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sexta-feira, 31 de março de 2017

As 12 menores cidades do Sul de Minas

(Por Arnaldo Silva) O estado de Minas Gerais tem 853 municípios e cerca de 60 cidades com menos de três mil habitantes. Uma parte dessas pequenas cidades estão concentradas no Sul de Minas.
          São cidades pacatas, charmosas, tranquilas, casario estilo colonial bem cuidado, ruas calçadas, com ótima qualidade de vida, sem o estresse e agitação do dia a dia, como a cidade acima, Marmelópolis com 3.200 habitantes, fotografada pelo Jair Antônio Oliveira, a terra do marmelo e do frio.
          O bom também dessas cidades é que quase todos os moradores se conhecem. Os moradores dessas cidades em sua maioria, tem na agricultura familiar e em pequenos comércios, suas maiores fontes de renda. (Na foto acima do Átila Vilela, uma rua com árvores Resedá (Lagerstroemia indica, na pacata Seritinga MG)
           Outra fonte de renda para os moradores e municípios é o turismo que vem crescendo muito nas cidades do interior mineiro, principalmente no Sul de Minas. Isso porque que são municípios privilegiados por exuberantes paisagens da Serra da Mantiqueira, cachoeiras e rios, bem como festas religiosas, culturais, rurais e eventos gastronômicos ao longo do ano, o que atrai turistas sempre.
          Você vai conhecer 12 cidades do Sul de Minas, de acordo com o Censo Demográfico doo IBGE divulgado em 2022.
           São cidades que com certeza, irão de encantar encantar pela beleza simplicidade de cada um deles. 
1° - Consolação - 1.563 habitantes
          Com 1.563 habitantes, em 2022, segundo o IBGE, Consolação (na foto acima de Fernando Campanella) é uma pacata e charmosa cidade com uma ótima qualidade de vida, tendo a atividade econômica principal de seus moradores, a agropecuária e pequenos comércios. 
          Os consolenses vivem num ambiente calmo e tranquilo, vivenciando um estilo de vida tipicamente do interior mineiro. A cidade tem uma ótima gastronomia, bem como belezas naturais encantadoras como a cachoeira do Urubu, a Gruta do Zé Teixeira, a Pedra da Independência e a belíssima serra do bairro Cascavel.
          A cidade oferece, como atrações, a Festa da Padroeira, com uma semana de quermesse, a encenação da Semana Santa, a Festa Junina e o Aniversário da cidade, com desfile de cavaleiros, gincanas e competições esportivas. No aniversário da cidade, 1º de março, acontece desfiles de cavaleiros, gincanas e competições esportivas. Duas festas são destaque na cidade: Festas Juninas e a tradicional Festa da Padroeira. A Semana Santa na cidade é marcada por muita religiosidade, fé e tradição.
2° - Seritinga: 1.819 habitantes
          Com 1.819 habitantes, segundo o IBGE em 2020, a cidade de Seritinga surgiu com a chegada da Estrada de Ferro na região, que ligava Aiuruoca a Liberdade. (foto acima de Rildo Silveira) Da lembrança dos tempos do trem de ferro, desativo em 1977, restou a antiga estação, um dos pontos turísticos do município. A economia da cidade é basicamente de pequenos comércios e na produção de queijos, inclusive, sendo famosa pela qualidade de seus queijos. Essa fama originou-se do Laticínios Skandia, de propriedade das família do Sr. Godfredson, de origem dinamarquesa. 
          Começaram a produzir queijos em Seritinga da mesma forma que sua  família produzia na Dinamarca. Um queijo muita qualidade.   
          Este laticínio foi desativado, mas a tradição do queijo dinamarquês foi preservada pelos produtores locais, mantendo a mesma qualidade do queijo produzido pela família dinamarquesa. É um queijo único e muito procurado pelos amantes de queijos de qualidade. 
          Seritinga é uma das mais atraentes cidades mineiras, chamando a atenção suas ruas tranquilas, limpas e arborizadas, bem como a Igreja de São Pedro (na foto acima de Dalton Maciel, a Igreja de São Pedro em Seritinga)com arquitetura em formato de navio. 
          Além disso tem a antiga estação, a Praça Sete de Setembro, um dos pontos mais frequentados por seus moradores, bem como seu casario, com influência da arquitetura dinamarquesa e colonial portuguesa.
          Pra quem gosta de apreciar a natureza, no município tem as praias fluviais dos rios Aiuruoca e dos Franceses, bem com a Cachoeira do Galvão.
3° -  Serranos: 1.990 habitantes
          Serranos tem 1990 moradores, segundo Censo do IBGE de 2022. Rodeada por montanhas, clima ameno, ar puro, a cidade é pacata, tranquila, onde a vida passa devagar. (fotografia acima de Dalton Maciel)
          Seus moradores são muito hospitaleiros. Sua economia gira em torno de pequenos comércio, da agropecuária e turismo, já que no município, a natureza é um dos seus maiores atrativos, com belíssimas cachoeiras como a do Dantas, do Juarez e do Ademarzinho. 
          Pra quem gosta de sossego e descanso, o município conta com pousadas muito atrativas, entre elas a do Rancho do Macota (na foto abaixo do Marlon Arantes).
