Chegou ao Brasil em 1531 através do português Martin Afonso de Souza já que a planta não existia no recém-descoberto Brasil e os portugueses necessitavam dos alimentos à base de trigo, principalmente pão. As primeiras sementes foram plantadas no que é hoje o Estado de São Paulo. Por ser uma planta de clima frio, foi levado para o Sul do país, onde encontrou solo propício para seu cultivo, bem como clima adequado ao seu desenvolvimento. Durante séculos de colonização, a produção de trigo foi ínfima, devido às dificuldades de manejo, pouca mão de obra e constantes guerras locais. A situação só começou a melhor a partir da Independência em 1822 e com a chegada de imigrantes alemães a partir de 1824 e dos imigrantes italianos, que começaram a chegar ao Brasil a partir de 1875. Foi um novo impulso à produção de trigo no Brasil.
Trigais em Minas Gerais
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas Gerais é hoje o terceiro maior produtor de trigo no Brasil, atrás do Paraná, o maior produtor e do Rio Grande do Sul, o segundo. São Paulo, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina formam o grupo dos produtores de trigo do Brasil.
Paraná e Rio Grande do Sul são os responsáveis por mais de 80% da produção de trigo do Brasil. Ao longo dos próximos anos, a tendência para essa proporção mudar ao longo dos anos, devido ampliação da área de cultivo de trigo nos outros estados produtores, principalmente em Minas Gerais.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas Gerais é hoje o terceiro maior produtor de trigo no Brasil, atrás do Paraná, o maior produtor e do Rio Grande do Sul, o segundo. São Paulo, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina formam o grupo dos produtores de trigo do Brasil.
Paraná e Rio Grande do Sul são os responsáveis por mais de 80% da produção de trigo do Brasil. Ao longo dos próximos anos, a tendência para essa proporção mudar ao longo dos anos, devido ampliação da área de cultivo de trigo nos outros estados produtores, principalmente em Minas Gerais.
O Brasil produz em média 5,2 milhões de toneladas de trigo por ano e importa sete milhões de toneladas todos os anos, ou seja, o consumo de trigo no Brasil é de mais de 12 milhões de toneladas anuais, sendo a produção nacional insuficiente para abastecer o mercado interno. 61% do trigo consumido no país são importados.
Ampliação de trigais
Por isso a necessidade de ampliar a área de produção de trigo no país, para outras regiões brasileiras. Além da produção insuficiente, o frio extremo, as chuvas e geadas constantes no inverno na região Sul do Brasil, ocasiona perdas nas plantações, o que compromete o consumo, bem como encarece o produto, já que para repor as perdas e abastecer o mercado interno, tem que aumentar as importações, além do normal.
Por isso a necessidade de ampliar a área de produção de trigo no país, para outras regiões brasileiras. Além da produção insuficiente, o frio extremo, as chuvas e geadas constantes no inverno na região Sul do Brasil, ocasiona perdas nas plantações, o que compromete o consumo, bem como encarece o produto, já que para repor as perdas e abastecer o mercado interno, tem que aumentar as importações, além do normal.
Solo fértil para trigo em Minas
Como a demanda interna maior que a produção, surgiu a necessidade de ampliar a área de plantio de trigo no Brasil. O trigo encontrou solo perfeito para se desenvolver em Minas Gerais e com qualidade, haja vista o crescimento da safra a cada ano, bem como a aceitação do mercado consumidor para o trigo mineiro, desde as grande indústria de moageira, até a pequenas panificadoras artesanais.
Isso porque o solo mineiro é muito fértil, o inverno não é tão rigoroso como no Sul do país e pelo fato do clima nessa época do ano ser bem seco. Esses fatores proporcionam uma menor incidência de pragas e doenças nas lavouras, possibilitando o uso menor de defensivos agrícolas, gerando menos gastos para o produtor. Outro ponto importante é que Minas Gerais é um considerado o celeiro do Brasil.
As fazendas mineiras produzem feijão, arroz, milho, soja, café, etc. e já tem infraestrutura na produção agrária como tecnologia, maquinários, mãos de obra especializada, armazéns para armazenamento de grãos, etc., necessitando apenas de alguns ajustes no plantio e colheita do trigo. Diante desse cenário positivo, os triticultores (quem produz trigo) mineiros começaram a investir no plantio de trigo, principalmente na entressafra.
