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quinta-feira, 4 de maio de 2017

As cidades do Vale do Rio Doce

(Por Arnaldo Silva) O Vale do Rio Doce é uma das maiores regiões de Minas Gerais. É formada por 102 municípios, onde vivem cerca de 1.7 milhão de mineiros, divididos em 7 microrregiões, tendo como sede os municípios de Aimorés, Guanhães, Governador Valadares, Ipatinga, Caratinga, Mantena e Peçanha.
          É uma das mais ricas e desenvolvidas regiões de Minas, destacando as indústrias, com boa parte sediadas no Vale do Aço, pecuária e agricultura, principalmente no cultivo do café, além de uma vasta e desenvolvida rede comercial, conta ainda com uma extensa malha rodoviária, ferroviária e aeroportos, nas suas principais cidades. (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade, a cidade de Cuparaque)
Conheça as microrregiões do Vale do Rio Doce
01 – A microrregião de Aimorés
          Aimorés, (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade) conta atualmente com cerca de 25.269 habitantes, segundo Censo do IBGE e está a 440 km de distância de Belo Horizonte. O município conta com acesso rodoviário e ferroviário com trem de carga e passageiros, com o Trem Vitória Minas, tendo estação na cidade. 
          A cidade está numa região montanhosa, banhada pelo Rio Doce e mesmo assim, seu clima é bem quente, (como pode ver na foto abaixo do Thelmo Lins). O mês mais quente do ano na cidade é fevereiro, com temperatura média de 27,9ºC e no mês mais frio, julho, a média é de 21,8º, segundo dados do Inmet.
          Com uma boa estrutura urbana, um comércio variado, prestação de serviço eficiente, uma agropecuária crescente e forte na região, além da indústria extrativista, alimentícia, de serraria e cerâmica, movimentam a economia do município.
          Aimorés tem como atrativos o Cine Teatro Terra, o Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, natural da cidade e também a Usina Hidrelétrica Eliezer Batista, ou simplesmente, Usina de Aimorés que conta com o Parque Botânico, aberto a visitação com várias atividades culturais e ecológicas, bem como suas belezas naturais como a Pedra Lorena (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), a Pedra da Fundança, a Pedra da Onça e a Pedra Bonita.
          Além de Aimorés, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Alvarenga, Conceição de Ipanema, Conselheiro Pena, Cuparaque, Goiabeira, Ipanema, Itueta, Mutum, Pocrane, Resplendor, Santa Rita do Itueto e Taparuba.
- Mutum
          Mutum conta hoje com cerca de 27.635 habitantes, segundo Censo do IBGE e a está distante 380 km de Belo Horizonte (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade). É uma cidade acolhedora, charmosa e com seu povo muito amável e hospitaleiro. A cidade é rodeada por belíssimos afloramentos rochosos em seu entorno, (como na foto abaixo do Elpídio Justino de Andrade)
          Seu nome tem origem numa ave abundante na região, o Mutum. A cidade tem origem no século XX, tendo sido emancipada em 19 de junho de 1912. Mutum tem forte tradição na agricultura e pecuária, com destaque para o cultivo de milho, feijão e principalmente o café..
02 - A microrregião de Guanhães
          Guanhães, (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), fica a 240 km de Belo Horizonte, situada no encontro da BR-120 com a BR-259, a cidade conta atualmente com 32.244 habitantes, segundo Censo do IBGE. É um importante corredor de acesso a vários municípios. Além disso, é um importante polo de prestação de serviços nas área de saúde, educação, comércio, dentre outros serviços, atendendo a mais de 30 municípios.
          Além de sua estrutura urbana e boa qualidade de vida, que oferece aos seus cidadãos, Guanhães conta como atrativos naturais o Parque Estadual da Serra do Candonga, a Lagoa Grande, dentre outras paisagens. Conta também com uma excelente culinária, inclusive com pratos típicos locais como a bananinha-frita, o doce luminária, além de outros pratos da nossa culinária e ainda festividades durante o ano como o aniversário da cidade, que foi fundada em 25 de outubro de 1875, a festa de São Miguel, padroeira da cidade e de Nossa Senhora Aparecida. 
          Além de Guanhães, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Braúnas, Carmésia, Coluna, Divinolândia de Minas, Dores de Guanhães, Gonzaga, Materlândia, Paulistas, Sabinópolis, Santa Efigênia de Minas, São João Evangelista,  Senhora do Porto e Virginópolis.
