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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

As 15 mais belas capelas de Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) Basílica, Catedral, Paróquia, Igreja, Capela e Ermida. Essa é ordem hierárquica dos templos católicos. Basílica é a mais alta na hierarquia dos templos católicos. Diferencia das catedrais por ser mais pomposa e ter alguns privilégios, como por exemplo, altar reservado ao papa, cardeais e outras autoridades superiores da Igreja. Já uma Catedral, seria a sede da diocese, que é um conjunto de paróquias, tendo um bispo como superior, responsável. As igrejas são os templos principais que formam a Paróquia, tendo uma delas, designada como matriz.
          As Capelas são pequenos templos, com atendimentos religiosos específicos, mas sem contar com os serviços religiosos normais do dia a dia das igrejas, como esta acima, registrada pelo Peterson Bruschi, a Capela do Senhor do Bonfim, datada do século 1789, integrada ao casario colonial da Rua Monsenhor Barros - Santa Quitéria, em Catas Altas MG, Região Central.
          Esses pequenos templos foram e até hoje são construídos em locais mais distantes da Matriz, como por exemplo em casarões de sedes de fazendas, colégios, universidades, presídios, conventos, quartéis, quilombos, aldeias indígenas e comunidades rurais ou mesmo dentro das cidades, com funções específicas.
          Uma dessas capelas, com funções específicas, é a Capela do Santuário Schoenstatt Tabor da Liberdade ou Santuário da Mãe Rainha, em Confins, a 30 km de BH, a 5 minutos do Aeroporto Internacional (na foto acima de Elvira Nascimento). Construída em 2003, a singela Capela, é uma réplica do Santuário Schoenstatt, movimento religioso pertencente à Igreja Católica Apostólica Romana, fundado pelo Padre José Kentenich, em 1914, na cidade de Schoenstatt, na Alemanha. No mundo, são cerca de 200 santuários existentes e no Brasil, são 22. O santuário tem uma ótima estrutura para receber os fiéis, devotos da Mãe Rainha, que vem de todas as regiões do Brasil, principalmente em maio e outubro, para expressarem sua devoção a Mãe Rainha. É uma das referências do turismo religioso em Minas Gerais.
          Já as ermidas, são pequeninos templos, geralmente construídos em locais ermos e distantes das fazendas e vilarejos ou mesmo, (na foto acima do Marley Melo, uma pequena ermida, na Zona Rural de Mar de Espanha MG, Zona da Mata).          
          Em tempos antigos, era tradição construir capelas e ermidas nas fazendas e comunidades rurais, devido às dificuldades do povo em ir às igrejas assistir às missas e participar das atividades da paróquia.
          Nas capelas, faziam as rezas dos terços e celebravam as principais festas religiosas como Semana Santa, Corpus Christi e festas dos santos padroeiros de cada capela, além dos festejos tradicionais, como Festas Juninas e agradecimentos pela colheita ou graças alcançadas.
          Uma das capelas que se destaca em Minas Gerais, sendo considerada uma das mais belas, é a Capela do Senhor do Bonfim (na foto acima do Arnaldo Quintão), no topo do Morro Redondo, em Ipoema, distrito de Itabira MG, Região Central. O Morro Redondo está a 1.180 metros de altitude, acima do nível do mar. É um lugar ideal para fotografar, meditar e contemplar a natureza, já que do mirante, ao lado da Capela, é possível avistar os distritos de Ipoema, Serra dos Alves e Senhora do Carmo, além da Mina do Cauê, o Santuário do Caraça e o município de Bom Jesus do Amparo.
          São milhares de capelas espalhadas pelos 853 municípios e 1772 distritos mineiros, cada uma mais linda que a outra e algumas, como a Capela de Nossa Senhora do Ó, em Sabará, iniciada em 1717, são verdadeiros tesouros de nossa história (na foto acima do Jairo Nunes Ferreira)
          A Capela é um esplendor de beleza e um dos mais belos exemplares do estilo Nacional Português em Minas Gerais, a primeira fase do Barroco Mineiro, além de contar com traços orientais em suas ornamentações interiores.
