No largo, temos o casarão onde residiu Cláudio Manoel da Costa, além da primeira estalagem, primeira casa de intendência e a primeira casa de fundição de Minas Gerais. A praça fica em frente a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, a popular, Sé de Mariana, no Centro Histórico da cidade. A praça dá acesso às tradicionais Rua Direita e Rua Dom Viçoso, ruas onde estão museus e um rico casario colonial. (na foto acima, a Catedral da Sé de Mariana - Foto: Jane Bicalho)
Na segunda metade do século XVIII, Mariana era uma das mais importantes cidades da Colônia. A presença do poder da Coroa Portuguesa na cidade concentrava-se no Largo da Sé, atualmente, Praça Cláudio Manoel da Costa, poeta, Inconfidente e natural da cidade. Largo era como se chamavam à época, os espaços públicos destinados a passagem de pedestres, comércio de tropeiros, espaço cívico para manifestações e eventos, além de ser o local onde eram lidos os editais públicos e anunciados as novas ordens e notícias da Coroa Portuguesa. Hoje o nome Largo é raramente usado. Foi substituído por praça. (na foto acima da Jane Bicalho, o casario do Largo da Sé)
O conjunto arquitetônico do Largo da Sé foi formado a partir de 1747 e projetado por José Fernandes Alpoim. No largo, temos o casarão onde residiu Cláudio Manoel da Costa, além da primeira estalagem, primeira casa de intendência e a primeira casa de fundição de Minas Gerais. A praça fica em frente a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, a popular, Sé de Mariana, no Centro Histórico da cidade. A praça dá acesso às tradicionais Rua Direita e Rua Dom Viçoso, ruas onde estão museus e um rico casario colonial. (na foto acima, a Catedral da Sé de Mariana - Foto: Jane Bicalho)
O pelourinho de Mariana
O Largo da Sé, nome dado ao conjunto formado pela Catedral da Sé, praça, prédios públicos e casario, era o centro do poder português à época, simbolizado pela presença do Pelourinho, instalado em frente a catedral em 1750. (nas fotos acima do Leandro Leal, o Pelourinho de Mariana, a Igreja de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo)
O Largo da Sé, nome dado ao conjunto formado pela Catedral da Sé, praça, prédios públicos e casario, era o centro do poder português à época, simbolizado pela presença do Pelourinho, instalado em frente a catedral em 1750. (nas fotos acima do Leandro Leal, o Pelourinho de Mariana, a Igreja de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo)
Tem em seus detalhes simbólicos um globo no topo, que simboliza as conquistas marítimas dos portugueses. Dois braços seguram dois símbolos: um, uma balança, simbolizando a Justiça, e o outro, uma espada, simbolizando a condenação. Entre os dois braços foi colocado o Brasão de Portugal.
Fim dos pelourinhos
Com a Independência do Brasil em 1822, os símbolos da colonização portuguesa passaram a não serem bem-vistos nas cidades mineiras, além do aumento do engajamento da população pela causa abolicionista e surgimento de leis que limitavam a escravidão, como a Lei do Ventre Livre. Por esses motivos, em 1871, o pelourinho de Mariana foi demolido. Não só o de Mariana, como a maioria dos pelourinhos existentes em Minas Gerais, foram demolidos sem deixarem vestígios, principalmente após a Proclamação da República no Brasil, em 1889.
Em sua maioria, não foram demolidos por ordem dos governantes e sim, pela própria população, por sentir vergonha de terem em suas cidades o símbolo maior do poder da dominação portuguesa e imperial, além de ser a lembrança maior das barbáries ocorridas durante a escravidão. Simbolizava uma lembrança que envergonhava e, de acordo com pensamento à época, precisava ser esquecido e apagado. Poucos pelourinhos permaneceram de pé, principalmente os de madeira. Boa parte dos que existem atualmente, foram reconstruídos ou restaurados, por ser parte da memória e história da cidade.
Fim dos pelourinhos
Com a Independência do Brasil em 1822, os símbolos da colonização portuguesa passaram a não serem bem-vistos nas cidades mineiras, além do aumento do engajamento da população pela causa abolicionista e surgimento de leis que limitavam a escravidão, como a Lei do Ventre Livre. Por esses motivos, em 1871, o pelourinho de Mariana foi demolido. Não só o de Mariana, como a maioria dos pelourinhos existentes em Minas Gerais, foram demolidos sem deixarem vestígios, principalmente após a Proclamação da República no Brasil, em 1889.
Em sua maioria, não foram demolidos por ordem dos governantes e sim, pela própria população, por sentir vergonha de terem em suas cidades o símbolo maior do poder da dominação portuguesa e imperial, além de ser a lembrança maior das barbáries ocorridas durante a escravidão. Simbolizava uma lembrança que envergonhava e, de acordo com pensamento à época, precisava ser esquecido e apagado. Poucos pelourinhos permaneceram de pé, principalmente os de madeira. Boa parte dos que existem atualmente, foram reconstruídos ou restaurados, por ser parte da memória e história da cidade.
Quando foram destruídos, o objetivo era apagar a vergonha da escravidão, mas hoje, o pensamento é diferente. É não esconder essa parte vergonhosa e assustadora da nossa história e relembrar sim como foram os 388 anos de escravidão no Brasil, para que tal fato nunca se repita e muito menos seja apagado de vez de nossa memória e história.
Réplica do antigo pelourinho
Devido sua importância para a história da cidade, além de sua simbologia, uma réplica idêntica do antigo pelourinho de Mariana, demolido em 1871, foi feita em 1967, por iniciativa da Academia Marianense de Letras, com o objetivo de resgatar um dos símbolos da história do município. Quando a réplica ficou pronta, optou-se por sua instalação na principal praça da cidade, a Praça Minas Gerais, formada a partir de 1760. A réplica do antigo pelourinho foi colocada entre as igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo e de frente para a antiga Câmara e Cadeia da cidade. (nas fotos acima do Vinícius Barnabé, a Praça Minas Gerais com o Pelourinho ao centro e abaixo de Anderson Sá, detalhes do Pelourinho)
O monumento que simbolizava à época a dominação portuguesa, passou a fazer parte do conjunto arquitetônico do principal cartão-postal da cidade e um dos símbolos da história de Minas Gerais, que é a Praça Minas Gerais.
Réplica do antigo pelourinho
Devido sua importância para a história da cidade, além de sua simbologia, uma réplica idêntica do antigo pelourinho de Mariana, demolido em 1871, foi feita em 1967, por iniciativa da Academia Marianense de Letras, com o objetivo de resgatar um dos símbolos da história do município. Quando a réplica ficou pronta, optou-se por sua instalação na principal praça da cidade, a Praça Minas Gerais, formada a partir de 1760. A réplica do antigo pelourinho foi colocada entre as igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo e de frente para a antiga Câmara e Cadeia da cidade. (nas fotos acima do Vinícius Barnabé, a Praça Minas Gerais com o Pelourinho ao centro e abaixo de Anderson Sá, detalhes do Pelourinho)
O monumento que simbolizava à época a dominação portuguesa, passou a fazer parte do conjunto arquitetônico do principal cartão-postal da cidade e um dos símbolos da história de Minas Gerais, que é a Praça Minas Gerais.
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