O início
O início foi tímido, com uma produção pequena nas décadas de 1980/90. Hoje o Estado ocupa a quarta colocação na produção de trigo no Brasil, com tendência a crescer muito mais. Há 10 anos, por exemplo, a produção de trigo em Minas era em média 20 mil toneladas, por ano.
O início foi tímido, com uma produção pequena nas décadas de 1980/90. Hoje o Estado ocupa a quarta colocação na produção de trigo no Brasil, com tendência a crescer muito mais. Há 10 anos, por exemplo, a produção de trigo em Minas era em média 20 mil toneladas, por ano.
Na safra 2018/2019 chegou a 208,3 mil toneladas, um aumento significativo, mas insuficiente para abastecer todo o mercado mineiro, cuja demanda anual é quase um milhão de toneladas por ano. A tendência é a produção de trigo crescer anualmente em Minas Gerais, ampliado as áreas plantadas, a ponto da produção atender toda a demanda anual do Estado, num futuro próximo.
Para se ter uma ideia desse crescimento, nos últimos 10 anos, a área de trigo plantada no Estado de Minas Gerais cresceu de 11,7 hectares para mais de 88,3 mil hectares em 2019, segundo dados da Embrapa. Hoje, cerca de 32% do trigo consumido pelos mineiros é produzido em Minas. Realidade diferente de 2006, por exemplo, que era apenas 2%.
A tendência é essa área ampliar mais, já que esse tipo de monocultura tem mercado no Brasil, ainda muito dependente das importações. Por isso o trigo vem conquistando cada vez mais espaço na produção agrícola mineira, sendo uma alternativa na entressafra quando acontece a rotação das lavouras.
Ainda mais que os produtores mineiros tem o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e EMBRAPA e EMATER MG, que desde 2009, conduzem pesquisas de manejo e melhoramento genético, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba e mais recentemente, em cidades do Norte de Minas, Zona da Mata, Leste de Minas, Região Central, Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha. O resultado vem sendo percebido ao longo dos anos, com o aumento da área plantada, qualidade do trigo e aumento anual da produção.
Para se ter uma ideia desse crescimento, nos últimos 10 anos, a área de trigo plantada no Estado de Minas Gerais cresceu de 11,7 hectares para mais de 88,3 mil hectares em 2019, segundo dados da Embrapa. Hoje, cerca de 32% do trigo consumido pelos mineiros é produzido em Minas. Realidade diferente de 2006, por exemplo, que era apenas 2%.
A tendência é essa área ampliar mais, já que esse tipo de monocultura tem mercado no Brasil, ainda muito dependente das importações. Por isso o trigo vem conquistando cada vez mais espaço na produção agrícola mineira, sendo uma alternativa na entressafra quando acontece a rotação das lavouras.
Ainda mais que os produtores mineiros tem o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e EMBRAPA e EMATER MG, que desde 2009, conduzem pesquisas de manejo e melhoramento genético, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba e mais recentemente, em cidades do Norte de Minas, Zona da Mata, Leste de Minas, Região Central, Vale do Mucuri e Vale do Jequitinhonha. O resultado vem sendo percebido ao longo dos anos, com o aumento da área plantada, qualidade do trigo e aumento anual da produção.
Segundo dados da Seapa MG (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a maior região produtora de trigo em Minas Gerais é o Alto Paranaíba, seguido pelo Sul de Minas e Região Central Mineira, distribuídos em 77 municípios mineiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Os grandes produtores de trigo em Minas Gerais são os municípios de Ibiá, atualmente o maior produtor de Minas e Alto Paranaíba, na região do Alto Paranaíba; Perdizes, Uberlândia e Uberaba no Triângulo Mineiro; São João Del Rei, Ingaí e Madre de Deus de Minas, no Campo das Vertentes´.
Reportagem de Arnaldo Silva com fotografias de Gilson Nogueira em Ingaí MG, Campo das Vertentes
Reportagem de Arnaldo Silva com fotografias de Gilson Nogueira em Ingaí MG, Campo das Vertentes
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