          Infelizmente não temos como postar todas, por isso, escolhemos, apenas 15 capelas que se destacam por sua relevância histórica e arquitetônica para Minas Gerais. São capelas reconhecidas como patrimônios municipais, do Estado de Minas Gerais e do Brasil, através tombamento pelos órgãos de cultura das prefeituras locais, pelo IEPHA e IPHAN.
1ª - Capela de São José da Serra em Jaboticatubas
 
          Uma singela capela, com arte, adornos e contornos bem mineiros, em estilo colonial, encanta quem visita a pitoresca e bucólica Vila Colonial de São José da Serra, distrito de Jaboticatubas, apenas 25 km do Centro da cidade. A mimosa vila é um encanto, com seu casario em estilo colonial, bem preservado, o marco do Cruzeiro, datado de 1800 e sua capela, em tom azul e branco, com data de 1922, formam um dos mais simples, singelos e importantes conjuntos arquitetônicos mineiros. Da charmosa e atraente capela, tem-se como vistas, as belezas naturais da Serra do Cipó. (foto acima de Alexa Silva/@alexa.r.silva)
2ª - Capela de Santana em Belo Vale
          Em Belo Vale, distante 88 km de Belo Horizonte, no Vale do Paraopeba, o Vale do Charme Mineiro, está um dos mais queridos templos religiosos de Minas e um dos marcos da fé católica da cidade: a Capela de Santana, na Comunidade de Santana do Paraopeba, a 9 km de Belo Vele.
          Construída em1735 pelos escravos, a mando de Manoel Sobreira e Manoel Machado, dedicaram a Capela a Santa Ana, a mãe de Maria e avó de Jesus. 26 de julho é o dia da santa e nesse dia, foi descoberto ouro na região. Por isso a dedicação do Capela à Santana. A arquitetura da Capela evidencia a transição do estilo Nacional Português, para o início do Barroco Mineiro. A Capela possui altares e retábulos em madeira muito bem trabalhadas, bem como seus ornamentos internos, talhas douradas no altar-mor e pinturas no forro, evidenciando assim a fase clássica da arte barroca mineira.
          Desde sua construção, a Capela passou por algumas reformas, apresentando em sua arquitetura, elementos do estilo barroco e a partir de 1920, recebendo retoques em estilo eclético. Em 1929, uma grande intervenção, modificou a fachada original da Capela, abrindo arcos em sua porta e janelas, e acrescentando elementos diferentes do estilo barroco original da Capela. De original, restou em sua fachada, a data grafada, quando da construção do templo: 1735. A Capela passou por nova restauração recente, em 2020, de sua parte arquitetônica, cabendo agora a restauração de seus elementos artísticos interiores.
3ª - Capela do Rosário em Milho Verde
          A singela e mimosa capela do século XIX, dedicada à Nossa Senhora do Rosário, erguida pela devoção e fé dos negros livres e escravos, é um dos mais importantes templos setecentistas de Minas Gerais. Pouco se sabe sobre sua história, construção e data de seu início e conclusão da obra. A certeza é que é do século XIX e que é uma das maiores preciosidades da arquitetura mineira. (na foto acima de John Brandão/@fotografo_aventureiro.)
          Ladeada por um charmoso e simples casario colonial, localizada no topo de uma colina, de onde se tem uma bela vida em redor, principalmente do Pico do Itambé, fica em Milho Verde, distrito da cidade do Serro MG no Vale do Jequitinhonha.
          Erguida em barro, com estruturas em madeira bruta, mas bem trabalhadas, principalmente na sua fachada, chanfrada e com torre central, telhado em duas águas e ornamentos interiores em talhas simples. A pequena capela se destaca por ser um dos mais belos símbolos da mineiridade e simplicidade mineira e uma das mais visitadas e fotografadas capelas do Estado.
4ª - Capela da Penha em Passos
          Uma arquitetura diferente e singular para as capelas do século XIX, em forma octogonal e muito atraente (na foto acima de William Cândido), construída por Antônio de Faria e sua esposa, por gratidão à Nossa Senhora da Penha, por graça alcançada. A construção começou em 1863 e foi concluída em 1867, com bênção do padre João da Fonseca e Melo. Passou uma reforma na década de 1960 e outra, na década de 1980. Em 2008 passou por um novo processo de restauração, administrado pelo arquiteto André Nery, tendo sido concluído em 2009. É um dos maiores símbolos da religiosidade de Passos, um povo com tradições vivas, reconhecido pelo amor às sus tradições e preservação das festividades religiosas seculares. Por sua importância, a Capela de Nossa Senhora da Penha, é um bem tombado pela administração municipal desde 1998.
