Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.

terça-feira, 3 de junho de 2025

10 Capitais de Minas Gerais - Parte III

(Por Arnaldo Silva) Essa é a terceira parte da série de 30 Capitais de Minas Gerais. Dividimos as 30 capitais em 3 partes de 10. Já fizemos a primeira, a segunda e esta é a parte três.  
          A capital administrativa dos mineiros é Belo Horizonte, mas algumas cidades se destacam na área produtiva, se tornando "capitais" em diversas áreas seja na gastronomia, indústria, artesanato, cultura, confecções, religiosidade, bebidas, moda, carnaval, confecções, pedras preciosas, agricultura, pecuária, dentre outras atividades, com saberes e sabores populares, alguns de origem secular. Algumas dessas cidades se destacam a ponto de serem referências no estado e até mesmo país.
Conheça as 10 Capitais de Minas Gerais da terceira parte:
01 - Jacutinga – A Capital das Malhas
 Fotografia: André Daniel
         Distante 490 km de Belo Horizonte, com pouco mais de 25 mil habitantes, Jacutinga é uma charmosa, atraente e acolhedora cidade no Sul de Minas. A cidade conta grande presença de descendentes de imigrantes europeus, principalmente italianos. Um desses italianos, Antônio Pieroni, na década de 1960, introduziu na cidade a confecção de malhas e tricôs. Pelas mãos dos italianos, o ofício cresceu, a cidade abraçou a nova atividade e virou fonte de renda de famílias.
          Mais de 50 anos depois, a indústria da confecção de malhas e tricô de Jacutinga, é hoje a maior atividade industrial e comercial da cidade, sendo mais de 1000 empresas e cerca de 450 lojas comerciais, gerando milhares de empregos, bem como, Jacutinga, uma das referências nacionais no setor, sendo responsável por 25% de toda a produção de malhas e tricô do Brasil. 
          Cidade bem estruturada para receber turistas, se destaca no turismo de negócios, com a presença diária de turistas vindos de todos o Brasil para fazer compras no atacado e no varejo. Por isso Jacutinga é a Capital das Malhas.
02 - Nova Lima – A capital da cerveja artesanal
Fotografia: Andréia Gomes
           Está na divisa com a Zona Sul da capital, apenas 20 km de Belo Horizonte e conta atualmente com cerca de 112 mil habitantes. Conta com um variado e desenvolvido parque industrial, um setor de prestação de serviços eficiente e comércio bem variado, além da cidade ser um dos maiores polos cervejeiros do país. 
          A tradição cervejeira de Nova Lima teve início ainda no século XIX, sendo uma indústria sólida no município, além de ser destaque em Minas Gerais, no Brasil e no mundo. Isso graças às diversas premiações de seus rótulos, em eventos cervejeiros nacionais e internacionais. O pioneirismo e presença de um grande número de cervejarias artesanais na cidade, faz de Nova Lima, a Capital da Cerveja no Estado.
          Consolidando sua liderança no setor cervejeiro mineiro, todos os anos, no mês de outubro, a cidade realiza o Uaiktoberfest, inspirada na Oktoberfest, a tradicional festa de origem alemã, adaptada às tradições mineiras. O local da festa é todo decorado no estilo germânico, bem como figurinos, se vestem com as tradicionais roupas dos antigos colonos alemães, da região da Baviera. Além disso, na Uaiktoberfest acontece shows com artistas diversos, conta com a presença dos principais rótulos cervejeiros do país, além de muita animação e comidas típicas de Oktoberfest Nova Lima, como o Pastel Lamparina e o Bolo Queca, além da culinária mineira e de outros lugares do mundo.
03 - Mirabela - Capital Nacional da Carne de Sol
Fotos: Elpídio Justino de Andrade
          Mirabela, no Norte de Minas, conta com cerca de14 mil habitantes e está distante 483 km da capital. A cidade tem forte tradição na agricultura e principalmente na pecuária de corte, com destaque para a carne de sol, tradição que tem origens no início do século XX.
          A carne de sol de Mirabela, não é apenas destaque na região, mas em todo o país. Isso porque a cidade tem a fama de ter a melhor carne de sol do Brasil, por isso, é a Capital Nacional da Carne de Sol.
A atividade movimenta a economia local, gera emprego e renda para centenas de famílias. São mais de 20 açougues instalados em Mirabela, que preparam e comercializam toneladas de carne de sol por semana. 70% de sua produção vai para mercados da região e também de outras cidades, como Montes Claros, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, dentre outras. 
          Muitas dessas cidades, recebem a carne encomendada pelos próprios consumidores, que experimentam a iguaria. Gostam tanto que passam a compra sempre e não tem dúvidas alguma em dizer que carne de sol de verdade, é a de Mirabela. A fama de ter a melhor carne do Brasil, não é por menos.
04 - São Gotardo – A capital nacional da cenoura
Foto: Pe. Emílio Mendes
          São Gotardo, na Região do Alto Paranaíba, conta atualmente com cerca de 36 mil habitantes. Está na região onde encontra-se o PADAP (Programa de Assentamento Dirigido do Alto Paranaíba), formado pelos municípios de Campos Altos, Ibiá, Matutina, Rio Paranaíba, Tiros e São Gotardo, que conta com grande presença de descendentes de imigrantes japoneses, que vieram para a região, trabalhar na agricultura. Essas cidades juntas, formam um dos maiores polos hortifruti do país, com grandes variedades de frutas, legumes e hortaliças, plantados em cerca de 50 mil hectares. A atividade agrícola é hoje, uma das maiores geradoras de emprego e renda nas cidades do PADAP. 
          Um dos maiores produtos da região, é a cenoura, com a cidade de São Gotardo se destacando no país, sendo atualmente, a Capital Nacional da Cenoura, além de produzir outras variedades de hortifrutis. A cidade organiza, desde 1997, uma das maiores festas do interior do Brasil, a Festa Nacional da Cenoura (FENACEN). A festa atrai milhares de turistas para a cidade e apresenta mostras de novas tecnologias agrícolas, concurso de culinária e barracas com pratos típicos, principalmente, feitos com cenoura, bem como a eleição da Rainha Nacional da Cenoura, grandes shows musicais, etc.
05 - Teófilo Otoni - Capital das Pedras Preciosas
Fotografia: Bruno Lages
