Quinta do Sumidouro é um "bairro" de Fidalgo, distrito de Pedro Leopoldo desde 1923. O distrito de Fidalgo é uma das mais antigas povoações de Minas Gerais. O conjunto arquitetônico da Quinta do Sumidouro é um dos poucos bens históricos preservados da cidade. Sua origem data de 1674.
Fernão Dias Paes Leme Foi nesse ano, 1674, no século XVII, que chegou à região, a bandeira de Fernão Dias Paes Leme, em busca de ouro e esmeraldas.
Por ser uma região de terras férteis e abundante em água, Fernão Dias escolheu o local para fixar residência e formar sua "Quinta". Uma quinta para os portugueses era uma extensão região com terras férteis e água. Um lugar ideal para construir moradias e cultivar a terra. Hoje é o mesmo que uma fazenda. (na imagem acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com destaque para o cãozinho Viralata Caramelo)
Sua casa foi construída em adobe e pau-a-pique com detalhes em branco e verde na base, portas e janelas de madeira bruta, mas bem entalhada.
De Anhanhonhacanhuva para São João do Sumidouro
Por ser uma região de terras férteis e abundante em água, Fernão Dias escolheu o local para fixar residência e formar sua "Quinta". Uma quinta para os portugueses era uma extensão região com terras férteis e água. Um lugar ideal para construir moradias e cultivar a terra. Hoje é o mesmo que uma fazenda. (na imagem acima da Alexa Silva/@alexa.r.silva, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, com destaque para o cãozinho Viralata Caramelo)
Sua casa foi construída em adobe e pau-a-pique com detalhes em branco e verde na base, portas e janelas de madeira bruta, mas bem entalhada.
De Anhanhonhacanhuva para São João do Sumidouro
Habitado anteriormente por indígenas, o local era conhecido por, "Anhanhonhacanhuva", na língua tupi, que significa "água parada que some no buraco", um sumidouro.
Era comum entre os bandeirantes e portugueses que chegavam à Minas, na época da Colônia, alterar nomes de lugares, montanhas e de rios, dados pelos povos indígenas, para nomes em português.
Era comum entre os bandeirantes e portugueses que chegavam à Minas, na época da Colônia, alterar nomes de lugares, montanhas e de rios, dados pelos povos indígenas, para nomes em português.
Foi o que fez Fernão Dias. O bandeirante mudou o nome Anhanhonhacanhuva para Quinta de São João do Sumidouro, manteve apenas a tradução da palavra, sumidouro, no português. Com o tempo, passou a ser chamar apenas Quinta do Sumidouro, que faz parte de distrito de Fidalgo, pertencente a Pedro Leopoldo desde 1923. (na foto acima e abaixo de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, a casa em que viveu Fernão Dias e a estátua que retrata o bandeirante)
O bandeirante morreu nas proximidades do arraial em 1681. Seus restos mortais foram levados para sua cidade natal, São Paulo, onde nasceu em 1608, por seu filho mais velho, Garcia Rodrigues Paes, sepultando-o no Mosteiro de São Bento.
Fernão Dias Paes Leme deixou história, tanto de sua vida, como nas construções, sendo hoje um dos principais pontos de visitação turística da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A casa em que viveu conta sua trajetória de vida, bem como objetos de uso indígenas encontrados no sítio arqueológico do Sumidouro, além das riquezas arqueológicas da região e de conhecer como era a vida nas primeiras décadas do surgimento de Minas Gerais, entre o século XVII e início do século XVIII
A terceira igreja erguida em Minas
Erguida a partir de 1694, no fim do século XVII, foi a terceira igreja construída em Minas Gerais. (na foto acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial).
A primeira foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1670, construída em Matias Cardoso, Norte de Minas e a segunda, foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em Brejo do Amparo, distrito de Januária MG.
A primeira foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, datada de 1670, construída em Matias Cardoso, Norte de Minas e a segunda, foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, datada de 1688, construída em Brejo do Amparo, distrito de Januária MG.
Primeira, segunda e terceira fase do Barroco Mineiro
Originalmente, foi uma construção bem simples, em sua fase inicial, com as características da primeira fase do Barroco Mineiro.
