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segunda-feira, 31 de julho de 2023

Itueta: a cidade trilingüe de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Itueta conta com cerca de 6.500 habitantes. Está a 403 km de Belo Horizonte, no Vale do Rio Doce e faz limite em Minas com Resplendor, Santa Rita do Itueto, Aimorés e Baixo Gandu no Espírito Santo. Seu nome é a junção de duas palavras do tupi. "Itu" significa "muitas e "eta" "cachoeiras. O Rio Doce passa no município, que é ainda banhado pelos rios Manhuaçu e Resplendor, além de córregos, como o Quatis. Ao longos dos trechos desses rios, inúmeras cascatas e cachoeiras são formadas, por isso o nome da cidade. Quem nasce em Itueta é ituetense. (na foto abaixo, fornecidas pela Secretaria de Cultura de Itueta, temos os 3 povos presentes na cidade: Pomeranos, Italianos e brasileiros de origem portuguesa)
Origem de Itueta
          O povoamento do que é hoje o município de Itueta começou a ser formado a partir de 1914, com chegada de imigrantes alemães e em maior número, imigrantes da Pomerânia, os pomeranos. Esses povos se fixaram ao norte, na margem esquerda do Rio Doce, onde formaram várias comunidades.
          Na década de 1930, começou a chegar em terras ituetenses, um grande número de imigrantes italianos, fixando na margem direita do Rio Doce, ao sul de Itueta. Da mesma forma, formaram várias comunidades.
          Região de terras férteis, com muita água e madeira, além de não ser habitada, a imigração contou com apoio dos Governos de Minas Gerais e Espírito Santo, visando atrair os imigrantes, bem como os que já viviam em terras capixabas, para povoarem a região.
          O crescimento e desenvolvimento de Itueta ganhou grande impulso com o surgimento de várias serrarias e ampliação dos ramais da Ferrovia Vitória Minas, na década de 1920. A ferrovia teve seu primeiro trecho inaugurado em 1904, ampliando-se ao longos das primeiras décadas do século passado até Vitória, no Espírito Santo.
          Com os imigrantes italianos, alemães e pomeranos, se instalaram na região, bem como outras famílias de várias regiões mineiras e do Brasil para trabalharem na ferrovia e em outras atividades. Esses povos deram origem ao distrito de Itueta, reconhecido em 1938, subordinado a Resplendor. Em 27 de dezembro de 1947, o distrito é elevado à cidade emancipada. Nascia assim o município de Itueta, na imagem acima fornecida pela Secretaria de Cultura da cidade. (na imagem acima fornecida pela Secretaria de Cultura de Itueta, vista parcial da cidade)
Os imigrantes
          A presença dos imigrantes com formação de colônias e comunidades rurais, foi o marco inicial do povoamento e colonização de Itueta. Os italianos, alemães e principalmente pomeranos, por serem a comunidade maior, preservaram ao longo dos anos, suas origens históricas, arquitetônicas, familiares, gastronômicas, folclóricas e culturais, valorizando com isso as danças, a música e a língua original de seus antepassados. (nas imagens acima fornecidas pela Secretaria de Cultura, produção caseira de fumo de rolo, na propriedade do Sr. Agenor Nicoli, em sua propriedade na comunidade italiana de Santa Luzia)
          Na cidade, o português, o pomerano e o italiano são os idiomas falados. Itueta é uma das poucas cidades no Brasil com características trilíngue, onde seu povo fala três línguas diferentes.
          Várias cidades mineiras têm alemães, italianos, pomeranos e vários outros povos, mas como comunidade organizada, que busca preservar seus idiomas de origem e ainda formada em grande número vivendo em comunidades organizadas e ativas culturalmente, como é o caso das comunidades pomeranas e italianas em Itueta, não tem outra em Minas Gerais.
Formação de comunidades em Itueta
          Em Itueta, os imigrantes e descentes deram origem a duas grandes comunidades, divididas pelo Rio Doce. Pomeranos e alemães concentraram-se ao norte do município e italianos, ao sul de Itueta. A história do município, está diretamente ligada a imigração italiana e principalmente, pomerana, que vieram em maior número e são a maior comunidade de imigrantes pomeranos de Minas Gerais.