          Com mais de 145 mil habitantes, Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, é uma das maiores e mais importantes cidades de Minas Gerais e de grande destaque internacional. Distante 450 km de Belo Horizonte, a cidade tem tradição na mineração, já que seu subsolo é riquíssimo em pedras preciosas como berilo, ametista, água marinha, topázio, espodumênio, opala, calcita, alexandrita, turmalina, crisoberilo, olho-de-gato, quartzo rosa, dentre outras tantas pedras preciosas. 
          São mais de 3 mil oficinas na cidade, dedicadas a essa atividade, gerando emprego e renda. Por isso que Teófilo Otoni é referência internacional em pedras preciosas e considerada a Capital Mundial das Pedras Preciosas. Não é capital de Minas e nem do Brasil, em termos de pedras preciosas, Teófilo Otoni é reconhecida como polo mundial na lapidação e comercialização pedras preciosas. É a Capital Mundial das Pedras Preciosas.
          A cidade conta com uma excelente estrutura urbana, com rede hoteleira, gastronômica e de eventos eficientes, já que na cidade acontece todos os anos, feiras, congressos, workshops e exposições culturais e científicas. Um desses eventos que atrai para cidade turistas vindos de todas as regiões do Brasil e de vários países do mundo, é a Feira Internacional de Pedras Preciosas (AFIPP), um dos maiores eventos do gênero, no mundo.
06 - Timóteo - Capital do Inox
    Fotografia: Elvira Nascimento
      Timóteo, distante 196 km de Belo Horizonte, conta com cerca de 91 mil habitantes, fazendo parte do Vale do Aço. É uma das mais industrializadas cidades mineiras, com diferentes ramos de atividades, além de um comércio diversificado, uma excelente estrutura urbana, principalmente para turismo de negócio e rede hoteleira e gastronômica de qualidade. 
          Desde 1944, Timóteo se destaca na produção do aço inox, com instalação na cidade da Companhia de Aços Especiais Itabira (Acesita), privatizada em 1992, com o comando da empresa assumido, desde essa época, pela Aperam South America. Atualmente é comandada pela ArcelorMittal Inox Brasil, uma das maiores empresas do setor metalúrgico e siderúrgico do mundo, dotada de altíssima tecnologia. Atualmente, a empresa em Timóteo, é a maior produtora de aço inoxidável da América Latina.
          O Aço Inox faz parte da identidade e orgulho do povo timotense, com a cidade se destacando no Brasil como a Capital do Inox. Vem ganhando destaque ano a ano, um dos grandes eventos de negócios de Minas Gerais, a Expo Inox. Uma grande feira que reúne as novidades do setor de inox, com a presença de expositores do ramo.
07 - Ubá - Capital mineira da indústria moveleira
 Fotografia: Elpídio Justino de Andrade
         Distante 290 km de Belo Horizonte, na Zona da Mata e com cerca de 120 mil habitantes, está Ubá. É uma das principais cidades de Minas, destaque no Brasil, não apenas pela manga que leva o nome da cidade, mas por sua fortíssima e diversificada indústria moveleira. Sua produção de móveis, além de estar presente no mercado nacional, vem ganhando a cada ano, espaço no mercado internacional. 
          Ubá é o primeiro polo moveleiro de Minas e o terceiro do país. O polo moveleiro de Ubá é formado ainda pelas cidades de Guidoval, Piraúba, Rio Pomba, Rodeiro, São Geraldo, Tocantins e Visconde do Rio Branco. Consolidando sua liderança no setor moveleiro em Minas, todos os anos, a cidade organiza a Feira de Móveis de Minas Gerais (FEMUR), um dos maiores eventos desse ramo no país.
08 - Uberaba - Capital Mundial Gado do Zebu
Parque de Exposiçõs de Uberaba MG - Foto: ACBZ/Divulgação
          Uberaba, no Triângulo Mineiro, conta mais de 340 mil habitantes e está, distante 480 km de Belo Horizonte. A cidade se destaca em Minas pela sua qualidade de vida, excelente estrutura urbana, pelas suas indústrias e atividades agrícolas como a soja, sementes de girassol, cana-de-açúcar, milho, etc., e principalmente na pecuária, em destaque, a criação de gado da raça Zebu. 
          O Zebu é uma raça de gado de origem indiana e chegou à cidade, no início do século XX. Desde a chegada do Zebu à Uberaba, a raça bovina se desenvolveu, graças a estudos, pesquisas, investimentos em melhoramentos genéticos da raça zebuína e na melhora da qualidade dos embriões bovinos. Isso fez de Uberaba ser uma referência na área de genética animais e ser a capital do gado zebu, no mundo. São 215 milhões milhões de cabeça de gado Zebu, no Brasil, o que faz do país ser o maior exportador mundial de carne e o o quarto maior produtor leiteiro do mundo.
          Em Uberaba, está uma das mais conceituadas empresas de inseminação pecuária, a Alta Genetics. A matriz da empresa tem sede em Calgary, Canadá, com filiais em mais de 90 países, além do Brasil, em Uberaba, a empresa tem filiais na China, Holanda, Argentina, Estados Unidos, etc.
 Foto: ACBZ/Divulgação
         Na cidade está instalado o Museu do Zebu e a sede da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ACBZ) com 23 mil associados, 100 técnicos no campo e 24 escritórios distribuídos em todo o país. Todos os anos, em maio, acontece na cidade uma das mais importantes exposições agropecuárias do mundo, a EXPOZEBU.
          O evento conta com a presença de personalidades nacionais, empresas e empresários do agronegócio do Brasil e de vários países do mundo. Nos dias da exposição, são apresentadas novidades tecnológicas do setor, leilões de gado, exposição da raça zebuína, além de mega-shows com grandes artistas, barracas com comidas típicas, etc.
09 - Juruaia - Capital mineira da lingerie
Maior sutiã e maior caldinha do Brasil. Fotos: Elpídio Justino de Andrade
          Distante 450 km da capital mineira, Juruaia, fica no Sul de Minas e conta atualmente com cerca pouco mais de 11 mil habitantes. A cidade oferece uma ótima estrutura urbana para seus moradores e visitantes. Além de suas belezas naturais, como montanhas, trilhas e cachoeiras paradisíacas, belíssimos casarões podem ser vistos na cidade e na zona rural, que conta ainda com suas belíssimas fazendas cafeeiras, já que Juruaia é uma das maiores produtoras de café do Brasil. 
          