Já no século XVIII, a Capela recebeu adornos, ornamentações e talhas no estilo Joanino, nome dado ao estilo português que surgiu com a junção de vários estilos arquitetônicos e artísticos lusitanos, durante o reinado de Dom João V, em Portugal, entre 1706 a 1750.
O estilo Joanino tem como características a ornamentação em pedras e madeira, colunas onduladas, além do colorido excessivo das pinturas, que cobriam todo o teto de igrejas, casarões e palacetes.
Já no século XVIII, a Capela recebeu adornos, ornamentações e talhas no estilo Joanino, nome dado ao estilo português que surgiu com a junção de vários estilos arquitetônicos e artísticos lusitanos, durante o reinado de Dom João V, em Portugal, entre 1706 a 1750.
O estilo Joanino tem como características a ornamentação em pedras e madeira, colunas onduladas, além do colorido excessivo das pinturas, que cobriam todo o teto de igrejas, casarões e palacetes.
As construções erguidas em Minas Gerais nas primeiras décadas do século XVIII, seguiram esse estilo. O estilo Joanino representa a segunda fase do Barroco Mineiro. Por ter sido o estilo mais comum no início do século XVIII, era conhecido ainda por estilo Setecentista. (na foto acima de Arnaldo Silva/@arnaldosilva_oficial, o retábulo da Capela do Rosário)
O estilo Joanino foi substituído pelo Barroco Mineiro, que se desenvolveu e se solidificou a partir da segunda metade do século XVIII, graças ao talento de grandes artistas mineiros como Natividade, Manoel da Costa Ataíde e Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho.
O estilo Joanino foi substituído pelo Barroco Mineiro, que se desenvolveu e se solidificou a partir da segunda metade do século XVIII, graças ao talento de grandes artistas mineiros como Natividade, Manoel da Costa Ataíde e Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho.
Obra do Aleijadinho e pinturas Rococó
A Capela do Rosário da Quinta do Sumidouro, conta com imagem de Nossa Senhora do Rosário, obra atribuída ao Mestre Aleijadinho.
Além disso, as pinturas da nave da capela foram feitas em estilo Rococó, predominante na terceira fase do Barroco Mineiro.
A Capela de Nossa Senhora do Rosário é uma das poucas construções brasileiras que passou pelas 3 fases do Barroco Mineiro, por isso a importância da capela para a história de Minas Gerais.
Os artesãos, arquitetos e pintores mineiros aprimoraram as técnicas do estilo Joanino e adaptando outros estilos, criando assim uma identidade própria, originando com isso o Barraco Mineiro.
O Conjunto arquitetônico da Quinta do Sumidouro formado pela Capela, a Lagoa da Lapa e a Casa de Fernão Dias, são bens históricos tombados como Patrimônio Histórico do Estado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artistico - IEPHA/MG, desde 1976.
A Capela do Rosário da Quinta do Sumidouro, conta com imagem de Nossa Senhora do Rosário, obra atribuída ao Mestre Aleijadinho.
Além disso, as pinturas da nave da capela foram feitas em estilo Rococó, predominante na terceira fase do Barroco Mineiro.
A Capela de Nossa Senhora do Rosário é uma das poucas construções brasileiras que passou pelas 3 fases do Barroco Mineiro, por isso a importância da capela para a história de Minas Gerais.
Os artesãos, arquitetos e pintores mineiros aprimoraram as técnicas do estilo Joanino e adaptando outros estilos, criando assim uma identidade própria, originando com isso o Barraco Mineiro.
O Conjunto arquitetônico da Quinta do Sumidouro formado pela Capela, a Lagoa da Lapa e a Casa de Fernão Dias, são bens históricos tombados como Patrimônio Histórico do Estado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artistico - IEPHA/MG, desde 1976.
Outros atrativos
Além da história e arquitetura colonial, o distrito fica próximo da Gruta da Lapinha, na vizinha cidade de Lagoa Santa e na própria região, existem grutas e sítios arqueológicos, além do Parque Estadual do Sumidouro, um dos mais importantes sítios arqueológico do Estado. Foi nessa região, que foi encontrado a "Luzia", o mais antigo fóssil das Américas.
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