Cidade com uma rica história e patrimônio arquitetônico colonial e sacro de imenso valor para a história de Minas. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
O pequeno arraial formado a partir de 1692, se transformou numa grande cidade dotada de boa estrutura urbana, industrializada e com construções modernas, mas ao mesmo tempo, preservando seu centro histórico com suas igrejas e casarões coloniais.
O pequeno arraial formado a partir de 1692, se transformou numa grande cidade dotada de boa estrutura urbana, industrializada e com construções modernas, mas ao mesmo tempo, preservando seu centro histórico com suas igrejas e casarões coloniais.
Santa Luzia tem atualmente, 219 mil habitantes. Está bem perto de Belo Horizonte, apenas 18 km. Faz divisa com Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa, Sabará, Taquaraçu de Minas e Jaboticatubas. (fotografia acima de Thelmo Lins)
Patrimônios históricos
Patrimônios históricos
Santa Luzia faz parte da Estrada Real. É uma cidade turística com foco no turismo de eventos, rural e no turismo histórico. A cidade preserva suas tradições culturais, religiosas e folclóricas, como a Festa de Nossa Senhora do Rosário, a Folia de Reis e a festa de Santa Luzia, a padroeira da cidade. (na foto acima e abaixo de Thelmo Lins, construções coloniais de Santa Luzia MG)
Além disso, construções coloniais preservadas, concentradas em sua maioria na área do centro histórico, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).
As construções coloniais em destaques na cidade, tem origens nos séculos XVIII e XIX: a Igreja Matriz de Santa Luzia, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a antiga Estação Ferroviária (na foto acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva), a Capela do Senhor do Bonfim, o Solar da Baronesa, o Muro de Pedras que serviu de trincheira durante a Revolução Liberal de 1842, o Solar dos Teixeira Costa e o Mosteiro de Macaúbas, construído a partir de 1714.
O maior patrimônio histórico, arquitetônico, cultural e religioso da cidade é sem dúvidas, o Santuário de Santa Luzia, localizado à Rua Direita.
A Santa Católica é a padroeira da cidade desde sua origem, por isso adotou como nome, Santa Luzia. (na fotografia acima de Elvira Nascimento, a Matriz em destaque)
O milagre de Santa Luzia em Minas
A devoção à Santa Luzia tem origens no início da povoação da região, durante a formação do arraial. A devoção teve início por um milagre alcançado por Leôncio, um pescador que sofria com problemas na visão. Enxergava muito pouco.
Segundo a história, Leôncio avistou um objeto luminoso enterrado num banco de areia, no fundo do Rio das Velhas. Ao retira-la da areia, notou que era a imagem de Santa Luzia, a protetora dos olhos. Orou à Santa e na mesma hora, o pescador recuperou totalmente a visão.
A imagem encontrada por Leôncio foi colocada no altar da primeira capelinha do arraial, erguida por volta de 1701. A pequena ermida tinha apenas 22 passos de comprimento e 12 de largura.
O arraial crescia com a chegada de aventureiros, mineradores, escravos e trabalhadores para trabalharem nas minas de ouro, além da presença constante de tropeiros, no rancho formado nas proximidades. A pequena capela se tornou pequena para atender o grande número de fiéis, tendo por isso, sido ampliada entre os anos de 1721 e 1729.
Relatos de milagres eram atribuídos à Santa Luzia em Minas Gerais, chegando à Portugal e ao conhecimento de Joaquim Pacheco Ribeiro, Sargento-Mor português. O nobre português perdera a visão e estava desenganado pela ciência humana da época.
Acreditando que podia ser curado de sua enfermidade Joaquim Pacheco Ribeiro, fez voto à Santa Luzia, pedindo a restauração de sua visão. Se conseguisse a graça, iria para o sertão mineiro e edificaria um templo em honra à Santa.
A devoção à Santa Luzia tem origens no início da povoação da região, durante a formação do arraial. A devoção teve início por um milagre alcançado por Leôncio, um pescador que sofria com problemas na visão. Enxergava muito pouco.
Segundo a história, Leôncio avistou um objeto luminoso enterrado num banco de areia, no fundo do Rio das Velhas. Ao retira-la da areia, notou que era a imagem de Santa Luzia, a protetora dos olhos. Orou à Santa e na mesma hora, o pescador recuperou totalmente a visão.
A imagem encontrada por Leôncio foi colocada no altar da primeira capelinha do arraial, erguida por volta de 1701. A pequena ermida tinha apenas 22 passos de comprimento e 12 de largura.