          As festividades religiosas, em torno da Matriz são as maiores atrações do município, como por exemplo a Festa do Jubileu em setembro de cada ano, que atrai visitantes de toda a região e mobiliza toda a cidade em torno do evento. A paróquia de Serranos fica lotada a cada ano, quando chega setembro e com ele o dia do jubileu. 
          Trata-se de uma imensa massa de fiéis, que a cada ano aumenta, que vão à paróquia para se beneficiar das Indulgências. À noite, no Desfile processional, na Praça da Matriz, são entoados hinos de aclamações à Maria. 
          Destaque também para a Cachoeira dos Dantas, do Juarez e do Ademarzinho, pela beleza natural típica da região.
4° -  Senador José Bento -  2.068 habitantes
          O município faz limite com Borda da Mata, Ipiúna e Congonhal. Fica a 420 km de Belo Horizonte e conta com 2.068 habitantes, segundo o IBGE em 2022.
          A história do município inicia-se a partir de 1922, com a criação da Colônia Agrícola Padre José Bento em homenagem ao sacerdote católico, jornalista, deputado e senador do Império entre 1834 a 1844, José Bento Leite Ferreira de Melo (São Gonçalo do Sapucaí, 6 de janeiro de 1785 — Pouso Alegre, 8 de fevereiro de 1844). 
          O objetivo da Colônia era o de abrigar imigrantes de várias nacionalidades que chegavam em grande número ao Brasil, após a primeira Guerra Mundial. 
          Com o passar do tempo, agricultores da região foram se juntando à Colônia, dando origem a um povoado que hoje, que se transformou em cidade, emancipada em 30 de dezembro de 1962, adotando o mesmo nome da Colônia, Senador José Bento.        
          O A cidade é simples, muito acolhedora com belezas naturais como a Cachoeira das Tronqueiras e o Pico da Bela Vista. Sua economia gira em torno das atividades agropecuárias, pequenos comércios e artesanato. Na cidade existe a Casa do Artesão, com mostras dos trabalhos dos artistas locais. Um dos grandes eventos religiosos da cidade são as Festas de São Sebastião e São Benedito, que atraem grande número de turistas e devotos à cidade. 
5° Passa-Vinte: 2.233 habitantes
          Passa Vinte  com 2.233 habitantes, segundo o IBGE em 2022, é uma pacata, tranquila, calma e típica cidade do interior mineiro. Seus moradores vivem da agropecuária em destaque para produção de leite e milho. (fotografia acima de Rildo Silveira)
          O município é montanhoso e um de seus grandes atrativos são corredeiras e a cachoeira do povoado de Carlos Euler, no distrito homônimo. Um dos destaques também é tradicional Festa de Santo Antônio, que acontece todos anos no dia dedicado ao Santo, 13 de junho. Após a semana da Páscoa, é realizado o Torneio Leiteiro atraindo grande número de turistas à cidade. Em novembro, a grande atração da cidade é o Festival do Shop, que atrai grande número de visitantes das cidades vizinhas e até de outros estados.
6° São Sebastião Rio Verde: 2.300          
          Localizada nas divisas dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, nas Terras Altas da Mantiqueira, São Sebastião do Rio Verde, contava em 2022, segundo o IBGE, com 2.300 habitantes. (fotografia acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas) 
          É considerada uma das melhores cidades da região Sul de Minas para se viver. O Rio Verde é um dos grandes atrativos do município, ótimo para pescaria, prática de canoagem e para pegar um sol, nos dias de verão, já que o Rio Verde forma algumas praias fluviais em seu percurso. 
          O inverno é rigoroso na cidade, a natureza em seu redor, esplendorosa. Seus moradores guardam com carinho a mais pura tradição mineira, principalmente a nossa os sabores diversos de nossa culinária como doces, queijos e os pratos típicos de Minas.
          O artesanato é um dos destaques do município. São bordados, crochês, arte em barbante, palha e confecção de bonecas de pano. Outro destaque cidade é seu casario em estilo colonial. São casarões e fazendas ainda da época da Escravidão. Em algumas fazendas do município são fabricados carros de bois.
7° Wenceslau Braz - 2.356 habitantes
          Wenceslau Braz contava em 2022, segundo o IBGE, com 2.356 habitantes. Seu nome de origem era Vila de Bicas do Meio, quando era distrito de Itajubá. Foi emancipada em 1962, adotando o atual nome em 1964 em homenagem a Wenceslau Braz, ex presidente da República, natural de Brasópolis MG, que governou o Brasil entre 1914 e 1918.
          A cidade é pitoresca, tranquila, hospitaleira, rodeada por belíssimas paisagens com matas nativas de araucárias e jacarandás, além de serras como a do Quilombo, Paiol, Alto da Onça e Alto do Alambique. (fotografia acima de André Uchôas)
8° Olímpio Noronha: 2.555
          O município de Olímpio Noronha contava em 2022 com 2809 habitantes, segundo o IBGE. (na foto acima de Rildo Silveira) Sua origem é do século XX, com a chegada da estrada de ferro e construção de uma estação ferroviária, denominada Santa Catarina, em uma das propriedades de Olímpio Noronha, que pertencia ao município de Cristina MG. Com o passar do tempo, começou a surgir um povoado em torno da estação, popularmente chamado de Parada Santa Catarina. Seus moradores viviam da agropecuária, principalmente gado leiteiro e devotavam São Sebastião, santo católico protetor do gado. 
