Esse lugar, rodeado por exuberante natureza como a cachoeira da Sentinela e a dos Cristais, cujas rochas foram cortadas com talhadeiras em busca de diamantes no auge da mineração são os principais atrativos naturais. Tem ainda o Poço da Água Limpa e o Poço do Estudante, matas nativas com trilhas, o caminho calçado por escravos, cascatas diversas e rios, como o Rio Biribiri, que moveu as turbinas de uma hidrelétrica gerando energia para o casario e fábrica de tecidos que funcionava na região. (fotografia acima de Elvira Nascimento)
Esse lugar de beleza cênica é Biribiri, a 15 km de Diamantina, no Alto Jequitinhonha, a 290 km de Belo Horizonte. (foto acima de Nacip Gômez)
O termo biribiri tem vários significados. É uma fruta da família da carambola. É também um peixe nativo da região Amazônica e para os africanos, é um tambor de guerra e buraco grande pelos antigos na linguagem indígena tupi-guarani. (na foto acima de Elvira Nascimento a Cachoeira do Sentinela e abaixo, Cachoeira dos Cristais)
Para os mineiros, é uma das mais lindas vilas que temos. A vila foi construída no final do século XIX, em 1876, com igreja e moradias em estilo colonial, para abrigar funcionários da Companhia Industrial de Estamparia, uma antiga fábrica de tecidos, hoje desativada. A fábrica foi fundada pelo bispo Dom João Antônio Felício dos Santos e seus familiares, oriundos do Serro. A família atuava na mineração. A fábrica funcionou de 1877 até 1973, produzindo algodão grosso, tendo o Rio de Janeiro como seu principal comprador.
Quando de sua construção e em plena atividade, contava com 32 casas habitadas, uma escola, um clube, uma usina hidrelétrica, igreja e uma população de cerca de 600 pessoas. Hoje em Biribiri, a vida passa devagar, no maior sossego. (fotografia acima de Nacip Gômez)
Com a extinção da estrada de ferro na região, na década de 1970, a fábrica entrou em declínio, fechando suas portas. Com o fechamento da tecelagem, seus moradores foram embora, em busca de emprego em outras cidades. (na imagem acima de Giselle Oliveira, a antiga fábrica de tecidos, em ruínas)
A vila chegou a ficar completamente desabitada. Ficou a história e a beleza do casario e igreja da Vila, tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), mantido pela Cia Estamparia como museu vivo da história de Minas Gerais, garantindo assim a preservação do patrimônio. (fotografia acima e abaixo de Nacip Gômez)
A vila hoje é completamente vazia, com a presença de alguns vigilantes e poucos moradores, que conta-se nos dedos. Por isso é chamada de “vila fantasma”. Sua história e o charme do seu casario, além das belezas naturais envoltas à vila, atraem visita de turistas que vem ao local conhecer o charme, sossego e paz que Biribiri proporciona, além de contemplar a beleza de suas cachoeiras e paisagens, além da própria vila. Em Biribiri tem um bar que serve deliciosos tira gostos e um restaurante, com comidas típicas mineiras.
Em Diamantina (na foto acima de Elvira Nascimento) existem guias que acompanham turistas até a vila, bem como pousadas e hotéis para os turistas se hospedarem.
Eu amo Minas Gerais, gostaria de conhecer toda as cidades❤️
ResponderExcluirlindo demais...meu próximo destino
ResponderExcluircharmoso e tranquilo lugar..
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