Além de coletarem flores, os povos dessas comunidades exercem outras atividades agrícolas, que ajudam no complemento da renda familiar, como cultivo de roças, criação de gado e atividades agroextrativistas, como frutos e plantas medicinais. (na foto abaixo de Giselle Vieira, coletor de Sempre-vivas da Comunidade de Galheiros em Diamantina MG)
Minas Gerais é o primeiro estado brasileiro a receber esse título de Patrimônio Agrícola Mundial pela FAO e o quarto na América Latina, tendo sido premiados antes o corredor Cuzco-Puno, no Peru, o arquipélago de Chiloé, no Chile, e o sistema de Chinampa, no México. O reconhecimento é fruto de uma luta antiga pelo reconhecimento da atividade dos coletores de sempre-vivas, que trabalham no sistema de coleta tradicional das flores, superando as adversidades ao longo da história, preservando mesmo assim suas tradições culturais e o meio ambiente. A forma de coletar flores sempre-vivas é secular e vem da disposição do sertanejo, ao longo dos séculos, em trabalhar a terra, fazê-la produzir, mesmo com as adversidades do solo e relevo. O resultado é uma paisagem diferenciada, resistente às intempéries climáticas e uma herança genética natural para a humanidade.
Minas Gerais é o primeiro estado brasileiro a receber esse título de Patrimônio Agrícola Mundial pela FAO e o quarto na América Latina, tendo sido premiados antes o corredor Cuzco-Puno, no Peru, o arquipélago de Chiloé, no Chile, e o sistema de Chinampa, no México. O reconhecimento é fruto de uma luta antiga pelo reconhecimento da atividade dos coletores de sempre-vivas, que trabalham no sistema de coleta tradicional das flores, superando as adversidades ao longo da história, preservando mesmo assim suas tradições culturais e o meio ambiente. A forma de coletar flores sempre-vivas é secular e vem da disposição do sertanejo, ao longo dos séculos, em trabalhar a terra, fazê-la produzir, mesmo com as adversidades do solo e relevo. O resultado é uma paisagem diferenciada, resistente às intempéries climáticas e uma herança genética natural para a humanidade.
Agora, com o título dado aos Apanhadores (as) de sempre-vivas de Minas Gerais, são ao todo 59 patrimônios desse tipo em todo o mundo, sendo este, o primeiro e único do Brasil atualmente. O processo formal para se candidatar ao título de Patrimônio Mundial da FAO começou em 2016 com a seleção dos locais feito Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Embrapa, com identificação dos municípios e comunidades rurais da região meridional da Serra do Espinhaço, onde a atividade de apanhadores de flores de sempre-vivas é secular. (fotografia de Elvira Nascimento)
O projeto de candidatura contou ainda com apoio do Governo de Minas, prefeituras das cidades selecionadas e outros parceiros, bem como apoio técnico-científico de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Coube ao Ministério das Relações Exteriores, encaminhar os documentos e registro da candidatura à FAO, em novembro de 2019.
O projeto de candidatura contou ainda com apoio do Governo de Minas, prefeituras das cidades selecionadas e outros parceiros, bem como apoio técnico-científico de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Coube ao Ministério das Relações Exteriores, encaminhar os documentos e registro da candidatura à FAO, em novembro de 2019.
"Para solicitar a candidatura, o sistema agrícola deve ser único e atender a algumas características, como possuir uma paisagem notável e diferenciada, rica biodiversidade, segurança alimentar, modelos de gestão diferenciados com sistemas de conhecimento local e tradicional, tecnologias de produção engenhosas, identidade cultural e valores socioculturais utilizados para sua manutenção", segundo comentários feitos por Márcia Bonetti, coordenadora técnica estadual da Emater, em entrevista para a Agência Minas em março de 2019. (fotografia de Elvira Nascimento)
Ainda segundo informações de Márcia Bonetti à agência estatal, os apanhadores desenvolveram sistemas agrícolas diversificados em variadas altitudes, que vão de 600 a 1,3 mil m, aprenderam a lidar com a paisagem e com todas as adversidades encontradas ao longo dos séculos. No topo da serra, eles soltam o gado em uma parte do ano, coletam e fazem o manejo das flores sempre-viva. Nas partes mais baixas, realizam o plantio das roças de toco e fazem uso de sementes crioulas, cultivadas ao longo de gerações. (na foto abaixo, de Elvira Nascimento, flores de sempre-vivas)
Ainda segundo informações de Márcia Bonetti à agência estatal, os apanhadores desenvolveram sistemas agrícolas diversificados em variadas altitudes, que vão de 600 a 1,3 mil m, aprenderam a lidar com a paisagem e com todas as adversidades encontradas ao longo dos séculos. No topo da serra, eles soltam o gado em uma parte do ano, coletam e fazem o manejo das flores sempre-viva. Nas partes mais baixas, realizam o plantio das roças de toco e fazem uso de sementes crioulas, cultivadas ao longo de gerações. (na foto abaixo, de Elvira Nascimento, flores de sempre-vivas)
O título conquistado pelos apanhadores de sempre-vivas aumentará os investimentos, com politicas públicas adequadas, melhorando a qualidade do trabalho, gerando mais renda e mais empregos para os trabalhadores das comunidades. (na foto abaixo de Elvira Nascimento, artesãos fazendo artesanato com as flores de sempre-vivas)
A entrega da certificação aconteceu no dia 11/03/2020, em Brasília, com a presença de representantes dos apanhadores de flores e autoridades.
O sistema agrícola tradicional dos apanhadores de sempre-vivas ser Patrimônio Mundial é uma conquista que enche de orgulho todo povo mineiro. Parabéns a todos por esse reconhecimento!
O sistema agrícola tradicional dos apanhadores de sempre-vivas ser Patrimônio Mundial é uma conquista que enche de orgulho todo povo mineiro. Parabéns a todos por esse reconhecimento!
(Fonte das informações: Agência Minas, Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Prefeitura de Diamantina e Emater)
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