Desde 1992, a cidade vem se destacando e crescendo ano a ano no ramo das confecções, com destaque maior para as lingeries. A pequena cidade mineira é uma das gigantes no Brasil na confecção de lingeries, com a qualidade de suas peças, famosas no Brasil e também no mundo. É o terceiro polo nacional de confecções de lingeries, além de ser a capital mineira da lingerie.
          São mais de 200 confecções instaladas na cidade, que geram milhares de empregos diretos e indiretos. Todos os meses, saem das confecções de Juruaia, uma média de 1,5 milhão de peças, com ótimo preço, qualidade inquestionável e com designs atraentes e inovadores e sempre com novidades. Esses são os diferenciais, que garantem o sucesso das vendas e crescimento das confecções na cidade. Um detalhe importante é que 95% das confecções instaladas em Juruaia, são comandadas por mulheres.
          Todos os dias, turistas chegam de várias partes da região e do Brasil, para compras no atacado e varejo. A cidade tem ótima estrutura para receber os visitantes. Em maio, a cidade fica mais movimentada, já que é nesse mês, que acontece a Feira de Lingerie de Juruaia (Felinju) e também, em setembro, quando acontece a Fest Lingerie.

10 - Montes Claros – A capital do Pequi
  Fotografia: @dronemoc
        A cidade do Norte de Minas é uma das mais populosas e industrializadas d Estado de Minas, distante 422 km da capital. Com origem no século XIX, a cidade conta hoje com cerca de 415 mil habitantes. Com ótima estrutura urbana, um comércio variado, bons níveis de prestação de serviços, Montes Claros é uma cidade industrializada, além de ser uma cidade de destaque na agricultura e pecuária, no Norte de Minas. 
          A Região Norte de Minas tem o Cerrado, como bioma predominante e seu principal fruto, o pequi, é largamente consumido in natura, em pratos especiais e industrializados, na região, principalmente em Monte Claros. O valioso fruto do Cerrado atrai investimentos, gera emprego e renda, além de fazer parte da cultura, tradição e gastronomia da cidade.
          Há três décadas, Montes Claros realiza uma das mais importantes festas culturais e gastronômicas do país: A Festa Nacional do Pequi. A identidade do pequi com Montes Claros é tão forte, que a cidade se considera, não só a capital do pequi de Minas, mas também do Brasil.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

As 12 mais belas cachoeiras de Minas Gerais - Parte II

(Por Arnaldo Silva) Cachoeiras em Minas Gerais é o que não falta. São milhares espalhadas pelos 853 municípios mineiros e 1842 distritos. Todas são lindas e impactantes. Selecionamos 24 cachoeiras divididas em 12 partes. Consideradas as mais lindas de Minas Gerais, algumas dessas cachoeiras são verdadeiros cartões postais de várias cidades e do estado como a Cachoeira da Cascadanta em São Roque
de Minas.
Conheça as 12 cachoeiras da segunda parte da série:
01 - Cachoeira da Estiva em Carvalhos MG
 
 Fotografia: Jerez Costa
          A Cachoeira da Estiva fica no povoado de Franceses, em Carvalho, no Sul de Minas. Cidade famosa por suas trilhas e cachoeiras como a do Funil, dos Franceses e a da Prainha, mas a mais famosa e visitada é a da Estiva com uma queda de 70 metros, formando um poço de água fria e cristalina. Lugar ideal para um piquenique, descanso em família e relaxar, em meio a uma vasta e linda paisagem natural.
02 - Cachoeira do Caldeirão em Baependi MG
Fotografia: Jerez Costa
        A Cachoeira do Caldeirão é umas das mais belas cachoeiras de Baependi e região Sul de Minas. Sua queda é bem pequena mas volumosa. Suas águas formam uma enorme piscina natural, muito procurada por banhistas nos dias quentes. O local não é muito difícil de chegar, são 28 km de estrada de terra mas sem sinalização. Para quem não é da região, melhor contratar serviços de guias, disponíveis na cidade.
03 - Cachoeira do Sucupira em Uberlândia
Fotografia: Eudes Cerrado
        A Cachoeira de Sucupira (na foto acima de Eudes Cerrado) se localiza a 17 km do centro da cidade, na zona rural, sentido Leste, entre as rodovias BR- 050 e BR- 452. Possui queda d´água de 15,00 m. e com um paredão de 25 a 30 m de largura. Suas águas são claras e sem poluição, servindo como ponto turístico e local de lazer para a população de Uberlândia.
04 - Cachoeira de Carlos Euler
Foto: Rildo Silveira
        Carlos Euler é distrito de Passa Vinte, no Sul de Minas, com origem no início do século XX, com a chegada da ferrovia na região. Com linha do trem, foi criada uma estação, um povoado com um charmoso casario em estilo colonial e eclético, hoje um dos patrimônios ferroviários de Minas. Além da beleza de Carlos Euler, sua exuberante natural se destaca, principalmente por uma das mais belas cachoeiras do Sul de Minas, a Cachoeira de Carlos Euler 
        Fica apenas 5 km da pequena e pacata cidade de Passa Vinte, com cerca de 2 mil habitantes. Do distrito até a cachoeira são 800 metros de trilha e suas águas são limpas, cristalinas e geladas, um convite ao descanso nos dias quentes de verão ou mesmo, relaxamento em dias frios, em torno de uma vasta paisagem Mata Atlântica que circunda a cachoeira.
05 - Cachoeira Alta em Ipoema
Fotografia: Sérgio Mourão
        A Cachoeira Alta fica em Ipoema, distrito de Itabira a 98 km de Belo Horizonte. Da praça do distrito até a cachoeira, são 12 km. É uma propriedade particular, com acesso não muito difícil e muito procurada por praticantes de canyoning, banhistas e por quem ama a natureza. Cobram taxa de entrada. São 97 metros de queda de uma das mais belas cachoeiras não só de Minas, mas do Brasil. Fica perto do Povoado São José do Macuco e por isso é chamada também de Cachoeira do Macuco.

