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sexta-feira, 24 de maio de 2024

A ligação de Minas Gerais com a Ordem dos Cavaleiros Templários

Pela primeira vez em 906 anos, a Ordem dos Cavaleiros Templários tem um Grão-Mestre brasileiro
          Membro do Gran Priorato Templário do Brasil, Cavalaria Espiritual São João Batista, com sede em Carangola, Minas Gerais, o Prior do Sul do Brasil Magnus Officialis Sidení Moratelli trouxe para nós um pouco da história da Ordem dos Cavaleiros Templários. (na foto acima, templo da Ordem Templária em Carangola MG)
          A história da Ordem se divide em três fases: 1ª Fase – 1095 a 1314 – Do nascimento a supressão; a 2ª Fase – 1315 a 1803 – A fase oculta da Ordem e a 3ª Fase – 1804 aos dias de hoje – O neotemplarismo – Ordo Supremus Militaris Hierosolmilitane – Magnum Magisterium (OSMTH-MM).
O nascimento da Ordem dos Cavaleiros Templários
As cruzadas - No ano de 1095, por todos os lados da Europa, se divulgou a mensagem do Papa Urbano II convocando os cristãos para uma cruzada a Terra Santa. No ano seguinte, reuniram-se em Constantinopla vários nobres. Depois de três anos de investidas militares, Jerusalém foi conquistada pelos cruzados em 15/07/1099, sob o comando Godofredo de Bulhões, que se estabeleceu no local que fora atribuído ao “Santo Sepulcro”. Godofredo de Bulhão, foi sucedido por seu irmão, que tomou o título de Rei de Jerusalém – Balduíno I e foi sucedido pelo seu filho Balduíno II. Após a tomada de Jerusalém e a consolidação do Reino Cristão, os nobres europeus que empreenderam na conquista militar, retornaram à Europa, permanecendo em Jerusalém apenas um grupo de 300 cavaleiros. (na imagem acima, festa de São João Batista em Carangola MG)
Nove cavaleiros fundam a Ordem Templária
          Em 1118, um grupo de cavaleiros liderados por Hugo de Payens e Geoffroy de Saint Omer, fundaram uma nova Ordem Religiosa, destinada a Proteção dos Peregrinos. Originalmente conhecida por “Pobres Cavaleiros de Cristo”. Apesar da história assegurar que eles eram nove, só se conhece o nome de oito deles. Hugo de Payens, Godofredo de Saint-Omer, Arcambaldo de Saint-Aignan, Payan de Montdidier, Godofredo Bissot, Hugo Rigaldo e dois registrados apenas pelos nomes de Rossal ou Ronaldo e Gondemaro. O nome do nono Cavaleiro permanece desconhecido. No entanto, existe uma vertente espiritual da Ordem que acredita que o nono cavaleiro era o Mestre Espiritual Oculto. (na foto, Prior do Sul  Sideni Moratelli (com a espada) com Irmãos do Sul)
Obediência a Igreja e ao Papa
          Com a Bula “Omni datum optimum”, de 29 de março de 1139, o Papa Inocêncio II, sujeitou os Templários à autoridade direta do Papa e concedeu-lhes isenções e privilégios que fizeram da Ordem uma estrutura autônoma, com concreta possibilidade de se assegurar uma base econômica forte, de forma a financiar as atividades militares na Terra Santa e na Península Ibérica. (Prioresa de Minas Gerais Maria Aparecida Santana e membros do Priorado de Minas)
          Sucessivamente a Bula “Milites Templi” de 1144, o Papa Celestino II concedeu novos privilégios à Ordem, solicitando doações a favor da causa da Ordem. Dessa forma, os Templários podiam recolher doações diretamente a seus fundos.
O comércio Internacional
          Os Templários foram os primeiros banqueiros da Europa. Desde o princípio, os Templários eram uma organização internacional, embora seus objetivos estivessem na Terra Santa, seu sustento vinha da Europa, onde possuíam terras, recolhiam impostos (dízimos) e recebiam doações. Organizavam feiras e mercados, onde comercializavam sua produção, e com isso construíram uma formidável frota mercante, capaz de transportar peregrinos, soldados e suprimentos, entre a Espanha, França, Itália, Grécia e Alémar. A maioria dos produtos que os templários importavam, tais como, cavalos, ferro e trigo, vinha pelo mar. (na foto, desfile Templário em Portugal)
Declínio e subpressão da Ordem dos Cavaleiros Templários
A queda de Jerusalém - No ano de 1187, mais precisamente, no dia 04 de julho, Saladino avançou pelas terras da Galileia e, nos Cornos de Hattin, travou uma das batalhas mais importantes da idade média, contra o exército cristão, formado pelas tropas do francês Guy de Lusignan, o rei consorte de Jerusalém, o príncipe da Galileia Raimundo de Trípoli e Geraldo de Rideford à frente dos Templários. Estima-se que havia cerca de 60 mil homens – entre cavaleiros, soldados desmontados e mercenários muçulmanos – no exército Cristão; já as forças de Saladino, possuíam cerca de 70 mil guerreiros.
