Dos tempos coloniais, Esmeraldas guardas relíquias em sua arquitetura, em destaque para o Casarão da Fazenda Santo Antônio, apenas 4 km do Centro da Cidade.
O casarão foi erguido entre os anos de 1816 e 1822, de forma planejada, seguindo o requinte e luxo, tradicional das construções coloniais da época. São dois pavimentos, com blocos de adobe, com vigas e assoalho em madeira, fachada principal com vãos em cada pavimento, sacadas na parte superior e pinturas decorativas datadas de 1822. Em 1831, outras pinturas foram feitas, sobrepondo-se às primeiras, tendo sido eliminadas no início do século XX, com novas pinturas sendo feitas em 1942.
Foi construído para ser a residência do Visconde de Caeté, José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, (nasceu em Santa Quitéria em 1770 — faleceu em Caeté, 10 de fevereiro de 1838). Fazendeiro, formado em direito e medicina pela Universidade de Coimbra, no casarão, o Visconde trabalhava e vivia com sua esposa e seus 10 filhos.
Nomeado pelo Imperador Dom Pedro I, em 25 de novembro de 1823, como presidente da Província de Minas Gerais (cargo equivalente hoje de Governador do Estado), ocupou o cargo até 1827, tendo sido o primeiro presidente da Província de Minas. Em 2 de janeiro de 1826 recebeu o título de Barão de Caeté e meses depois, de Visconde de Caeté, tendo assumido a condição de senador do Império, ocupando o cargo de 6 de junho de 1826 até 1838.
Nomeado pelo Imperador Dom Pedro I, em 25 de novembro de 1823, como presidente da Província de Minas Gerais (cargo equivalente hoje de Governador do Estado), ocupou o cargo até 1827, tendo sido o primeiro presidente da Província de Minas. Em 2 de janeiro de 1826 recebeu o título de Barão de Caeté e meses depois, de Visconde de Caeté, tendo assumido a condição de senador do Império, ocupando o cargo de 6 de junho de 1826 até 1838.
Pela importância política do Visconde, o casarão tem um significado maior para Minas. Não é apenas mais um suntuoso e imponente casarão, como tantos construídos na época. Era a residência do presidente da Província (Governo) das Minas Gerais e um dos políticos de maior influência durante as primeiras décadas do Império. Foi José Teixeira da Fonseca Vasconcelos, um dos responsáveis por pressionar Dom Pedro I a ficar no Brasil, tendo participação importante da data histórica brasileira, o “Dia do fico”, quando Dom Pedro I, decidiu permanecer no país, em 9 de janeiro de 1822.
Por esse motivo é um dos bens de grande valor arquitetônico e histórico para a cidade e Minas Gerais, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) em 2004.
De passagem pela região e hospedando-se no casarão, Saint-Hilaire (Orleães, 4 de outubro de 1779 — Orleães, 3 de setembro de 1853) um botânico, naturalista e viajante francês, deixou sua impressão sobre o Presidente da Província de Minas Gerais: "Eu me hospedei na Capital do Rio das Velhas (Sabará) na casa do Senhor José Teixeira, então Juiz de Fora e Intendente do Ouro [...] O Sr. Teixeira é um homem de quarenta e alguns anos, rico e uma figura bastante gentil. Nascido nas Minas, ele fez os seus estudos em Coimbra e sua conversação era muito agradável. É raro ter uma reputação melhor que Sr. José Teixeira tem, em todo ponto que se vai, ele é reconhecido pelo seu saber e pela sua humanidade, seu desinteresse, sua candura, seu amor pela justiça, sua visão e patriotismo por seu pai."
De passagem pela região e hospedando-se no casarão, Saint-Hilaire (Orleães, 4 de outubro de 1779 — Orleães, 3 de setembro de 1853) um botânico, naturalista e viajante francês, deixou sua impressão sobre o Presidente da Província de Minas Gerais: "Eu me hospedei na Capital do Rio das Velhas (Sabará) na casa do Senhor José Teixeira, então Juiz de Fora e Intendente do Ouro [...] O Sr. Teixeira é um homem de quarenta e alguns anos, rico e uma figura bastante gentil. Nascido nas Minas, ele fez os seus estudos em Coimbra e sua conversação era muito agradável. É raro ter uma reputação melhor que Sr. José Teixeira tem, em todo ponto que se vai, ele é reconhecido pelo seu saber e pela sua humanidade, seu desinteresse, sua candura, seu amor pela justiça, sua visão e patriotismo por seu pai."
Durante sua existência, o casarão pertenceu a vários proprietários com a fazenda produzindo café, laranja, banana, farinha, polvilho e leite. Hoje carece de uma reforma completa.
Com esse objetivo, foi criada a Associação do Casarão Santo Antônio (Acasa), tendo como presidente Neiva Cristina Lara Lacerda, representante da família proprietária da fazenda atualmente. Seus proprietários, pretendem restaurar o casarão e transformá-lo numa casa de cultura.
É uma reforma que demanda tempo, mão de obra especializada e dinheiro. A associação vem buscando apoio da Prefeitura, Governo de Minas, Assembleia Legislativa, IEPHA e outras entidades, visando obter recursos para custear a reforma.
Com esse objetivo, são realizados eventos culturais e artísticos no terreiro do casarão, como por exemplo o “Musarau”, acima, promovido pela Prefeitura em parceria com a Acasa.
As fotos e informações para esta reportagem foram enviadas pelas Acasa, através da Maria do Carmo Lara.
Gostaria de saber se este evento acontece sempre, se há necessidade de se compar convites com anteced~encia, se mesmo em época de pandemia ele vem acontecendo...
ResponderExcluirGostaria de postar no grupo do facebook todo documentario e as fotos pode?
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