Quem nunca passou por ela, não seguiu procissão em dia santificado, não levou flores aos finados, nunca dedilhou violão. (foto acima de John Brandão - In Memoriam em São Tomé das Letras MG)
Quem nunca passou por ela, não levou o dedo no tacho, não lavou a cara em riacho, não brincou de queimada, boneca, bola e balão.
Não sentou à beira da estrada, não viu noite enluarada, não fez pipa, não jogou no único degrau da entrada as cinco pedrinhas com os primos e irmãos.
Quem nunca passou por ela, não sabe o que é jardineira, estribeira, algibeira, roda d’água, nem banhou-se em cachoeira, seguiu a corredeira, virou cambota, acreditou em assombração – e na beira da alvorada andou com os pés calçados só de relva molhada e chão. (foto acima de Arnaldo Silva, em Ouro Preto MG)
Mas se viveu uma história assim bonita e singela, é bom, seu moço, saber. Um dia ou outro, encostado, ao muro chamado passado, ela se abrirá mansa – uma rosa caipira na palma da sua mão.
E o seu olho molhado, que nem chuva no roçado, vai te mostrar que é saudade esse quadro bem pintado, para sempre pendurado, no umbral do coração.
Que maravilha...dá saudades demais!!!
ResponderExcluirnossa, muito bonito!!
ResponderExcluirencantado com o texto e a foto
ResponderExcluirMaravilha seu texto Miryan Lucy!! Foto linda Odilon!!
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