           A estratégia adotada por Guy de Lusignan, contrariando o sugerido por Raimundo, era a de lançar um ataque imediato e pontual, contanto com o apoio dos Templários. O resultado não poderia ser diferente, dada a arrogância de Guy de Lusignan, a derrota foi violenta tendo como consequência: o Rei feito prisioneiro, Raimundo fugitivo, Reinaldo de Chântillon, que combatera em campo, decapitado por Saladino. 
          Após esta batalha, os muçulmanos seguiram para Jerusalém e, depois de um cerco de duas semanas, conquistaram a cidade. Já de posse de Jerusalém (tomada em outubro de 1187), Saladino poupou a vida de Guy, enquanto Raimundo escapou da batalha com sucesso. O pior aconteceu aos Templários, sendo todos mortos em campo, exceto o Mestre, que pouco após foi colocado em liberdade, sob suspeita de que este tivesse se convertido à religião muçulmana para sobreviver.
A inveja de um rei endividado
          Em 1305, o rei da França Filipe IV, “O Belo” resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja Católica. O rei era primo de Jacques de Molay, Grão-Mestre que ele acabaria mandando para a fogueira em 1.314, o delfim Carlos, era afilhado de Jacques. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas formavam uma grande potência econômica e sabia que a Ordem dos Templários possuía várias propriedades e outros tipos de riqueza. Ambicionando a riqueza templária, o rei Filipe IV tentou se filiar à ordem sem obter o esperado sucesso. Com isso, decidiu instaurar uma abnegada perseguição religiosa acusando os integrantes dessa Ordem de praticarem rituais e difundirem crenças afastadas dos dogmas previstos pela Santa Sé. Pressionando o papa Clemente V, o rei da França conseguiu materializar um processo jurídico em que os templários seriam julgados pelos crimes que supostamente cometiam. (na porta do templo em Carangola MG)
O pergaminhos de Chinon
          O chamado Pergaminho de Chinon é um documento histórico, originalmente publicado no século XVII, na obra "A Vida dos Papas de Avignon". Este documento obteve destaque em nossos dias, graças à descoberta pela Dr.ª Barbara Frale. Sabe-se agora que o Papa Clemente V absolvera secretamente o último Grão-mestre, Jacques de Molay, e os demais líderes dos Templários, em 1308, das acusações feitas pela Santa Inquisição. A tradução do texto original feita pelo Comendador Templário, Grã-Cruz, Coadjutor Magistral da OSMTH Magnum Magisterium, Padre Manuel Lopes Botelho, sacerdote da Diocese de Évora, em seu contexto contempla a absolvição dos julgados no ano de 1308, nos dias 17, 19 e 20 do mês de agosto: Frei Jacques de Molay – Grão-Mestre universal de toda a ordem militar do templo, os frades Raybaud de Caron, preceptor das terras ultramarinas; Hugo de Paraud, da França, Geoffroy de Gonneville, de Pictávia e Aqutânia, e Geoffroy de Charney da Normandia. (n foto, o Gran Prior Fernando Bacellar com o Cardeal do Rio de Janeiro Dom Orani, o Capelão da OSMTH Magnum Mafisterium Padre Geraldo e um membro da Ordem de Cristo)
O neotemplarismo
          Carta de Transmissão “Larmenius” - A "Carta de Transmissão" é um manuscrito latino codificado supostamente criado por Fr. Jean-Marc Larmenius em fevereiro de 1324, detalhando a transferência da liderança dos Cavaleiros Templários para Larmenius após a morte de Jacques de Molay. A ela também foi anexada uma lista de 22 grão-mestres sucessivos dos Cavaleiros Templários depois de Molay, terminando em 1804, o nome de Bernard-Raymond FabréPalaprat aparecendo em último lugar na lista, que revelou a existência da Carta em 1804. O documento está escrito em um suposto antigo Codex dos Cavaleiros Templários. (na foto, Dom Albino Neves com o Mestre Robert na Church Templi - Londres)
Ressurgimento da Ordem - Em 4 de novembro de 1804, Fabré Palaprat refundou a Ordem do Templo e revelou a existência da Carta Larmenius ou "Carta de Transmissão". Dentre os feitos do Fabré Palaprat, destaca-se a fundação de uma Igreja Joanita, moldada pelo evangélho de João. Tal fato o levou a prisão. A Regência da Ordem do Templo foi em um estágio seguinte passado para Joséphin Péladan, posteriormente se fundindo com outros grupos ocultistas liderados por Papus, finalmente sendo legalmente incorporado por um grupo belga conhecido como “Ordre Souverain et Militaire du Temple de Jérusalem, OSMTJ”. Atualmente reconhecida como “Ordo Supremus Militaris Templi Hierosolymitani” (OSMTH)
          “Association Belge des Chevaliers de I´Ordre Souverain et Militaire du Temple de Jerusalém – (OSMTH). Em 1933, em Lovaina, o Grande Priorado da Bélgica restaurou o Magistério da Ordem, entregando a regência nas mãos de Théodore Covias, e no ano seguinte (1934) Covias transmite os seus poderes para Émile-Isaac Clément Vanderberg, na qualidade de Regente e Guardião da Ordem.