O arraial crescia com a chegada de aventureiros, mineradores, escravos e trabalhadores para trabalharem nas minas de ouro, além da presença constante de tropeiros, no rancho formado nas proximidades. A pequena capela se tornou pequena para atender o grande número de fiéis, tendo por isso, sido ampliada entre os anos de 1721 e 1729.
Relatos de milagres eram atribuídos à Santa Luzia em Minas Gerais, chegando à Portugal e ao conhecimento de Joaquim Pacheco Ribeiro, Sargento-Mor português. O nobre português perdera a visão e estava desenganado pela ciência humana da época.
Acreditando que podia ser curado de sua enfermidade Joaquim Pacheco Ribeiro, fez voto à Santa Luzia, pedindo a restauração de sua visão. Se conseguisse a graça, iria para o sertão mineiro e edificaria um templo em honra à Santa.
O lusitano conseguiu a graça. Sua visão foi recuperada e estava são. Veio então para Minas Gerais em 1758 disposto a cumpri sua promessa, acompanhado de Ana Senhorinha, Angélica e Adriana, suas filhas. Nesse mesmo ano, já em Minas Gerais, deu início a construção do templo, no lugar da pequena capela do arraial, no dia em que se comemora o dia de Santa Luzia, 13 de dezembro. (na foto acima da Elvira Nascimento, Santa Luzia vista da torre do sino da Matriz)
A antiga capela ficava de frente para a Rua do Serro, depois que se tornou igreja, sua fachada principal ficou de frente para a Rua Direita.
A antiga capela ficava de frente para a Rua do Serro, depois que se tornou igreja, sua fachada principal ficou de frente para a Rua Direita.
Como a exploração de ouro nessa época estava no auge, a Igreja foi ornamentada e decorada com o ouro extraído do Rio das Velhas, doado pelo minerador Antônio Martins Gil. (na foto acima e abaixo de Thelmo Lins, pinturas e ornamentações dos altares em ouro no interior do Santuário de Santa Luzia)
As impressionantes e excepcionais talhas, ornamentações em estilo rococó nos altares e pinturas internas, foram feitas por Felipe Vieira e Francisco de Lima Cerqueira. Sua construção segue fielmente o estilo Joanino, considerado a segunda fase do Barroco Mineiro. (na imagem abaixo de Thelmo Lins, detalhes das talhas douradas do altar-mor do Santuário de Santa Luzia)
Ao longo dos séculos XIX e XX, a Matriz passou por algumas reformas tanto em sua arquitetura, quanto em suas ornamentações, mesmo assim, preservando boa parte de suas características originais.
A tricentenária Matriz é hoje Santuário e o símbolo da fé e história do povo luziense e um dos mais importantes marcos da fé e história mineira. (na fotografia acima de Elvira Nascimento, o Centro Histórico de Santa Luzia)
Santa Luzia de Siracusa
Luzia foi uma mártir da cristandade, no início do século IV. Seu prenome vem do latim Lux que quer dizer, luz. Por isso é venerada como protetora da vista, na crença católica, a santa que intercede a Deus pela recuperação da visão dos cegos e de quem tem problemas na vista. É italiana e seu nome em italiano é Lúcia, mas canonizada como Luzia de Siracusa. Natural de Siracusa, ao sul da Sicília, na Itália, em 27 de março de 283 D.C., faleceu nesta mesma cidade em 13 de dezembro de 304 D.C, morta durante a perseguição aos cristãos por Diocleciano. (na imagem acima de Elvira Nascimento, as belíssimas pinturas no forro da Igreja de Santa Luzia MG)
Lúcia foi presa e forçada a negar sua fé cristã e converter-se ao paganismo, o que foi prontamente recusado por ela. "Adoro a um só Deus verdadeiro, a quem prometi amor e fidelidade", foi sua resposta. Imediatamente, foi decapitada e sua cabeça, rolou pelo chão. Era o dia 13 de dezembro de 304 D.C.
É uma das mais populares santas da Igreja Católica, venerada ainda pelos cristãos Ortodoxos. Seus restos mortais estão expostos no Santuário de Santa Luzia em Veneza, na Itália, tendo ainda a Igreja de Santa Lucia Sepulcro, em Siracusa, como seu principal local de culto.
É uma das mais populares santas da Igreja Católica, venerada ainda pelos cristãos Ortodoxos. Seus restos mortais estão expostos no Santuário de Santa Luzia em Veneza, na Itália, tendo ainda a Igreja de Santa Lucia Sepulcro, em Siracusa, como seu principal local de culto.
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