A cidade de Santos Dumont é carinhosamente chamada de "Princesinha da Mantiqueira", "Terra do Pai da Aviação" e "A cidade que deu asas ao mundo". (na foto acima do Fabrício Cândido, queijos de Santos Dumont MG)
Introdução do gado holandês na cidade
Foi ainda em Santos Dumont MG, por volta de 1850, no século XIX, que foi introduzido o gado holandês no Brasil, através do português, Carlos Pereira de Sá Fortes em parceria com os holandeses Gaspar Jong, João Kingma e J. Etiene, profundos conhecedores da arte da fazer queijos especiais, holandeses, como o queijo Edam.
Essa parceria resultou na criação do primeiro laticínio do Brasil, em 1888, a Companhia de Laticínios da Mantiqueira, além do do desenvolvimento e melhorias na qualidade do leite e produção de queijos na região . (na foto acima do Sérgio Mourão/Encantos de Minas, homenagem a Santos Dumont na cidade e abaixo, a casa em que viveu o Pai da Aviação, fotografado pela Luciana Silva)
O gado holandês é considerado, até os dias de hoje, um gado de alta qualidade produtiva, principalmente de leite, resultando em produtos derivados de alta qualidade, como os queijos. Inspirado no famoso queijo Edam holandês, de casca vermelha e dura, bem curado e de forma arredondada, começou a ser feito esse queijo, em Santos Dumont MG.
O queijo Edam e o vinho Português
O Edam, era o queijo preferido da nobreza portuguesa. Portugal e Holanda tinham um acordo, já que os portugueses produziam vinhos muito bons e a Holanda, queijos muito bons. Acordaram em trocar queijos, por vinhos. Portugal enviava para a Holanda, barris de vinho e o Holanda, retirava o vinho dos barris e enchia de queijos. (na foto acima do Fabrício Cândido, o Queijo do Reino de Santos Dumont MG)
Não lavavam os barris. Ao longo da viagem, os queijos absorviam a cor roxeada dos vinhos. Essa mistura de vinho com queijo agradou o paladar da nobreza, bem como dos holandeses, que passou a mergulhar seus queijos em barris de vinho tinto. Assim surgiu a características dos queijos holandeses, com a casca roxeada. Os queijos holandeses eram feitos em fôrmas em formato de bola, outra característica desse queijo.
Era costume da nobreza e realeza portuguesa apreciar os queijos holandeses e esse costume, a Corte Portuguesa, que chegou ao Brasil em 1808, com Dom João VI, trouxe para o Brasil. Os nobres do reino de Portugal, que viviam no Brasil na época, importavam esse queijo, da Europa.
Era costume da nobreza e realeza portuguesa apreciar os queijos holandeses e esse costume, a Corte Portuguesa, que chegou ao Brasil em 1808, com Dom João VI, trouxe para o Brasil. Os nobres do reino de Portugal, que viviam no Brasil na época, importavam esse queijo, da Europa.
Por ser esses queijos, os preferidos dos reis portugueses e uma das iguarias reservadas à realeza, passou a se chamar, Queijo do Reino, como também era a Pimenta-do-Reino, restrita à realeza e até mesmo a farinha de trigo, que era chamada de Farinha do Reino.
O Edam com estilo mineiro
Da receita do queijo Edam holandês, surgiu um queijo mineiro de altíssima qualidade, nunca antes produzido no Brasil. Isso porque, o Queijo do Reino, além da inspiração na receita holandesa, era produzido com leite de gado holandês, aliado às características e vocação do mineiro na arte de fazer queijos, e ainda, pela qualidade de nossas pastagens e clima das nossas montanhas, no caso de Santos Dumont MG, da Serra da Mantiqueira. Esse é o grande diferencial diferencial do Queijo do Reino em relação ao Edam. (na foto acima do Fabrício Cândido, o Queijo do Reino de Santos Dumont MG, já embalado. A cidade mudou de nome, mas seu queijo, carrega o nome antigo, Palmyra)
Tradicionalmente feito com soro fermentado e com longos períodos de maturação, é um queijo com coloração intensa, massa firme, com textura fechada e sabor intenso e simplesmente único. Não encontrará em lugar algum, um queijo igual ao Queijo do Reino de Santos Dumont MG.
Santos Dumont pioneira em queijos de qualidade
O Queijo do Reino transformou Santos Dumont MG em uma das pioneiras em Minas Gerais de queijos de qualidade. Foi em Santos Dumont, em 1888, que foi inaugurado o primeiro laticínio do Brasil, a Companhia de Laticínios da Mantiqueira, um grande impulso para o crescimento e reconhecimento da qualidade dos queijos mineiros. (na foto acima do Fabrício Cândido, uma das etapas da produção queijo do Reino e abaixo, a Represa da Ponte Preto, uma das atrações da cidade) Por sua importância para a cidade, o Queijo do Reino e Patrimônio Imaterial do município, além da cidade estar no mapa da gastronomia mineira e ser um dos caminhos da Estrada Real, com uma riquíssima história, tradição, belezas naturais e arquitetônicas.
Que aula!
ResponderExcluir👏🏿👏🏿👏🏿
Sabor das Gerais!
Obrigado Conheça Minas!
Tarde procês!