- Virginópolis

          Com cerca de 10.334 habitantes, segundo Censo do IBGE, Virginópolis, está a 270 km de Belo Horizonte. A história da cidade começa em meados do século XIX, com o surgimento de um povoado, elevado a freguesia em 1871, tendo sido elevada à cidade em em 1923, com a data de seu aniversário celebrada  9 de março de 1924, ano da instalação do município. O nome da cidade é em homenagem à Virgem Maria, com a junção da palavra Virginis, do latim Virgo, com a palavra grega polis, que significa cidade. Se destaca na região por sua famosa Festa da Jabuticaba e a Capela de Nossa Senhora do Patrocínio (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade), com mais de 500 degraus. 
03 - A microrregião de Governador Valadares
           A 320 km distante de Belo Horizonte, Governador Valadares (foto acima do Sérgio Mourão) conta atualmente com cerca de 257.171 habitantes, segundo Censo do IBGE. É a maior cidade da região, muito bem estruturada, com excelente infraestrutura urbana, contando com acesso fácil a rodovias, ferrovias, inclusive com trem de passageiros, o Trem Vitória Minas, que tem estação na cidade, e ainda, um aeroporto municipal. Possui uma excelente rede hoteleira e gastronômica, além de estrutura para eventos de grande porte, feiras, exposições e atividades culturais. 
          Além de seu comércio e indústria desenvolvidos, o turismo é outra fonte de renda do município, com destaque para o Pico do Ibituruna, considerado o melhor lugar do mundo para a prática de voo livre, por conter as melhores térmicas, propícias para a prática desse esporte. Do alto de seus 1.123 metros de altitude, a vista da região é maravilhosa, sendo o lugar, o principal cartão postal da cidade e famoso no mundo inteiro. 
          Além do Pico do Ibituruna, destaca na cidade a Ilha dos Araújos, a Ponte São Raimundo, a Açucareira, a Praça da Estação, a Praça Serra Lima, o Museu da Cidade, o Mercado Municipal, o Rio Doce, dentre outros atrativos. (foto abaixo de Sérgio Mourão, com destaque para o Pico do Ibituruna, ao fundo.)
          Além de Governador Valadares, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Alpercata, Campanário, Capitão Andrade, Coroaci, Divino das Laranjeiras, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Galileia, Governador Valadares, Itambacuri, Itanhomi, Jampruca, Marilac, Mathias Lobato, Nacip Raydan, Nova Módica, Pescador, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São José da Safira, São José do Divino, Sobrália, Tumiritinga e Virgolândia.
04 - A microrregião de Ipatinga
          É a Capital do Vale do Aço, atualmente com 227.731 habitantes, segundo Censo do IBGE, distante 210 km de Belo Horizonte. Ipatinga (na foto acima da Elvira Nascimento) é uma das mais ricas e desenvolvidas cidades do Brasil, tanto na área comercial, educacional e industrial.
          Seu parque industrial conta com empresas de pequeno, médio e grande porte, como a Usiminas, além de ter uma excelente estrutura urbana, uma malha viária de fácil acesso aos principais centro urbanos, aeroporto e ferrovia para transporte de cargas e também, de passageiros. 
          Ipatinga conta com uma bem organizada e bem estruturada rede hoteleira e gastronômica, além de uma estrutura de primeiro mundo para convenções, feiras, exposições e atividades artísticas e culturais de pequeno, médio e grande porte. 
          Ruas e avenidas espaçosas, áreas de lazer  como o Parque Ipanema (na foto acima da Elvira Nascimento), o Estádio de do Ipatingão, kartódromo, shoppings, cinemas, paisagens de Mata Atlântica, o Rio Doce, belas praças e jardins, além de seu povo ser hospitaleiro e acolhedor, faz da cidade, uma das melhores de Minas Gerais e do Brasil para se viver. 
          Além de Ipatinga, a microrregião é formada pelos municípios de Açucena, Antônio Dias, Belo Oriente, Coronel Fabriciano, Jaguaraçu, Joanésia, Marliéria, Mesquita, Naque, Periquito, Santana do Paraíso e Timóteo.