5ª – Capela do Senhor do Bonfim em Santa Luzia
          No Centro Histórico de Santa Luzia, cidade distante apenas 20 km de Belo Horizonte, uma charmosa capela erguida entre o final do século XVIII e início do século XIX, chama atenção, em meio a suntuosas construções do período colonial na cidade. É a Capela do Senhor do Bonfim (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), restaurada e entregue à população em 2006, pelo IEPHA/MG. 
          É uma típica construção do Barroco Mineiro, com telhado em duas águas, porta frontal, duas portas no fundo, um sineiro sem torre e duas janelas frontais. As paredes tem a cor branca, com a base, em madeira, na cor azul. É um dos tesouros arquitetônicos de Minas Gerais. Em seu altar-mor, segue o estilo rococó, com ornamentação feita em talhas bem trabalhadas e no altar, a imagem do Senhor do Bonfim, esculpida por um escravo, que fez a obra em troca de sua carta de alforria, segundo a tradição oral.
6ª – Capela de Santa Quitéria em Catas Altas
          Construída por volta de 1728, no século XVIII, no alto de uma colina em Catas Altas MG, Região Central, a Capela Setecentista de Santa Quitéria é uma das mais expressivas construções em estilo Nacional Português em Minas Gerais. A base de sua estrutura é madeira maciça e barro, com frente chanfrada e torre central. Em seu interior, elementos do estilo joanino e rococó, ornamentam o altar-mor. (fotografia acima de Tom Alves/tomalves.com.br)
          A Capela foi tombada em 1999 pelo Núcleo Histórico de Catas Altas e também pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG)
7ª - Capela de São Francisco em Monte Verde
          Monte Verde tem sua origem em imigrantes vindos da Letônia (Latvijas Republika), país do Leste Europeu, na parte oriental do Mar Báltico. Seu fundador é o letão Verner Grimberg, percebendo semelhanças do lugar com seu país, como as paisagens, o frio e belezas naturais, adquiriu uma fazenda na região. Com o passar do tempo, outros letões começaram a chegar e um povoado a se formar, sendo hoje, Monte Verde, um dos mais badalados centros de turismo no Brasil. Os letões, fundadores de Monte Verde, deixaram um pouco da história, culinária e a arquitetura da Letônia, presente em todos os cantos da charmosa vila, de 6 mil habitantes.
          Uma dessas construções, em estilo letão, que se destaca, é a Capela de São Francisco de Assis (na foto acima de Sérgio Mourão), localizada na principal via de Monte Verde e bem ao lado da Paróquia de São Francisco de Assis. A pequena Capela, representa o estilo de vida de São Francisco de Assis, em sua simplicidade e humildade.
8ª – Capela do Porto do Saco
          No final do século XVIII e nos primeiros anos do século XVIII, foi formada uma fazenda, na curva do Rio Grande, em Carrancas MG, Campo das Vertentes. Essa curva lembra um saco, com a fazenda passando a ser associada a essa curva, sendo chamada de Fazenda do Saco.
          
Segundo a tradição oral, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada à beira do Rio Grande. Retirada da beira do rio, foi levada para uma capelinha de madeira na fazenda. Dona Júlia Maria da Caridade, proprietária das terras, decidiu construir uma capela, de alvenaria para abrigar a imagem. (na foto acima de Rogério Salgado) A tricentenária capela foi erguida em pedra, na cor branca, com 4 janelas e porta frontal, portas e janelas laterais, em madeira, sem torre e sineira interna, sendo ainda, cercada por uma murada de pedras. Sacristia com retábulos, pinturas e ornamentos simples, em estilo rococó. No assoalho da Capela, estão os túmulos dos seus benfeitores. Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, IEPHA/MG, a Capela é ainda, o primeiro patrimônio municipal de Carrancas e em torno da Capela, um povoado, hoje distrito, começou a ser formar a partir de 1879 está a 18 km do Centro de Carrancas.