          Com o crescimento do povoado e devoção a São Sebastião, o povoado foi elevado a distrito de Cristina MG em 1948, passando a se chamar São Sebastião dos Campos, sendo emancipado em 1962 e por fim, passando a se chamar Olímpio Noronha, homenageando uma das pessoas mais influentes e importantes na região no século passado.
          A cidade é bem tranquila, pacata e muito charmosa. Quem visita a Olímpio Noronha encontra um povo é simples e hospitaleiro, além de poder conhecer os dois mais importantes pontos turísticos da cidade: a Cachoeira da Usina e a antiga Estação Ferroviária, que deu origem ao município.
9° Fama -  2.578 habitantes
          Fama, banhada pelo Lagoa de Furnas é um dos mais atrativos municípios mineiros, justamente pelas águas do "Mar de Minas. Em 2022, eram 2.578 moradores, segundo o IBGE.
          Como boa parte de seu território foi inundado pelas águas da Represa de Furnas em 1962, impactando sua atividade agropecuária, o turismo surgiu como grande fonte de recuperação do município. (fotografia acima de Leonardo Bueno)
          Fama é um dos exemplos de preservação ambiental, com incentivos ao turismo rural sustentável, protegendo seus recursos naturais, já que suas terras e águas, abriga uma grande bio diversidade.
          A cidade é bonita, bem cuidada, com ótima gastronomia, pousadas e hotéis aconchegantes. O maior atrativo da cidade é o Lago de Furnas, que espelha Fama, onde o visitante tem a opção de fazer passeios de barcos pelo "Mar de Minas" ou mesmo, passar pelas águas em pedalinhos.
10° Ingaí: 2.580 habitantes
          Ingaí está a 230 km de Belo Horizonte e faz limite com Lavras, Itumirim, Carmo da Cachoeira, Luminárias e Itutinga. Segundo o IBGE, 2.580 pessoas vivem na cidade.
          Seu nome tem origem no Ingá, uma árvore frutífera muito comum no município. (fotografia acima de Gilson Nogueira - In Memoriam)
          Ingaí conta com uma boa estrutura urbana e oferece uma ótima qualidade de vida a seus moradores. 
          A cidade é famosa por sua festa de São João e sua fogueira, uma das maiores do Brasil chegando a ter mais de 40 metros. (na foto acima do Gilson Nogueira - In Memoriam)
          Cidade rica em belezas naturais e paisagens nativas deslumbrantes como cachoeiras, serras, picos, cânions e a beleza do Rio Grande, que banha o município.
          Além disso, Ingaí é um dos maiores produtores de trigo de Minas Gerais. São campos e mais campos cobertas pela beleza ouro do trigo maduro, pronto para colheita. É um espetáculo deslumbrante! (fotografia acima de Gilson Nogueira - In Memoriam)
11ª - Alagoa - 2749 habitantes
          Conhecida nacionalmente como a Terra do Queijo, desde o início do século XX, Alagoa é uma charmosa cidade nas Terras Altas da Mantiqueira.(foto acima de Rildo Silveira) 
          Seu clima, terras de qualidade e a altitude, favorece a criação de gado, consequentemente produzindo um leite de alta qualidade, originando um queijo único. 
          Tanto é que tanto o modo artesanal de fazer o queijo de Alagoa MG, foi reconhecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) com o Selo Arte, bem como também, Alagoa, foi reconhecida pelo Governo de Minas, como região produtora de queijos artesanais, estando o município, atualmente, uma das regiões queijeiras mineiras.
          Seu queijo é de altíssima qualidade, reconhecido tanto em nível estadual, nacional e internacional, com diversas premiações recentes, em destaque para as medalhas conquistadas pelo queijo da Fazenda Bela Vista, do produtor Renato e Queijo D´Alagoa, do produtor Osvaldo Filho, no último Mondial du Fromage, a "Copa do Mundo" dos queijos, que aconteceu na França.  (foto abaixo do Rildo Silveira)
          O município é rico em belezas naturais como cachoeiras, corredeiras, matas nativas e no perímetro urbano, o visitante encontra uma cidade tranquila, pacata, um casario em estilo colonial, com ruas calçadas e um povo muito gentil e hospitaleiro. Alagoa contava com 2665 moradores em 2022, segundo o IBGE.
12ª - Dom Viçoso - 3095 habitantes
          Dom Viçoso está a 420 km de Belo Horizonte e a 961 metros de altitude, acima do nível do mar. Segundo o IBGE, vivem na cidade 3095 pessoas. (foto acima de Rildo Silveira)
Uma cidade bem pitoresca, calma, tranquila e charmosa. Seu povo é muito simpático, alegre, acolhedor e hospitaleiro. Recebem muito bem os visitantes.