06 - Cachoeira dos Cocais em Fabriciano
Fotografia: Elvira Nascimento
        A Cachoeira dos Cocais fica na Serra de Cocais, em Coronel Fabriciano no Vale do Aço, uma das áreas mais preservadas e lindas de Mata Atlântica em Minas Gerais. Apesar da vegetação densa a área onde está a cachoeira é aberta com muito espaço para banhos. Ao longo do percurso das águas da cachoeira, existem vários poços e pontos onde a correnteza é bem forte, requerendo cuidado com as pedras escorregadias. O local também é procurado para práticas de esportes radicais e fica na zona rural, distante 18 km do Centro de Coronel Fabriciano. 
07 - Cachoeira das Maçãs em Cabeça de Boi
Fotografia: Sérgio Mourão
        A Cachoeira das Maçãs fica em Cabeça de Boi, distrito de Itambé do Mato Dentro a 120 km de Belo Horizonte. Está situado a 20 minutos do balneário do Intancado. Tem fácil acesso, embora a pessoa terá que caminhar descalça no leito do Rio do Rio Preto e enfrentar algumas pedras pelo caminho. Mas nada que seja empecilho. A cachoeira é muito linda, com paredões ao redor e um poço raso. 
        Diz a lenda, que um grupo de jovens foi para o local e como estava frio e a água bem gelada, jogaram um saco de maçãs no poço para encorajá-los a entrar na água. A partir dai o nome se popularizou, sendo hoje a cachoeira, um dos lugares mais procurados na região.
08 - Cachoeira dos Garcias em Aiuruoca MG

Fotografia: Marlon Arantes
        A Cachoeira dos Garcias  fica em Aiuruoca, no Sul de Minas. É uma das mais belas e mais procuradas da região. São 30 metros de quedas e suas águas formam uma linda piscina natural, perfeita para banhos. O acesso é pela BR 267, a partir do km 5. Até certo ponto o acesso é a pé, mais ou menos 20 minutos. Por ser um acesso difícil, recomenda-se o acompanhamento de guia.
09 - Cachoeira da Jibóia em Uruana de Minas
Fotografia: Eclésio Rodrigues - Enviada por Gilberto Valadares
        A Cachoeira da Jiboia (na foto acima de Eclésio Rodrigues, enviada pelo Gilberto Valadares) é uma queda-d'água situada na divisa dos municípios Unaí e Uruana de Minas no Noroeste de Minas Gerais. Sua queda, com cerca de 144 metros de altura (que atrai praticantes de rapel), termina em um poço com diâmetro de 30 metros que, no inverno, exibe tonalidades esverdeadas. Suas paredes, de vegetação espessa, abrigam centenas de andorinhões.
10 - Cachoeira do Tempo Perdido em Capivari
Fotografia: Rodrigo Firmo/@praondevou
        A Cachoeira do Tempo Perdido fica em Capivari, distrito da cidade do Serro, no Alto Jequitinhonha. É uma das mais belas e mais procuradas da região. Está a 39 km de distância do centro do Serro e apenas 21 km de Milho Verde, o mais famoso distrito do Serro. O caminho é meio difícil mas compensa pela beleza do local, pela água limpa e cristalina e um poço de águas tranquilas, delicioso para um bom banho e suas areias brancas em volta do poço, são um convite para o relaxamento. A cachoeira fica numa propriedade particular e cobram uma taxa de manutenção. 
11 - Cachoeira do Paredão em Guapé

Fotografia: @studioquinaas
Guapé é uma cidade turísticas mineira, no Sul de Minas, banhada pelo Lago de Furnas. Além das belezas do lago, em Guapé está o Parque Ecológico do Paredão, formado por uma enorme fenda entre serras, paredões de pedras, mata nativa, trilhas e três belíssimas cachoeiras, a Cachoeira do Paredão. Distante apenas 15 km do centro da cidade, na cachoeira o visitante encontra uma boa estrutura, com restaurante, área para camping, banheiro, e churrasqueira.
12
01 - Cachoeira do Filó
Fotografia: Guia Amauri Lima
        Localizada em São João Batista do Glória, na Parnacanastra, próximo a Capitólio MG, a Cachoeira do Filó é uma das mais visitadas por quem vai à Capitólio MG e região, devido sua beleza, tranquilidade e fácil acesso. São apenas 15 metros de queda d´água que formam um poço de 12 metros de profundidade. Por ser de fácil acesso, a cachoeira é muito procurada por famílias com crianças e pessoas de mais idade. Fica apenas 100 metros da MG-050, próximo ao Mirante dos Cânions de Capitólio MG. 
Fotografia: Amauri Lima
        Na alta temporada e principalmente nos fins de semana e feriados, a cachoeira costuma ficar bem cheia, mas fora da alta temporada, é bem tranquila e praticamente vazia nos dias úteis.
NOTA: A maioria dessas cachoeiras estão em Parques Ambientais ou em propriedades particulares. Em algumas, a entrada é gratuita, em outras, são cobradas taxas por visitante. Pesquise antes os preços cobrados e verifique as regras de permanência nos locais.

