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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Gouveia: a mineiridade da terra do Cobu

(Por Arnaldo Silva) Típica cidade interiorana mineira, pequena, casario simples, bem conservado, rua principal, praças, a Matriz, um povo simples, bom e hospitaleiro. A cidade preserva sua história e suas tradições religiosas, folclóricas, culturais e gastronômicas.
          A cidade tem uma estrutura urbana muito boa. A maioria de suas ruas são urbanizadas, seu comércio é diversificado e a cidade conta com bons restaurantes, bares, hotéis, pousadas, além de setor de serviços muito bom. (na foto acima, a Matriz de Santo Antônio, do Leandro Leal e o Cobu (foto da Mercearia Paraopeba)
        Como toda cidade mineira, em Gouveia encontramos pequenos, bucólicos e singelos vilarejos como a Vila Alexandre Mascarenhas, Cuiabá, Barão do Guaycuí, Tigre, Caxambu, Água Parada, Onça, Ribeirão de Areia, Bucaína, Espinho, Pedro Pereira, Engenho da Bilia, Engenho da Raquel, Riacho dos Ventos, Camelinho, Picada, Chapadinha, Barracão e Barão de Guaucuí (na foto acima do Rodrigo firmo/@praondevou, a Igreja de N. S. da Conceição em Barão de Guaicuí).
          São lugares pitorescos, simples, tradicionais, rico em história e tradição e gastronomia. Gouveia é Minas no seu mais puro e tradicional estilo. A cidade é bem pacata e tranquila, bem típica das mais charmosas cidades pequenas do interior. O traçado urbano de Gouveia conta com dois eixos: a Avenida JK, seu eixo principal que vai da Praça Padre José Machado à Praça Antônio Almeida, seguindo até a BR-259 e a Avenida Alexandre Mascarenhas, perpendicular ao eixo principal. Esse eixo dá acesso a Fábrica de Tecidos São Roberto.

Entre montanhas e cachoeiras
        Rodeada por cachoeiras, montanhas e vales, Gouveia é um convite ao sossego e descanso. Por esse motivo, é um dos principais destinos mineiros para amantes da natureza, da simplicidade, do sossego e da boa comida mineira. (na foto acima do Marcelo Santos, estrada de acesso a Gouveia)
        A culinária típica mineira é um das mais tradicionais e fortes tradições do município. Em destaque para a broa Cubu, uma iguaria mineira feita de fubá, enrolada na folha da bananeira e assada em forno de barro.
O Cobu
        Também chamado de João-deitado, Mata-homem, Curisco, Broinha-da-roça e Pau-a-pique, a tradicional broa de fubá mineira tem sua origem no início do século XVIII, em Congonhas do Campo MG, Região Central. (imagem meramente ilustrativa - Mercearia Paraopeba)
        A receita da iguaria se expandiu para cidades próximas, como Vila Rica, hoje, Ouro Preto. Foi nessa cidade, que em 1733, foi feito o primeiro registro histórico da iguaria que se tornou popular, a partir dessa época nas cidades e vilas ao longo da Estrada Real, se expandindo por todas as regiões mineiras.
        Nessa época os portugueses e africanos passaram a usar o fubá, ingrediente usado pelos povos indígenas da América há milhares de anos na sua culinária. Além de se popularizar nas cidades e povoados, a partir de Congonhas MG, a receita foi preservada ao longo de mais de 300 anos e hoje está presente em toda Minas Gerais, mesmo com nomes diferentes, mas preservando o modo de preparo original.
Tradicional em Gouveia
        Em Gouveia, o Cobu é tradição popular e de grande importância para a cidade. A iguaria faz parte da cultura gastronômica do município. Pela tradição e preservação da iguaria mineira. De tão popular e tradicional, presente no dia a dia da cidade, Gouveia é considerada a Terra do Cobu.
        Todos os anos, tradicionalmente na segunda quinzena do mês de julho, acontece a Kobufest. Considerada a maior festa regional de Minas Gerais, o evento conta com shows de bandas locais, regionais e também, nacionais, além de barracas com comidas típicas de Minas Gerais. No dias de festa, os visitantes podem saborear o mais autêntico Cobu de Minas Gerais.
História da cidade
        Essa cidade é Gouveia, no Vale do Jequitinhonha. A cidade está a 258 km distante de BH, fazendo limites territoriais com Diamantina, Datas, Conceição do Mato dentro, Santana de Pirapama, Presidente Juscelino e Monjolos. (fotografia acima de Elpídio Justino de Andrade)
        A cidade tem origens por volta de 1740, no século XVIII, com a chegada de garimpeiros à região, durante o Ciclo do Ouro. Vieram em busca de ouro e diamantes mas também de terras férteis, que encontraram no que é hoje, Gouveia.
        Entre os que vieram para a região, estava dona Maria de Gouveia, uma descendente de portugueses, devota de Santo Antônio. Foi dona Maria de Gouveia que mandou erguer uma capela em homenagem ao seu santo de devoção. Em torno da capela, formou-se um pequeno arraial que passou a ser chamado de “Arraial de Santo Antônio de Gouveia, em alusão à fundadora do arraial e ao santo de sua devoção.
        A riqueza gerada pela mineração e terras férteis, aliadas à competência, influência comercial e política de dona Maria de Gouveia, foram preponderantes para o desenvolvimento do arraial. 
        A partir da segunda metade do século XIX, o arraial fundado por Maria Gouveia, prosperou com a chegada á região de Quintiliano Alves Ferreira, o Barão de São Roberto, fazendeiro, minerador, comerciante e empresário, fundador da Fábrica de Tecidos São Roberto. (na foto acima do Marcelo Santos, o casario da Vila São Roberto, construída para abrigar os trabalhadores da Fábrica de Tecidos São Roberto)
          O arraial foi elevado a distrito em 7 de abril de 1841, com o nome de Gouveia, em homenagem à sua fundadora. Em 12 de dezembro de 1953, o distrito foi elevado à cidade emancipada, mantendo seu nome, Gouveia.
O que fazer em Gouveia?
        
