(Por Arnaldo Silva) Todos os domingos, das 6h da manhã até as 13h, na Avenida Afonso Pena em Belo Horizonte, cerca de 50 mil pessoas passam pela Feira de Artesanato de Belo Horizonte. Com cerca de 4 mil barracas, são expostos uma variedade enorme de produtos e trabalhos artesanais de artistas e artesãos de todas as regiões de Minas Gerais, que vão desde tapeçaria, a bijuterias, vestuário, calçados, bolsas, cintos, artesanato em madeira, artes plásticas, arranjos florais, produtos para cama, mesa e banho, culinária típica, etc. É a maior exposição de artesanato da América Latina. (Fotografia acima de Lucas Vieira e abaixo de Eliane Torino)
Todos os domingos, compradores e turistas vindos de várias cidades mineiras, de vários estados do Brasil e também de outros países, movimentam cerca de 2,5 milhões por domingo em compras. (Muitos vem em caravanas de ônibus de seus estados para comprar os produtos mineiros.
A Feira existe desde 1969, com sua origem na Praça da Liberdade, na antiga sede do Governo Mineiro. Começou com um pequeno grupo de artistas, no auge do Movimento Hippie nos anos 1960/70. Por isso era conhecida como Feira Hippie. Inicialmente, tinha como objetivo, dar oportunidades aos artistas e artesãos que não tinham espaço para expor e comercializar sua arte na cidade. A iniciativa do pequeno grupo de artistas prosperou e ao longo dos anos, mais e mais artistas e artesãos foram se juntando ao grupo, chamando a atenção da sociedade e atraindo turistas para a praça, para conhecer o diversificado artesanato dos artistas belo-horizontinos.
O crescimento da Feira, com o aumento constante do número de artistas e artesão que expunham seus trabalhos, bem como o número de turistas e visitantes que aumentavam cada dia, comprometia os jardins e monumentos da Praça da Liberdade, um dos marcos da história de Belo Horizonte.
O crescimento da Feira, com o aumento constante do número de artistas e artesão que expunham seus trabalhos, bem como o número de turistas e visitantes que aumentavam cada dia, comprometia os jardins e monumentos da Praça da Liberdade, um dos marcos da história de Belo Horizonte.
O espaço era insuficiente para os artistas bem como para os turistas e visitantes. Por esse motivo, em 1991, a Feira Hippie foi transferida em definitivo para o quarteirão da Afonso Pena, entre a Rua da Bahia e a Avenida Carandaí, mas não como o nome popular de Feira Hippie e sim de Feira de Artesanato de Belo Horizonte.
Com mais espaço, o número de expositores aumentou consideravelmente, bem como a facilidade para os compradores e também para o próprio belo-horizontino, que tem na Feira um ponto de encontro de amigos para experimentar a tradicional culinária servida na feira, curtir o Parque Municipal (na foto acima de Lucas Veira) e passear pelos pontos turísticos da Afonso Pena como o Palácio das Artes, o Automóvel Clube, o Conservatório de Música de Minas Gerais, Igreja de São José, entre outros. A feira, além de movimentar a economia local, é um dos grandes polos de lazer e entretenimento dos belo-horizontinos.
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