          No mapa acima fornecido pela Secretaria de Cultura de Itueta, temos ao norte, as primeiras comunidades povoadas por pomeranos e alemães, com a comunidade da Vila Neitzel sendo a sede do distrito, por ser a maior comunidade entre as demais comunidades pomeranas do norte de Itueta e a mais desenvolvida. Ao sul, temos o distrito de Quatituba, formado pelas comunidades de imigrantes italianos, tendo como ponto de referência Vila de Santa Luzia, a maior e mais desenvolvida comunidade italiana do distrito.
          Em Itueta se dedicaram às atividades agrícolas, desenvolvendo a economia local, bem como impulsionando o crescimento da cidade.
          Tanto pomeranos quanto italianos, chegaram com poucos pertences, após atravessarem o Rio Doce, andando cerca de 40 a 50 km a pé, pela mata fechada, até seus destinos.
          Começaram do nada, construindo barracos simples e formando lavouras, em trabalho duro. Enfrentando ainda as dificuldades iniciais como a resistências dos indígenas Botocudos, nativos da região, o risco de ataques de animais selvagens como lobos, onças e cobras, além das doenças comuns na época como chagas, sarampo, tifo, malária, febre amarela e pragas comuns em matas como pulgas, carrapatos, bicho-do-pé, etc. 
          Com muito sacrifício, dedicação e trabalho, em pouco tempo superaram as dificuldades iniciais,  desenvolveram suas comunidades, construíram casas melhores em pau-a-pique e esteios de braúnas, igrejas. Com o tempo, substituíram as carroças e carros de bois por ônibus e caminhões, facilitando o escoamento da produção e transporte dos moradores das comunidades.
Os Italianos de Itueta – A Vila de Santa Luzia
          Os italianos chegaram à região de Itueta entre 1920 e 1940, fugindo da fome, pobreza e miséria, que assolava a Europa e ainda na eminência da Segunda Guerra Mundial.
          Os imigrantes se estabeleceram inicialmente nos arredores de Alfredo Chaves e Vargem Alta, no Espírito Santo e pouco depois, uma parte desses imigrantes deixou essa região rumo a Itueta. Chegaram a uma terra inabitada, sem povoamento, de Mata Atlântica fechada. (Pelas imagens acima, fornecidas pela Secretaria de Cultura de Itueta, dá para percebermos a evolução da comunidade italiana de Santa Luzia)
          Começaram do zero, construindo suas casas no estilo arquitetônico italiano, bem como igrejas. No braço e com muita disposição, abriram a mata densa na foice, enxada e no arado, para iniciar a produção agrícola. (fotos acima fornecidas pela Secretaria de Cultura de Itueta)
A Nova Itália
          Foram chegando, formando comunidades nas margens de lagoas e cabeceiras do Rio Quati. Inicialmente a comunidade italiana estabelecida ao Sul de Itueta, passou a chamar a região de Nova Itália, sendo a maior e mais estruturada comunidade, a de Santa Luzia. De Nova Itália, o nome foi alterado posteriormente para Quatituba, permanecendo as outras comunidades com seus nomes originais. Todas as comunidades italianas ao sul de Itueta fazem parte do distrito de Quatituba.
A comunidade de Santa Luzia
          Santa Luzia é uma pequena vila que conta com escola, uma igreja com arquitetura tradicional das comunidades rurais mineiras. A igreja é dedicada a Santa Luzia. Foi construída na década de 1940 e em seu entorno há uma singela pracinha, um pequeno comércio, ruas calçadas e poucas casas, além de um cemitério, inaugurado em 26 de maio de 1926. (foto acima de autoria de Luciene Fazolo)
          A comunidade se reúne na vila durante as festividades religiosas como o dia da padroeira da vila, Santa Luzia, no Corpus Christ, Semana Santa e também, nos cultos semanais realizados pela comunidade local e na missa mensal, celebrado por um padre da Paróquia de São João Batista de Itueta, a qual a igreja é subordinada.
          Isso porque a maioria da comunidade viva na zona rural, em pequenas propriedades, trabalhando na agricultura com cultivo de lavouras variados e produção caseira de queijos, cachaças, quitandas, doces, geleias, além da produção de fumo de rolo.
