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sábado, 15 de julho de 2023

Santana de Alfié: uma joia colonial do barroco mineiro

(Por Arnaldo Silva) Nessa charmosa e tradicional vila colonial mineira, distrito de São Domingos do Prata, no Médio Piracicaba, vivem cerca de 1800 pessoas. Gente de bem, trabalhadora, religiosa, ordeira, simples e hospitaleira, recebem muito bem os visitantes.
          Lugar de clima frio, relevo montanhoso, Santana de Alfié é uma das mais genuínas e belas vilas coloniais mineiras. Seu casario em estilo barroco é bem preservado, bem como sua Matriz, uma das mais belas da região. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
          Por ser um lugar com belezas naturais espetaculares, possui belíssimas cachoeiras e paisagens impressionantes como a Pedra da Baleia, muito usada para a prática de voo livre. Além disso, seu povo preservada com muito zelo suas tradições folclóricas e religiosas como a Folia de Reis, o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, além da tradicional peregrinação à Cruz do Jambreiro, para agradecerem ou pagarem promessas.
Breve história
          A origem de Santana do Alfié data do início do século XVIII, com a chegada em 1730 dos irmãos João e Alexandre Santos. Vieram em busca de terras férteis e também de ouro. Não ficaram muito tempo, devido os lucros serem poucos. João vendeu suas terras, mas seu irmão vendeu apenas uma parte, doando a outra parte à Santa´Ana, ou seja, para a Igreja Católica, em honra à santa. (na foto acima de Elvira Nascimento, uma tradicional e pitoresca venda em Santana de Alfié)
          Em 1751 foi erguida nas terras uma capela dedicada a santa, com um pequeno arraial se formando em seu entorno. Esse arraial era composto basicamente por famílias de mineradores, que trabalhavam na extração de ouro.
          O crescimento foi lento até que em 1840, o povoado foi elevada à distrito, subordinado a Santa Bárbara com o nome de Alfié. Em 1890, Alfié passou a ser subordinado ao município de São Domingos do Prata, sendo elevada a categoria de vila, a partir de então. Em 1920, a Vila de Alfié passou a se chamar, Santana de Alfié.   
O porque do nome Alfié 
          O significado do nome não é conclusivo, mas uma versão popular na região é aceita como a mais próxima da correta, embora tenha outra. Ao menos é o que afirma a sabedoria popular. (na foto acima e abaixo de Elvira Nascimento, interior e exterior da Matriz de Santana de Alfié)
          Nessa época, a mineração era a principal atividade econômica da região. Nessa época, o único lugar que tinha uma balança era Alfié. O peso era certeiro e fiel, não tinha erro. Nessa época o peso era feito pelo olhômetro mesmo ou pelo toque. Quando havia dúvidas sobre o peso das pepitas, o jeito era ir até o povoado e confirmar se o peso era realmente fiel ao que o minerador afirmava ser. Assim combinavam de ir “ao fiel”.
          Assim em caso de dúvidas, todos tinham que ir “ao fiel”, como passou a ser chamado o lugar de pesagem do ouro. Mas, como mineiro tradicionalmente não pronuncia uma palavra inteira e tem o costume de usar o “é” aberto, falava-se “fié” e não, “fiel”. Então, para pesar o ouro, tinha que ir ao “fié” e assim ficou o nome do lugar. Com o tempo a grafia passou a ser escrita “alfié” e o lugar chamado com esse nome.
          Outra versão popular diz que o ouro encontrados em uma mina nas proximidades do vilarejo era de ótima qualidade, fiel ao que esperavam encontrar. Essa mina passou a ser chamada de “fiel” e sempre que queria ouro de qualidade, iam “ao fiel”, para sua busca.
          A primeira versão é a mais popular e mais aceita, embora nem uma e nem outra seja realmente comprovada.
          Conheça Santana de Alfié, uma joia colonial do barroco de São Domingos do Prata e também de Minas Gerais. (na foto acima de Elvira Nascimento, vista parcial de São Domingos do Prata)
          São Domingos do Prata está a 136 km distante de Belo Horizonte faz limites territoriais com Antônio Dias, Jaguaraçu, Nova Era, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba, Alvinópolis, Dom Silvério, Sem-Peixe, São José do Goiabal, Dionísio e Marliéria

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