Cidade com forte potencial turístico, histórico, arquitetônico e natural, em Gouveia o visitante tem como opções conhecer a Cachoeira de São Roberto (nas fotos acima do Marcelo Santos), a Lagoa Azul, localizada no distrito de Picada é outro atrativo natural, bem como a Pedra Chapéu de Sol, a Serra do Juá e a Serra de Santo Antônio e a Cachoeira de São Roberto, a Cachoeira do Barão e a Estação Ferroviária de Barão de Guaicuhy inaugurada em 1910, no distrito de Barão de Guaycuí
          Além disso, tem o Morro do Camelinho, onde está localizada a primeira Usina Eólica construída na América Latina, no momento não está em atividade.
        Trilhas, que permitem a prática de caminhadas, cavalgadas e ciclismo, conecta o visitante com natureza, proporcionando-lhe bem-estar físico e mental.
        
Além disso, em seu perímetro urbano, se destaca como atrações a Capela de Nossa Senhora das Dores, datada do século XVIII com histórias e origens que remonta o século XVIII. (nas fotos acima e abaixo do Elpídio Justino de Andrade, a Capela de Nossa Senhora das Dores)
          Na Igreja de Nossa Senhora das Dores encontra-se a imagem original de Nossa Senhora das Dores, que pertenceu a Chica da Silva.
        
Tem ainda a Capela Nossa Senhora de Lourdes, a Capela São Geraldo, a Capela Nossa Senhora das Dores, a Capela São Sebastião, a Vila de São Roberto e a Paróquia de Santo Antônio, nas fotos acima da Giselle Oliveira.
        Além disso tem as tradições festas populares tradicionais durante o ano como a Festa de São Sebastião: (Mês de janeiro), Carnaval: (Data Móvel), Semana Santa: (Data Móvel), Festa de Santo Antônio: (01 a 13 de Junho), Quadrilhas: (Mês de junho / julho), Kobufest: (2ª quinzena de Julho), Festa de Nossa Senhora das Dores: (Mês de setembro), Festa de São Geraldo: (Mês de outubro) e Natal: (Mês de dezembro).
Como chegar?
        A partir de Belo Horizonte, pegue a BR-040, sentido Sete Lagoas indo até Curvelo e entrando na MG-231 e entrando na BR-259, sentido Diamantina. (foto acima de Elpídio Justino de Andrade)
        Se preferir, da Rodoviária de BH tem ônibus diário para Gouveia pela viação Pássaro Verde.

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