          A pequena vila conta com uma venda típica do interior mineiro. Aquelas vendas que é uma mercearia, armazém, lojinha de miudezas, brinquedos, utensílios domésticos e boteco ao mesmo tempo. Aqueles pitorescos lugares, que tem de tudo e mais um pouco, além de ser um ponto de encontro de amigos da vila para uma longa prosa encostado no balcão acompanhado por um bom tira gosto e cachaça. (fotografias acima da Luciene Fazolo)
          Em Santa Angélica, outra comunidade rural do distrito de Quatituba, temos a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, uma escola e algumas casas. No restante do distrito, a maioria dos italianos e descendentes vivem em seus sítios, fazendas e chácaras.
Preservação das origens italianas
          No distrito de Quatituba, nos povoados e Vila de Santa Luzia os sobrenomes de famílias já é uma clara evidência da presença italiana. São sobrenomes, como Baldon, Fazolo, Benicá, Bonisegna, Pazini, Pancini, Costalonga, Rigo, Zanon, Dalfior, Nico, de Paula, Bonella, Hespanhol, BStefanon, Zorzal, Nicoli, Cremasco, Venturim, Raggio, dentre outros tantos.
          Além disso, principalmente os italianos e seus descendentes mais antigos, preservam a língua italiana, falando em português e italiano. Isso incentiva os mais jovens e crianças e se interessarem pela língua e cultura do país de origens de seus pais e avós, a Itália.
          Não só isso, pelas danças tradicionais como por exemplo a Tarantela e Siciliana. As tradicionais canções folclóricas e populares italianas, bem como diversos cantores e bandas estão presentes no dia a dia dos moradores das comunidades italianas de Quatituba.
          Além disso, vale destacar o valor que a comunidade italiana de Santa Luzia dá à culinária original da Itália, considerada umas das mais ricas e tradicionais cozinhas do mundo.
A Itália
          Formalmente a Itália, como conhecemos hoje, foi criada em 17 de março de 1861. Antes, a região era uma península formada por estados e ilhas independentes. Esses estados e ilhas foram unidos e formaram uma só nação a partir dessa data, no governo do rei da Sardenha Vítor Emanuel II, da Casa de Saboia. Roma se tornou a capital da Itália. A cidade foi fundada em 793 a.C.
          A base da cultura, culinária, arquitetura e tradições italianas, principalmente de sua cozinha, que ao longo dos quase 3 milênios, recebeu influências da cozinha etrusca, da antiga Grécia, da antiga Roma, Bizantina, Hebraica e Árabe. Por isso ser uma cozinha rica em pratos variados e apreciados no mundo todo.
A boa mesa italiana e mineira juntas
          Em Santa Luzia e demais comunidades italianas de Quatituba, os tradicionais pratos da cozinha italiana como a Pizza, o Ravioli, o Spaghetti, a Lasagna, Risotto, Arancino e o Tiramisu são tradicionais. Além disso, tem os tradicionais pães italianos como o Ciabatta, focaccia, fugliese, foscano e o eataly, pão rústicos de fermentação natural. 
          Sem contar o croissant/brioche, o cappuccino, os famosos doces italianos como o cannoli, o zeppole, o pandoro, o pandolce, o struffoli. Sem contar os italianos queijos famosos como a mozzarella, a ricota, o provolone, o Parmesão, o mascarpone e o burrata.
          São pratos sempre presentes nas mesas da comunidade. Em sua maioria, os pratos italianos são a base de massa de trigo, com muito azeite de oliva, vinhos e queijos diversos, já que o país tem tradição milenar na produção de vinhos e queijos, grãos, cereais, legumes, temperos e especiarias.
            Não apenas os pratos italianos, isso porque todo italiano aprecia uma boa mesa e na Vila de Santa Luzia, junto com os pratos típicos da Itália, estão também os pratos típicos de Minas Gerais, como as quitandas, biscoitos, pratos feitos a base de carnes, nossos doces e queijos e cachaça também.
          Comida típica em Santa Luzia é uma tradição valiosa. Nos encontros de famílias, são preparados verdadeiros banquetes no quintal das casas. São pratos italianos e mineiros, acompanhados de bebidas mineiras e italianas. (as fotos de culinária acima foram fornecidas pela Secretaria de Cultura de Itueta e foram feitas na casa do Sr. Agenor Nicoli)
Os Pomeranos de Itueta – A Vila Neitzel
          Incentivados pelos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, diante da necessidade de povoamento do Vale do Rio Doce e a partir de 1914 começaram a chegar à região de Itueta um grande número de descendentes de alemães e pomeranos. Atravessaram o Rio Doce de balsas e canoas, a partir de Baixo Guandu, no Espírito Santo, entrando em terras mineiras e seguindo a pé carregando seus filhos e seus poucos pertences nas costas, por 40 km, abrindo picadas das matas até chegarem ao norte de Itueta, onde fixaram-se em várias comunidades, sempre à beira de córregos e lagoas.