A Cachoeira da Usina em Conceição das Pedras

Fotografia: José Valmei
(Por Arnaldo Silva) Casinhas charmosas aos pés da uma imensa cachoeira, mata nativa em redor. É a Cachoeira da Usina, em Conceição das Pedras, no Sul de Minas, a 450 km da capital, cidade com limites territoriais com Natércia, Pedralva, Cristina, Olímpio Noronha e Jesuânia. Tem esse devido a construção de uma hidrelétrica em meados do século XX, que gerava energia elétrica para Conceição das Pedras, Santa Rita do Sapucaí, Natércia e outras cidades das redondezas.
Fotografia: José Valmei
        As águas que despencam a 50 metros de altura, numa largura de 4 metros, em 5 quedas, formam um poço de 20 metros de diâmetro e apenas 30 cm de profundidade. As águas da cachoeira é formada pelo Rio das Pedras e afluentes. No centro do poço, uma pedra enorme permite aos visitantes sentar e ficar admirando a beleza do lugar e ouvir o barulho da queda das águas.
Fotografia: José Valmei
        Foi desativada no final do século passado, restando atualmente um pouco de sua estrutura que conta um pouco de sua história e importância para a região. Como por exemplo as casas dos colonos, as casas de máquina, a casa do diretor da usina e algumas marcas das tubulações das comportas. Com o tempo, algumas construções da época foram demolidas devido a má conservação.
Fotografia: José Valmei
        O que restou foi o que a vista veem nas fotos acima. Uma linda vista da estrada com charmosas casinhas brancas ao pé da serra. Essa estrada hoje faz parte do Caminho de Nhá Chica, indo para Natércia. Das casinhas, tem-se uma linda vista da cachoeira e sua beleza em redor. No local, há um espaço gramado muito usado por ciclistas e visitantes que param para descansar e contemplar a beleza do lugar.

terça-feira, 27 de maio de 2025

3 cidades mineiras indicadas a Melhores Vilas Turísticas do Mundo

(Por Arnaldo Silva) Mais uma vez cidades e vilas mineiras de Minas Gerais se destacam no Brasil. É o caso de três cidades mineiras, escolhidas entre várias vilas e cidades, indicadas para concorrer ao prêmio de “Melhores Vilas Turísticas do mundo” pela ONU Turismo. Criado em 2021, a premiação é anual. Em novembro de 2025 a ONU anunciará, em sua Assembleia Geral as cidades e vilas vencedoras.
Grão Mogol MG - Fotografia: Bruno Lages
Quem indica?
        As vilas e cidades são indicadas pelos estados de cada país. A seleção e indicação das vilas e cidades é feita pelo Ministério do Turismo dos países. Cada país pode indicar oito vilas e cidades. Das oito vilas e cidades indicadas, a ONU seleciona duas de cada país que avançarão para a etapa final, concorrendo com cidades e vilas de todo o mundo.
Delfinópolis MG - Fotografia: Luís Leite
Objetivos da premiação
        O objetivo da Organização das Nações Unidas (ONU) com o prêmio é o de reconhecer cidades e vilas turísticas que adotam práticas sustentáveis, além de contribuírem para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, dando destaque aos destinos turísticos que combinam cultura, história e sustentabilidade.
Importância da premiação
Vila de Conceição do Ibitipoca MG - Fotografia: John Brandão (In Memoriam)
        A premiação da ONU é de grande importância para as cidades indicadas e principalmente para as escolhidas, por aumentar o fluxo de visitantes, fortalecer o turismo e economia local, além de contribuir a valorização dos destinos turísticos do Brasil e incentivo às outras vilas e cidades a investirem no seu desenvolvimento sustentável e ambiental.
As oito cidades brasileiras indicadas pelo MTUR
- Grão Mogol - Minas Gerais
- Delfinópolis - Minas Gerais
- Conceição do Ibitipoca - Minas Gerais
- Antônio Prado -  Rio Grande do Sul
- Linha Bonita - Rio Grande do Sul
- Leoberto Leal- Santa Catarina
- Piraí - Santa Catarina
- Cocanha - São Paulo

Conheça as cidades mineiras indicadas
Conceição do Ibitipoca 
Fotografias: Raul Moura/@raulzito_moura
        A vila colonial de Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte MG, Zona da Mata, tem origens no final do século XVIII. Na pequena e charmosa vila, vivem pouco mais de 1000 pessoas.
        Anteriormente habitada por povos indígenas, o arraial foi formado numa região chamada pelos indígenas de “Ibitipoca”, que significa “montanha estourada” ou “serra que estoura”. Em torno da fé em Nossa Senhora da Conceição, o povoado que deu origem à vila foi se formando, sendo como Vila de Conceição do Ibitipoca. Lugar de clima ameno, gente simples, acolhedora e hospitaleira.
        Lugar tranquilo, aconchegante, pacato e tradicional, ruas de pedra, casario colonial preservado, simples e bem cuidado, restaurantes com comidas típicas, hotéis, pousadas, botecos e mercearias tradicionais, a vila oferece uma ótima estrutura para receber turistas que tem no vilarejo, a principal porta de entrada para o Parque Estadual do Ibitipoca com trilhas, cachoeiras e paisagens paradisíacas impressionantes como a Cachoeira dos Macacos e a famosa Janela do Céu, um dos lugares mais fotografados em Minas Gerais.
Delfinópolis
Paisagens de Delfinópolis MG - Fotografias: Walace Melo
        Com 8.500 habitantes, a cidade, que tem origens no século XIX, está na região da Parnacanastra, no Sudoeste de Minas. É um dos principais destinos ecológicos de Minas Gerais, além de ser uma das portas de entrada para o Parque Estadual da Serra da Canastra.
        O turismo rural e ecológico é destaque da cidade devido suas cachoeiras paradisíacas, matas nativas que abrigam várias espécies em extinção e cachoeiras, com destaque para a Cachoeira do Zé Carlinhos, do Claro e do Luquinha. Somente em uma fazenda, a Fazenda Paraíso, são oito cachoeiras. Ao todo, Delfinópolis conta com mais de 150 cachoeiras catalogadas.
Grão Mogol 
Grão Mogol MG - Fotografias: Thelmo Lins
        Com 14 mil habitantes, a cidade fica no Norte de Minas e é uma das mais belas cidades históricas mineiras. Em seu centro histórico, predominam as construções seculares em pedras encontradas na região da Serra do Espinhaço como o granito, a pedra-sabão, a pedra-moledo, a pedra madeira e outras rochas do Espinhaço.
        No século XVIII, Grão Mogol se tornou destino de garimpeiros vindos de várias regiões do Brasil e também do mundo para exploraram as minas de ouro da região. Com o fim escassez das minas, a cidade se desenvolveu graças a agropecuária, agricultura familiar e a vinicultura e vitivinicultura, isso porque a cidade uma das mais tradicionais produtores de uvas e vinhos de Minas Gerais.
        O turismo rural é outro destaque na economia da cidade, com destaque para a Serra Geral, o Parque Estadual de Grão Mogol, a Trilha do Barão, da Cachoeira do Inferno, Cachoeira do Mirante, o Lago de Irapé, a Praia do Vau, o presépio Mão de Deus, o Balneário do Córrego e a Gruta Lapa da Água Fria.
        Ao longo de sua existência, a cidade preservou suas construções seculares concentradas principalmente na área central da cidade, principalmente na Avenida Beira-Rio, Rua Cristiano Belo e na Rua Juca Batista, além de manterem vivas suas tradições folclóricas e religiosas. O centro histórico de Grão Mogol foi tombado em 2016 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG).
        Grão Mogol conta com uma ótima estrutura urbana para receber visitantes e turísticas com restaurantes com comidas, pousadas, hotéis, bares, comércio variado, bom setor de serviços e visitas à Vinícola Vale do Gongo, com rótulos premiados em competições nacionais. A vinícola possui um espaço na cidade, a Casa Velha, um casarão do século XVIII com comidas típicas e vinhos produzidos pela vinícola.