Sucessão Portuguesa - Em novembro de 1942, durante a ocupação da Bélgica por parte dos alemães, Vanderberg (de origem judaica) considerou oportuno transferir os arquivos do Templo para a cidade do Porto, em Portugal, país neutro em relação a guerra, confiando ao Conde António Campelo Pinto de Sousa Fontes, então regente do Grão Priorado de Portugal, que tomando para si o mandato como Grão-Mestre de todos os Templários. Em 1947, António Campelo Pinto de Sousa Fontes, designou seu sucessor, Fernando Campelo Pinto Pereira de Sousa Fontes, seu filho. E com a morte do pai, Fernando tomou para si o título de Principe Regente. (reunião em Portugal e abaixo reunião na Itália)
          Nesse ambiente controverso, muitos dos Grãos Priorados Internacionais, se auto proclamaram independentes, gerando assim, diversas ramas neotemplárias. Em 2001, a Ordem foi credenciada pelo Conselho Econômico Social das Nações Unidas como uma Organização Não Governamental. Tal reconhecimento, colocou um fim nas pretensões de outras ramas neotemplárias de reivindicarem o título de OSMTJ ou OSMTH.
52º Grão Mestre Templário - Em cerimônia realizada no dia 18 de agosto de 2018, na capela de Fradelos, na cidade do Porto em Portugal, foi aberta a Carta Testamento da OSMTH Magnum Magisterium, onde o então falecido Grão-Mestre Don Fernando de Sousa Fontes, fundamentado no Artigo 11 do Estatuto nomeou como seu sucessor Dom Albino Neves (na foto acima) e outros seis membros da Ordem para formar o Alto escalão. O Grão-Mestre Don Fernando de Sousa Fontes deixou as seguintes nomeações:
• Grão-Mestre: Dom Albino Neves (Brasil)
• Princesa Regente: Maria Suzana Pinto de Fontes (Espanha/Portugal)
• Coadjutor Magistral Geral: Padre Manuel Lópes Botelho (Portugal)
• Legado Magistral Geral: Alexey Andreyev (Rússia)
• Conselheiro Magistral Geral: Nenad Davidovic (Sérvia)
• Inspetor Magistral Geral: Patrick Jouve (França)
• Maria da Glória: Mestre de Cerimônias Magistral Geral (Portugal)
          Em 21 de Agosto de 2022, na Cidade de Castelo de Vide em Portugal, o 52º Grão Mestre – Dom Albino Neves, por decreto magistral cria oito cargos de auxiliares do Grão-mestre denominados de “Audiutor Magnus Magister Scriptor”, escolhidos pela relevância de serviços prestados a OSMTH Magnum Magistérium. Os nomeados para o cargos de “Audiutor Magnus Magister Scriptor”, terão a prerrogativa aconselhar o Grão-Mestre de escolher o novo Grão-Mestre em até 60 dias da vacância do cargo. Nesse período de 60 dias de vacância, assumirá temporariamente o cargo de GrãoMestre o “Audiutor Magnus Magister Scriptor” mais velho. Nesse mesmo evento em Castelo de Vide, foram nomeados: Victor Manuel Chacopino – Grão Prior da Espanha; Nenad Davidovic – Grande Conselheiro General Magistral; Marco Pirillo - Grande Chanceler General Magistral (Itália); Fernando Alves Bacellar – Grão Prior do Brasil; Pe. Manuel Lopes Botelho – Coadjutor General Magistral; Franz Charles – Grão Prior da Bélgica.
          Nesse mesmo evento em Castelo de Vide, Franz Charles – Grão Prior da Bélgica, entregou ao Grão-Mestre Dom Albino Neves, a caneta que pertenceu Émile-Isaac Clément Vanderberg, ratificando assim, da sucessão Belga para a sucessão Portuguesa e por fim, reconhecendo o atual 52º Grão Mestre.
          Em sua visita à Itália em 2019, Dom Albino Neves nomeou como Grande Chanceler Geral Magistral o Cavaleiro Gran Cruz Marco Pirillo que tem conduzido de forma exemplar a tarefa a ele confiada, seja firmando acordos ou na fundação da “International Templar Academy Foundation”, reconhecida pelo Governo de Washington, EUA, tendo o Grão-Mestre sido nomeado como seu presidente honorário.
          Dom Albino Neves já assinou dezenas de acordos entre a OSMTH Magnum Magisterium e Ordem similares, inclusive com a Ordem de São Jorge, acordo que havia sido rompido há 707 anos. Também inaugurou em Portugal o Museu Templário e solicitou a digitalização de mais de 450 mil fichas de filiação da Ordem, presentes em 77 Países do mundo. (na foto acima, o complexo dos templários em Carangola MG visto de cima)
Conheça melhor o Gran Priorato Templário do Brasil visitando o site www.granprioratotemplario.com.br
Contato com a Ordem Templária no Brasil: granprior.brasil@gmail.com

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