          Eram agricultores, buscavam em Minas Gerais terras férteis, melhores condições de vida e trabalho. A preferência por locais próximos a água era primordial, pois necessitavam de água para fazer a terra produzir.
          Formaram comunidades, suportaram as dificuldades iniciais como desbravar a terra, enfrentar a resistências dos indígenas Botocudos, doenças, etc., mas resistiram. Criaram suas famílias, outras foram surgindo e se formando. Construíram casas, igrejas, escolas, investiram em diversificação da agricultura e em maquinários de ponta para época, enfim a vida seguia enquanto prosperavam. (a imagem acima, cedida pela Secretaria de Cultura de Itueta, mostra momento da inauguração de uma Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil na comunidade pomerana local)
          Hoje são mais de 2 mil descendentes de pomeranos que vivem ao norte de Itueta. A maior comunidade, que surgiu em terras do fazendeiro, também de origem pomerana, Henrique Neitzel, dá nome à comunidade em geral. É dotada de boa estrutura como cemitério, posto de saúde, igrejas, escola, farmácia, mercado, etc. (na imagem acima fornecida pela Secretaria de Cultura de Itueta, a Vila Neitzel)
          Ao andar pela comunidade pomerana, percebe-se claramente a origem germânica de seus moradores, seja na arquitetura, no grande número de igrejas luteranas, nos tons de cabelos, pele e olhos bem claros, na música, na dança, na língua e nos sobrenomes alemães e pomeranos como por exemplos: Shulz, Strutz, Ramlow, Witt, Hermann, Dettmann, Kurth, Roos, Kanke, Ramlow, Laurret, Borchardt, Fleguer, Keplin, Radünz dentre outras dezenas de sobrenomes. (fotos acima fornecidas pela Jeane Shulz)
          O povo pomerano, por tradição, preserva sua história, sua cultura, suas tradições, sua música, suas danças e sua religiosidade. Desde a época da Reforma Protestante na Alemanha, liderada por Martinho Lutero, no século XVI, os pomeranos seguem a religião Luterana. (nas fotos acima fornecidas pela Jeane Shulz, inauguração de uma das Igrejas Evangélica de Confissão Luterana na cidade de Itueta MG)
          Os pomeranos vieram da Pomerânia, um povo de origem milenar que vivia em um território situado entre a Alemanha e Polônia. Era uma região independente, com cultura, tradições, história e língua diferentes do alemão-padrão. Quem nasceu na Pomerânia, não é alemão, é pomerano. São territórios, história, tradição, língua e origens diferentes.
          Com as constantes guerras na Europa, desemprego, fome, pobreza, além da ambição de outros povos por seu território, devido a região ter saída pelo Mar Báltico, os pomeranos foram vítimas de perseguições ao longo dos séculos. Por esses motivos começaram a deixar sua região no século XIX, imigrando-se para os Estados Unidos e Brasil, a partir de 1859. O então território da Pomerânia foi anexado à Alemanha e Polônia em 1945.
          O território foi extinto, mas o povo não. Em todas os países, estados e cidades em que estejam, os pomeranos são unidos, vivem em comunidades e buscam preservar sua memória e sua história, através da sua língua, cultura, tradições, gastronomia e religiosidade.
          Na Vila Neitzel, os descendentes preservam suas raízes ancestrais. Valorizam a culinária pomerana e tem no Brote, um pão típico pomerano e alemão, como sua maior identidade gastronômica. Além disso, falam e estudam o pomerano. Nas escolas que existem nas comunidades, a língua pomerana faz parte do currículo escolar.
          Além disso, preservam os rituais pomeranos do casamento, fúnebres, religiosos e familiares.
          Todos os anos, acontece a Festa do Brote e Festa Pomerana, sempre no mês de agosto. O destaque gastronômico da festa é o Brote, um pão feito com massa de farinha de milho, mandioca, batata-doce e cara, além do grupo de Dança Pomerisch Dansgrup For Minas.