          Destaca em Dom Viçoso sua bela Matriz, dedicada à Nossa Senhora Rosário e as festas religiosas de Nossa Senhora do Rosário e de São Sebastião, que movimenta a cidade. 
          Conta ainda com atrativos naturais, como a Cachoeira do Mato Dentro, a Lagoa da Barrinha, a Pedra Riscada e a Gruta do Tadeu, dentre outros atrativos.

terça-feira, 21 de março de 2017

As características dos principais queijos mineiros

(Por Arnaldo Silva) Nos mercados brasileiros encontramos diversos tipos de queijos. Verdadeiras tentações que ninguém resiste. Compra logo o que mais lhe agrada. A maioria opta pelo queijo Minas, é o mais popular, tem a massa massa bolo e a cor bem branca. É um queijo para consumo rápido.
          Quando é para fazer bolos e biscoitos, preferem o queijo curado. Há uma crença errada que queijo para comer é o frescal e para fazer quitandas, o curado. (na foto acima, queijos mineiros, meia-cura, feitos por Marília Marquez Lino)
          O Queijo Minas frescal é mais um tipo de queijo, mais uma receita de queijo, o mais popular e o mais acessível financeiramente, produzido não apenas em Minas, mas em outros Estados. Sua origem é mineira, por isso o nome, mas a receita se popularizou no Brasil inteiro. 
          Já o queijo especial, requer mais preparo e tempo maior de maturação que pode ser de 25 dias, 45, 60, 90, 120 e até 180 dias e não são iguais, nem um pouco. Cada região de Minas produz um queijo com características específicas, com tamanhos, sabores e texturas diferentes. 
          Essas características são influenciadas pelo clima, pastagens, altitudes, manejo do gado leiteiro e as bactérias agentes no processo de produção dos queijo. Por isso que nenhum queijo especial mineiro é igual ao outro. Isso se chama terroir (terruá na pronúncia) termo de origem francesa usado quando os produtos adquirem as características locais. 
          Um exemplo disso é o queijo acima, o Queijo D´Alagoa, da cidade de Alagoa no Sul de Minas. Produzido na Serra da Mantiqueira a 1522 metros de altitude é um dos mais premiados no Brasil e no mundo, medalha de prata e bronze no último Mondial du Fromage, na França. (fotografia acima de Jerez Costa)
          Seu sabor é levemente picante e gosto forte, intenso e persistente na boca. Tem o aroma de ervas frescas e lácteos. Sua casca é lisa, com coloração amarela com mofos brancos. 
          São mais de 2.000 tipos de queijos diferentes no mundo e em Minas são mais de 50 variedades de queijos. Esse é o queijo mofado. São mofos lácteos, não fazem mal à saúde humana e são benéficos. Sua função é proteger o queijo de estragar, protegendo-o de bactérias não lácteas que surgem durante maturação, como contato com mãos humanas, insetos, etc. Mofo em queijos são bem vindos, possuem pilicilina (antibiotico) natural. 
          Na hora de comer basta lavar ou se preferir, retirar a casca. É como uma fruta, que para comê-la tem que descascar. O mofo protege a casa, que conserva o sabor e qualidade do queijo que está dentro da casca. Simples.        
          Você vai conhecer os queijos das principais regiões queijeiras de Minas, queijos premiados e valorizados pela qualidade. Serro, Canastra, Araxá, Serra do Salitre.
Queijo do Serro
          A massa é bem homogênea, com coloração clara, consistente,  macia e sem rachaduras. Possui maior acidez em relação aos outros queijos.Quando curada, ganha uma crosta amarela e dependendo do tempo de cura, uma rígida crosta marrom. (foto acima de Tiago Geisler)
Queijo da Serra da Canastra
          Produzido há mais de duzentos anos, é o melhor queijo do Brasil e um dos mais premiados do mundo. É um tipo de queijo em que se pode dizer claramente, é único. Não tem igual em lugar algum do mundo. Sua massa é densa e encorpada. Tem um sabor forte e meio picante. Sua casca  rígida, lisa, ligeiramente oleosa, com coloração amarelada e alguns mofos brancos. (foto acima de Arnaldo Silva) 
Queijo Araxá
          Sua massa é densa, sem furos e com sabor picante. A casa é lisa e coloração amarelo claro. (foto acima de Luis Leite)
Queijo da Serra do Salitre
          É fácil ser identificado. O queijo é cremoso, com sabor suave. Na Serra do Salitre se produz os queijos fresco, meia-cura e o curado, sendo o mais famoso, o tipo Imperial que é envolto a uma resina preta, amarela ou vermelha para proteger e manter a qualidade e o sabor do queijo. (Na foto, queijo Terroir Mineiro Premium e Meia Cura do Seu João, um dos maiores produtores de queijo da Serra do Salitre/Divulgação)
          Deu para entender um pouco do universo do queijo mineiro? Na hora da compra, lembre desses detalhes e saboreie à vontade. São queijos de primeira, premiados não só no Brasil, como no exterior. 

