Foi construído em 1835 a mando do Tenente Joaquim Cassimiro Lages, para moradia, rancho e também, uma intendência. (fotografia acima de Elvira Nascimento) Na época, uma intendência era um lugar oficial, para descarregamento e comercialização de mercadorias, vindas de outras regiões. As mercadorias chegavam à cidade através das tropas que cortavam o sertão mineiro, levando e trazendo mercadorias. Por isso o local ficou conhecido, popularmente, por Mercado dos Tropeiros.
Uma construção muito bem planejada, imponente e suntuosa, com a frete pavimentada, em pedra, com esteios, onde os tropeiros amarravam os animais, enquanto descarregavam as mercadorias. (na foto acima de Giselle Oliveira, os fundos do Mercado Velho e abaixo, a frente e a Praça Barão do Guaicuí)
Construído em estrutura de madeira, terra, alvenaria e tijolos, ocupa uma quadra inteira. Possui dois pavimentos, telhado em 8 águas, beiradas em cachorro, com pintura tradicional para época, em azul e branco. Possui várias fachadas, que dão de frente para vários pontos da cidade, com destaque para charmosos e atraentes arcos na entrada do Mercado. (na foto abaixo de Elvira Nascimento)
Arcos no período colonial, eram usados para separar o altar-mor, da nave das igrejas, os chamados, arcos do cruzeiro e também, como ornamentação das vigas de sustentação dos templos. Em termos de construção colonial, sem ser em templos religiosos, uma novidade arquitetônica, para a época. Inclusive, Oscar Niemeyer, teria se inspirado nos arcos do Mercado Velho de Diamantina, terra de seu amigo, Juscelino Kubistchek, para desenhar os traços do Palácio da Alvorada, em Brasília.
A função do Mercado Velho diamantinense, como intendência, foi encerrada em 1884. O imóvel foi adquirido pelo município em 1889, através de iniciativa da Câmara Municipal, que percebeu a necessidade de centralizar a distribuição de mercadorias, bem com evitar, monopólio de intendências, que surgiam em Diamantina. Com a aquisição pelo município, o local foi transformado em Mercado Municipal, permitindo assim uma maior organização do comércio na cidade. (fotografia acima de Elvira Nascimento, mostrando o Mercado de Flores que acontece nos fins de semana e feriados, em frente Mercado Velho)
Hoje, o Mercado Municipal de Diamantina, também chamado de Mercado Velho, é um Centro Cultural e um dos lugares mais visitados turistas. (foto abaixo de Giselle Oliveira)
No Mercado Velho estão o artesanato da cidade como o artesanato em flores de sempre-vivas, bordados, tapetes arraiolos, a culinária típica da cidade, tira gostos e as famosas quitandas, além dos produtos da agricultura familiar, como doces, vinhos, licores, cachaças, produtos caseiros, etc., direto do produtor, para o consumidor.
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