sábado, 17 de maio de 2025

10 distritos mineiros que vão fazer você se apaixonar - Parte IX

(Por Arnaldo Silva) Minas Gerais conta atualmente com 1.842 distritos, sem contar subdistritos, vilarejos e pequenos povoados, espalhados por todos os 853 municípios do Estado. Cada um mais charmoso, atraente e aconchegante que outro. Preparamos uma série com 10 reportagens com 10 distritos mineiros em cada uma, divididos em partes com 10 distritos em cada. Essa é a nona parte das 10 reportagens sobre distritos. Veja fotos e conheça a história de cada um desses 10 pitorescos e acolhedores distritos mineiros, da nona parte, que vão fazer você se encantar mais com Minas Gerais.
01 – Pedra Grande
Fotografia: Luís Leite
        O Vilarejo de Pedra Grande é distrito de Campestre MG, Sul de Minas. Surgiu a partir da Fazenda da Pedra, formada no final da década de 1930, de propriedade do Coronel José Custódio, cafeicultor e politico, conhecido como Zeca da Pedra. É atualmente um ponto de destaque na história de Campestre e região.
Fotografia: Luís Leite
        O casario foi construído para abrigar os trabalhadores da fazenda e se tornou um pequeno e charmoso vilarejo ao longo do tempo. Com um singelo e simples casario onde vivem poucas famílias, além do casarão sede e uma pequena ermida, que em conjunto com a beleza da Pedra Grande, proporciona um cenário de rara beleza natural.
        A região é conhecida por lendas e histórias, além de rara beleza, por isso bastante visitada, principalmente pelos amantes de esportes radicais que veem ao lugar para escalar a Pedra Grande. São 260 metros de altura e do seu topo, a vista é espetacular. Está localizada às margens da rodovia Vital Brazil (BR 267), a 13.2 km da cidade de Campestre.
02 – Santo Hilário
Fotografia: Jefferson Souza
        Santo Hilário é distrito de Pimenta MG, na região Oeste de Minas. Seu primeiro nome era Capetinga. Devido a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, na década de 1960, a aldeia de Capetinga foi inundada, bem como toda a região, para dar lugar à Represa de Furnas. Outra vila e novas casas foram construídas em um ponto mais alto, mas com outro nome. De Capetinga, passou a se chamar Santo Hilário, em homenagem a August de Saint-Hilaire, botânico e naturalista francês que esteve na região no século XIX.
Fotografia: Jefferson Souza
        Hoje, Santo Hilário é uma pequena vila com cerca de 200 moradores, mas com uma boa estrutura para receber turistas com pousadas e restaurantes. A vila é um dos lugares mais procurados por turistas que vão ao lago de Furnas.
        Com a construção da ponte que liga o distrito à cidade de Guapé, incrementou o turismo na região ao ponto de ser um dos lugares mais fotografados e visitados do Lago de Furnas. A ponte, bem como a vila, situada em uma península do lago, proporciona uma visão deslumbrante e um cenário de beleza rara no Brasil.
03 – Itira
Fotografia: Bruno Lages
        Itira é distrito de Araçuaí MG, no Vale do Jequitinhonha. No vilarejo, vivem cerca de 2 mil pessoas, a maioria na parte rural do distrito. Seus moradores vivem de pequenos comércios, agricultura de subsistência e pesca. É um local tranquilo, com casario e povo simples e muito acolhedores. A igreja do Senhora da Boa Vida é o elo fé de seus moradores, sendo um de seus principais atrativos, além e ser o local exato do encontro dos rios Araçuaí e Jequitinhonha. É um espetáculo!
        Em sua origem, o nome do lugar era Aldeia do Pontal, devido o local ser habitado por indígenas, canoeiros e mulheres que se prostituíam e estar justamente na confluência dos rios Araçuaí e Jequitinhonha.
Fotografia: Bruno Lages
        No final do século XVIII e início do século XIX, chega à Aldeia do Pontal o padre Carlos Pereira de Moura. Com a chegada do padre, a história do lugarejo começou a mudar. Igreja foi construída, novos moradores chegando, mas o padre se incomodava com a presença de prostitutas e canoeiros. O incômodo do padre gerou conflitos religiosos e sociais na vila. A crise chegou a tal ponto de canoeiros e prostitutas serem expulsos do lugarejo pelo padre.
        Ao serem expulsos de suas moradias e da vila, foram viver na Fazenda Boa Vista da Barra do Calhau, de propriedade de Luciana Teixeira, que os acolheu.
        Não só isso, dona Luciana Teixeira acolheu em sua propriedade outros canoeiros da região, resultando na formação de um povoado, que foi crescendo até que em 1830, passou a se chamar Barra do Calhau. Em 1957, Barra do Calhau foi elevado à distrito e à cidade emancipada em 1871 com o nome de Araçuaí. O pequeno povoado que surgiu nas terras de dona Luciana Teixeira, cresceu tanto a ponto de se transformar em uma cidade. Hoje Araçuaí MG conta com 35 mil habitantes e uma das mais importantes do Vale do Jequitinhonha.
Fotografia: Bruno Lages
        A Aldeia do Pontal, onde se estabeleceu o padre, teve um crescimento bem lento, tendo sido elevado a distrito em 7 de setembro de 1923, com o nome de Pontal e a partir de 1943, adotou o nome de Itira.
04 – Barrocão
Fotografias: Duva Brunelli
        Barrocão é distrito de Grão Mogol, no Norte de Minas. Vila charmosa, bem cuidada e seu povo, muito acolhedor e gentil. São pouco mais de 630 moradores que vivem no distrito.
        Não há definição exata para a origem do nome do distrito. O que se sabe é que o nome pode ter se popularizado graças as características geográficas do local que tem muitos morros e blocos de pedra, que possa ter sido “batizado” com este nome antes do surgimento do povoado, dando origem assim ao nome. Do distrito.