Conheça Itabira - a terra natal de Carlos Drumond

(Por Arnaldo Silva) Itabira localiza-se no Quadrilátero Ferrífero, a leste de Belo Horizonte, distante 110 km. Segundo o IBGE, em 2022, a cidade contava com 113.343 mil habitantes. Itabira faz divisa ao norte: Itambé do Mato Dentro; Noroeste: Jaboticatubas; Leste: Nova União; Sudoeste: Bom Jesus do Amparo; Sul: João Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo; Sudeste: Bela Vista de Minas; Leste: Nova Era; Nordeste: Santa Maria de Itabira.
          Carinhosamente chamada de “Cidade do Ferro” pela exploração do mineral, é uma das mais importantes cidades mineiras. Sua história iniciou-se no início do século XVIII, após descoberta de ouro na região e chegada de bandeirantes e exploradores, formando um povoado de nome de Sant´Ana do Rosário, pela devoção de seus primeiros moradores à santa. Nessa época, foi edificada uma igreja em homenagem a Nossa Senhora do Rosário. (foto acima de Arnaldo Quintão e abaixo de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, o Centro Histórico de Itabira MG)
           Com o crescimento do povoado, com construções de casarões, comércios variados, igrejas e surgimento de irmandades, Sant´Ana do Rosário passou a ser Vila, já com a denominação de Itabira do Mato Dentro, por fim, em nove de outubro de 1848, foi emancipada, se tornando cidade com o nome de Itabira. Suas ruas, igrejas e casarões, guardam histórias do tempo do Brasil Colônia. 
          Ao longo de sua existência, além da exploração mineral, desenvolveram-se no município vários segmentos industriais como têxteis, metalúrgicos, artefatos de couro e ferro, dentro outros. (na foto acima do Arnaldo Quintão, vista parcial de Itabira MG)
          Ao longo de sua história, a música, literatura e teatro sempre se destacavam no desenvolvimento da cidade. Celeiro de vários artistas, a cidade orgulha de ser a terra do poeta, contista e cronista brasileiro Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987), considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. 
          Em várias de suas obras, Itabira foi sua fonte de inspiração. (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade na sua terra natal e na foto abaixo, de Arnaldo Quintão, Praça do Areão, um dos pontos descritos pelo poema "O maior trem do mundo" de Carlos Drummond de Andrade)
          Além das atividades industriais, arte e cultura, o município tem outros atrativos como o Parque Ecológico Itabiruçu, a Mata do Intelecto, a rampa de voo livre, a Mata do Limoeiro, a Pedra da Igreja, a Serra do Bicudo, o distrito de Ipoema, a Serra dos Alves possui várias cachoeiras propícias para a prática de esportes radicais como rapel e canyoning. (na foto abaixo, de Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a Cachoeira Alta em Ipoema)
          A cidade conta ainda com o Parque Natural Municipal da Água Santa, com águas térmicas brotando das profundezas de rochas e segundo a população local, medicinais. O parque tem boa estrutura para lazer dos visitantes como bancos, teatros, equipamentos para lazer, além de estar integrado ao Museu de Território Caminhos Drummondianos.
          No perímetro urbano, suas igrejas históricas, como a de Nossa Senhora do Rosário, casarões, a casa em que viveu o poeta Carlos Drummond de Andrade, o Centro Itabirano de artesanato (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas) onde o visitante pode conhecer os trabalhos em crochês, cerâmicas, madeiras, bordados, barbante, pinturas em telas, cestaria e outros trabalhos do artesão e artistas itabiranos, bem como sua culinária tipicamente mineira são atrativos imperdíveis para os visitantes

domingo, 19 de março de 2017

As cidades do Norte de Minas

(Por Arnaldo Silva) A Região Norte de Minas é formada por 89 municípios, onde vivem cerca de 1,8 (um milhão e oitocentos mil) mineiros, divididos em 7 microrregiões, com sede nas cidades de Januária, Janaúba, Salinas, Pirapora, Bocaiuva, Grão Mogol e Montes Claros.
          Região que, ao longo das duas últimas décadas vem se desenvolvendo muito, tanto na industrialização, no turismo, no artesanato, cultura, educação, na saúde, na ampliação do comércio, prestação de serviços e qualidade de vida oferecidas aos seus moradores, bem como na energia solar. (na foto acima de Márcio Pereira/@dronemoc, vista parcial de Montes Claros MG e na foto abaixo, a cidade de Manga MG às margens do Rio São Francisco)
          O Governo de Minas Gerais irá construir 4 usinas solares no Estado, em parceria com a multinacional espanhola Solatio.  O parque de energia solar será instalado em Arinos no Noroeste do Estado e em Janaúba, no Norte de Minas, com capacidade de produção de 1.300 MWP. Serão as duas maiores usinas do mundo. Além dessas, mais duas serão construídas em  Várzea da Palma, no Norte de Minas que irão gerar 650 MWP. 