- Jaguaraçu
          Cidade pequena, com apenas 3.092 habitantes, pacata, acolhedora, atraente e muito charmosa, Jaguaraçu (na foto acima da Elvira Nascimento) está a 185 km de Belo Horizonte e a 60 km de Ipatinga. Emancipou-se em 12 de dezembro de 1953. Se destaca pela hospitalidade de seu povo e ainda pelos festas de Nossa Senhora do Rosário, em julho, a cavalgada de maio e encontro de bandas em julho, além da área de proteção ambiental e a Fazenda Paiol, que além de estar na Serra do Urubu, com uma linda vista da região, é a maior produtora de rapaduras do município e de forma artesanal, com engenho movido a água. Na fazenda são produzidos ainda doces e queijos.
06 - A microrregião de Caratinga
- Caratinga
          Com  87.360 habitantes, segundo Censo do IBGE, Caratinga (na foto acima da Elvira Nascimento) está distante 310 km de Belo Horizonte. Cidade desenvolvida, com um comércio e setor de serviços variado e eficiente, conta ainda com um parque indÚstria, com destaque para a indústria têxtil, de fabricação de produtos químicos, moveleira, alimentos e bebidas, dentre outros segmentos. 
          A cidade tem origem no século XIV, com a data de sua fundação em 24 de junho de 1848. Dos tempos coloniais, o município guarda ainda traços desse período em sua arquitetura, bem como dos estilos arquitetônico eclético e neo-clássico, predominantes no final do século XIX e início do século XX. Além de sua arquitetura, belas praças como a Praça Cesário Alvim e seu belíssimo e conservado conjunto arquitetônico, igrejas belíssimas como a Catedral de São João Batista, com seu coreto planejado por Oscar Niemeyer e o Santuário de Adoração Perpétua. (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade)           
          A cidade conta com uma excelente estrutura urbana e para organização de eventos sociais, culturais e artísticos. Durante o ano são realizados vários eventos e festas religiosas, sociais e esportivas. Caratinga conta ainda com reservas ambientais e a bela Lagoa Silvana (na foto acima do Sérgio Mourão), lugar de lazer e diversão do caratinguense.        
          Além de Caratinga, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Bom Jesus do Galho, Bugre, Caratinga, Córrego Novo, Dom Cavati, Entre Folhas, Iapu, Imbé de Minas, Inhapim, Ipaba, Piedade de Caratinga, Pingo-d'Água, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, São Domingos das Dores, São João do Oriente, São Sebastião do Anta, Tarumirim, Ubaporanga e Vargem Alegre.
- Bom Jesus do Galho
          Com cerca de 14.500 habitantes, Bom Jesus do Galho, (na foto acima da Elvira Nascimento), está a 300 km de Belo Horizonte. A cidade é tranquila, acolhedora e seu povo hospitaleiro. A base de sua economia é a indústria extrativista, o comércio, a prestação de serviços e a agricultura e pecuária. 
          Tem como atrativos a estátua do Cristo da Paz, o seu artesanato, grupos teatrais, o carnaval, as festividades da Semana Santa e a Festa do Jubileu do Senhor do Bom Jesus, além de belas paisagens, com cachoeiras, lagoas ótimas para banhos, além do município fazer parte  do complexo do Parque Estadual do Rio Doce. 
- Pingo D´Água
          Com 4.700 habitantes, Pingo D´Água (na foto acima da Elvira Nascimento) está a 289 km distante de Belo Horizonte. O município faz parte do complexo do Parque Estadual do Rio Doce, maior reserva ambiental de Mata Atlântica do Estado, sendo um dos últimos remanescentes deste bioma em Minas Gerais. A cidade é bem tranquila, aconchegante, seu povo hospitaleiro e muito acolhedor. Com boa estrutura urbana, a base da economia de Pingo D´Água é a agricultura, pecuária, o comércio, prestação de serviço e indústria de transformação, destacando a extração de eucaliptos, que abastece as siderúrgicas da região. 
- Tarumirim
          Tarumirim (na foto acima de Zano Moreira) conta atualmente com pouco mais de 14 mil habitantes e está a 291 km distante de Belo Horizonte. Seu nome é de origem indígena e significa "céu pequeno". Seu povo é muito religioso, sendo São Sebastião, o seu padroeiro. A cidade é tranquila, seus moradores são alegres, gentis, acolhedores e muito hospitaleiros. A base econômica do município é seu comércio, a prestação de serviços e principalmente a agricultura e a pecuária de corte e de leite, além de se destacar na produção de cachaça, com vários alambiques artesanais na cidade,  bem como na produção de doces, queijos e outros produtos artesanais. 
