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terça-feira, 26 de abril de 2022

O Mercado de Origem e o Museu das Reduções

(Por Arnaldo Silva) Instalado anteriormente em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto MG, o Museu das Reduções foi transferido para o Mercado de Origem, no bairro Olhos D´Água, na região Oeste de Belo Horizonte, às margens da BR-040, a 1,9km do BH Shopping, em frente ao Leroy Merlim e ao BH Outlet .
          Ocupando 14 mil m² de área construída, o Mercado de Origem é um complexo de compras e entretenimento, central de produtos , conhecimentos, tecnologias e eventos relacionados à agricultura mineira e brasileira de todas as regiões. (foto acima e abaixo Mercado de Origem/Divulgação)
          Com o objetivo de ser além de um centro de produtos variados e diferenciados, da agricultura familiar, cultura, sabor e saberes de Minas Gerais, mas principalmente, um ponto de encontro de pessoas e histórias de Minas, do Brasil e do mundo. São cerca de 180 lojas comerciais.
          O quê, que o Museu das Reduções tem a ver com o Mercado de Origem? Tudo a ver.. Primeiro porque é no Mercado de Origem que está funcionando agora o Museu das Reduções.
          Como o Mercado de Origem, além de ser um centro comercial, é um centro de cultura e tradições, por isso, sediar o Museu das Reduções, que é um museu único no Brasil, tem tudo a ver.
O Museu das Reduções
          A formação do Museu das Reduções começou em 1978, com os irmãos Ênnio, Décio, Evangelina e Silva Alves de Vilhena. Aposentados e talentosos artistas, decidiram reproduzir réplicas dos principais monumentos brasileiros, um antigo sonho dos irmãos. Viajaram pelo Brasil, pesquisaram, fotografaram, calcularam os projetos para transformar o sonho em realidade. Os irmãos desenvolveram técnicas e ferramentas que permitiram transformar imponentes construções históricas em pequenas obras de arte, idênticas às originais. (na imagem abaixo, redução do Convento de São Francisco de Assis em Olinda/PE, peça do Museu das Reduções)
          Não se trata de simples réplicas em gesso, acrílico ou resina. Nas peças não há nenhum produto sintético ou industrializado. É uma reprodução autêntica, feita com materiais usados nas construções originais como cimento, tijolo, telhas de barro, amianto e zinco, ferragens, madeira, tinta, lampiões, grades, balaústres, treliças, comportas metálicas, etc., todos esculpidos manualmente, em formatos reduzidos e pintados em cores originais.  (acima e abaixo, fotos de monumentos reduzidos no Museu das Reduções)       
          O Guia 4 Rodas do Brasil, elegeu em 2006, o Museu das Reduções como a melhor atração do país na categoria Contribuição Artística.
Os monumentos do Museu das Reduções
          O acervo do Museu das Reduções é composto por 29 réplicas reduzidas de monumentos de 24 cidades, 15 estados brasileiros.
Monumentos do Sul do país: Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Viamão/RS; Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá, Paranaguá/PR; Igreja de São Benedito, Paranaguá/PR; Casa enxaimel de Pomerode/SC e a Estação Ferroviária de Joinville/SC. (na foto acima/acervo do Museu das Reduções)
Monumentos do Sudeste: Casas Coloniais, Paraty/RJ; Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro/RJ; Convento dos Reis Magos, Nova Almeida/ES; Fazenda do Resgate, de Bananal/SP e Casas coloniais, Paraty/RJ (na foto acima: acervo do Museu das Reduções).
Monumentos do Nordeste: Farol de São João da Barra (Farol da Barra), Salvador/BA; Engenho de São João, Itamaracá/PE; Convento de São Francisco de Assis, Olinda/PE; Fortaleza dos Reis Magos, Natal/RN; Museu Histórico de Sergipe, São Cristóvão/SE; Mercado Municipal, Laranjeiras/SE; Trecho de Rua, Marechal Deodoro/AL; Casas Particulares, Aracati/CE; Convento de São Francisco de Assis, Olinda/PE e a Fortaleza dos Reis Magos, Natal/RN. (na foto acima do acervo do Museu das Reduções)
Monumentos do Centro Oeste do Brasil: Palácio Conde dos Arcos, Goiás Velho/GO; Palácio da Alvorada, Brasília/DF (na foto acima do arquivo do Museu das Reduções)
Monumentos de Minas Gerais: Usina Marmelos Zero, Juiz de Fora/MG; solar dos Ferreira, Campanha/MG; Casa de Câmara e Cadeia, Mariana/MG; Igreja de Nossa Senhora da Expectação do Ó, Sabará/MG; Igreja de São Francisco de Assis (Igrejinha da Pampulha), Belo Horizonte/MG; Igreja das Dores, Campanha/MG; Casa Paroquial de Amarantina, Ouro Preto/MG, Casa dos Contos, Ouro Preto/MG (na foto acima/arquivo do Museu das Reduções) e, inacabada devido Evangelina Vilhena, ter falecido antes da conclusão da réplica e a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha em BH (na foto abaixo/arquivo Museu das Reduções)
Museu e atividades sócios-educativas
          Um trabalho longo, que consumiu anos de dedicação. Em 1994, o acervo do Museu estava completo, sendo aberto para visitação pública em 26 de março de 1994, em Amarantina, distrito de Ouro Preto MG, se mantendo ao longo dos anos com o apoio de diversos parceiros comerciais, Ong´s e benfeitores.
          Os irmãos Vilhena passaram desenvolver vários projetos, como o de uma escola de artesanato onde ensinavam a fazer reduções, uma escola de informática e outros projetos culturais e socioeducativos. Ao longo seu funcionamento em Amarantina, os projetos desenvolvidos pelo Museu das Reduções beneficiaram diretamente milhares de alunos.
          Em 31 de Outubro de 2016, o Museu das Reduções encerrou suas atividades no Distrito de Amarantina, transferindo-se posteriormente para Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto MG, reabrindo para visitações, em 2020. (foto acima do arquivo do Museu das Reduções)
          Em 2023, as instalações do Museu das Reduções foram transferidas o Mercado de Origem, na BR-040, no bairro Olhos D´Água, na Capital Mineira, com o mesmo objetivo, além de continuar com suas atividades culturais e sociais.
O projeto das instalações do museu
          O novo espaço do Museu das Reduções foi projetado pela consagrada arquiteta mineira Jô Vasconcelos, especialista em centros culturais, responsável pelos projetos do Circuito Praça da Liberdade e da Filarmônica de Minas Gerais, dentre outros. 
          Numa releitura do Museu, que retrata a evolução da arquitetura Brasileira ao longo dos últimos 5 séculos, Jô explorou muito bem os aspectos e elementos da construção do Mercado de Origem, como tubulações aparentes, azulejos incompletos,  paredes desgastadas, etc, emoldurados pela fantástica arte de Drin Cortês, com pinturas que remetem aos séculos representados. 
          O resultado final é surpreendente, com as artes interagindo harmonicamente com o espaço inusitado, contando, de uma forma genuína, a história do Brasil.
Contato para mais informações: site:museudasreducoes.com.br, e-mail: museudasreducoes@gmail.com, WhatsApp (31) 9 9727-3658, Instagram e Facebook @museudasreducoes.

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