          A previsão é para conclusão do parque de energia solar em 2023, o que fará de Minas Gerais, o maior produtor mundial desse tipo de energia. Serão beneficiados na região cerca de 1,2 milhão de pessoas, e ainda gerará empregos e renda. Outras usinas solares serão construídas em parceria com a iniciativa privada em outras regiões de Minas Gerais
          O Norte de Minas se destaca também na agropecuária, principalmente na pecuária leiteira, na produção de mel de aroeira, na indústria extrativista, no cultivo de eucalipto. A região é destaque na produção de frutas em Minas Gerais, com sua produção abastecendo o mercado mineiro, de várias outros estados e ainda, exportadas para vários países. Projetos como o Pirapora Vale do Gorutuba e Jaíba, tem extensas áreas plantadas, com cultivo de grandes variedades de frutas, como uvas em Pirapora e bananas em Jaíba, além da região ser uma das grandes produtoras de mandioca e abóbora. (na foto acima de Sérgio Mourão, a charmosa cidade de São Romão, com cerca de 13 mil habitantes, fundada em 23 de outubro de 1668, uma das primeiras de Minas Gerais)
          Indústrias de pequeno, médio e grande porte, como a Nestlé, Rima, Petrobrás, Novo Nordisk, mineradoras e outras empresas de segmentos diversos, vem se instalando no norte mineiro, gerando renda, empregos e desenvolvimento à região. (na foto acima de Sérgio Mourão, a charmosa cidade de Lassance, com cerca de 7 mil habitantes, destaque no Brasil, por ter sido nesta cidade, que o cientistas Carlos Chagas, descobriu o protozoário causador da doença que passou a ter o seu nome, Doença de Chagas). 
          A cultura e artesanato do Norte de Minas é apreciada e valorizada em todo o Brasil, além de ser famosa no mundo. Os artesão fazem suas criações com os materiais da própria região como fibras vegetais, madeira, como as carrancas, como na foto acima do Manoel Freitas, criaturas em formatos assustadores, para, segundo a crença dos pescadores, afastar os maus espíritos. Outro material da região de grande importância para a identidade do artesanato local é a argila, que dá vida a uma infinidade de peças artesanais, como filtros, potes, moringas, copos, jarras, vasos, panelas, pratos, etc., como na foto abaixo dos trabalhos da artesã Cláudia Miranda, de Ferreirópolis, distrito de Salinas MG.
          Além do artesanato tem o folclore, manifestado de acordo com as origens, tradições e formação de cada município expressadas como por exemplo na Festa do Pequi e do Biscoito de Japonvar, dos Catopês em Montes Claros, das tradicionais Folias de Reis em Cônego Marinho, Miravânia, Chapada Gaúcha, Itacarambi e Bonito de Minas, além das Congadas, festas juninas, o Boi de Reis de Januária, dentre outros eventos. Tem ainda as  famosas lendas que povoam o imaginário popular desde os tempos antigos, principalmente as famosas lendas contadas pelos povos ribeirinhos ao Rio São Francisco, como em Manga, Januária, Pirapora e São Francisco. 
          Além de sua riqueza cultural e folclórica, a culinária é um dos grandes destaques do Norte de Minas. 
          Os pratos típicos da culinária mineira estão presentes, mas a culinária norte mineira tem seus pratos próprios, feitos à base dos peixes do Rio São Francisco, do feijão de Andu, como na foto acima, fotografado pelo Manoel Freitas em Botumirim da carne seca, onde se destaca Mirabela, considerada a Capital da Carne Seca no Brasil e principalmente, dos pratos feitos à base dos frutos do Cerrado, como pequi com arroz, frango com pequi, licores, doces, etc., além da mandioca e seus derivados, como a farinha, muito consumida na região. 
          Sem contar também como os derivados da cana-de-açúcar, como a rapadura e a cachaça, como a de Salinas e Brejo do Amparo, distrito de Januária. Da região sai a melhor cachaça do mundo. 
          Além de sua culinária, seu artesanato e cultura, a região é repleta de belezas naturais impressionantes, com formações rochosas, matas nativas, parques ambientais e rios. Além do Rio São Francisco, o Rio do Peixe em Botumirim, na foto acima de Manoel Freitas, se destaca por suas praias fluviais de areias branquíssimas, água cristalina e formações rochosas impressionantes. Em toda região, encontra-se cachoeiras, riachos, córregos, montanhas, serras, cordilheiras, penhascos, praias fluviais, como em Pirapora e Januária, São Romão, Janaúba, por exemplos, além de grutas e cavernas, como as do Vale do Peruaçu, entre Januária e Itacambira. 
          O Vale do Peruaçu, abriga mais de 140 cavernas, mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres, que evidenciam a presença humana há cerca de 12 mil anos atrás. São cavernas com belezas e formações rochosas, trabalhadas pela natureza há milhões de anos, que simplesmente impressiona, como podem ver na foto acima do Manoel Freitas. 
          Além do Rio São Francisco e Rio do Peixe, destaque na Região do Norte de Minas o Rio Peruaçu, Rio Gorutuba, Rio Carinhanha, Rio Viamão, Rio Verde Grande, o Rio Pandeiros com um belíssimo balneário em Januária, o Rio Catolé, na foto acima do Marcelo Santos em Bonito de Minas com suas belas quedas d´água, dentre outros rios, barragens, lagoas e nascentes por todo o norte-mineiro.