        Lugar bem tranquilo, com casario, ruas e praças muito bem cuidadas, é um vilarejo bem pacato, no estilo das pequenas vilas mineiras. Lugar ótimo de se viver, Barrocão surgiu de um povoado formado no início do século XX, sendo subordinado a Itacambira, foi elevado a distrito em 1948, quando passou a pertencer a Grão Mogol. Desde sua origem, a vila era um importante centro de desenvolvimento agropecuário da região, sendo até hoje de vital importância econômica.
05 – Malaquias
Fotos: Fernanda Cristina/@fecrisfotos
        Distrito de Araújos MG, na região Centro-Oeste de Minas, Malaquias tem origens junto com a região, entre os anos 1750 e 1800, com a chegada de garimpeiros e bandeirantes. Ao longo dos anos, mais famílias que viviam na região foram se instalando nas proximidades do Rio Lambari, em busca de terras férteis e água, já que a região é cortada por riachos, ribeirões e o Rio Lambari, afluente do Rio Pará.
        Uma das primeiras famílias a chegar foi a família Alves de Araújo, vindos de Santo Antônio do Monte. A família era muito querida por tropeiros por serem muito hospitaleiros. Os Alves de Araújo deram grande contribuição para a formação do povoado originalmente teve o nome de Mata dos Araújo. Por esse motivo e pela importância da família Alves de Araújo, o povo mudou o nome de Mata dos Araújo para Araújos que posteriormente se transformou em cidade.
        O nome da cidade de Araújos em Minas Gerais tem origem na família Alves de Araújo, que se estabeleceu na região e contribuiu para a formação do povoado. A família era conhecida como “Os Alves de Araújo”, vindo de Santo Antônio do Monte, e eram considerados hospitaleiros pelos tropeiros que passavam pela região. O topônimo "Araújos" é, portanto, uma homenagem à família que desbravou a região e deu início à formação do arraial, que posteriormente se tornou a cidade de Araújos.
        Seu principal distrito é Malaquias que conta hoje conta com cerca de 1000 moradores, a maioria vivendo na área rural. A sede, Araújos, tem 9.200 habitantes. A vida na vila passa devagar e seus moradores são hospitaleiros. As festas populares e religiosas como por exemplo a Festa do Rosário, que acontece entre o final de agosto e início de setembro, são destaques em Malaquias e na região.
Fotografia: Wilson Fortunato
        A vida social e festiva do vilarejo, gira em torno da igreja de São Sebastião, construída em 1942. Sua arquitetura foi inspirada na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho, na vizinha cidade de Bom Despacho. Isso porque, nessa época, Araújos era distrito de Bom Despacho. Em 1° de janeiro de 1954, Araújos deixou de ser subordinada à Bom Despacho, se tornando cidade emancipada.
        Em 1938, Araújos foi elevado a distrito, integrado ao município de Bom Despacho e em 12 de dezembro de 1953, pela Lei 1039/53, o povoado emancipou-se e passou a se chamar Araújos, em homenagem à família Alves de Araújo.
06 - Barra Feliz
Fotografia: Rodrigo Firmo/@praondevou
        Anteriormente conhecido por São Bento e Itaeté, Barra Feliz tem origens no século XVIII, passando a ser distrito da cidade histórica de Santa Bárbara MG, a partir de 7 de setembro de 1923. Em 1927, seu nome foi mudado para Barra Feliz. A vila faz divisa a cidade de Barão de Cocais e com Brumal, uma das mais antigas povoações de Minas Gerais, também distrito de Santa Bárbara MG.
        Além disso, Barra Feliz faz parte do Quadrilátero Ferrífero e do Circuito do Ouro, sendo o centro da rota da Estrada Real e a Sul do Caminho dos Diamantes. Tem como destaque a Gruta de São Bento e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída 8 de dezembro de 1787, que ao longo de mais de 2 séculos, passou por várias restaurações e modificações em sua fachada.
7 - Mogol
Fotos: Robson Gondin
        Mogol é um vilarejo formado no final do século XVIII, com a exploração do ouro e chegada de posseiros e garimpeiros, atraídos pela areia branca do lugar. Com a presença de garimpeiros e posseiros, deu-se origem a um arraial que recebeu o nome de Mogol, mas não há referência do porque do nome. Em 1780, o povoado de Mogol foi citado por José Delgado Motta, Cabo de Esquadra, enviado para fazer um relatório sobre a região, a mando da Coroa Portuguesa.
        A pequena vila é subdistrito de Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte MG na Zona da Mata Mineira. Entre serras e montanhas, o arraial de Mogol possui um charmoso casario, igreja e a tranquilidade das pequenas vilas do interior mineiro. Na vila 15 moradias, uma igreja, um boteco e uma escola. Das casas, apenas 9 são habitadas. A igreja está aberta, o bar também, mas a escola não, fechou. As paredes das casas guardam históricas seculares da região, lendas e crendices vidas em mais de 200 anos de existência do vilarejo.
        A beleza arquitetônica colonial do vilarejo e as belezas naturais da região do Ibitipoca como o Lago Negro, Pamonã, Cachoeira do Palmito, Cachoeira da Serrinha, Cachoeira do Cipó, Praia do Mogol, Oca, Cinema, Venda e Gaia Café, atraem um grande número de turistas, tornando o vilarejo um dos pontos turísticos mais visitados do Ibitipoca.
08 – Cruzeiro dos Peixotos
Fotografia; Eudes Silva
        É distrito de Uberlândia MG, no Triângulo Mineiro. É uma das poucas vilas que conserva as típicas características das pequenas vilas do interior mineiro. Como a maioria das vilas mineiras, a vila surgiu em torno de um cruzeiro e uma pequena capela. Em sua origem, a capela erguida foi dedicada a Santo Antônio, construída em uma colina, em terras da família Peixoto, por volta de 1900. O terreno para a construção da capela foi doado por José Camim, para pagar uma promessa.