9ª - Capela do Patriarca São José em Cordisburgo
          Construída em 1883 pelo Padre João de Santo Antônio, foi dedicada ao Patriarca São José. Em torno da Capela (na foto acima do Edson Borges), em estilo colonial e até os dias de hoje, preservada em sua originalidade, formou-se um povoado, com o nome de Vista Alegre. O pequeno povoado, deu origem à cidade de Cordisburgo, na Região Central. Por isso a importância da Capela para a história e formação do município, conhecido ainda pelas grutas, como a de Maquiné e por ser a terra do escritor Guimarães Rosa.
10ª - Capela Bom Jesus de Matosinhos em Couto de Magalhães
          Construída no final do século XVIII, a Capela do Senhor Bom Jesus de Matozinhos (na foto acima de Leandro Leal), na cidade de Couto de Magalhães de Minas, no Vale do Jequitinhonha, é uma das mais singelas e belas arquiteturas do Barroco Mineiro. Tombada pelo IEPHA/MG em 2 de junho de 1977, a capela segue o estilo das construções barrocas, com fachada bem simples, com uma única torre e uma beleza impactante em seu interior. 
          Destaca pela beleza dos retábulos, com pinturas e esculturas seguindo o estilo rococó e também o estilo joanino, com destaque para as imaginárias nos altares laterais do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Rita, de Santana, além de dois crucifixos. Retábulos são estruturas artísticas com louvores, instalados atrás ou acima do altar, feitos em madeira, mármore, pedra-sabão ou outro tipo de material, encerrando um ou mais painéis, pintados ou esculpidos.
11ª – Capela do Sagrado Coração de Jesus em Tabuleiro
          Conceição do Mato Dentro é uma cidade histórica mineira, distante 170 km da capital. Com origens nos primeiros anos do século XVIII, a tricentenária cidade se destaca pela riqueza do seu patrimônio arquitetônico. Destaca atualmente pela mineração, por suas paisagens espetaculares, pelo ecoturismo e seus distritos, igualmente ricos em tradição, história e arquitetura. Entre esses distritos, está Tabuleiro, distante 18 km do Centro da cidade. (foto acima de @vinicusbarnabe) Além de estar no distrito, a maior cachoeira de Minas, a Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de queda, o Poço do Pari, Poço Pari, o Sítio Arqueológico do Dourado, a Lapa dos Gentios e Piscina da Lapa do Rio Preto, além da Cachoeira do Zé Cornicha.
          O bucolismo e mineiridade da charmosa e acolhedora vila colonial está presente em suas construções e em seu povo, muito hospitaleiro e acolhedor. Vivem na mimosa vila, pouco mais de 1 mil moradores. Tabuleiro guarda um dos tesouros do barroco mineiro: a capela do Sagrado Coração de Jesus.
          A capela e toda a vila simbolizam a nossa mais genuína mineiridade, evidenciando a harmonia da arquitetura barroca, com a simplicidade de seu povo e com a natureza. Erguida no topo de uma colina, que permite uma bela vista da vila e da natureza em redor, tem acesso por uma ladeira em pedras e escadaria, muito bem cuidada e iluminada. 
          A Capela possui em seu exterior detalhes bem simples com estrutura em madeira, na cor vermelha, portas e janelas na cor azul, com contornos vermelhos, uma torre com sineira, portas e janelas laterais e telhado em duas águas. Seu interior conta com altar-mor, retábulos, pinturas e ornamentos bem simples, mas muito bem preservados e cuidado com muito carinho por seus moradores.
12ª – Capela do Rosário em Grão Mogol
          Uma capela singular e de grande importância para a cidade histórica norte-mineira, de Grão Mogol MG, com origens no século XVIII, com suas construções no estilo colonial e em pedras, abundantes na região. Um dos destaques da cidade é a Capela de Nossa Senhora do Rosário. Erguida em pedra sobre pedra, janelas de madeira em formato de arco e telhado colonial e altar em talhas bem trabalhadas que impressionam pela beleza e riqueza, dedicado à Nossa Senhora do Rosário, retratada no altar segurando um terço, e com vestes em azul. A capela foi tombada em 2001 como patrimônio municipal. (fotografia acima de Tharlys Fabrício)
13ª - Capela de São Francisco de Paula em Tiradentes
          Edificada no alto de um morro, com gramado em sua frente e a tradicional cruz, com os instrumentos usados nas chagas de Jesus, está a singela Capela de São Francisco de Paula. É uma das mais importantes capelas, edificadas durante o Ciclo do Ouro, na cidade histórica de Tiradentes MG.