          Uma dos mais atraentes destaques do turismo no Norte de Minas é o Barco a vapor Benjamim Guimarães, na foto acima de Sérgio Mourão.  É o único vapor movido a lenha em atividade no mundo. Durantes décadas foi o meio de transporte daa população ribeirinha. A embarcação saia do porto de Pirapora até a Bahia, navegando nas águas do Velho Chico. Hoje, o barco está em reformas e voltará à ativa, com previsão para ser em meados de 2021, mas apenas para passeios turísticos, entre Pirapora e Barra do Guaicuí. 
Conheça as 7 microrregiões do Norte de Minas
01 - A microrregião de Januária
          Januária (na foto acima do Ricardo Fernandes) está a 630 km de Belo Horizonte e conta com cerca de 70 mil habitantes, tendo a terceira maior população do Norte de Minas e a 54º no Estado. A cidade tem como marco de sua fundação o dia 7 de outubro de 1860, guardando em sua arquitetura e história, construções do período colonial do século XIX, e eclético e neoclássico do século XX. É um município que oferece boa estrutura urbana e educacional a seus moradores, sendo atualmente, um importante polo educacional do Norte de Minas, tendo na cidades campus do IFNMG, Unimontes, Unopar, Unip, FUNAM e Ceiva. 
          Sua economia gira em torno de pequenas indústrias, um comércio variado, prestação de serviços, artesanato, no turismo e na agropecuária, destacando no município, seu distrito, Brejo do Amparo. Foi fundado no final do século XVII, considerado o berço do Norte de Minas e uma das primeiras povoações do Estado.
          Em Brejo do Amparo está a segunda igreja erguida em Minas Gerais, dedicada a Nossa Senhora do Rosário. O templo foi erguido pelos Jesuítas em 1688. É nesse distrito que sai a melhor cachaça de Januária, onde estão seus principais alambiques, além da Gruta dos Anjos, um dos atrativos do de Januária, junto com o Rio São Francisco e o balneário do Rio Pandeiros. 
          Alem de Januária, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Itacarambi (na foto acima do Sérgio Mourão), Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Cônego Marinho, Icaraí de Minas, Itacarambi, Juvenília, Manga, Matias Cardoso, Miravânia, Montalvânia, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis, São Francisco, São João das Missões e Urucuia.
02 - A microrregião de Janaúba
          Janaúba, distante 540 km da capital, tem cerca de 72 mil habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da região. Tem na agricultura, pecuária, comércio e atividades de prestação de serviços, além do artesanato na produção de produtos caseiros, suas atividades econômicas principais. (foto acima de Sérgio Mourão/@encantosdeminas)
          Está em construção no município pelo Governo de Minas e a espanhola Solatio, uma usina solar, com previsão de inauguração para 2023. Será uma das maiores do mundo. 
          O Rio Gorutuba é um dos pontos de turismo do município, bem como o Balneário Bico da Pedra, a Avenida do Comércio, o Mercado Municipal, O Parque de Exposições, belas praças, a Catedral do Sagrado Coração de Jesus, a Estação Ferroviária e pontes ferroviárias sobre o Rio Gorutuba, dentre outras várias opções de lazer, turismo e cultura no município.
          Além de Janaúba, a microrregião é formada ainda pelos municípios de Catuji, Espinosa, Gameleiras, Jaíba, Mamonas, Monte Verde, Monte Azul, Nova Porteirinha, Pai Pedro, Porteirinha, Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas.
03 - A microrregião de Salinas
          Salinas, distante 640 km de Belo Horizonte, conta atualmente com cerca de 42 mil habitantes. Se destaca no Brasil pela qualidade de sua cachaça, por seu requeijão, carne de sol, agropecuária e artesanato em argila, feito no distrito de Ferreirópolis, além de suas jazidas minerais. A cidade preserva ainda suas tradições religiosas e folclóricas, sendo destaque na região, a Festa Junina, promovida na cidade. É em Salinas que está o Museu da Cachaça, bem como é na cidade que é realizado anualmente, em junho, o Festival Mundial da Cachaça. (fotografia acima de Márcio Pereira/@dronemoc)
          Além de Salinas, a microrregião é formada pelos municípios de Águas Vermelhas, Berizal, Curral de Dentro, Divisa Alegre, Fruta de Leite, Indaiabira, Montezuma, Ninheira, Novo Horizonte, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro, São João do Paraíso, Taiobeiras e Vargem do Rio Pardo.
04 - A microrregião de Pirapora
          Pirapora conta hoje com cerca de 57 mil habitantes e está a 340 km de Belo Horizonte. É uma das mais a importantes cidades mineiras, destacando-se no turismo, artesanato, agricultura, no cultivo de uvas, principalmente, no comércio, indústria e prestação de serviços. (na foto acima do Sérgio Mourão/@encantosdeminas, a ponte Marechal Hermes sobre o Rio São Francisco)
          O Parque Industrial de Pirapora é o segundo maior polo industrial do norte de Minas Gerais, com destaque por suas indústrias de ferro-silício, silício metálico, ferro-ligas, ligas de alumínio e tecidos, que são os principais produtos exportados pelo município. Pirapora é atualmente o 33ª maior exportador do Estado.
          No turismo se destaca por ser o começo do trecho navegável do Rio São Francisco e ainda pelo Barco a Vapor Benjamim Guimarães, a Ponte Marechal Hermes, seu artesanato, pelas praias fluviais, cachoeiras e belezas naturais variadas, além de sua culinária, com peixes do Rio São Francisco, com frutos do Cerrado e seus vinhos, já que o município é um dos grandes produtores de uvas.   