Fotografia: Eudes Silva
        Com o tempo, a capela e a comunidade que se formara em seu entorno, se tornou ponto de pouso e passagem de carreiros. Com o crescimento da comunidade, um novo templo foi erguido, se tornando a Igreja de Santo Antônio. O local da primeira capela e o cruzeiro se tornaram um dos pontos atrativos do distrito, devido ser o marco origem do vilarejo. Em 31 de dezembro de 1943, devido seu crescimento e por ser um dos marcos histórico da região, Cruzeiro dos Peixotos foi elevado a distrito.
09 – Barra
O casarão da Fazenda da Barra, que deu origem ao distrito. Foto: Matheus Ribeiro
        É distrito de Delfim Moreira no Sul de Minas. A vila se formou a partir da Fazenda Barra, formado em 1700, construída no estilo tradicional colonial, por escravos, a mando de um português que vivia no Rio de Janeiro para tomar posse de suas terras que havia adquirido e atuar no ramo agrícola.
        Encravada na Serra da Mantiqueira, a Fazenda da Barra é uma das mais antigas de Minas Gerais e ainda preserva suas características originas de seu casarão, tanto na parte externa e interna.
        A partir da segunda metade do século XIX, a fazenda foi vendida para Getúlio Fortes que mandou demolir as senzalas e parte dos paióis. Em 1910, a propriedade foi adquirida por Luiz Francisco Ribeiro, vindo a morar no casarão com a família, a partir de 1918.
        O proprietário da fazenda permitiu que nos porões do casarão funcionasse uma escola, a primeira da vila. Hoje em prédio próprio no distrito, a escola tem o nome de seu patrono, Luiz Francisco Ribeiro.
        O distrito tem sua história ligada a própria história da cidade, com origens no século XVIII, com o início da mineração. O secular nome “barra” está ligado a presença dos rios Loureço Velho, Claro e Pisas Negreiro, esses dois deságuam no rio Lourenço Velho. Por estar na barra desses rios onde a fazenda começou a ser formado, recebeu o nome de Barra.
        Com o passar dos anos, foram chegando famílias à região e uma importante comunidade começou a ser formada nos arredores da fazenda, se tornando hoje, distrito de Delfim Moreira. Barra conta hoje com cerca de 1200 moradores. O vilarejo foi elevado a distrito em 19/12/2019 e conserva sua história, religiosidade e tradições, manifestadas através das festas populares, religiosas como a festa do padroeiro Santo Antônio e festas folclóricas e populares como as festas juninas, além da tradicional cozinha típica mineira.
10 – São Mateus de Minas
 Fotografia: Guilherme Santos da Silva/Wikimédia Commons
       Uma charmosa vila, vizinha a Monte Verde e desconhecido dos mineiros é uma das mais antigas povoações do Sul de Minas. Esta vila é São Mateus de Minas, a 1400 metros de altitude. É distrito de Camanducaia, onde está a 22 km de distância e a 52 km de Monte Verde, famoso distrito turístico, também pertencente a Camanducaia.
        São Mateus de Minas é formado pelos bairros de Camanducainha, Emboabas, Fazenda Velha, Mato, Monte Azul, Paiol Grande, Pinhalzinho, Pinho e Ribeirada. Como é comum na região, o inverno é muito rigoroso em São Mateus de Minas, com temperaturas abaixo de zero grau e geadas constantes entre junho e agosto.
        A economia de São Mateus de Minas gira em torno do setor de serviços, pequenos comércio e principalmente da agricultura, pecuária, piscicultura, com predominância na criação de trutas, devido ao clima e pureza de suas águas, além da produção artesanal de queijos, doces, iogurtes, quitandas e cachaça.
        Outro destaque na economia do distrito é o turismo rural devido suas várias estradas rurais, cortando a Mantiqueira. Além da beleza nativa, as estradas permitem acesso a vários de seus bairros, além de acesso ao distrito de Monte Verde.
        As belas paisagens de Mata Atlântica, clima agradável, ar puro e lugares propícios para esportes como trilhas off-road para motos, jipes e quadriciclos. Quem opta por passeios menos radicais pode fazer passeios ecológicos, cavalgadas e conhecer a Pedra de São Domingos e os municípios de Gonçalves e Córrego do Bom Jesus, que faz divisa com o distrito.
        Além disso, os turistas são atraídos ao distrito pela tradicional festa do padroeiro, as festas nos bairros rurais, enduros de motocross, quermesses juninas, além da tradicional cavalgada até Aparecida SP.
Uma das mais antigas povoações da região
        A vila de São Mateus de Minas era conhecida como Vale do Cricaré até a chegada de religiosos e colonizadores portugueses no Sul de Minas Gerais no século XVII. Os religiosos que chegaram, rebatizaram o vilarejo para São Mateus, em homenagem ao evangelista. Ato comum na época quando colonizadores alteravam lugares nomes indígenas para nomes cristãos. Seu nome teve o acréscimo “de Minas” devido existir cidades e outros distritos no Brasil com o mesmo nome.
        Nos tempos da Colônia, São Mateus era um importante ponto de comércio e produtor de alimentos, devido suas terras férteis. Por esse motivo, era um importante ponto de passagem de tropeiros e viajantes e desenvolvimento da região à época, com o povoado se tornando um dos marcos da história e povoamento do Sul de Minas.
        Mesmo subordinada a Camanducaia, São Mateus é uma vila com história e identidades próprias. É uma referência quando se fala da história e ocupação da região Sul de Minas.

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Facebook

Postagens populares

Seguidores