          Erguida em meados do século XVIII, foi tombada como patrimônio nacional pelo IPHAN, em 27 de janeiro de 1964. Por estar num lugar alto, com ampla vista para a cidade, em especial, a Matriz de Santo Antônio, subir o morro, conhecer a capela e fotografar a cidade e a Serra de São José, é quase que um ritual dos turistas que visitam Tiradentes.
          Diferente das tradicionais capelas erguidas em no município, a Capela (foto acima do César Reis) possui as sineiras não em torres e sim no corpo da fachada, que tem ainda duas janelas e uma porta em madeira bruta. Em seu interior, encontra no retábulo-mor a imagem de São Francisco de Paula, além das imagens de Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo. No lado direito da Capela, um painel de autoria de G. Rodrigues, feito na década de 1940, retrata moradores de Tiradentes, assistindo uma missa. Nas laterais da Capela, pode se ler a reprodução de dois ex-votos, datados do século XVIII. Em um desses ex-votos, pode-se ler a seguinte frase: “Mercê que fez São Francisco de Paula a Bernarda Maria, dando saúde a um seu escravo por nome José; que por espaço de cinco dias não comeu nem bebeu, nem fez operação alguma. Anno de 1787”. Um ex-voto, palavra em latim que significa “por força de uma promessa”, é um presente que um fiel oferece ao seu santo de devoção, em consagração, renovação de uma promessa ou agradecimento de uma graça alcançada.
14ª - Capela de Santa Rita em Serro
          É o maior símbolo da cidade do Serro MG, Vale do Jequitinhonha, e uma das mais singelas e belas construções coloniais do Estado de Minas Gerais. (foto acima de Elvira Nascimento) Erguida no topo de uma colina, com vista de 360 graus da cidade, com acesso por uma escadaria de 57 degraus, está a Capela de Santa Rita, construída por volta de 1745, no século XVIII.
          A arquitetura da Capela é simples, charmosa e atraente. Seu telhado é em duas águas, com fachada poligonal, com uma porta central e duas laterais e 5 janelas e uma única torre, onde está um relógio. Em seu interior, talhas em detalhes dourados e pinturas marmorizadas e motivos florais, nas paredes, feitas no século XIX, completam a harmonia da arte barroca mineira. A Capela está inserida no Conjunto Arquitetônico do Serro, tombado como Patrimônio Nacional pelo IPHAN em 1938.
15ª - Capela de Santo Antônio do Canjica
          Em Tiradentes, no Campo das Vertentes está uma das mais singelas e simples capelas mineiras, tanto em seu exterior, quanto em seu interior. Dedicada a Santo Antônio, data dos primeiros anos do século XVIII, erguida numa área de mineração de ouro. À época, as pedras de ouro encontradas nas minas em torno da capela tinham o tamanho dos grãos do milho da canjica. Por esse motivo, a localidade passou a se chamar Canjica e a capela, dedicada a Santo Antônio, teve o acréscimo de Canjica, passando a se popularizar com o nome de Capela de Santo Antônio do Canjica e é esse nome até os dias de hoje. (foto acima do César Reis)
          A simplicidade da Capela e do bairro, contrasta com sua importância para a região, durante o Ciclo do Ouro, já que era a principal área de exploração mineral de Tiradentes, no século XVIII. Mesmo um pouco distante do Centro Histórico de Tiradentes, o bairro do Canjica e sua capela, por sua importância histórica, são considerados, pelo IPHAM, partes do conjunto paisagístico e arquitetônico da cidade histórica mineira.

4 comentários:

  1. Sem comentario, simplesmente maravilhosa essa capelas.

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  2. Muito obrigada! fico muitíssimo agradecida por compartilhar essas maravilhas! tenho fascínio por capelas, até essas pequeninas em terras não cuidadas. Adoro ver e imaginar as pessoas que as fotografaram com tanto cuidado. A religiosidade do povo mineiro é uma característica muito linda e eu me comovo com isso.

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