          Além de Pirapora, a microrregião é formada pelos municípios de Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Riachinho, Santa Fé de Minas, São Romão e Várzea da Palma. (na foto acima de Sérgio Mourão, os tradicionais orelhões da cidade, em forma de peixes e outros animais)
05 - A microrregião de Bocaiuva
          Bocaiuva, tem sua origem no século XIX, tendo sido fundado em 14 de julho de 1888. Está distante 369 km de Belo Horizonte é a sexta cidade mais populosa do Norte de Minas, contando hoje com cerca de 51 mil habitantes. (fotografia acima de @heidrones)
          O município possui atualmente uma das melhores estruturas urbanas da região, se destacando por seu comércio variado, na agricultura e pecuária, prestação de serviços, dentre outros. 
          Em 20 de maio de 1947, ganhou as manchetes do mundo inteiro, quando recebeu uma expedição composta por renomados  pesquisadores e cientistas renomados na época, como o engenheiro e físico estadunidense Lyman James Briggs, o astrônomo belgo-americano George Van Biesbroeck, responsável por confirmar a Teoria da Relatividade, em 1952. Vieram para observar um eclipse do sol. Segundo os cientistas, Bocaiuva é o melhor lugar do mundo para observar esse fenômeno. Diversas outras expedições internacionais, já estiveram na cidade, para fazer observações e coletar dados para estudos desse fenômeno. 
          Além de Bocaiuva, a microrregião é formada pelos municípios de Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Guariciama e Olhos D´Água
06 - A microrregião de Grão Mogol
          Sua origem data de 1840, no século XIX. É uma cidade histórica mineira, cujo patrimônio arquitetônico de seu Centro Histórico, foi tombado pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural de Minas Gerais (o CONEP), em 2016. Uma parte de seu casario é no tradicional estilo barroco colonial, em pau-a-pique e em sua maioria, em pedra sobre pedra, tradição na região. 
          Suas construções em pedras, diferenciam Grão Mogol das demais cidades históricas mineiras. Destaque para a Matriz de Santo Antônio e a Igreja do Rosário, bem como suas ruas, calçadas em pedras no Centro histórico. A cidade lembra uma vila medievalm como podem perceber na foto acima do Alan Chaves.
          Grão Mogol conta hoje com cerca de 17 mil habitantes e está distante 556 km de Belo Horizonte. (foto acima do Manoel. Freitas, a Matriz de Santo Antônio) 
          Além do seu grande potencial turístico, graças a sua história, arquitetura e boa estrutura urbana, está ainda ainda aos pés da Cordilheira do Espinhaço, chama atenção sua rica flora nativa, com algumas espécies únicas, em especial, o Discocactus horstii, espécie de cactus, somente encontrada em Grão Mogol.
          Suas cachoeiras e paisagens são incríveis, além de ser uma região em desenvolvimento, graças a instalação no município do lago e Usina Hidrelétrica de Irapé, grande alavanca para o desenvolvimento regional, bem como a mineração, atividade que vem se desenvolvendo no município.
          Além de Grão Mogol, a microrregião é formada pelos municípios de Itacambira, na foto acima do Sérgio Mourão.  Botumirim, Cristália, Grão Mogol, Josenópolis e Padre Carvalho.
07 - A microrregião de Montes Claros
          Montes Claros conta hoje com cerca de 415 mil habitantes. É o 6º município mais populoso do Estado e está a 422 km de Belo Horizonte. Sua origem é do final do século XVIII, tendo sido emancipada em 3 de julho de 1857. (foto acima de @dronemoc)
          A cidade ainda guarda relíquias da período colonial, em construções no seu Centro Histórico. 
          É a maior cidade do Norte de Minas, se destacando há tempos na região e Estado por seu desenvolvimento comercial e industrial. A cidade é dotada de ótima estrutura urbana. A cidade tem ligações com outros centros urbanos por ferrovias, rodovias e aeroporto e ampla rede hoteleira e gastronômica. (na foto abaixo do Sérgio Mourão, a Casa da Cultura de Montes Claros)
          Conta ainda com ótimas opções de turismo e lazer em sua área rural, com rios e paisagens nativas do Cerrado, uma boa infraestrutura urbana para a prática de esportes, lazer e cultura. São destaque na cultura, esportes e lazer dos montes-clarenses os Parques Municipais Milton Prates (na foto acima do Sérgio Mourão), Guimarães Rosa e Sapucaia, além de suas charmosas construções coloniais do século XIX e eclética do século XX, se destacando em suas construções a Catedral de Nossa Senhora Aparecida. 
          Além de Montes Claros, a microrregião é formada pelos municípios de Coração de Jesus (na foto acima do Bezete Leite) Brasília de Minas, Campo Azul, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Francisco Sá, Glaucilândia, Ibiracatu, Japonvar, Juramento, Lontra, Luislândia, Mirabela, Patis, Ponto Chique, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João do Pacuí, Ubaí, Varzelândia e Verdelândia.

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