          O grupo foi criado em 2010 com o objetivo de resgatar as vestimentas, a música e seus instrumentos musicais, como a concertina e as danças pomeranas tradicionais, respectivamente. Nas festividades religiosas, de casamentos ou familiares, se apresentam com vestimentas tradicionais pomeranas e principalmente na Festa Pomerana da Vila Neitzel, onde o grupo é principal atração da festa. (na imagem acima fornecida pela Secretaria de Cultura de Itueta, Pomerisch Dansgrup For Minas em apresentações)
A velha Itueta debaixo d´água
          Na primeira década de 2000, a parte urbana da sede de Itueta foi reconstruída em outro local mais elevado, urbanizado e planejado, com toda a população da sede passando a viver na nova Itueta, entre 2004 e 2005.
          A nova Itueta contava com ruas planejadas, igrejas e casario novos, prédios públicos modernos, centro cultural, estação de tratamento de esgoto e de lixo, museu, rodoviária e acesso pavimentado para as cidades vizinhas e BR-259. Em termos de tradição, artesanato, cultura e manifestações populares e religiosas, continuam presentes da mesma forma que antes. (na imagem acima fornecida pela Secretaria de Cultura, o início da construção da Nova Itueta, antes da inundação da velha Itueta)
          A Itueta antiga foi inundada por um mundaréu de água e está toda debaixo d´água, para a formação do lago da Usina de Aimorés. As águas da represa não atingiu os povoados, permanecendo italianos e pomeranos, que continuaram preservados.
          As lembranças de como era a cidade antes de ser submersa, ficaram na mente dos moradores antigos, em fotos e pinturas em telas, como esta acima do artista plástico Alfredo Vieira, de Lagoa Santa MG, que mostra como era Itueta antes de ser submersa pelas águas da represa.
O que fazer em Itueta?
          Além de conhecer a Festa Pomerana, a cultura, gastronomia, história, língua e tradições pomeranas, alemãs e italianas presentes na Vila Neitzel e na Vila de Santa Luzia, o visitante tem como atrativos o lago da Usina Hidrelétrica de Aimorés, no caminho do Rio Doce, que é outro atrativo para a prática de esportes aquáticos, náuticos e da pesca, além da beleza da paisagem de Mata Atlântica. (imagens acima e abaixo fornecidas pela Secretaria de Cultura de Itueta MG)
          Não apenas isso, na zona rural, fazendas de grande valor histórico, belas cachoeiras e cascatas como no rio Quati e nos córregos do Quatizinho e na Pedra do Santo Cristo.
          A origem de Itueta é na imigração europeia mas a cidade não foi formada apenas por descendentes de imigrantes, povos que vieram de Minas Gerais e do Brasil para trabalhar nas serrarias e Ferrovia Vitória Minas, no início do século passado se fazem presentes com sua história, cultura e religiosidade.
          Igrejas Luteranas fazem parte da vida religiosa de Itueta, bem como a Igreja Católica, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, igrejas evangélicas como a Assembleia de Deus, Batista e Presbiteriana, dentre outras denominações religiosas e suas festas religiosas, que são atrativos do município. (na imagem acima fornecida pela Jeane Shulz, Igreja Adventista do 7° Dia em comunidade rural da Vila Neitzel e abaixo, inauguração de Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Itueta MG)
          Entre as festas religiosas, destacamos os festejos da Semana Santa, o Corpus Christi, o dia do padroeiro da cidade, São João, celebrado em 24 de junho, o dia do Evangélico, em 31 de outubro. Tem ainda o dia do aniversário da cidade, comemorado em 27 de dezembro.
          Além disso, a cidade de Itueta, por ter sido reconstruída de forma planejada, com ruas bem traçadas é uma cidade charmosa, acolhedora e atraente. (na imagem acima do Elpídio Justino de Andrade, a represa da Usina Hidrelétrica de Aimorés MG)
          Conta com ótima estrutura urbana, com hotéis, pousadas e restaurantes com comida típica, comércio variado, pequenas indústrias familiares, setor de prestação de serviços de boa qualidade, além da agricultura familiar e os produtos da terra como queijos, doces, quitandas, frutas, verduras e legumes. A agricultura familiar, a pecuária de corte e leiteira são as principais atividades econômicas do município.
          Seu povo é muito gentil, hospitaleiro e recebe bem os visitantes, seja na sede e principalmente nas vilas e povoados de origem italiana e pomerana, como Santa Luzia e a Vila Neitzel.

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