07 - A microrregião de Peçanha
          Distante 310 km de Belo Horizonte, Peçanha, conta atualmente com cerca de 17.500 habitantes. Sua origem é do século XIX, originando do arraial de Santo Antônio do Peçanha, tendo sido elevada à cidade em 13 de setembro de 1881, com o nome de Suaçuí e por fim, passou a se chamar Peçanha, a partir de 1911. Nas terras peçanhenses nasce o Rio Suaçuí Pequeno, além de ser cortado pelo Rio Suaçuí. (Foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          A cidade é charmosa, com um povo muito acolhedor e hospitaleiro, além de contar com o Parque Municipal Mãe D´Água belas e bem cuidadas praças e construções atraentes. A economia da cidade tem como base a agropecuária com destaque para o cultivo de feijão, amendoim, arroz, mandioca, milho, batata-doce, café, cana de açúcar e na produção de leite, bem como dos queijos artesanais. O variado comércio, contando ainda com um laticínio que produz queijos, manteiga, requeijão, parmesão e leite, já que a cidade tem forte produção leiteira.
          No turismo, Peçanha  tem como atrativos seu rico folclore com grupos de Marujada, Caboclos, Bonecos Gigantes, Banda de Música, Lira Paroquial Treze de Junho que se apresentam na época da festa do padroeira da cidade, Santo Antônio, em junho. Tem ainda o carnaval, um dos mais famosos da região, tendo sido considerado, em 2012, como o segundo melhor carnaval do interior mineiro, atrás apenas de Diamantina.
          Como atrativos naturais, o município conta ainda com o Parque Municipal Mãe D´Água. Além de Peçanha, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Água Boa, Cantagalo, Frei Lagonegro, José Raydan, Peçanha, Santa Maria do Suaçuí, São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí e São Sebastião do Maranhão
- Água Boa
          Distante 359 km de Belo Horizonte, Água Boa (na foto acima do Sérgio Mourão) foi emancipada em 12 de dezembro de 1953 e conta, segundo Censo do IBGE, com 12.589. Cidade calma, tranquila, povo simples, cuja base econômica é seu comércio bem variado, a agricultura e pecuária, com excelente produção queijeira, além da produção artesanal de rapadura, muito famosa na região. Conta atualmente com cerca de 14 mil habitantes.
          Seu nome tem origem na época dos tropeiros que pousavam no local e encontravam sempre minas de água, sendo uma, considerada uma nascente de água boa, que não era salobra e nem barrenta, virando assim ponto de referência para os tropeiros que paravam para descanso. Com o passar do tempo do lugar ficou conhecido como "Parada da Água Boa", originando assim o nome da cidade.
- Santa Maria do Suaçuí
          Fundada em 16 de março de 1924, Santa Maria do Suaçuí (na foto acima do Sérgio Mourão) está a 360 km distante de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 12.778 habitantes, segundo Censo do IBGE. A cidade é tranquila, pacata e seus moradores hospitaleiros e acolhedores. A economia da cidade tem como base um pequeno e variado comércio, a agricultura e pecuária.
07 - A microrregião de Mantena
          Mantena (na foto acima do Elpídio Justino de Andrade) foi emancipada em 13 de junho de 1943. Distante 460 km de Belo Horizonte,  conta atualmente com 26.535 habitantes, segundo Censo do IBGE. A cidade tem conta com uma excelente estrutura urbana e viária, com um comércio  e serviços públicos e sociais eficientes, atividade pecuária e agrícola que exercem grande papel na economia do município. Destaque também para a atividade industrial do município que conta com empresas na área têxtil e mineradoras, que exploram e exportam granito para todo o mundo.
          Além de Mantena, a microrregião é formada pelos municípios de Central de Minas, Itabirinha, Mantena, Mendes Pimentel, Nova Belém, São Félix de Minas e São João do Manteninha.

Um comentário:

  1. Faltou Tumiritinga, Galiléia, conselheiro pena, resplendor...kkkk e muito mais...mas valeu!!

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